terça-feira, 28 de dezembro de 2010

ATE O ANO QUE VEM

Vereador Soró entregando
Titulo Voltarredondense


Volta Redonda - Gastaram tantas laudas para dizer que Soró é um relapso, ou coisa pior. Bastava dizer que ele era um vereador e pronto. Estava tudo muito bem explicado e com numerosos exemplos à disposição. Mas precisavam de um patinho feio. E lá foi o Soró servir de tábua de bater roupa. Cada um levou a sua trouxa. A América Teresa, então, aproveitou até o último minuto. Na última reunião antes do recesso ela subiu a tribuna e falou não aos quatro ventos, mas aos dezesseis autofalantes. E o que ela falou? Falou que recebeu o ano todo sem trabalhar. Ela falou que 2010 foi um ano de muita mágoa e total improdutividade. Eu trocaria o adjetivo - foi de criminosa improdutividade. Olha, eu fui à câmara umas duas ou tres vezes. E via, realmente, que as reuniões improdutivas. Às vezes, um vereador sorria para o outro, chamava de excelência ou para tomar um café. Mas eu nem pensava que era assim o tempo inteiro. Agora, vem a América Tereza e joga na cara de todos nós que os vereadores receberam todos os pagamentos, mas não produziram nada. E faz isso não como um pedido de perdão, mas um pedido de piedade. Diz assim - "estou magoada". E os outros todos, todos, todos, todos ficam num comprometedor silêncio. Mais do que isso: Ficam compungidos como estivessem apenas esperando as bênçãos dos céus. Enquanto isto, o Prefeito Municipal dá índices altívssimos de popularidade. Índices alcançados apenas pelos Cigarros Continental - 78% de popularidade, apesar do Lincoln Botelho, do Paulo César, no SAAE, do Moa na Cultura e, enfim, do próprio Neto na Prefeitura. 



 AH SE ESSA CASA TIVESSE OUTRO NOME!


Senadora  Ideli Salvati


Se mudassem o nome da Praça dos Tres Poderes para Casa da Mãe Joana, Ideli Salvati e Pedro Novaes suspirariam - "Até que enfim!" E diriam um para o outro, que coisa mais chata era aquela de viver prestando contas dos nossos atos... Pois é. Do jeito que está , de vez em quando, eles têm que mandar um assessor para o limbo, lá onde vivem as almas em plena felicidade natural, mas privados da visão de Deus. Não sem antes deblaterar, xingar, dizer que é pessoa honrada, socar a mesa e, se duvidar, socar a cara do abelhudo interlocutor. Depois, quando vêem que não tem mais jeito, arranjam um acessor aloprado e se dizem traídos. Aí, reconquistam a paz dos justos. E assim, vão tocando. Ideli Salvati e Pedro Novais daqui a poucas horas serão ministros, mas já tratam a república sem nenhuma cerimônia. Se precisam de alguma coisa, vão lá e catam.  Estão em casa. A senadora não teve nenhum pudor pedir e receber R$ 4 606 por hospedagens no Hotel San Marco, em Brasília. Nem se lembrou de que todo fim de mes ela passa lá no guichê e  pega R$ 3 800,00 para o custeio de moradia na capital. Aí, esses jornalistas futriqueiros sentiram um cheirinho diferente e  e foi o que bastou. Descobriram a carne debaixo do angu. Mas esse pessoal tem um know how a toda prova. Foi tudo no velho estilo: Ideli,  simulou brabeza, indignação... Arrepiou-se. Quando viu que não tinha mais jeito, ela mirou a porta de incêndio -  disse que não sabia de nada, e patati-patatá. Botou tudo no colo da assessoria, desligou a luz e foi dormir.  Dormiu e  vai acordar ministra.  Pedro Novais, foi outro que sujou no tapete da entrada. Deputado pelo Maranhão, morador no Rio de Janeiro, apadrinhado pelo Sarney. Enfim, o homem tem salvo conduto. Mas nunca é demais. Pelo menos, o futuro ministro da articulação Política Luis Sérgio pensa assim. E prestou sua solidariedade: "O Pedro Novais é um parlamentar experiente e, pela história dele, precisamos dar crédito à versão dele." E o que diz o deputado de tão inacreditável? É que ele cobrou da república R$ 2 156 gastos no Motel Caribe, de São Luís. Tudo gasto em uma única noite. Mas o deputado não deu o braço a torcer. Também ficou muito brabo a princípio.  Até parece que xingou um palavrão. Depois se acalmou e fez o que o PT faz - disse que não sabia de nada, que fora traído. Dilma, entretanto, não tugiu, nem mugiu. Apenas, deu seu prometido olhar de mãe de todos como se dissesse: "Vamos em frente, meninos!" 


AVISO: A Próxima edição será postada na segunda feira, dia 3, excepcionalmente. Isto porque estamos estudando seções novas para o blog. Feliz Ano Novo. 

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

GATO POR LEBRE



Se me aparecer aqui alguém vendendo uma galinha com gogo ou uma mula manca mando bater na casa do Neto, o Prefeito. É possível que venda alguma coisa. A menos que se prove que é puro boato essa história da pesquisa que tanto faz a população rir. Na cidade, só se fala de duas coisas - é da pesquisa do Prefeito e da heróica luta da Guarda Municipal contra os piratas do DVD. Enfim, por conta de um mal entendido, talvez, o Prefeito recomendou a pesquisa. Dizem que ele estava na janela de casa, um homem lá fora, passou e não o cumprimentou. Neto até fez um barulho. Parece que simulou um espirro. E o homem continuou indiferente à figura dessa eminência municipal. Ficou amuado o nosso prefeito e nem de chocolate queria mais saber. Era grave. Aí, foi que contrataram a pesquisa de popularidade. Mas o resultado tinha que ser assim, assim. E foram além da encomenda - 76% de aprovação. Venderam-lhe gato por lebre. Podiam ter mentido menos. Dizem que o santo quando vê muita esmola desconfia. Mas o Neto não desconfiou. Pra dizer a verdade, ele até achou pouco. Ficou assim meio desconfiado. Pensou uma, duas vezes e mandou colocar no jornal. E, no entanto,  Neto não precisava desse desperdício. Não precisava. Em outubro mesmo fora avaliado. Lá na cabine indevassável o eleitor fica a sós consigo mesmo. É como se esivesse no banheiro da sua casa. Ninguém vê o que ele pensa e nem o que ele faz. E o eleitor votou contra o Deley, dizendo não ao Neto. Se não elegeu o Deley, estava dizendo que não elegeria o Neto também. O Neto, portanto, não precisava nova tomada de opinião.  O índice ainda deve ser o mesmo de outubro. Não creio que tenha piorado.


 LEONARDO BOFF E A BIRUTA


Leonardo Boff já morreu de medo do diabo, mas, hoje, só teme o PSDB. Sente mesmo cheiro de enxofre quando Fernando Henrique aparece na televisão. Ele está meio assim. Sabe que o diabo é insinuante. Às vezes, engana até a gente mesmo. Por isso fez instalar uma biruta no quintal para ver de onde vem a coisa. É assim que ele sabe se é do bem ou se é do mal cada coisaa que acontece. E faz seus pedidos a Deus. Agora mesmo o governo federal foi condenado a devolver R$ 205 milhões de reais ao SUS de Brasília. Boff deu de ombros. É coisa do Torto. O serviço de saúde vem mal, o Hospital Asa Sul, o maior de Brasilia, fechou o atendimento pediátrico por falta de recursos e o governo não repassa do dinheiro do SUS. O Padre Boff não dirige sequer um Pai Nosso aos céus pedindo por essas criancinhas. E um pedido desses o Pai, por certo, atenderia -  "vinde a mim as criancinhas".  A questão não tem nenhum mistério. Para entendê-la não é preciso nenhuma nova teologia.  É que o governo não repassava ao SUS sequer o percentual mínimo estabelecido na Constituição. Aí, fez-se uma auditoria, levantou-se o débito e o Ministério Público Federal entrou com uma ação civil pública cobrando a dívida. Leonardo Boff crê que se continuarmos assim estaremos todos salvos. Não vê que os governos federal, estaduais e municipais estão terceirizando a saúde, colocando a vida humana sob as leis do mercado a mesma lei que regula o preço dos ovos e do tomate.
CARROS MODERNOS





 
E, quem diria?, hoje já temos carros mais intelegentes do que seus donos. Dirão alguns que isto é coisa do diabo... eu, no entanto, digo que isto é coisa de Deus. Os maus motoristas terão suas ordens rejeitadas sem nenhuma conversa. Os carros se recusarão a subir as calçadas, não avançarão o sinal e se recusarão a dar carona para louras sinistras nas estradas. E também não darão asas ao delírio desses imbecis completos que pensam que todos devem ouvir as músicas de que eles gostam. Pelo que leio no Estadão, não estamos longe disto. E o Brasil tem se mostrado um bom mercado para esses avanços. Está certo que muitos desses carros são importados e a preços proibitivos. Mas, tudo é uma questão de querer. Quem sabe cortando-se na educação, na saúde, no consumo do arroz, do feijão não se chega lá. Faz feito o governo que retirou verba do SUS, as pessoas continuaram a morrer nas filas de atendimento, mas tudo na maior das boas intenções. Mas voltemos aos carros modernos que já estou eu a misturar alhos com bugalhos. Muito bem. A tecnologia automotiva evolui tão rápido como a dos telefones celulares, a da informática e as relações conjugais. Coisas próprias do tempo mesmo. Hoje, há carros que nos acidentes mais graves eles próprios acionam os pedidos de socorro. E se o motorista for um distraído o próprio carro faz a detecção de pedestres atravessando a rua e param. Um dia, não custa sonhar, teremos uma cadeira presidencial assim.



OS BLACK BLOCKS




Esses tais black blocks são uma bala perdida. Atacaram o carro do Principe Charles. Então, já viu que eles não estão escolhendo cara. Nem cara, nem coração. Fiéis ao ideário de uma liderança anarquista - Bakunin: "A paixão pela destruição é também uma paixão criativa" - eles querem construir, destruindo. É a sua luta. Qualquer bandeira os atrai, desde que possam esbordoar, chutar, explodir...  É ainda um bando de 300 cabeças e não pode fazer movimentos autônomos. Portanto, qualquer luta, qualquer propósito lhes serve. E assim vem somando a cada dia mais uma besteira no seu currículo. Nessas duas últimas semanas eles fizeram tres arruaças das brabas em Londres, Roma e Atenas.   Quem os vê tão desafiadores há de supô-los capazes até de enfrentarem os cavaleiros do apocalipse. Mas não, são uns fedelhos que ainda vivem da mesada do pai. Quem sabe até ainda ficam de castigo quando os pais lhes decobrem algum malfeito. destemidos poderá supor quem sabeErra quem pensa que eles fazem parte de um grupo de descamisados. Esses destemidos rapazes são meninos que vivem as custas de mesadas dos pais. Em um muro em Atenas estava escrito "Invadam Atenas, Roma e Londres" Em 1909,  anarquistas espanhóis aproveitaram manifestações contra recrutamento queimaram igrejas executaram padres. O exército reagiu e foram mortos 150. Agora, já passam de 150 de novo.



NOMES DA 7ª ARTE
Por Morrison

Emil Jannings



 Emil Jannings, nome artístico de Theodor Friedrich Emil Janenz (23 de Julho de 18943 de Janeiro de 1950), foi um ator suíço e o primeiro vencedor do Óscar de Melhor Ator. Ele venceu o prêmio da Academia de 1928 por dois filmes: The Way of All Flesh (Tentação da Carne) e The Last Command (O Último Comando). Também estrelou em The Last Laugh (A Última Gargalhada), de Friedrich Wilhelm Murnau, notável filme do cinema mudo pela falta de cartas de título, e na versão cinematográfica de Otelo, de Shakespeare, de 1922.
Nascido em Rorschach, Suíça, de mãe alemã e pai norte-americano, Jennings, como ator de teatro, teve uma carreira promissora em Hollywood terminada quando os filmes sonoros fizeram de seu forte sotaque alemão difícil de entender. Ele voltou para a Europa, onde estrelou com Marlene Dietrich no clássico The Blue Angel (O Anjo Azul), filmado em inglês, simultaneamente com sua versão alemã, Der Blaue Engel.
                 Durante o Terceiro Reich, estrelou em muitos filmes com a pretensão de promover a filosofia nazista, particularmente, o caudilhamento (Führerprinzip): Der Herrscher (O Governante, 1937), Der Alte und der junge König - Friedrichs des Grossen Jugend (A Juventude de Frederico, o Grande, 1935) e Die Entlassung (A Demissão de Bismarck, 1942). Joseph Goebbels, Ministro da Propaganda, apelidou-o de "O Artista do Estado" em 1941. Seu envolvimento com o nazismo acabou com qualquer chance de um retorno aos Estados Unidos.
Quando as tropas aliadas entraram na Alemanha, em 1945, conta-se que Jannings tenha levado seu óscar consigo como prova de sua antiga associação com Hollywood. Contudo, o seu papel ativo na propaganda nazista significou que ele estava proibido de trabalhar e condenou qualquer tentativa de retorno. Ele então se retirou para sua fazenda na Áustria. Muito competente em assuntos financeiros, Jannings foi um dos atores mais bem pagos de sua época.
Morreu de câncer em Strobl, Áustria, aos 65 anos de idade. Seu óscar agora está em exibição no Filmmuseum em Berlim, Alemanha


                

 

O CRAVO NÃO BRIGOU COM A ROSA
(de Roberto Rabat Chame)
Chegamos ao limite da insanidade da onda do politicamente correto. Soube dia desses que as crianças, nas creches e escolas, não cantam mais O cravo brigou com a rosa. A explicação da professora do filho de um camarada foi comovente: a briga entre o cravo – o homem – e a rosa – a mulher – estimula a violência entre os casais. Na nova letra “o cravo encontrou a rosa/ debaixo de uma sacada/o cravo ficou feliz /e a rosa ficou encantada”.
Que diabos é isso? O próximo passo é enquadrar o cravo na Lei Maria da Penha. Será que esses doidos sabem que O cravo brigou com a rosa faz parte de uma suíte de 16 peças que Villa Lobos criou a partir de temas recolhidos no folclore brasileiro?
É Villa Lobos, cacete!
Outra música infantil que mudou de letra foi Samba Lelê. Na versão da minha infância o negócio era o seguinte: Samba Lelê tá doente/ Tá com a cabeça quebrada/ Samba Lelê precisava/ É de umas boas palmadas. A palmada na bunda está proibida. Incita a violência contra a menina Lelê. A tia do maternal agora ensina assim: Samba Lelê tá doente/ Com uma febre malvada/ Assim que a febre passar/ A Lelê vai estudar.
Se eu fosse a Lelê, com uma versão dessas, torcia pra febre não passar nunca. Os amigos sabem de quem é Samba Lelê? Villa Lobos de novo. Podiam até registrar a parceria. Ficaria assim: Samba Lelê, de Heitor Villa Lobos e Tia Nilda do Jardim Escola Criança Feliz.
Comunico também que não se pode mais atirar o pau no gato, já que a música desperta nas crianças o desejo de maltratar os bichinhos. Quem entra na roda dança, nos dias atuais, não pode mais ter sete namorados para se casar com um. Sete namorados é coisa de menina fácil. Ninguém mais é pobre ou rico de marré-de-si, para não despertar na garotada o sentido da desigualdade social entre os homens.
Dia desses alguém [não me lembro exatamente quem se saiu com essa e não procurei a referência no meu babalorixá virtual, Pai Google da Aruanda] foi espinafrado porque disse que ecologia era, nos anos setenta, coisa de viado. Qual é o problema da frase? Ecologia, de fato, era vista como coisa de viado. Eu imagino se meu avô, com a alma de cangaceiro que possuía, soubesse, em mil novecentos e setenta e poucos, que algum filho estava militando na causa da preservação do mico leão dourado, em defesa das bromélias ou coisa que o valha. Bicha louca, diria o velho.
Vivemos tempos de não me toques que eu magôo. Quer dizer que ninguém mais pode usar a expressão coisa de viado ? Que me desculpem os paladinos da cartilha da correção, mas isso é uma tremenda babaquice. O politicamente correto é a sepultura do bom humor, da criatividade, da boa sacanagem. A expressão coisa de viado não é, nem a pau (sem duplo sentido), ofensa a bicha alguma.
Daqui a pouco só chamaremos o anão – o popular pintor de roda-pé ou leão de chácara de baile infantil – de deficiente vertical .
O crioulo – vulgo picolé de asfalto ou bola sete (depende do peso) – só pode ser chamado de afrodescendente.
O branquelo – o famoso branco azedo ou Omo total – é um cidadão caucasiano desprovido de pigmentação mais evidente.
A mulher feia – aquela que nasceu pelo avesso, a soldado do quinto batalhão de artilharia pesada, também conhecida como o rascunho do mapa do inferno – é apenas a dona de um padrão divergente dos preceitos estéticos da contemporaneidade.
O gordo – outrora conhecido como rolha de poço, chupeta do Vesúvio, Orca, baleia assassina e bujão – é o cidadão que está fora do peso ideal.
O magricela não pode ser chamado de morto de fome, pau de virar tripa e Olívia Palito.
O careca não é mais o aeroporto de mosquito, tobogã de piolho e pouca telha.
Nas aulas sobre o barroco mineiro, não poderei mais citar o Aleijadinho. Direi o seguinte: o escultor Antônio Francisco Lisboa tinha necessidades especiais… Não dá. O politicamente correto também gera a morte do apelido, essa tradição fabulosa do Brasil.
O recente Estatuto do Torcedor quer, com os olhos gordos na Copa e 2014, disciplinar as manifestações das torcidas de futebol. Ao invés de mandar o juiz pra putaqueopariu e o centroavante pereba tomar no olho do cu, cantaremos nas arquibancadas o allegro da Nona Sinfonia de Beethoven, entremeado pelo coro de Jesus, alegria dos homens, do velho Bach.
Falei em velho Bach e me lembrei de outra. A velhice não existe mais. O sujeito cheio de pelancas, doente, acabado, o famoso pé na cova, aquele que dobrou o Cabo da Boa Esperança, o cliente do seguro funeral, o popular tá mais pra lá do que pra cá, já tem motivos para sorrir na beira da sepultura. A velhice agora é simplesmente a “melhor idade”.
Se Deus quiser morreremos, todos, gozando da mais perfeita saúde. Defuntos? Não. Seremos os inquilinos do condomínio Cidade do pé junto.

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

O GOVERNO DO QUASE

Agora que  se aproxima o Natal, fico pensando na confraternização municipal.  Presentes, discursos, fotos e sorrisos bem pagos. O Prefeito Neto dá o mote. Ele se levanta e faz o balanço do seu ano administrativo: "Eu quase remodelei a Avenida Amaral Peixoto, eu quase melhorei a Educação, eu quase melhorei a Saúde, eu quase elegi o Delei....” E a sala se enche de aplausos e um grito de viva bem forte. Parece que quem gritou foi o Zezinho da Ética. Não tenho certeza. A voz parecia a dele. Quase todos o abraçam. Tem funcionário que é meio tímido. Aí, é a vez dos secretários. Alguns meio aborrecidos porque perderam no par ou ímpar a oportunidade ficar mais perto do Prefeito na fotografia, cada um tentando se aproximar do prefeito na realização de obras. E vem o comandante da Guarda Municipal e fala "Eu quase apreendi todos os DVDs piratas na cidade". Aplausos, aplausos, aplausos. Mas ele tem mais para contar. Interrompe o  aplauso e diz "prendi CDs também". E se senta emocionado. Vem o Lincoln Botelho. Ele se levanta, limpa um pigarro imaginário e diz: "Eu quase acabei com as cestinhas de lixo da cidade." Aplausos, aplausos. Licoln agradece e diz modestamente "mas ainda tenho que destruir muitas..." E pede a Deus que lhe dê forças. Aí, vem o Paulo César, Diretor Administrativo do SAAE e diz: "Eu bolei quase todas as festas da cidade". Aí, foi um delírio. E, lá na Voldac, um simples vazamento na rede levou uma semana inteira para ser recuperada.

NOSSA POLÍTICA EXTERNA




Lula e Chavez  bem sabiam que Manuel Zelaya planejava  voltar para Honduras. Chávez se roía de tanta felicidade porque via ali um pé de briga. E podia fazê-lo  um mártir. Para Lula, macaco velho que é, não queria meter a mão naquela cumbuca. Achava melhor ouvir os Estados Unidos primeiro. Celso Amorin, então,  contou a James L. Jones, conselheiro de Segurança Nacional dos EUA, as intenções brasileiras de não descer do muro. Zelaya fora deposto em 28 de junho de 2009. Três meses depois,  Xiomara Castro, ex-primeira dama hondurenha, telefonou para a embaixada brasileira dizendo que tinha umas coisas pra contar. Aí, o Brasil baixou a guarda e falou que podia ir lá, que seria um prazer, que a gente está aqui pra servir... essas coisas das pessoas de bons modos. Nem imaginava que aquilo podia ser a Égua de Tegucigalpa, uma nova versão do Cavalo de Tróia. E ela veio de mala e cuia. Até o marido ela trouxe. Entraram e fizeram da nossa casa cheia de tapetes e quadros nas paredes a sua casamata, sua trincheira. Um a um chegaram seus 70 soldados.  A embaixada brasileira foi cercada, teve água e luz cortadas, e a movimentação de pessoas e suprimentos foi restringida. Brasileiros podiam sair mas não podiam retornar. Preocupados  Lula e Amorim chegaram a telefonar pedindo ao invasor que os ajudasse a por ordem na própria casa. O Brasil estava perplexo. Apelou à representação americana, em Tegucigalpa. Precisava de  "ajuda para manter a segurança e diesel para o gerador". Os esforços da OEA não vingavam. Óscar Arias, Nobel da paz, foi se afastando do rolo. O senado brasileiro  apelou para que os estados unidos "não se desviasse da tradição de assumir um forte papel na promoção da democracia na região". Enquanto isto, jornalistas amestrados não se cansavam de louvar o sucesso da nossa política externa. É bom ler wikileaks, também.

NOSSOS POLÍTICOS


A gente pode não estar  lá essas coisas em futebol, em educação, em saúde... Não importa! Em termos de salários de políticos o mundo se curva diante de nós. Eia!!! Sai de baixo! Não tem pra mais ninguém. Nem Oropa nem Esteites. Nossos parlamentares deram 62% de aumento aos seus próprios salários. Foi vapt-vupt. Levou 1 minuto na Câmara, 2 minutos no senado. E pronto. Os 3 minutos foram suficientes para cuspirem na cara de todo o povo. A Folha de São Paulo pesquisou e viu que a remuneração anual dos congressistas do Brasil é maior do que toda União Européia e de 16 países pesquisados pela Folha incluindo os do G8 (EUA, Japão, Reino Unido, França, Alemanha, Itália, Canadá e Rússia). Uns mãos de vaca. Você, sinceramente, chega até salivar quando pensa num salário desses, né verdade?  Dava de sobra pros gastos. É. Mas para eles está melhor ainda – eles não estão obrigados a pagar aluguel, gasolina, plano de saúde, alimentação, empregado doméstico, papel higiênico... Eles ganham uma graninha extra pra essas contas. A tal da verba a indenizatória de R$ 15 mil. Junta  uma gordurinha, mais uma outra ali, uma outra mais acolá, rapidinho chegam a  R$ 128 mil por mês. Achou muito? Deixa de ser bobo, contribuinte! Os parlamentares recebem 15 salários por ano. Mas também ninguém há de pensar que eles só olham para o próprio umbigo. Deram um aumento para Dilma e ministros de até 148% . É uma pena que não haja dinheiro pra todo mundo. Pra você, simples eleitor, eles já estão discutindo um aumento de  6%. Isto me lembra Pitigrilli  - Raciocina-se como aquela cozinheira que esfolava enguias vivas e alguém lhe dizia: "Imagina como sofrerão esses animais", respondeu: "Há 30 anos faço assim. Já se habituaram."

A MULHER SEM MEDO


Você que morre de medo de escuridão ou sobe numa cadeira quando aparece uma barata está perto de desafiar até o fogo eterno. Tenha fé! Um grupo de cientista lá da Universidade de Iowa, EUA, está perto da geração do medo em animais. Publicaram um trabalho na revista científica Current Biology afirmando que a ausência das amigdalas cerebrais impede a experiência do medo em humanos. Há, no cérebro de cada um de nós, duas anteninhas laterais que nos avisam do momento de se sentir medo. São as amigdalas cerebrais. Já tinham transformado a covardia de ratos na coragem de leões com suas experiências. Aí caiu-lhes nas mãos uma mulher que não tem medo de absolutamente nada. Essa mulher foi exposta a serpentes, aranhas vivas, passeios a casa assombrada, assistiu filmes horripilantes e não sentiu nenhum medo. E, mais, mostrou que não tem medo de morrer. Na sua história de vida há situações potencialmente traumáticas, como ameaça com arma de fogo que sofrera. Verificou-se que a paciente teve suas amigdalas cerebrais destruídas por uma doença de que fora vítima. Justin Feinstein, um dos pesquisadores diz: "A paciente se aproxima exatamente das coisas que ela deveria evitar. Ao mesmo tempo, surpreendentemente, ela tem consciência do fato de que deveria evitá-las. Talvez porque quando perdera as amígdalas cerebrais essa consciência já tivesse se introjetado no cérebro.Enfim. é bem impressionante que ela ainda esteja viva." Entende esse grupo que, por aí, se poderá chegar ao tratamento de muitos veteranos de guerra do Iraque e do Afeganistão que sofrem de estresse pós-traumático.

A UTILIDADE DA PERDA

Bernard Charles Ecclestone, Bernie, sorri em dificuldade mesmo sob a possibilidade de perder um olho. E, depois, ainda ganha dinheiro  com a própria desventura. Não é atoa que se tornou o bilionário que é. Aos 80 anos de idade, em plena atividade, comanda a Fórmula 1 desde os contratos televisivos até a mais mínima questão de gerência. E, ainda encontra tempo, para curtir a vida. É um bon vivant. Na semana passada uma notícia sua ganhou espaços nos jornais do mundo inteiro. Num passeio em Roma ele e sua namorada brasileira Fabiana Flosi, haviam sido violentamente assaltados. Mal puseram os pés fora do carro foram cercados. Quatro homens deram conta de Bernie com socos e pontapés de toda sorte. O produto final do roubo ficou em torno de R$ 550 mil. Mas Bernie não perdeu o bom humor. Ainda com a cabeça quebrada e o olho ferido falou que não precisariam daquele trabalho todo para conseguir o que conseguiram. Era só pedir e ele lhos entregaria de bom grado. Afinal, o que haviam levado não era coisa de tão grande valor assim. Eram coisas que a sua namorada, Fabiana, havia trazido do Brasil. Da parte dele haviam levado um relógio Hublot no valor de R$ 30 mil. Dias após o assalto, permitiu que o Daly Express fotografasse seu olho ferido. O diretor do jornal pediu a sua redação que aprofeitasse bem aquela imagem. E, de fato, o foi. Saiu em um anúncio do relógio Hublot com a frase: "O que as pessoas não fazem por um Hublot"

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

QUEM QUER CASAR COM A DONA BARATINHA?




Minha vizinha não guarda os nomes das pessoas. Arruma sempre um jeito de distingui-las. Um apelido conforme seus malfeitos. Os políticos ela trata sempre assim: o que roubou o INSS, o outro o sanguessuca 1,  um outro é o senador pastor que ganhou um Fiat Ducato pela emenda da ambulância... E, como não sabia nada da  malfeito de Serys   Slhessarenko ela a chamava de  aquela do cabelo lambido. Agora, a senadora está mais conhecida que moeda de 20 centavos e já merece um apelido mais próprio. Substituiu o senador Gim Argello na relatoria do orçamento. Era dele a faca, o queijo e a goiabada. Mas, por conta de uns desvios, teve que renunciar. Saiu batendo a porta. Os parlamentares têm bom faro. Farejaram logo o bom negócio que é o de promover festas. Eles fazem as emendas. O dinheiro aprovado vai para o Ministério do Turismo. Aí, cada parlamentar vai lá e indica as festas e as entidades que devem promovê-las. Não é exigido nenhum projeto e não há como saber se o cachê pago foi justa fiscalização não tem como avaliar se os cachês pagos foram justos ou injustos. É um perigo ! Gim Argello meteu as mãos e os braços na cumbuca. Aí, chamaram a Serys para substituí-lo. Ela chegou falando mesmo assim:  “Emendas para festas e shows não fazem sentido. Recurso público é para melhorar as condições de vida da população como um todo, e não para satisfazer  um grupo de ONGs e empresários”. É. Mas sua assessora  Liane Muhlenber é presidente de uma entidade que já abiscoitou 1 milhão de reais para festas. Serys disse que desconhecia essa atividade da assessora e a demitiu ao assumir.  Fui traída!!! Até exagerou na excamação. Mas a conhecia sim.  No mês de abril, ela, em entrevista a Folha de São Paulo, ela defendeu essa mesma moça, dizendo que sabia das suas funções e que as reconhecia como limpas. Minha vizinha quando soube disto, correu ao muro e me disse: Mudei o nome da "cabelo lambido"; agora ela se chama "cara lambida".
ACONTECEU EM MINAS


 
Minas Gerais tem no nosso imaginário a aura das coisas fantásticas. Lá, ainda hoje acontecem casos de assombração. Tudo caso verdadeiro como verdadeiro é esse dado e passado em Ipatinga, em que uma amanheceu em cima de uma casa.vaca no telhado. Foi um alvoroço danado. Afinal, não é todo dia que se vê bois caindo do céu. A notícia correu longe. Até jornal da capital apareceu por aquelas bandas pra ver de perto o acontecido, sem esses pontos que o bom mineiro acrescenta a cada  vez que conta uma história. Mas o proprietário da vaca não quis falar. Mesmo com aquela possibilidade de aparecer na capa de todos os jornais do país ele não abriu o bico.  Não quis   a companhia de ninguém. Apenas deixou um recado que pagaria todos os prejuízos causados.  Os bombeiros sim, que chamados para resgatar a bichinha, não se negaram as entrevistas.  Acostumados ao avesso e ao direito da vida explicaram aquilo que parecia coisa do outro mundo como um caso muito natural. É que a vaca havia despencado do barranco enquanto pastava. Sabiam também que o animal tinha 600kg de peso e precisou ser sedada antes do resgate. Depois, amarrada em cordas e com auxílio de um guindaste foi que se resolveu tudo. Ipatinga que atingiu certa notoriedade por abrigar uma poderosa indústria metalúrgica - USIMINAS - hoje subiu ao primeiro lugar do pódium alçado por uma vaca.


TÁ TODO MUNDO LOUCO
 


Em breve seremos todos bons de cabeça. Aquele tosco Napoleão de hospício se reduzirá a uma figura de almanaque. Ou, quem sabe, seremos todos insanos. Loucos varridos e encerados. O que, aliás, dará, rigorosissimamente, no mesmo.  O Lincoln Botelho, por exemplo, poderá perseguir incansavelmente as lixeiras nas calçadas e ser tido como um cidadão a gozo de plenos direitos. Frei Leonardo Boff poderá fechar docilmente  os olhos para o aborto e soltar chamas pelas ventas quando uma criança levar uma palmada. Quem viver verá! O Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais caminha para lá a passos largos. Já até marcou data em que riscará do seu catálago cinco desses males. Será em 2003. Por ele, o narcismo deixará de ser uma doença. E serão vendidos nas feiras livres ou estendidos nas calçadas o espelho mágico que responde sempre favoravelmente ao eseu dono. Não. Nunca ninguém antes... O narciso acha feio tudo que não é espelho, como o disse o mano Caetano. Mas vai além disto. O narcismo é uma grave patologia, proporciona sérios danos.  O narciso tem um senso grandioso de si mesmo, quer que todos o vejam com esta dimensão. Não admite ser ignorado mas ignora os outros. Psiquiatras clínicos não aceitam esta reciclagem de conceitos. Jonh Gunderman chamou esse comitê de analfabetos. Querem acabar com a doença retirando-a do manual. Meu sobrinho Junior me perguntou, certa vez,  se os fantasmas existiam. Eu respondi que claro que não existiam. Ele pensou, pensou e veio com outra: "mas se existe o nome dele ele tem que existir." era a sua lógica. Este comite de transtornos mentais tem uma lógica parecida - querem acabar com a doença retirando-a do catálogo.




Assustou-me a chamada da revista Caros Amigos: "A Verdade sobre o Aborto", algo parecido. Quer dizer pretendiam, com uma mera entrevista, deitar por terra esse vozerio, muitas vezes, apaixonado pelo tema. Toda conclusão é demolidora. Concluir é parar de pensar. E quando o tema é a vida é muito mais grave. Mas vamos em frente.  A  revista procurou Nalu Farias, psicóloga e militante do PT  para jogar a pá de cal sobre o assunto. Mas nem sua formação profissional e muito menos seu engajamento partidário são suficientes para esta última palavra. Ser militante partidário é ler numa cartilha, é não ter liberdade de pensamento. Mas a ignorância é audaciosa.  Desaforo! Voltei da banca de revistas com as mãos abanando. Como quis fazer esta nota, li a entrevista na edição virtual. Vi que seu troféu de ouro da entrevistada foi o de ter conseguido enfiar na nossa constituição a emenda que estabelece que a vida começa com o nascimento e não com a fecundação. Os congressistas que a aprovaram são os mesmos que absolveram Renan e Sarney. Mas ainda que não fossem uns tiriricas relativos, esta não é uma questão de palpites.


NOMES DA 7ª ARTE
Por Morrison
King Vidor




                      King Wallis Vidor (Galveston, Texas, 8 de fevereiro de 1894). Seu pai foi um madeireiro e sócio da Miller-Vidor Lumber Company, que era dona de vários quarteirões em Galveston, além de terras, engenhos e ferrovias do leste texano. As cidades de Vidor e Milvid foram batizadas por ele. O avô de King Vidor, Charles Vidor, era um refugiado húngaro da revolução de 1848, e chegou a Galveston no início da década de 1850. Entre 1908 e 1909, período em que serviu na Academia Militar de Peacock, em San Antonio, conheceu Edgard Sedgwick, que seria seu parceiro em muitos filmes futuros.
                      A carreira cinematográfica de King começou na adolescência, como projecionista num teatro de Galveston. Fez um filme amador baseado no furacão de 1900, e em 1915 abriu em Houston sua primeira companhia, a Hotex, cujo vice-presidente seria seu pai, após a falência da madeireira.
Depois de alguns filmes amadores, aos 21 anos King mudou-se para Hollywood decidido a aprender mais sobre a arte do cinema. Em Hollywood, sua carreira foi dos primeiros filmes mudos à "idade do ouro", marcada pelas produções de David O. Selznick, com quem fez Duelo ao Sol, em 1946.
                      Mesmo com sua longa carreira hollywoodiana, Vidor nunca abandonaria suas raízes texanas. Ele próprio se considerava um sulista, e fez vários filmes que dignificavam os pobres e expunham o racismo e os horrores da guerra, como The Big Parade (1925), Billy the Kid (1930), Our Daily Bread (1934), The Texas Rangers (1936), Northwest Passage (1940), e The Fountainhead (1951).
Embora Vidor seja provavelmente lembrado por sua colaboração com Selznick, que resultou em alguns dos maiores filmes da história, ele fez mais filmes com a Metro-Goldwyn-Mayer, que produziu sua primeira obra consagrada — The Big Parade, em 1925, que foi exaltada pela crítica como um pungente filme antiguerra.
                      Our Daily Bread obteve um prêmio da Liga das Nações por sua "contribuição à humanidade".
                     King escreveu ainda dois livros: A Tree Is a Tree (1953) e King Vidor on Filmmaking (1972).
                    Nas décadas de 1920 e 1930, enquanto sua carreira decolava, sua vida pessoal era um turbilhão. Divorciado de Florence (que lhe deu uma filha), em 1924 casou-se com Eleanor Boardman, de quem teve duas filhas e se divorciou em 1932 — para se casar com Elizabeth Hill, com quem viveria até morrer. Quando se aposentou do cinema, Vidor lecionou na University of Southern California e na Universidade da Califórnia, em Los Angeles. Morreu em Paso Robles, Califórnia, 1 de novembro de 1982.

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

ATE AÍ MORREU O NEVES



Ah, se o Neto lesse jornais!... Se o Neto lesse qualquer além das embalagens de chocolate o Lincoln já tinha levado um ponta pé nos fundilhos. Eu, sinceramente, acho que era bom para os dois. Depois do episódio das cestas de lixo o Lincoln ficou meio azougado. Não precisa ir aos dicionários, é o mesmo que meio tã-tã. Vinte e dois. Mas deixemos o Lincoln por conta das orações dos parentes e voltemos ao Prefeito. É evidente que se deve preocupar com as calorias, mas os secretários não estão isentos de cuidados.  Deu na  São Paulo que a prefeitura vai fechar  sete helipontos naquela cidade causa do barulho que eles produzem. A Secretaria do Verde e Meio Ambiente não conversou. Interditou-os.  Entre eles estão os do Banco Santander (em Santo Amaro) e do hotel Renaissance, nos Jardins. Eles têm 90 dias para a mudança.   O Neto tem uma fábrica de barulho muito mais potente do que esses sete helipontos juntos, que é lá na  Iha São João. Fora seus shows, está agora  cedendo (ou alugando) o espaço para festas privadas. O pessoal faz abaixo assinados aos borbotões e leva ao Ministério Público. O Lincoln Botelho até foi lá. Deu razão ao pessoal e pediu 15 dias para resolver o problema. Até aí morreu o Neves. Nunca mais voltou. É por essa e por outras que o Lincoln está devendo. Ele mentiu em nome do prefeito. O prefeito está assim de assessores errados. Aliás, ele tem um acessor que é a figura certa no lugar certo. É o Zezinho da Ética. Quando ele vai à Câmara Municipal o pessoal morre de medo dele. Há encontrões nos corredores, pessoas dependuram-se nos lustres. Outros querem se esconder nas gavetas. Quando o Zézinho aponta lá longe tem um alarme que toca. E um fala com o outro - "Vem o caveirão!" Entretanto, quando ele vai a prefeitura não vê nada, não houve nada. Eu acho que se o Zezinho não ganha nada do prefeito, devia ganhar. Ganhar, não pelo que faz, mas pelo que deixa de fazer.

ILUSTRAÇÃO: BLOG JEFFCASTRO
A PROFISSÃO DO LULA





Carlos Lacerda, a cada vez que respondia um questionário ou preenchia uma ficha de hóspede sentia cosquinhas de colocar VIVER no ítem da profissão. Parecia dizer com isso que era natural, intuitivo, que com ele não tinha nhém-nehém-nhém. Depois, veio uma peça teatral "Brasileiro, profissão esperança." Corri então a buscar para mim uma forma de definir-me profissionalmente de uma forma igualmente ampla. Meu paí me dizia homem tem que ter um ofício pra poder tratar da família. Um ofício! Vim crescendo sempre com essa idéia na cabeça. Ainda hoje não cheguei a nenhuma palavra que desse peso especial ao meu labor. Mas compenso essa falta.  Fiquei com tres profissões - professor, jornalista e servidor do Estado. Tres ofícios. Meu pai ia ficar orgulhoso de mim. Por isso, me assustei quando no dia 10, sexta feira, o presidente disse que ao deixar a presidência vai continuar na vida política. Até aí tudo bem. Afinal, na vida política estamos nós todos. Ele dizia que não ia fazer mais nada a não ser política. E não era por opção, não; era por incompetência mesmo: "Eu vou continuar na vida política. Eu não tenho como fazer outra coisa a não ser política." E estava na cerimônia de diplomação de alfabetizados. Podia ter dito que ia também  se alfabetizar. Não me queiram mal os petistas, quem falou que o Lula é analfabeto é uma pesoa da base do governo - Senador Magno Malta.


A VOLTA DO ESCAMBO




Venezuela e Cuba voltaram para o escambo: "Eu mando petróleo para vocês e vocês mandam médicos para nós" E há 10 anos a coisa vem assim. O petróleo vai para Cuba e fica por lá; os médicos vêm pra Venezuela e pretendem-se que não escapem. Mas com gente é diferente, já cantava Vandré. Justo por isto  esses mais de 30 mil profissionais cubanos na Venezuela. têm as rédeas curtas. Como os atletas nas competições internacionais, esses médicos enfermeiros e técnicos podem fugir. Daí estão como que armazenados em acampamentos construídos pelo governo. Só podem sair com o consentimento do governo. Ainda que pretendam adquirir um palito de fósforo têm que pedir liberação. Estão proibidos de tomar bebidas alcoólicas e lhes é recomendado não entrar em bares, discotecas ou cinemas. Se quiserem namorar que peçam autorização ao governo. E, no entanto, muitos fogem. O médico Miguel Majfud é um desses. Hoje, mora nos EUA onde pede na justiça uma indenização pelo tempo que trabalhou como escravo em Cuba e na Venezuela. Vive lá favorecido por um programa de concessão de vistos criado por G.W Bush em 2006. Hoje, são 1762 vistos concedidos. A maioria deles para ex-integrantes da missão Venezuela. Documentos agora vazados pelo Wikileaks revelam que só na primeira tacada foram concedidos 722 vistos. Frei Leonardo Boff podia fazer a quatro mãos com o José Dirceu uma monografia explicando por que tem gente que foge de Cuba.

UM MONTE DE GRAVETOS




É possível com arcos e flexas vencerem os canhões? Em 2003, foi assim. Um bando de uimarás cercou La Paz e bloqueou-lhe as estradas. Nada entrava e nem saía que não fosse por suas ordens. Puseram o Presidente Gonzalo Sanchez nas cordas. A falta de combustível e de alimentação o levaram a lançar sobre eles o exército. E não cessou o combate e nem cessaram-se as mortes enquanto o presidente não saísse corrido. Foi parar em Miami. Um processo de genocídio o aguarda se quiser voltar. Esta foi a Guerra do Gás, que pavimentou a estrada para a ascenção de Evo Morales. Em 1781, esses mesmos uimarás cercaram essa mesma La Paz. Queriam o fim da escravidão indígena e expulsar autoridades espanholas do país. Foram 109 dias de confronto. Os admnistradores venceram graças aos esforços espanhóis recebidos. Morreram  10 mil pessoas. Quase a metade da população. Mas os rebeldes deixaram uma boa semente. deixou uma boa semente. Foi suspensa a exploração das minas e libertados os escravos. E ainda foi mais longe como inspiração para os movimentos de independência das colônias espanholas. Na mesma época,  veio a Revolução Francesa e a Inconfidência Mineira. Será que foi uma safra?


A IMAGINAÇÃO E A BALANÇA



Que bom que é sentar-se a uma mesa de natal sem precisar pegar-se com o Menino recém-nascido para não se exagerar no garfo. E é justo deste sossego que fala o último número da revista Science. Um grupo de pesquisadores  observou que o pecado da gulodice pode ser afastado aproximando-se mais e mais do alimento que se quer evitar e não fugindo-se dele, mas procurando-o como se tivesse movido por um encanto. Só vendo a ele. Viu-se que se uma pessoa passar a imaginar detidamente, detalhe por detalhe o prato que será servido depois. Lembrando de cada  uma das suas dobrinhas, de cada ponta de sua gordura...  procurando-o sentir seu cheiro, seu calor, seu gosto... quando chegar a hora do repasto já estará enfastiado. E, claro, esta falsa-alimentação não provocará nenhuma mudança fisiológica como, por exemplo, alteração no nível de açúcar no sangue. Essa descoberta pode ser adotado como método para  emagrecimento sem as torturas das dietas. Basta que o candidato tenha imaginação. Em breve, aparecerão os controladores da imaginação. Os professores de Matemática, serão glorificados. Sempre se ouviu deles "dêem asas a imaginação!"  

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

OBABÁ OBAÔ-BABÁ É A MÃE DO OURO QUE VEM NOS SALVAR!





A Nasa é danada. Mudou as regras do jogo em pleno campeonato. Agora, volta, de novo, aquela questão do "há vida fora da Terra/ não há vida fora da Terra" . O falô tá falado, não vale para a Ciência. Só tem valor é na Casa do Seu Tomaz - quem grita é quem manda mais. Todos nós acreditávamos que não havia possibilidade de vida sem a presença do sexteto:  - carbono, hidrogênio, nitrogênio, oxigênio, enxofre e fósforo. Não podia faltar nenhum deles. Processores de Biologia proclamavam essa verdade  aos berros. Caía  no vestibular. Quanta gente boa poderá ter perdido seu ano escolar porque se esqueceu de um desses elementos na prova! Pois bem, veio uma minúscula bactéria da classe gammaproteobacteria e deu um piparote nêsse cânone universal. Isolaram essa bichinha em laboratório. Retiraram todo o fósforo do ambiente. Deixaram, ali, os outros cinco elementos mais o arsênio.  E o micro-organismo  não só sobreviveu como cresceu e teve numerosa prole. Quer dizer, a bactéria fez com que o arsênio tomasse o lugar do enxofre e boa noite. Mas, que me perdoem as más línguas,  o Senador Magno Malta fez muito mais. Antigamente, o pai vivia mandando seu filho estudar - estuda pra ser gente, meu filho! Alunos ficavam sem recreio porque erravam um 7x2.  E o aluno que falava nós vai tinha que escrever 900 vezes "nós vamos". Ler, escrever, estudar eram elementos essenciais para a vida do homem. E vem o senador Magno Malta e descobre que a escola não faz falta para o legislador. Seu projeto apresentado no senado autoriza a posse como deputado ou senador a analfabetos. Basta que o candidato tenha bom coração. Parágrafo único. Assim ele pretende resgatar os analfabetos do país. E agora você aí que vive ralando para passar num concurso de gari, não precisa ralar tanto. Se você nunca levantou a mão para os pais, ja deu esmola pra cego, cedeu o banco do ônibus para um idoso não precisa mais. Está prontinho para ser deputado ou senador.

O HOMEM ERRADO NO LUGAR ERRADO


Uma base para entrada e saída de barcos


Volta Redonda: Contando pouca gente há de acreditar. Mas é a  pura verdade. No governo do Neto não é cada qual no seu quadrado. Tem que ser o homem errado no lugar errado.  Por exemplo, esse Paulo César, diretor do SAAE. O seu serviço de manutenção não faz para remendar a rede de água. E o que faz o engenheiro Paulo Cesar? Manda divulgar que vai faltar água. Depois, pega o telefone e fala para o prefeito: "Estou bolando uma festa legal para nós". Não fala da rede rebentada, não fala que é preciso trocar a rede; só quer saber de  festa. E, honra seja feita, ele é criativo. É da sua autoria a "Cidade dos Sonhos", que se vê agora e a "Festa Julina" que se viu em julho. Ele é uma espécie assim de MOA DOIS. Uma MOA atrapalha muita gente; dois MOAS atrapalham muito mais... O Diretor da Defesa Civil é outro que não está bem acomodado no cargo. Na Defesa Civil ele não dá nem bom exemplo. Está fazendo a sede dentro do rio. Derrubou árvores, derrubou touceiras de bambu, aterrou a margem do rio. E, como se diz ex-campeão de remo pelo Vasco da Gama, o Prefeito entregou-lhe o rio para tornar Volta Redonda uma campeão brasileira nesta modalidade. E toma mais aterro do rio.

E O BATTISTI... É COISA NOSSA!

Os padrinhos de Battisti


Cesare Battisti, está por pouco. Já está tirando as medidas para trocar seu uniforme  de presidiário, por um terno Armani. Na Itália, é caçado pela polícia por conta de 4 assassinatos que cometeu na década de 70.  No Brasil,  cercado de deputados e senadores, tem advogado da União para salvar-lhe o pelo. Quem sabe, depois de terminado tudo, ele escreva um livro ou ganhe um contratinho na TV estatal.  Tudo é possível porque padrinhos não lhe faltam. Vide foto acima. O STF lavou as mãos e deixou para o Presidente Lula a decisão de cumprir ou não a lei de extradição - devolver o homem à Itália. Lula não quer entregá-lo. Pediu ao  advogado-geral da União, Luís Inácio Adams, um piruleta jurídica para manter o terrorista aqui, no Patropi. Piruletas é que não faltam. Tem pra todos os gostos. E, depois, Adams é candidatíssimo a uma vaga no STF. Tinha mesmo que ser criativo. E o foi. Encontrou tres saídas que considerou palatáveis. Conceder asilo por  “questões humanitárias”, considerar o crime prescrito ou naturalizá-lo.  Groucho Marx numa de suas excelentes tiradas disse "Eu não entraria para um clube que me aceitasse cvomo sócio." Será que Battisti paradoria o humorista com um "eu não me naturalizaria para um país que me admitisse como filho." ?

EM NOME DOS BONS COSTUMES VIGENTES





Claretta Petacci conheceu Benito Mussolini aos 20 anos de idade. Aos vinte e cinco, já visitava no Palazzo Veneza em plena luz do dia. E, quero crer, era saudada pela continência dos sentinelas e tomada pelos cuidados que exigem todas as amantes. Daí até os 33 se tornará mais e mais íntima do poder e conhecerá o direito e o avesso da vida. Mussolini, muito ao contrário de Claretta, era de origem pobre. Seu pai um ferreiro alcoótra e sua mãe, professora primária, mantinha o lar. Tem uma história cheia de violências, mete-se em sindicatos e movimentos políticos chegando a Primeiro Ministro da Itália. Aos 49 anos começa o romance com Claretta. Nem as cartas, nem os búzios seriam capazes de prever que dali a 13 anos, esse homem, esse semi-deus, se desfaria da própria farda e apinhado num caminhão tentaria fugir para a Suiça. A meio caminho é alcançado por militantes da Mezzegra, comunidade comunista. Claretta se interpõe entre a arma e o corpo do Duce e recebe o tiro no peito. Depois, cada um dos membros da comitivas recebe seus tiros, pontapés e outras pancadas. Mortos, seus corpos são levados para Milão e pendurados de cabeça para baixo para a execração pública. Claretta podia ter fugido... não tinham nada contra ela. Mussolini podia ter apelado, se humilhado, mas preferiu dizer ao seu assassino: "Atire no meu peito para não estragar o meu perfil". Trago esta história porque estão  sendo publicados, agora, os diários de Claretta e porque há nesse episódio um ponto que nunca vi contado em livro. Tenho um amigo italiano que foi ver esses corpos pendurados naquele posto de gasolina Esso em Milão. Ele  contou que quando dependuraram o corpo de Claretta de cabeça para baixo, seu vestido arriou e ela ficou exposta. Alguém subiu numa escada para amarrá-lo às suas pernas. O tiro, os pontapés, as possíveis pauladas... eram palatáveis. 






Laurent Gbagbo



 Eleição na Costa do Marfim devia ser resolvida no par ou ímpar. Já se viu que pelo voto livre não dá. O dia 28 de novembro foi o dia da eleição. Conta daqui, conta dali os votos e ninguém sabe quem ganhou. Quer dizer, cada um diz que sabe, naturalmente. Para Choi Young-jin, enviado da ONU na Costa do Marfim, quem ganhou Alassane Ouatatara, candidato da oposição. E põe até um advérbio para reforçar sua convicção - vitória inquestionável. Para o governo, entretanto, a conversa é outra. Risca fora um voto aqui, tira um outro lá... e lá vai o segundo para o primeiro lugar. De grão em grão a galinha enche o papo.  Mais um mandato para o presidente  Laurent Gbagbo. Impugnou meio milhão de votos do Norte, onde ele é mais fraco. E pra encerrar a conversa disse que se Choi Young-jin insistisse naquela tal vitória inquestionável seria expulso de lá com advérbio, ponto de exclamação e tudo.  Até 2002 a Costa do Marfim saía bem na foto.  Aí, um grupo do norte se rebelou e se consolidou, naquela região. Veio uma guerra civil e não resolveu. Em 2007, fizeram um acordo para decidir o comando numa eleição. E veio assim: Marca a eleição/ desmarca a eleição por seis ou sete vezes. Parece que foram 6 vezes. Sete não é um número muito acreditado.  Mas tem alguma coisa me dizendo que foram sete mesmo. Aí veio a eleição e deu nessa.  Líderes mundiais, incluindo o presidente dos EUA, Barack Obama, o chefe das Nações Unidas e o órgão regional do Oeste Africano disseram que Ouattara é o claro vencedor das eleições.  Mas Laurent Gbagbo é tinhoso. Parece mesmo tá falando assim, manda eles dizer na minha cara, pra ver uma coisa!
Fonte: O Estado de São Paulo


Spencer Tracy
Spencer Tracy em "Adivinhe quem
vem Pra  Jantar"
foto New York Times



Spencer Tracy nasceu no dia 5 de Abril de 1900, filho de pais católicos, estudou em colégio jesuíta. Nesse colégio conheceu o também fututo ator Pat O´Brien. Em 1917 os dois abandonaram os estudos e se alistaram na Marinha para participarem da Primeira Guerra Mundial. Mas acabaram ficando no estado da Virginia durante a guerra. Depois foi transferido para Wisconsin, onde terminou seus estudos.
Nessa tempo começou a atuar no colégio e acabou decidindo seguir carreira de ator. Fez um teste para a American Academy of Dramatic Arts em Nova Iorque e foi aceito. Em 1922 estreou na Broadway. No ano seguinte casou-se com Louise Treadwell, com quem teve dois filhos, um filho nascido em 1924 e uma filha nascida em 1932.
Em 1930 teve seu primeiro grande sucesso na Broadway, o diretor John Ford assistiu a peça e o chamou para estrelar seu próximo filme Up the River. Pouco depois ele e sua família se mudaram para Hollywood. Nos próximos 5 anos atuou em 25 filmes, até que em 1935 assinou contrato com a MGM. Dois anos depois ganhou dois prêmios  Oscar consecutivos de melhor ator principal (1937 e 1938). Por 20 anos ficou na MGM e em 1955 começou a atuar independentemente.
Em 1941 durante as filmagens de Woman of the Year, Tracy conheceu a atriz Katherine Hepburn,  com ela teve um longo relacionamento, nunca assumido, até a morte dele. O relacionamente deles era complexo e passava por períodos de distanciamento, em um desses momentos ele chegou a se envolver brevemente com a atriz Gene Tierney em 1952. Embora não tivesse nenhum envolvimento mais com sua esposa, ele nunca se divorciou, porque era um católico praticante.
No final dos anos 1940, foi diagnosticado com diabetes, agravada pelo alcoolismo. Em 1963 sofreu um ataque cardíaco, que acabou por afastá-lo do cinema. Retornou em 1967 para filmar Adivinhe quem vem para jantar.
O ator estava com a saúde debilitada e três semanas após a conclusão das filmagens do filme, Katharine Hepburn  encontrou o ator morto na cozinha de sua casa. Spencer Tracy faleceu de ataque cardíaco.
Tracy é descrito como um dos maiores atores da história do cinema norte-americano. Participou em mais de setenta filmes em três décadas. Juntamente com Laurence Olivier possui o recorde de indicações ao prêmios Oscar de melhor ator.

Por Morrison