segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

AH, AS ELEIÇÕES...

Ruth do PP-BM


Inês Pandeló acertou na mosca. Não quer saber de se candidatar a prefeita de jeito nenhum. Parece até que está ouvindo a voz do povo - "Xô!!!!". Coincidência ou não o fato é que Inês e o povo barramansense, agora, estão afinados. A Ruth Coutinho, entretanto, faz ouvidos de mercador. Não tá nem aí para o que o povo pensa. Encasquetou que vai ser prefeita igualzinha a mim quando uma vez sonhei com um velocípede. Eu era bem criança. A Rutinha, não; ela já está bem grandinha pra confiar no Papai Noel. E lá foi ela atrás da Inês Pandeló que estava, conforme se sabe, a procura de uma saída de incêndio. A Ruth era essa porta. E as duas aproveitaram a oportunidade. Inês ficou livre de um novo vexame e ainda pode ganhar uma meia dúzia de secretarias. Inês também sonha, ora bolas! Mas o certo é que não perde nada. Nada, nada... A Rutinha, entretanto, não parou na deputada, não. Vem pedindo apoio a uma pá de gente. Inclusive ao Jonas Martins (PCdoB) que de concreto mesmo tem uma foice, um martelo e seu escasso voto pessoal. Em política é assim mesmo: Vai-se pegando e largando companheiros pelo caminho. Já não mais por ideologia, mas por conveniências. Rutinha é do PP do Maluf, Jonas Martins é do PCdoB da guerrilha de Aragarças e Inês Pandeló é do PT das portas das fábricas e de parte da igreja. É o encontro das correntes revolucionárias a favor da menina malufinha. Tá difícil segurar essa gente.

Prestes, na Praia do Futuro, Ceará
(ilustração da Revista de História da Biblioteca Nacional)


Armando Falcão, ex-ministro da justiça, reconhecia de longe um comunista. Se o indigitado usasse um paletó de número maior que o dele e carregasse, embaixo do braço, um jornal velho... Batata! Era comunista. Não riam, que ainda hoje está assim. Anita Leocádia quer preservar a memória do seu pai, Luiz Carlos Prestes, a uma visão unidimensional. Ficou braba com a foto do seu pai trajando apenas uma sunga e um chapéu na Praia do Futuro, no Ceará. Ela o quer visto talvez somente com aquelas barbas espessas e uma espingarda servindo-lhe de apoio, como uma bengala. Sua madrasta, entretanto, viúva de Prestes, vê tudo isto de forma bem diferente. Aos 81 anos de idade, entendeu que as lembranças dos seus 40 anos de vida conjugal com o velho líder comunista têm mais significado para a História do que para ela pessoalmente. Então, no dia que seu marido faria 114 anos ela entregou 27 pastas de documentos ao Arquivo Nacional. No meio de toda a papelada, fotos e cartas de amigos e familiares. Em uma delas, um dos seus netos lhe pede para comprar uma revista do Tio Patinhas. Isto provocou calafrios em Anita. Imagina se nesse meio aí vai uma foto do velho Prestes, de quatro no chão, a servir de cavalinho para um neto, ou - mais próprio ainda - para um filho. Eu não quero nem imaginar.



Laura Dekker é uma recordista mundial que o Guinness se recusa registrar. Ela tem 16 anos e 4 meses de idade e fez sozinha uma volta ao mundo num barco a vela. O seu record é este, é a de ser a  mais nova velejadora de todos que já fizeram este périplo. Ela saiu da Holanda e voltou à Holanda. Foi preparada para isto, como antigamente se preparavam as meninas para se casarem brincando de bonecas e fazendo cozinhadinho. Ela nasceu praticamente dentro de um barco. Aos 13 anos, seus pais já a incentivavam para o desafio. Os tribunais de Holanda ameaçavam retirar a guarda dos pais. Não concordavam de a menina ficar tanto tempo longe da escola. Chegaram num acordo que a menina faria contatos frequentemente com  a escola. Iniciada e encerrada a viagem ainda resta muita polêmica. Nem o Guinness e nem a federação  internacional de vela reconhecem o recorde de Laura. Para essas entidades, esse não é um Record saudável. Se os pais de Laura já tentaram fazer com que ela saísse sozinha aos 13 anos, logo aparecerão outros pais com filhos de 11 ou nove anos prontos para dar volta ao mundo.



Ladrão que rouba ladrão, diz a sabedoria popular, tem cem anos de perdão. E, agora, essa coisa de polícia prender polícia? Deus me livre que o prêmio seja uma punição! Cruz credo! A coisa tá alastrando. Agora, o preso foi um delegado. Quer dizer, uma delegada - Daniela Rebelo, Titular da 19 DP, na Tijuca, Rio de Janeiro. Ela foi detida numa blitz da Lei Seca, na Avenida Lucio Costa, pararam seu carro. Ela não quis se submeter ao bafometro. E, segundo o tenente Bernard Giusseppe Carnevale, a O Globo, ele teve que algemá-la para evitar agressões. Mas a semana não ficou só nisto. Até a atletíssima Danielle Hipólito concorreu a essa medalha da estupidez. Também ela foi parada numa blitz da Lei Seca. Foi detida e só pôde ir embora com um a presença de um condutor devidamente habilitado para condução do seu veículo.



No século XVII, a Coroa Portuguesa perdeu lucros no comércio com açúcar, mas se deu a descoberta de ouro no Brasil. Portugal viu que estava ali, uma nova fonte de enriquecimento. Isto aumentava ainda mais a necessidade de fazer crescer a população desta colônia. A possibilidade de se ter filhos, muitos filhos tornou-se um grande predicado da mulher. Justo por isto, tem-se que a igreja até incentivava as moças ficarem grávidas antes de subirem ao altar, como garantia de que seu casamento produziria uma boa prole. Evidentemente, o futuro casamento era um compromisso. Acontecia, entretanto, que muitos homens sumiam após os primeiros dias de namoro. As mulheres iam se queixar ao bispo, que mandava alguém atrás do fujão, que quase sempre dava em nada. Daí, teria nascido a expressão vá se queixar ao bispo. Fonte: Almanaque do Brasil
http://www.fernandodannemann.recantodasletras.com.br/visualizar.php?idt=94947



Nair de Tefé (1886-1981) foi pintora, cantora, atriz e pianista brasileira. Hermes Lima a considerava a primeira cartunista mulher do mundo. Nair estudou em Paris, Marselha e Nice, na França. Voltou ao Brasil aos vinte anos de idade. Deixou de exercer sua carreira em 1913, ao casar-se com o, então presidente, Mal Hermes da Fonseca. Foi a primeira dama do Brasil, no período de 1913 a 1914. Mas deixou marcada a sua passagem. Era uma mulher à frente de seu tempo. Promovia saraus no Palácio do Catete e reunia amigos para recitais e modinhas. No dia 26 de outubro de 1914, foi a última dessas suas festas. Nair convidou o compositor popular Catulo da Paixão Cearense para acompanhá-la ao violão no popular maxixe de Chiquinha Gonzaga o “Corta Jaca”. Foi um escândalo. Ela juntara o maxixe, uma dança lasciva ao violão que era um instrumento da malandragem. Rui Barbosa, no Congresso, assim se referiu ao episódio Rui Barbosa: “A mais baixa, a mais chula, a mais grosseira de todas as danças selvagens, a irmã gêmea do batuque, do cateretê e do samba” Fontes: Almanaque do Brasil e Wilkipedia

domingo, 22 de janeiro de 2012

O DONO DO PARAFUSO




Encontrei um parafuso na Câmara Municipal. Estava caído no chão. Um homem vendo-o ali como que jogado pensou em levá-lo para casa. Chamei sua atenção: "É melhor deixá-lo ali na cerca. Pode ser de alguma autoridade". O parafuso ficou ali, no parapeito da cerca. As pessoas passavam desconfiadas - deve ser do Fulano, deve ser do Beltrano. Eu também dei o meu palpite: Deve de ser do Vereador José Augusto Miranda (PDT).  Porque, sinceramente, um vereador receber da prefeitura por RPA, um tipo de servidores que  não são estatutários, nem celetistas, só pode ter um parafuso a menos.  Meu amigo Marcondes tinha uma opinião diferente. Ele achava que o parafuso só podia ser da  Dra. Suely Pinto, a Secretária Municipal de Saúde. E disse que o caso dela é sério. É sério de verdade! Foi mesmo assim que ela falou da dengue para A Voz da Cidade:  “Acho que a população está adotando o mosquito como bichinho de estimação”. Ela é o remix da Martha Suplicy: “Relaxa e goza!” Enfim, não se chegou a nenhuma conclusão. No dia seguinte, o Zezinho da Ética foi visto cedinho lá na CMVR. Ele estava procurando o parafuso. Não sei a mando de quem.

Ilustração de Aroeira

Um rato apareceu no Senado Federal. Pode parecer mentira mas é a pura verdade. Assustou até o Sarney. Uma desavisada funcionária, calçando sandálias sentiu picar-lhe o calcanhar os dentinhos do roedor. Ela se assustou, gritou. Deu piti. Mas o rato nem nada. Parecia em casa - os incomodados é que se mudem. Esta casa não pode funcionar assim. E o Sarney cobrou providências. Para melhor compor a cena fez cara de medo e asco. Afinal, é o presidente da casa.  A Secretaria Geral da Mesa se justificou. Disse que,  vira e mexe, eles estão desratizando o prédio, mas os ratos não param de chegar. Estão buscando explicação. Aliás, há um outro caso precisando ser explicado:   Mônica Nunes é professora de Física em cursinho, na cidade de Campinas, São Paulo.  Inscreveu-se no concurso do ENEM. Foi ao exame com o único objetivo de pegar o caderno de provas. É professora e este material lhe seria útil. Seu cartão de respostas, portanto, foi entregue em branco. Totalmente. Quando vieram os resultados, ela apareceu com nota superior a de alguns outros concorrentes. Teria algum rato furado o cartão dela, enganando o computador? Os ratos estão soltos.



Cada vez se descobre mais que o Mundo Novo não tem nada de novo. Agora, descobriram que viveu lá no Rio Grande do Sul um carnívoro que antecedeu os dinossauros. É tempo! São passados 232 milhões de anos. O pessoal festeja porque o achado é a mais importante descoberta paleontológica dos últimos anos no Brasil. Seu nome científico é Pampaphoneus biccai – o matador dos pampas. Ainda pouco se sabe sobre o animal. Nem se era réptil ou mamífero.  Essa nova descoberta foi publicada na  versão on-line da revista científica "Proceedings of the National Academy of Sciences" (PNAS). Juan Carlos Cisneros, da Universidade do Piauí e Cesar Schultz, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, coordenaram os trabalhos. Este matador dos pampas é visto como um parente distante dos mamíferos atuais.



 
Autoridades nortecoreanas não estão nada, nada dessa história de se por duvida nas lagrimas derramadas por Kim Jong. Eu, que não me chamem em testemunho, achei meio que exagerado aquele choro. Daquele jeito mesmo, no Brasil, só sei das lágrimas vertidas na Copa do Mundo de 50. Muita gente chorou. Os torcedores e picolezeiros dentro do estádio; os  vendedores de flâmulas e bandeirinhas, lá fora. Penso que só eu mesmo não chorei porque estava lendo uma revista do Zorro. Muito bem. E, agora, esse caso da população nortecoreana se derretendo toda pelo passamento de Kim Jong. O que intriga é que todos choraram. Não houve sequer um Elson lá, distraído com um Pato Donald.  Mas enfim cada povo tem sua copa, tem sua seleção. E Kim Jong por 17 anos se invicto parecia imbatível. Ao seu modo, claro! O certo é que houve denúncias de que as autoridades nortecorenanas estavam punindo aqueles que choraram de mentirinha a morte do seu líder supremo. E isto os levaria para o campo de concentração por seis meses. Aí, aprenderiam a chorar de verdade.

CURIOSIDADES.

 
Jorge Hilpert, morto em 1794, foi o industrial que fabricou os primeiros soldadinhos de chumbo. A coisa pegou e deve mesmo ter influenciado  Hans Christian Andersen em 1838, quase 50 anos depois, a publicar o consagrado conto do soldadinho de chumbo.  Hilpert, inicialmente, produziu uma cópia ainda grosseira de Frederico o Grande com seu estado maior. Frederico fora rei da Prussia até 1786. Marcou o seu tempo como um dos mais hábeis imperadores. Animado pelo sucesso Hilpert, a pouco e pouco, foi criando novos modelos até formar um copioso catálogo.  Fonte: Almanaque Eu Sei Tudo)

A introdução do botão nas roupas masculinas e femininas não foi bem recebida. Até o início do século 13, somente as pessoas levianas os usavam. As roupas eram apenas costuradas. Cada vez que se precisava despir uma roupa ela tinha que ser descosturadas. O uso dos botões, portanto, facilitavam retirar e vestir de novo a roupa em qualquer lugar. Por isso a sociedade não os via com bons olhos. Mas terminou pegando a moda. A casa na lapela do paletó é atribuída ao Príncipe Albert que ganhando uma flor da sua noiva Rainha Vitória, tomou um canivete e abriu uma casa na lapela do paletó enfiando ali a flor. No dia seguinte, virava moda, na Inglaterra. Noivos, ainda hoje, usam uma flor na lapela. Os botões na mangas tem uma origem bem diferente. Foi Frederico, o Grande que mudou os botões, antes nos cotovelos. Isto para evitar que os soldados continuassem limpando o nariz com a manga dos uniformes. Fonte: Jornal Zero Hora, Ênio Seibert e Curiosidades de Valmiro Rodrigues Vidal.

domingo, 15 de janeiro de 2012

ESSA TURMINHA É MUITO UNIDA...


Um amigo meu ouviu atentamente o discurso de Jair Nogueira, na Câmara Municipal. Era a posse da nova Mesa Executiva. Pôs os elogios (muitos) para um lado, as críticas (poucas) para o outro e concluiu assustado: “E se esse discurso for apenas etiqueta?!” Eis o dilema do eleitor moderno - distinguir quando o político fala a verdade e quando ele é somente educado. Dilma chamou o roubo deslavado nos ministérios de malfeitos; Jair chamou Paulo Conrado de grande Presidente do Legislativo. Paulo Conrado agradeceu com um sorriso que também me pareceu protocolar. Meu amigo, ainda assim, viu muita emoção no discurso do Jair. Já outros, também ali perto, achavam que aquela emoção nem era fresquinha, mas uma emoção dormida. Restos do dia anterior quando soprara 57 velinhas. Mas eu, que Deus me livre de falso testemunho, achei que também aquela emoção era pura etiqueta. E para que o leitor não se canse de mim pelo uso abusivo de um mesmo adjetivo digo de uma vez que também a administração do Conrado foi mera etiqueta.  A dengue campeava lá fora, havia muita falta de água, escolas sem teto, coleta de lixo comprometidíssima e o Conrado economizando dinheiro, gestos, ações e mesmo palavras. Toda a denúncia de malversação de recursos foi por água abaixo. Não criaram nem uma mera sindicância. Enfim, estavam lá todos, todos vereadores satisfeitíssimos. Aliás, não estava presente o vereador Júnior Granato. Deixou sua cadeira vazia. Junior Granato é aquele tal que fugiu da votação para cassação do Neto... Penso que ele está fugindo até hoje. Bobagem dele. Tanto que o Neto nem foi à solenidade.

QUEM SABE DAQUI A DEZ ANOS



Ser pego com a boca na botija dava uma quarentena. Às vezes, se ia até ao padre pedir umas penitências pra pagar. Hoje, não se fica sequer vermelho. Dizem que a botija não é botija e ponto final. E continuam a transitar nas vias públicas e, sobretudo, nos encontros sociais. Tal se dá com ministros e ministros. O homem do dinheiro na cueca, hoje, se julga ofendido. Processa o governo. Julga-se ofendido. Passarem-lhe as mãos na cabeça foi pouco para os seus méritos. Acha que merece uma promoção, um reconhecimento a mais. Carinhos só não bastam. Vide o caso das ONGs. Há três ou quatro meses disputavam espaço nas páginas criminais dos jornais. A Presidente Dilma determinou uma devassa naqueles contratos e que só seriam feitos novos pagamentos sob sua responsabilidade direta. Mas, agora, passados três ou quatro meses ainda não se sabe sequer se alguma ONG vai devolver dinheiro ou se foi impedida de celebrar novos contratos com o governo. Contudo, já foi aprovado o acréscimo de R$ 1 bilhão para este ano. Isto quer dizer que vão receber R$ 1 bilhão a mais do que receberam no ano passado. É assim. Segundo o TCI, o atraso medido da prestação de conta pelas ONGs leva em média 2,9 anos e o tempo de análise é de 6,8 anos. Esperemos dez anos pois.

FAÇA EXERCICIOS  NA REDE



Que tal um comprimido em vez de uma caminhada? Comprimido!!!??? Sim. É bem possível que, daqui algum tempo, seu cardiologista lhe ofereça essa possibilidade de trocar dezenas de voltas no quarteirão pela ingestão de uma pílula. É o que nos vem lá dos esteites.  Pelo Dr. Pontus Bostrom. O site  New Scientist e a Revista Nature publicaram essa preciosíssima novidade. Pontus, junto a um grupo de cientistas  do Instituto do Câncer Dana Farber, em Boston, observou que a atividade física produz um hormônio – irisin – que combate à obesidade e às doenças decorrentes dela como diabetes e problemas cardiovasculares. Fizeram experiências com ratos e foi tira e queda. Ratos alimentados com dieta rica em gordura que receberam aplicação do hormônio não sofreram alteração de peso. Mas, calma pessoal! A experiência com seres humanos ainda demora um pouco. Até lá ainda dá para comprar um par de tênis novo.

O APOCALIPSE SE APROXIMOU DE UM MINUTO




Em 1947, o Bulletin of the Atomic Scientists da Universidade de Chicago criou o relógio do Apocalipse. É um aparelho simbólico cuja “meia-noite” marca o fim do mundo. Os minutos para a “meia-noite” obedecem a uma lógica que não é a do movimento da Terra na sua órbita. Nesse relógio os ponteiros podem correr para frente ou para trás. Em 1991, por exemplo, nos afastamos um “minuto” do fim por conta do Tratado de Redução de Armas Estratégicas celebrado pelos EUA e URSS. Agora, na última terça-feira, aproximamos um “minuto”. É o que nos diz o bulletin. Eles levam em conta o estado dos arsenais nucleares mundiais e sua proliferação, biossegurança e clima, entre outros fatores. E assim avaliam a proximidade do ser humano com a sua extinção.

CURIOSIDADES




Janeiro é o primeiro mês do ano nos calendários juliano e gregoriano. Vem, certamente, de Ianuarius que era o décimo-primeiro mês do calendário de Numa Pompilio. Há entretanto discussões sobre sua origem etmológica. Para alguns vem do latim pela palavra jannua (porta) e há os que acham que vem  de Jano, entidade mitológica romana, também. Jano era um deus bifronte. Tinha duas caras. Olhava, ao mesmo tempo, para o passado e para o futuro. Na Roma Antiga, o primeiro dia do ano era dedicado a ele, porteiro celestial que representava os términos e começos. Tornou-se também o “Deus das Portas”. Fonte – Revista Veja, Wikipédia e Curiosidades de Walmiro Rodrigues Vidal


Foto de um pigmeu atual - Revista de História
da Biblioteca Nacional


Na escavação da primeira Catedral da Sé no Brasil, em Salvador, descobriram-se alguns crânios com dentes da frente mutilados, enterrados no adro da igreja. Nesse espaço, se enterravam os pobres. Como era alta a densidade de negros e quase não havia índios nessa cidade, concluíram que esses crânios só podiam ser de negros. Esses dentes eram do tipo piranha. Esse costume de modificar o desenho dos dentes veio para o Brasil trazido desde os  primeiros escravos. Também foi encontrado em outras diversas partes do mundo, desde a pré-história. Mesmo entre os índios da América pré-colombiana se encontravam desses exemplos com uma única excessão que eram os índios brasileiros. Também não há nenhuma evidência arqueológica, nem nenhuma referência desses costumes entre nós. Na África, ele existe até hoje.

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

PARAISO NÃO É MAIS AQUELA

 

1917. Eram 23 horas de 3 abril e Lênin chegava à estação Finlândia. No meio de milhares de trabalhadores e bandeiras que o saúdam, ouço a entusiasmada voz da Dodora. Chego a crer que foi ela quem puxou o  panelaço da Revolução de Outubro. De lá para cá, desconsiderando-lhe os trajes e o raleamento dos cabelos, ela continua rigorosamente lá a mesma de 1917. E quanta coisa mudou, nesse mundo! Mudou o Lula, mudou o Franck, mudou o Gotardo e mudou meu jardineiro, que já não tem os mesmos cuidados com as plantas. Mas mudar mesmo, mudar pra valer, quem mudou foi a Aparecida Paraíso. Quem só a viu agora, com esta naturalidade de deslizar de gabinete em gabinete pensa que ela é assim de nascença. Ledo engano. Paraíso esbarrava nas mesas, chutava cadeiras e chamava o prefeito de você. É o nosso mais célebre exemplo de mutação. Ela foi a La Passionaria Tupiniquim. Bastava um anúncio de greve do funcionalismo ela ia deitar-se em frente ao portão da garagem. No chão mesmo. E não levava travesseiro e nem sequer uma folha de jornal PAra servir de colchão. Anunciava-se o fim da greve, ela levanta-se num salto empertigada. Sacudia a poeira com as mãos e estava pronta para conversar com o Prefeito. Prontinha. Eu admirava muito a Paraíso. Não por essa sua coragem cívica; mas por sua condição física. Ela ficava deitada lá horas e horas. Houve vez que ficou mais do que um dia e levantava-se sem nenhuma dor nos quartos. Hoje, ela mudou muito e o salário dela mudou também... Dizem que mudou muito. É natural. Mudança atrai mudança. Não pára mais. Só agora sinto que fuji do assunto, mas foi inevitável. Esqueci da Dodora lá em 1917. Mas parece que ela ficou bem

MAIS UM



 
Em 2 de janeiro, o primeiro dia útil do ano, Fernando Bezerra cortou a fila de demissões. Não sei. Acho que o caso do Pimentel ficou meio encruado e préfiriram sacrificar logo o Bezerra, que acreditam já esteja na hora do abate. Também pudera! Ele destinara 90% da sua verba contra desastres naturais ao Estado de Pernambuco. Tudo a pedido do seu filho deputado Fernando Coelho PSB-PE). Sabe como é... havia outros 219 pedidos de deputados, mas pai é pai. Logo que a coisa explodiu, Eduardo Campos (PSB-PE), que é meio pai do Bezerra saiu em sua defesa. E juntos partiram para o ataque. Falaram que Pernambuco foi melhor atendido porque foi o único que apresentou projetos. Não colou. Até pegou mal. Aí, Dilma Rousseff escalou a ministra do planejamento Miriam Belchior para defendê-lo. A Miriam fez o melhor que pode. Foi lá pegou o já tão surrado adjetivo indevida a acusação: "o ministro devia estar sendo elogiado".  Também não adiantou nada. Já apareceram novas e piores denúncias contra o moço. Eu, por mim o exonerava logo. Mas acho que a Dilma não quer ultrapassar sua média do ano passado – Um ministro a cada dois meses. Esperemos pois.


PADRE MARCELO II



 
O Padre Luiz Augusto Ferreira da Silva, 51 anos, é do Movimento Carismático em Goiás. Por 15 anos dirigiu a paróquia da Sagrada Família. Agora, sua igrejá já não acomodava mais tanta fiés. Aos domingos, lá estavam 20 mil deles se acotovelando para receber a bênção, para receber a hóstia, para ver o padre de perto. Sua paróquia tornou-se uma referência de devoção e campeoníssima no recolhimento de dízimos - R$ 430 mil mensais. Ao lado do trabalho religioso tinha o trabalho social - distribuição de cestas básicas, acolhimento de moradores de rua, recuperação de drogados eram o seu carro chefe. E tinha tudo para crescer ainda mais porque essas atividades eram canais abertos para novos recursos. Entretanto, a  Arquidiocede de Goiânia tolheu o sacerdote. Mandou-o para uma comunidade pequeníssima em Atos, a 30km da cidade. O padre não se fez de rogado. Iniciou a construção de um galpão, onde receberia tres mil fiéis. Mas a arquidiocese não está de brincadeira e o fez assinar um documento onde se considera impedido de celebrar missas públicas. Agora, somente para a comunidade. A população fez abaixo assinado, fez passeata mas não demoveu o arccebispo de Goiania Dom Washington Cruz. A igreja as vezes recorre a passeatas também. Mas pimenta nos olhos dos outros é refresco.

MUZZICYCLES


Tirar leite das pedras é o que se faz cada vez mais com o lixo. Lixo, nem sempre, é pra se jogar fora. Há excelentes trabalhos com resíduos sólidos, inclusive, no Brasil. Juan Muzzi é um deles. Nasceu no Uruguai mas mora no Brasil, São Paulo, há quatro décadas. Por dois anos, pesquisou e experimentou até chegar a essas modernas bicicletas que ele faz com garrafas PET. Fora o baixo custo de produção elas são mais resistentes e mais flexíveis. Não enferruja, tem amortecimento natural. O processo constitui  na granulação das garrafas, que, depois, é misturada a outras substancias químicas e injetado num tubo de aço, o molde. É tudo muito rápido. Em dois minutos e meio, medido no cronômetro,  se obtém um quadro de bicicletas. Em cada um deles são utilizadas 200 garrafas PET. Vai de vento em popa a indústria. Produz uma média de 15 mil bicicletas por mês, vendidas por de  R$ 400,00 a R$ 3 000,00, dependendo dos acessórios escolhidos pelo cliente. As bicicletas podem ser adquiridas pelo site  http://www.muzzicycles.com.br/

CURIOSIDADES

Abreugrafia é um método para o diagnóstico precoce da tuberculose. Foi criado pelo brasileiro Manuel Dias de Abreu. No Brasil, o método recebeu o nome do inventor. No exterior ganhou outros nomes. Manuel de Abreu formou-se na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, aos 21 anos. Em 1915, mudou-se para Paris onde se aprimorou. Nas décadas de 30 e 40 a tuberculose fez muitas vítimas principalmente na cidade do Rio de Janeiro. Manuel de Abreu já estava no Brasil e foi ainda mais motivado nas suas pesquisas. Em 1936, o médico apresentou o invento o invento à sociedade. E em 1937 foi instalado o primeiro aparelho. Somente em 1939 o método foi chamado de abreugrafia. Em 1950, o médico recebeu indicação para o Prêmio Nobel. Doze anos depois, ele morreria aos 70 anos de idade. (fonte : http://www.akisrx.com/htmtre/abreu_brasil.htm



 
D. Pedro I viveu 45 anos (1789-1834). Foi uma vida tortuosa, controvertida. Uma vez, valoroso lutando por liberdades constitucionais, no Brasil e em Portugal; outra vez, é um monarca absolutista, como rasgando a constituição em 1924. Ora, é um amante devasso, ora é um pai que abre mão de dois reis, em favor de dois filhos – o Brasil para D. Pedro II (1831) e Portugal para Maria da Glória (1826) . Em Portugal, ainda precisará guerrear contra Miguel, o próprio irmão, E o venceu restabelecendo a monarquia constitucional em Portugal. A memória coletiva o tem como um ignorante, um iletrado. Não foi bem assim. Falava Português, francês e inglês. Tocava quase todos os instrumentos, cantava e compunha – o Hino da Independência é da sua autoria. Seu casamento com a arquiduquesa da Áustria enriqueceu sua formação intelectual. Ela o introduziu no estudo do alemão. Venceu o irmão e restabeleceu a monarquia constitucional. Morreu em 1834, no Palácio em Queluz no mesmo quarto em que nascera. Sua vida marcou profundamente Portugal e o Brasil. Esses dois países disputaram seus restos mortais. A partir de 1972, por meio do acordo diplomático luso-brasileiro, ficou decidido que o coração do imperador permanceria em Portugal e os demais restos mortais foram transladados para a cidade de São Paulo e colocados na cripta do Monumento do Ipiranga, às margens do famoso riacho, hoje córrego canalizado e poluído. Fonte : Revista de História da Biblioteca Nacional

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012



Maria da Penha, Presidente do PT-BarraMansa, não passa pelo Zé do Carmo sem se benzer. Não quer vê-lo nem pintado.  Expulsou-o do partido e parece que ainda tem umas maldades na cabeça pra descarregar todo seu ódio. Levei um susto com tamanha indignação. O que teria feito esse Tal do Zé que indignasse tanto essa Tal Maria? Não conheço um nem o outro, mas conheço o DNA do  PT. E isso já me basta para formular alguma idéia. Eles passaram pelo mensalão, pelos aloprados de cabeças erguidas. Eles têm casca grossa. Daí, a pertinente indagação: O que teria feito esse Tal de Zé para tirar essa Maria de Tal do sério?  E o que fez, meu Deus, esse pobre do Zé do Carmo?  E eu mesmo respondo: O Zé não fizera nada, nada, nada que desonrasse qualquer petista. Pelo contrário. Ele corria atrás de uma boquinha. Quer coisa mais natural para eles? Pois é. E o Zé... Já viu, né? Cão de caça puxa raça. Apareceu a boca e ele não esperou a segunda vez. Aceitou no ato. Aí, D. Maria virou bicho. Ela queria a boca pra ela, queria dividi-la com ele? Não se sabe. Aliás, esse negócio de boquinha me lembra muito a Aparecida Paraíso. Conheci-a deitando-se no portão da garagem para não deixar que saíssem as viaturas, nas greves da Prefeitura. Defendia incondicionalmente os funcionários municipais. Ela já andava providencialmente com sua esteirinha de palha enrolada debaixo do braço. A qualquer momento ela colocava a esteira e deitava-se na frente dos carros. Hoje, ela anda sumida. Saiu do PT? Não. Conquistou uma boquinha. Aqui em Volta Redonda, se a gente for falar em boquinha não para mais. O Vereador Paiva mesmo tem mais de uma, mais de duas...  Em Barra Mansa, foi diferente. O número de bocas é menor. Agora, o pobre do Zé vai ter que devolver aquela estrelinha que ele carrega no peito, que para efeito de ganhar uma boquinha é o melhor currículo.


AGNELO DANDO CANELADAS NO FUTEBOL





São Paulo dá café, Minas dá leite e Brasília dá o que falar. Tem de tudo. Nunca vi! Agora, naquela terra que não tem time, não tem jogador, não tem torcedor, tem gente investindo pesado no futebol. E não é nenhum bobinho, não. Tudo gente esperta. Pudera! dizem alguns que essa é uma boa forma de lavar dinheiro. Ele sai limpinho e cortejado. Dizem. O que sei é que isto não é de hoje.  Luis Estêvão foi o primeiro a derramar a mancheias dinheiro no futebol brasiliense. Comprou o time do Atlântida. Mudou-lhe o nome para Brasiliense e o levou a vice-campeão da Copa do Brasil, numa campanha meteórica. Luis Estêvão teve ele próprio uma ascenção rápida também. Veio à luz iluminado por aquele escândalo de US$  5 milhões junto com Collor de Mello na Operação  Paraguai. O escândalo foi tão escandaloso que o elegeu a senador,  sem fazer praticamente nenhuma campanha. Aí, ele mudou de parcerio. Foi fazer dupla com o juiz Lalau e deu no que deu. Agora, dez anos depois, vem o Agnelo Queiroz, governador de Brasilia, investindo em times da cidade. Eu ia contar essa história para a Dodora mas não adianta. Ela ia me mandar ler Gramsci.

MUSICA GOSPEL, O NOVO FILÃO.        



 
A música gospel está chegando aos céus aqui  na Terra. Abre um espaço cada vez maior no campo musical brasileiro. The Guardian, jornal britânico, já o espalhou para o mundo todo a novidade. Aquele "Festival de Promessas" deu-lhe a claríssima impressão de que está chegando aí uma outra  "Bossa Nova". A Rede Globo de TV estava lá também.  Para Regis Danese, uma espécie de Michel Teló gospel, mais de 20 mil pessoas estiveram presentes naquele dia 18 no Aterro do Flamengo. Para a Globo foram mais de 60 milhões os que o acompanharam pela TV. O deputado Aroldo de Oliveira, dono do Grupo MK Musi, o maior selo gospel do Brasil - concorda. Diz que é mesmo de 60 milhões o número de pessoas ligadas direta ou indiretamente ao mundo evangélico. E é uma clientela que repudia a pirataria.  A entrada da Globo tende a ampliá-lo ainda mais por causa desse seu poder de dirigir  a vida cultural no país. O Padre Fábio Melo já é um dos seus contratados, pela Som Livre.


ENFRENTANDO O PLÁSTICO.



Invento japones

 
O que fazer com tanto plástico que há? A ALERJ deu seu toque - proibiu o uso de sacolas plásticas, no comércio. A lei foi aprovada em 2010 mas só entra em vigência em 2013. Os estabelecimentos ganharam prazo para se adaptarem a esse novo procedimento. Enquanto isto, também adaptemo-nos nós a poluição, então crescente. Em Barra Mansa, a Prefeitura Municipal fez uma imensa árvore de Natal toda de garrafa Pet. Em Volta Redonda, elas passam boiando irresponsavelmente no Rio Paraíba. No Japão, cientistas da  Universidade de Kyoto, desenvolveram um sensor de radioatividade com esse mesmo material.  E essa regina plástica que se transforma em PET reduz de 90% o custo desse aparelho.  Este produto foi batizado com o nome de  Scintirex. Começa a ser vendido a R$ 208 e a expectativa é que seja adotado em 6 mil estações radioativas, incluindo hospitais, espalhadas por todo o Japão.

CURIOSIDADES

O CALENDÁRIO

Calendário Indu

Calendário é um sistema para contagem dos dias. A palavra deriva do latim calandae que significava o primeiro dia de cada mes - o dia em que se devia ter as contas pagas. Daí, se tirou calendarium ou livro de registros.  Portanto, o primeiro sentido do substantivo calendarium não tinha nada a ver com o registro do tempo que passa, mas sim com o dinheiro que sai. Calendarium teve o significado de Livro de contas, livro-caixa, empréstimo a juros, inventário de bens, todas acepções pecuniárias antes de adquirir, no próprio latim, o significado que passaria ao português no século XIII: o sistema oficial de divisão do tempo. A expressão "para as calendas gregas" , entretanto, quer dizer "nunca" porque os gregos não tinham calendas. Fonte Revista Veja e Dicionário Latino Português de F.R. Santos Saraiva.

MULHER SOLDADO



Maria Úrsula d’Abreu e Lencastro, nasceu no Rio de Janeiro em 1682. Aos 18 anos de idade, para evitar um casamento indesejado, fugiu para Lisboa, onde chegou no dia 1 de novembro de 1700. E nunca mais voltou ao Brasil. Adotou o nome masculino de Baltazar do Couto Cardoso -, alistou-se no Exército e lutou por mais de dez anos na Índia.  Depois de muitos confrontos e conquistas ela se feriu num combate para salvar seu capitão – Afonso Teixeira Arraes Melo. Aí seu segredo foi quebrado. E, dessa vez, ela não quis mais fugir. Casou-se com esse homem, ficou legalmente impedida de continuar lutando. Deu baixa do exército e recebeu moções do rei portugues D. João V. Fontes: Revista de História da Biblioteca Nacional e Wikipedia