quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

A TRANSFORMAÇÃO DO VINHO EM ÁGUA








A Igreja Católica foi a manjedoura do PT. O partido nasceu ali, meio que enjeitado, mas esperto. Bem espertinho, mesmo.  Pra melhor dizer, nem precisou da palmadinha no bumbum. Abriu, logo, os olhinhos e gritou “Greve!”.  E, todos em volta, a ouviram e repetiram “GREVE! GREVE! GREVE!” Virou ladainha. E as greves nasciam como coelhos, sob as bênçãos sacerdotais. Ide e multiplicai-vos! Tudo era motivo para greve. Se algum trabalhador reclamasse falta de papel higiênico no banheiro ou do cafezinho ralo na cantina, marcava-se logo uma assembléia. Era fatal. O Padres entendiam cada vez mais de passeatas e menos de procissões. Aqui, em Volta Redonda, havia a Aparecida Paraíso que era de copa e cozinha da Igreja. Dava até Curso Bíblico. E nas passeatas tinha função de porta bandeira, porta-megafone. Gritava palavra de ordem. Enfim, discutia-se mais a CLT do que os evangelhos.  Um líder sindical podia pegar desavisadamente a homilia dominical e colocá-la em votação numa assembléia de trabalhadores. Todos achariam normal. Havia padres operários. O francês Jean Pierre era um deles. Mudaram logo seu nome para João Pedro – pra ficar mais bacana. E, assim, o PT chegou ao poder. Veio a transformação do vinho em água – aquela água. Em reportagem do Jornal Aqui VR, o Padre Juarez Sampaio e o Bispo Francisco Biasin sustentaram que a igreja é contra greves. O PT também. Clemilda da Costa Dalboni, da Pastoral da Saúde, disse que a saúde pública na cidade vai bem obrigada.  E o que começou no jornal continuou na missa. No encerramento da missa de domingo, na Ilha São João, o Padre Juarez elogiou a presença do Espirito Santo, da Deputada Inês Pandeló e do Vereador Paiva. E o fez com a solenidade de quem apresentasse a Novíssima Trindade. Nunca vi. Ao meu lado, um homem se benzeu e rezou: "Em nome do Paiva, da Pandeló e do Espírito Santo"



Na Bahia, filiação partidária é título de peso para concurso público. Quer dizer, valeu por uns momentos. Até que o jornal "Correio da Bahia" fez a maldade de o denunciar. Tem gente que é um irrecuperável estraga prazer. Ainda bem que o Governador Jaques Vagner traz gravado na memória o seu kit petista de sobrevivência. Não precisa nem abrir o livrinho. Disse que não sabia de nada. Foi o que ele disse. Afinal, no PT todos falam a mesma língua. Mas o Governador não parou aí. Anulou aquele viciado Edital 001/2012 da Sua Secretaria de Cultura. E pronto! Tamos conversados! Tudo ficou na conta de Adalberto dos Santos, um certo superintendente estadual. Visto assim sem paixão, o Senhor Santos não foi além das próprias sandálias. Apenas, deu maior visibilidade a essa prática tão usada e abusada   do Oiapoque ao Chuí. Em qualquer prefeiturinha o prefeito que se preza coloca os seus. Imagina, num Estado, na Presidência da República! Talvez, o Senhor Santos quisesse apenas dar vida aquele mote - "Nunca ninguém antes fez tanto... "  Aí, sim! A cada ano de atuação política o candidato ganhava 2,5 pontos para o concurso, no limite de quatro anos. No quadro dessa pontuação política o candidato podia atingir 35 pontos. Como o total era de 60 pontos, a formação política tinha mais peso do que a formação acadêmica.


O que fazer com os corpos dos mortos? O homem ainda não encontrou a solução definitiva. Experimentam, agora, a biocremação - mergulham  os cadáveres numa solução química similar à soda cáustica usada na limpeza. Dali, restarão os ossos que deverão ser lavados e triturados. O resto do corpo está transformado em  aminoácidos e proteínas que serão usados na  irrigação dos jardins. Esta técnica vem sendo usada desde os anos 90, na decomposição de animais  de fazenda e de cadáveres usados em pesquisas. Desde setembro de 2011, uma  funerária em São Petersburgo, Flórida, oferece esse serviço à população. Os cientista da biocremação alegam que sua grande vantagem e a sustentabilidade. Segundo William Counnaughey, diretor da Matthews Internacional fabricante dessas máquinas, a tendência é crescer essa escolha: "Hoje, muitas pessoas, querem ser verdes até, literalmente, o  último momento". E, depois, há seu lado prático. A biocremação completa leva três horas para concluir um trabalho que as bactérias levarariam anos para concluir. Fonte Revista Veja


 
A cidade de Anapurus possui 13 mil habitantes e um objeto caído do céu. Fica lá no Maranhão. O Objeto caiu esses dias e quase fez dobrar a sua população. As autoridades tentaram sossegar os ânimos dos que ali moravam e dos que para lá iam  atraídos pela novidade. Disseram logo que se tratava de lixo espacial. E tranquilizaram ainda mais. Disseram que o lixo espacial é um problema crescente e há milhares desses fragmentos orbitando por aí. Mas há também por ali os de imaginação muito fértil que deram as interpretações mais diversas. Para uns tratava-se de uma possível invasão de extraterrestres e houve mesmo quem falasse do fim do mundo. Mas o comandante da polícia militar local não teve nenhum receio em mandar que se levasse aquele objeto de 30 kg para a delegacia.


CURIOSIDADES

Alexander Graham Bell (1847-1922) nasceu na Escócia e seguiu os passos do seu pai e do seu avô na melhora da comunicação entre deficientes auditivos. Casou-se com uma de suas alunas,  Mabel Hubbard. Descobriu que, no final do século XVI, um inglês anônimo tinha inventado um jeito de falar a distância usando um fio esticado. Achou também a história de um frade francês, Don Gauthey, que teria inventado um outro aparelho que permitia ouvir à distância. As mecânicas da vibração do som e os princípios de transmissão elétrica tinham sido estudadas no começo do século XIX.  Em 1872 Fromet apresentou à sociedade o primeiro telefone elétrico. Graham Bell apresentou o seu quatro anos depois. O registro da sua patente foi feito em 14 de fevereiro de 1876, duas horas antes de Elisha Gray, um dos fundadores das empresas de telégrafo,  que também desenvolvia trabalho neste sentido. Entretanto, os Estados Unidos, através da resolução 269, em 15 de junho de 2002, reconhceu como inventor do aparelho o italiano Antonio Meucci, que o chamou de telégrafo falante, por volta de 1860. Entretanto, na cultura popular ficou mesmo Graham Bell. Bell em inglês é sino e o sino tornou-se simbolo de todas companhias telefônica do mundo numa homenagem a ele. Fonte: Curiosidades, Valmiro Rodrigues Vidal; site guia dos curiosos e wikipédia

Aqueduto de Elvas
inaugurado em 1662
O nosso primeiro “ministro da justiça” já era uma figurinha carimbada, antes da sua nomeação. Chamava-se Pero Borges. Chegou ao Brasil, 20 de março de 1549, na comitiva do primeiro-governador geral da colônia, Tomé de Sousa. Ocupava cargo de  Ouvidor Geral. Mais ou menos o que é o ministro da justiça, hoje. Salário bom, 200 mil réis por ano e ainda o recebera antecipadamente. Tinha facilidades para receber obséquios do rei, dom João III. Em 1543, Borges fora incumbido de supervisionar as obras do aqueduto em Elvas, mas a obra foi dada por terminada sem ter sido concluída. Oficiais da Câmara de Elvas solicitaram ao rei que o caso fosse investigado. Feitas as investigações se concluiu que Borges desviara parte do dinheiro para o próprio bolso. Uma fortuna, naquele tempo. O rei não teve piedade. Borges foi, então condenado a pagar aquelas contas e suspenso de cargos públicos por três anos. Passados, entrtanto, um ano e sete meses da sentença ele foi nomeado pelo mesmo rei ao cargo de ouvidor-geral do Brasil. No Brasil, ele se deu bem. Ficou no posto pelos três anos do governo geral e ainda acumulou o cargo de provedor-mor da fazendo no governo seguinte de D. Duarte da Costa. E, ao que se sabe, não sofreu nenhuma interdição. Fonte: Eduardo Bueno, na Revista Época
 

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

NESTA EDIÇÃO, FALTOU O ZEZINHO DA ÉTICA





Enfim, encontrei uma coisa boa no governo do Neto. Uma coisa boa de dar gosto até de falar. Festejemos esta alegria, o governo do Neto está acabando. Mas, por via das dúvidas, livrai-nos Deus de todo mal. Amém! Nunca, nenhum outro governo, ou desgoverno, teve o fim tão aguardado. Hoje, ele já concorre com o Natal, o Dia de Ano e o Carnaval. Não se sabe qual o mais esperado. É cada vez maior os que querem o fim do governo Neto. Tem gente que a cada dia que passa, arranca carinhosamente a folhinha do calendário e murmura um sentido graças a Deus. E diz: "Menos um dia". Por isso, reconheçamos também essa sua conquista, tirando-lhe nosso chapéu. Cuidemos, entretanto, que não nos tirem o voto.   Tenho um amigo, o Mendonça, que arranca as folhinhas de tres em tres para o tempo andar mais depressa. Mas a mulher dele cata tudinho na cesta de lixo e recoloca no lugar. Ela teme represálias. Aliás eu acho que o nome dele é Marcondes, mas ele diz que é  Mendonça para ficar mais livre para agir.  Outro dia ele me procurou. Veio reclamar que os carros da Defesa Civil estão com insulfilm. Disse-lhe que este blog não é posto de reclamação; é apenas uma tábua onde eu bato a roupa que o governo deixa de lavar em casa. Aconselhei-o, entretanto, a falar com o Vereador Paiva que, afinal, é alto funcionário do DETRAN e, portanto, pode tomar providências. Mendonça então falou que, agora, o errado era eu, que o Paiva trabalha é no SAAE. Eu emendei: "trabalha no DETRAN, no SAEE e na COHAB" Mendonça sorriu meio que derrotado e falou "Ah já sei - o PT é o insulfilm dele".

EI! VOCÊ AÍ, ME DÁ UM DINHEIRO, AÍ!  

Foto de Mariana Belley e Nathalia Nhan,
repórteres da Folha de São Paulo




Talvez, o Lupi até esteja certo. Ele não pode mesmo ser derrubado com uma dessas espingardas de caçar rolinha. Aliás, o próprio Lula já avisara que o pessoal dele tinha que ter casca grossa. Dito e feito. Ele próprio, o Lupi, como se fora o boneco do ventríloquo,  disse que era cascudo, que para matá-lo só com munição pesada. E olha que quando falou isto já estava com o rabo bem grande.  Tanto que a comissão de ética recomendara seu afastamento "Não podemos continuar com um homem desses". Tá certo que, no dia seguinte, o Lupi pediu perdão e até disse que amava a presidente. Pensei cá com meus botões:  "Não tem mais jeito... Tá no sal". E, depois, com uma rendição daquelas... Saiu do ministério, mas já tá recebendo dinheiro público de novo.  É representante da Cidade do Rio de Janeiro em Brasilia. Eduardo  Paes o nomeou.  Orlando Silva é outro ministro caído que não está mal. Passou pelas ruas da Vila Madalena, em São Paulo, num bloco carnavalesco. Ouviu tímidos gritos de “ladrão” e até sorriu quando o povo cantou para ele  - Me dá um dinheiro aí! Até cantou junto, como se vê na foto


MUSICA NEM SEMPRE E ALEGRIA.

Grupo Musical Rem

Que a música influi nos nossos sentimentos é coisa que todos sabem - os compositores, os cantores, os cerimonialistas e qualquer carnavalesco. Há a música certa para cada momento. Seja Carnaval, Natal, Festa Junina e até música fúnebre como o caso da Marcha de Chopin.  Mas a BBC quis pesquisar o óbvio. Contratou um estudo sobre essa conhecidíssima influência da música. David King, produtor teatral foi quem coordenou a pesquisa. Levantou dados estatísticos que confirmaram o que buscavam: Nem o homem, nem a mulher escapa dos efeitos musicais, com apenas uma pequena variação percentual. Entre os homens entrevistados, 70% deles admitiu já ter chorado ao ouvir uma determinada música. Entre as mulheres a incidência foi maior - 90%. Também, fato curioso é que essa susceptibilidade diminui com o passar dos anos do indivíduo. Dos 18 aos 24 anos, se chora mais. E a música considerada a mais deprimente foi a canção "Everybody hurts" do grupo REM.  Parabéns ao grupo.


BERÇÁRIO DE ESTRELAS 



O Observatório Europeu do Sul (ESO, na sigla, em inglês), controlador da APEX, um dos mais importantes centros de observação espacial do mundo, situado no no deserto de Atacama, no Chile. A mira dos seus telescópios persegue por 24 horas diárias qualquer novidade nos céus. E, sempre as encontra. Foi assim na última semana quando descobriram um rastro de poeira cósmica com mais de 10 anos-luz de comprimento. Chegaram ,enfim, à conclusão de que se tratava de um sem número de estrelas recém-nascidas e nuvens muito densas que se preparam para formar novas estrelas num futuro. É o que se trata por berçário de estrelas. Seus descobridores deram-lhe o nome de nebulosa Gabriela Mistral, em homenagem à poetisa chilena ganhadora do Nobel de Literatura em 1945.


CURIOSIDADES


Em 1991, a cidade de Rio Claro (SP), descobriu que a melancia era uma fruta proibida nos limites do município. A inofensiva fruta estava proibida para consumo, mas da própria presença desde 1894. Nos últimos anos do século XIX, a ciência teve considerável avanço no tratamento de um grande número de doenças. E o Brasil teve seu destaque nesta luta com o médico Oswaldo Cruz (1872-1917), que deixou no seu currículo o combate à peste bubônica, à febre amarela e a varíola. Mas na trajetória dessa história há tantas bizarrices como é o caso dessa lei no município de Rio Claro. A cidade, então preocupada com a transmissão da febre amarela e do tifo resolveu o problema impedindo a convivência dos munícipes com o  supostamente retransmissor, a melancia.
 Fontes: Revista de História da Biblioteca Nacional; Paginalegal.com
 Mundoestranho.abril.com

São Longuinho


Estátua de São Longuinho
Santuário Bom Jesus do Monte, na cidade de Braga
Portugal
Relata a Bíblia que Jesus teve o coração perfurado com uma lança. Está lá em  João (cap. 19, v. 34). A tarefa coubera a um centurião romano chamado Longuino. Esta tarefa ficara a cargo de um centurião chamado Longino. Não era por nenhuma crueldade, mas para cumprir um ritual. No dia seguinte ao da crucificação era o shabat, e não era conveniente que nenhum condenado ainda aguardasse a morte dependurado na cruz profanando o dia santo. Então, deviam-lhe quebrar-lhes as pernas para adiantar o óbito.  Ao chegarem a Jesus viram que ele já estava morto. E, para afastar qualquer dúvida da  morte, um soldado foi escolhido para perfurar-lhe o coração com uma lança. Longuino, o escolhido, tinha sérios problemas de visão. Executou a tarefa e o sangue que explodiu do peito de Jesus caiu sobre os olhos do solado, curando-o imediatamente. Longuino converteu-se ao cristianismo e se tornou o São Longuinho. Na tradição popular brasileira seu nome é invocado para encontrar objetos perdidos:” São Longuinho, São Longuinho, se eu achar (nome do objeto perdido) dou três pulinhos”.
Fonte: Revista Aventuras na Historia, edição 103 e Wikipedia


UM POUCO DO POETA.


Ferreira Gullar


Nenhum defensor do regime cubano desejaria viver num país de onde não se pode sair sem permissão. É com enorme dificuldade que abordo este assunto: mais uma vez – a 19ª – o governo cubano nega permissão a que Yoani Sánchez saia do país.


 A dificuldade advém da relação afetiva e ideológica que me prende à Revolução Cubana, desde sua origem em 1959. Para todos nós, então jovens e idealistas, convencidos de que o marxismo era o caminho para a sociedade fraterna e justa, a Revolução Cubana dava início a uma grande transformação social da América Latina. Essa certeza incendiava nossa imaginação e nos impelia ao trabalho revolucionário.


Nos primeiros dias de novo regime, muitos foram fuzilados no célebre “paredón”, em Havana. Não nos perguntamos se eram inocentes, se haviam sido submetidos a um processo justo, com direito de defesa. Para nós, a justiça revolucionária não podia ser questionada: se os condenara, eles eram culpados.


E nossas certezas ganharam ainda maior consistência, em face das medidas que favoreciam aos mais pobres, dando-lhes enfim o direito a estudar, a se alimentar e a ter atendimento médico de qualidade. É verdade que muitos haviam fugido para Miami, mas era certamente gente reacionária, em geral cheia da grana, que não gozaria mais dos mesmos privilégios na nova Cuba revolucionária.


Sabíamos todos que, além do açúcar e do tabaco, o país não dispunha de muitos outros recursos para construir uma sociedade em que todos tivessem suas necessidades plenamente atendidas. Mas ali estava a União Soviética para ajudá-lo e isso nos parecia mais que natural, mesmo quando pôs na ilha foguetes capazes de portar bombas atômicas e jogá-las sobre Washington e Nova York. A crise provocada por esses foguetes pôs o mundo à beira de uma catástrofe nuclear.


Mas nós culpávamos os norte-americanos, porque eles encarnavam o Mal, e os soviéticos, o Bem. Só me dei conta de que havia algo de errado em tudo isso quando visitei Cuba, muitos anos depois, e levei um susto:  Havana me pareceu decadente, com gente malvestida, ônibus e automóveis obsoletos.


Comentei isso com um companheiro que me respondeu, quase irritado: “O importante é que aqui ninguém passa fome e o índice de analfabetismo é zero”. Claro, concordei eu, muito embora aquela imagem de país decadente não me saísse da cabeça.


Impressão semelhante – ainda que em menor grau – causaram-me alguns aspectos da vida soviética, durante o tempo que morei em Moscou. O alto progresso tecnológico militar contrastava com a má qualidade dos objetos de uso. O que importava era derrotar o capitalismo e não o bem-estar e o conforto das pessoas. Mas os dirigentes do partido usavam objetos importados e viam os filmes ocidentais a que o povo não tinha acesso.


Se a situação econômica de Cuba era precária, mesmo quando contava com a ajuda da URSS, muito pior ficou depois que o socialismo real desmoronou. É isso que explica as mudanças determinadas agora por Raúl Castro.


Mas, antes delas, já o regime permitira a entrada de capital norte-americano para construir hotéis, que hoje hospedam turistas ianques, outrora acusados de transformar o país num bordel. Agora, o governo estimula o surgimento de empresas capitalistas, como o faz a China. Está certo desde que permita preservar o que foi conquistado, já que a alternativa é o colapso econômico.


Tudo isso está à mostra para todo mundo ver, exceto alguns poucos sectários que se negam a admitir ter sido o comunismo um sonho que acabou. Mas há também os que se negam a admiti-lo por impostura ou conveniência política.


Do contrário, como entender a atitude da presidente Dilma Rousseff que, em recente visita a Cuba, forçada a pronunciar-se sobre a violação dos direitos humanos, preferiu criticar a manutenção pelos americanos de prisioneiros na base aérea de Guantánamo, o que me fez lembrar o seguinte: um norte-americano, em visita ao metrô de Moscou, que, segundo os soviéticos, não atrasava nunca nem um segundo sequer, observou que o trem estava atrasado mais de três minutos. O guia retrucou: “E vocês, que perseguem os negros!”.


A verdade é que nem eu nem a Dilma nem nenhum defensor do regime cubano desejaria viver num país de onde não se pode sair sem a permissão do governo.






terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

UMA ÁRVORE ESPERANDO DEITADA


De tudo o que se falou com essas tantas notícias de mau gerenciamento municipal - na saúde, na educação, no serviço público - o que me surpreendeu pra valer foi o dizerem que há nesta cidade algum gerenciamento. Que exagero! E olha que nem sou lá daquelas aspirações infantis que querem ladrilhar as ruas com pedrinhas, com pedrinhas de brilhante... Dê-nos uma escola em condições de receber os alunos, um hospital para os doentes e, quiçá, uma cadeia para os malfeitores e já não o chamaremos de governo meia-boca. Sei não. Agora que revelo esse meu modesto desejo sinto que, ainda assim, estou muito exigente para o que se tem. Cá na Barreira Cravo é assim. Há uma montoeira de galhos, árvores e mato pelas calçadas arrebentadas, empurrando os pedestres para o meio da rua. E, lá vão eles, obedientes, a disputar o espaço com os carros, caminhões e bicicletas. Ninguém quer saber mais de calçadas. Minto. Os caminhões, às vezes, estacionam nas calçadas. A Vereadora América Tereza, coitada, até já entregou pra Deus o conserto do nosso bairro. Ela já nem passa mais por aqui. Fica com o coração machucado. Também, pra que este sacrifício se a rua dela está bem melhor. Tem apenas muitas poças d´água e uns postes arriados. Já o prefeito não se toca. Até chego a pensar que essa árvore de raízes para cima, de cabeça pra baixo, é o símbolo da cidade - uma cidade de ponta cabeça.

DUAS FOTOS PARA MELHOR ENTENDIMENTO

Raul Quadros venda os olhos de um dissidente



Primeira página do Zero Hora, 30 de março de 1978

Raul Castro praticava, com um certo encanto juvenil, o assassinato de dissidentes políticos. Fazer revolução tinha o seu lado lúdico. “Manda vir o próximo!” Era como tombar pinos, num jogo de boliche. E tiravam um par ou ímpar para saber de quem seria o primeiro tiro. E vieram matando e prosseguem matando. Até quanto se pode contar 17 mil tombaram assim, de olhos piedosamente vendados. Outros 83 mil lutaram até o fim enfrentando uma fuga pelo mar. Hoje, os presos políticos, em greve de fome, são uma espécie de fugitivos da morte, pela morte. E a morte vem cumprindo esse papel libertador. Em 2010, fevereiro, Lula, então presidente, visitou Cuba. Orlando Zapata, um preso político, morria de morte concedida, naquele mesmo dia. Era o de que Lula precisava. No Irã, meses antes já dera um passo, chamando os dissidentes de torcedores que não sabem perder. Agora, em Cuba comparou os dissidentes a bandidos: “Imagina se todos os bandidos presos em São Paulo fossem fazer uma greve de fome...” De Dilma, esperava-se algo diferente. E não lhe faltou sequer a presença de um cadáver para melhor mostrá-lo. Dilma chegou a Cuba dezenove dias depois da morte de Wilmar Villar Mendoza, morto por greve de fome no cárcere. Eram as mesmas as circunstâncias. E Dilma, sem tirar nem por, foi o mesmo Lula. Em vez de criticar Cuba, criticou Guantanamo.  O PT morre de amores pela esclerosada ditadura cubana. Por isso não questiona  sobre direitos humanos. O que Dilma diria se lhe perguntassem a cerca de Jimmy Carter? Em 1978, em visita ao Brasil o presidente americano defendeu clara e ostensivamente os direitos humanos. Não houve nenhuma voz da esquerda que discordasse desse gesto.

ESTÁ CHEGANDO A HORA
 

Se você é desses que se encanta com os barulhos do Neto, imagina como se dará no dia 21 de dezembro próximo. O fim do mundo está anunciado para aquele dia. Junte a família,  e se ponham todos à janela ou sentados na calçada. Tanto faz. Há 25 anos o mundo está com os dias contados. José Argüelles o descobriu num calendário maia. Escreveu um livro contando tim-tim por tim-tim sua descoberta. Em seguida, propôs que se dedicassem os dias 16 e 17 de agosto de 1987 a esse acontecimento. Chamou esse movimento de Convivência Harmônica. A atriz Shirley McLaine e muita gente menos votada estavam, lá. E veio só aumentando o cordão. Veio filme, notícias nos rádios, TVs e jornais e rendeu muitas palestras para José Argüelles. Um ufólogo calculou a distâncias entre a linha do Equador e a cidade americana de Roswell, onde teria caído um disco voador, e encontrou 2012 milhas de distância. Se fosse em quilometros o resultado seria outro. Mas deixa pra lá. Eu não quero atrapalhar o fim do mundo de ninguém.

MONA LISA


Museus, na verdade, tratam de coisas antigas, mas o Museu Prado de Madrid traz uma novidade. Há, no seu acervo, um quadro a que nunca deram muito valor – uma cópia da Monalisa de Leonardo da Vinci. E veio assim, fora do seu lugar, durante séculos. Agora, quando selecionava o material para uma exposição na National Galery de Londres foi que se descobriu que aquela cópia não era uma simples cópia. Em vez de cópia, eram ambas irmãs. Irmãs Gemeas. Feitas na mesma época, na mesma sala, sobre um mesmo esboço. Mais que apenas gêmeas se parecem univitelinos. O uso de raios infravermelhos teria sido o bisbilhoteiro daquela intimidade. Por eles se chegou atrás da tinta e viram os esboços absolutamente iguais até nas partes desprezadas no desenvolvimento dos trabalhos. Provavelmente foram pintadas pelo mestre e um dos seus alunos. Para Matheus Matthew Landrus, historiador da arte na Oxford University, "... ninguém era mais próximo dele (da Vinci) do que Andrea Salai e Francesco Melzi". O primeiro, Gian Giacomo Loreno, mais conhecido como Salai, era um artista italiano e conhecido como amante de da Vinci.

CURIOSIDADES

Doãção de Constantino

Doação de Constantino (Constitutum Donatio Constantini) foi um documento apresentado na Idade Média. Este documento teria sido escrito pelo Imperador Constantino (306-337) pelo qual ele doava ao Papa Silvestre I terras e prédios dentro e fora da Itália. A legitimidade do domínio da Igreja Católica sobre os territórios ainda é aceita, mas não em razão daquele documento. Mesmo na Idade Média esse documento teve sua autenticidade contestada. Nele, o rei confessava sua fé, narrava que fora curado milagrosamente de lepra poro intersessão do próprio papa. Fora do império romano as terras estavam na Judéia, Grécia, Trácia e Ásia Menor. Embora o documento fora pretensamente concebido em 315 dC somente no século IX tornou-se conhecido. Em 1001, o imperador Oto III o rejeitou com a denúncia de fraude.   A falsidade do documento, enfim, foi comprovada pelo pensador Lorenzo  Valla que o fez pelo seu tratado De falso et emendita Constantini donatione (1440). Fontes – Revista História Viva, Wikipédia, Infopédia.


Pirambóia


 
 Pirambóia é o nome que se dá a um peixe no Amazonas. Apresenta a propriedade de respirar tanto dentro da água como no seco. A região que ele habita é a pantanosa que sosfre períodos de seca. Quando o rio seca ee se entoca na lama e respira pelas narinas. Nas cheias reassume o seu comportamento subaquático. A pirambóia é comum na América do Sul, mas se encontram espécies semelhantes a ela na África e na Austrália. Tem um corpo serpentiforme e a cabeça achatada. Também é chamado de pirarucu-bóia, traíra-bóia ou caramuru. "Piramboia" é um termo de origem tupi que significa "peixe-cobra", através da junção dos termos pirá ("peixe") e mboîa ("cobra")[1]. Fonte: Curiosidades, Walmiro Rodrigues Vidal,

domingo, 5 de fevereiro de 2012

A CMVR, A PMVR E AS FERIAS DO ZEZINHO DA ÉTICA



Coisa que muito me admira é essa fraterna harmonia que há entre o Executivo e o Legislativo, cá em Volta Redonda. Aqui, pais brigam com filhos, professores com alunos, mulheres com os maridos, cachorros brigam com os donos mas os vereadores não brigam com o prefeito. De jeito nenhum. Eles se completam feito feijão com arroz. O Zezinho da Ética está até engordando... A Câmara Municipal não lhe dá mais nenhum trabalho.  Agora, ele queima as calorias fazendo caminhadas diárias na beira do Rio Paraíba. Por isso, não fiz caso quando o Vereador Jair Nogueira, o Presidente da Câmara, ficou de bico torcido com o Prefeito Neto. Bateu-me, logo, no coração: Essa briga não é pra valer. De um lado, Jair pedia dotação de   R$ 25 795 000,00; do outro, o Prefeito Neto afirmava que não dava mais do que R$ 23 450 000,00. Era a xepa da feira. O mandato da câmara está no final. O Prefeito dava 10% de aumento sobre a dotação passada. E o Zezinho da Ética falou assim: "O Prefeito foi até bonzinho". O Zezinho, é claro, sabia que a briga era de mentirinha. Só se meteu nela por dever de ofício. É tudo uma bobagem. Está havendo confusão, mas é fácil de se explicar. Há pouco tempo tempo o prefeito concedeu um aumento salarial de 50% para os médicos e 10% para os demais. Agora, está tratando os vereadores como funcionários municipais. E dá 10% também. É o costume do cachimbo. Que cidade!




Lá se foi mais um ministro. Qué se vá com as pulgas! Veio se agarrando numas desculpas esfarrapadas até que se esfarraparam de vez e ele caiu. Caiu, não; se jogou. Foi compor o time dos defenestrados. Agora, eles já são sete. Em breve serão oito, nove, dez, onze e ainda haverá ministros para o banco de reservas. Os ainda ministros mal disfarçam as intenções em cortesias despropositadas: "Sai você, primeiro". Mas, de fato, tem que haver ordem na saída. A fila é grande. Pimentel é um deles, embora Carlos Chagas, pai da Ministra Helena Chagas, acha que não. Para ele, Pimentel é gente da Dilma; os que saíram são gente do Lula.  Ainda assim, acho que ninguém se sente garantido, lá. O afterday do Negromonte provocou calafrios. Naquela sexta feira, como em todos finais de semana, o   Regimento da Cavalaria de Guardas repetia o ritual da retirada da bandeira para hasteá-la, novamente, na manhã seguinte. Tudo como dantes. Só que a banda, acompanhava a solenidade tocando  “Ai se eu te pego”, sucesso de Michel Teló. E, dizem que Dilma acompanhava o ritmo batendo o pé no chão.



Mendonça tem o costume de, antes de entrar na cabine indevassável, fazer o  Pai Nosso.  Depois de dado o voto ele pede perdão pelo pecado cometido. Aí, toma o caminho direto para casa, onde vai acompanhar de dedos em cruz a apuração pelo rádio. “É tudo o que eu posso fazer”, pensa com o peito aliviado. A empresa Alaska Airlines adotou procedimento semelhante para o seu marketing. À medida que cada um dos seus passageiros faz o cheking recebe um cartão de orações e uma proclamação de arrependimentos. Mas aqui os efeitos foram o contrário do que se dá com o meu amigo Mendonça. Os passageiros ficavam desequilibrados. Foram muitas as reclamações: emails, twiter, facebook, telefonemas que não houve outro jeito. Acabaram os cartões. Contei esta história para o Mendonça. Ele ficou com pena. Disse que precisava muito desses cartões. É que vem eleição aí e tem muitos eleitores precisando de ajuda.


Um vizinho meu, mal chegava a noite, ia para o quintal e punha-se a olhar o céu. Ficava assim horas esquecido. Eu o acompanhava um pouco. Logo, o pescoço doía e eu ia procurar outros mistérios mais fácil de desvendar.  Meu pai que sabia tudo, me explicou que o homem era um gira, que vivia no mundo da lua. Era um doido, enfim. Aí, por dedução, entendi que  a lua só era acessível para os pancadas. Curiosamente, agora, depois de tantos anos, vem a NASA abrir inscrições para quem quer passar uns tempos em volta da lua. Já se apresentaram 6 300 candidatos a razão de 420 candidatos por vaga. Claro que todo conhecimento vale para o candidato. Mas as experiências pessoais, não são levadas em conta. A Dra. Suely Pinto, por exemplo, há muito tempo vive no mundo da lua, mas a NASA não exige, nem valoriza esse tipo de experiência.  Pelo contrário, um candidato com essas qualificações seria sumariamente eliminado. Todos serão submetidos a testes seríssimos! E, depois, ainda farão um curso de dois anos seguidos. Aí, sim, vão girar em volta da lua, ajudando a construir novas espaçonaves.


CURIOSIDADES 




Em 1549, chegaram ao Brasil os padres jesuítas, padres da Companhia de Jesus. E, com eles, o início de uma disputa com os colonos. Seus interesses eram conflitantes. Os primeiros queriam aumentar o rebanho católico e os colonos pretendiam aumentar a produção colonial. Os jesuítas tinham exclusividade no descimento dos índios. Descer índio era retirá-lo do ambiente natural e abrigá-los em aldeamentos. As outras ordens -  carmelitas, franciscanos, beneditinos - eram voltadas para a contemplação. Em 1570, entretanto,  uma bula papal autorizaria a escravização dos índios pelos colonos nos casos de uma guerra justa. Entendia-se como guerra justa qualquer entrevero originado pelos índios. Em 1639, outra bula papal proibiria, novamente, a escravização dos índios.  Mas este  breve papal foi divulgado antes que o rei o autorizasse. A Câmara Municipal de São Vicente se reuniu e os expulsou todos os jesuítas de lá por  13 anos. Decorridos os quais, eles já estavam bastante enfraquecidas. Em 1755, marques de Pombal, primeiro ministro do rei dom José I de Portugal, declarou todos indígenas brasileiros livres e ordenou a transformação dos aldeamentos religiosos em vilas ou povoados. Os jesuítas viajaram para Portugal para defender seu projeto mas acabaram expulsos também da corte em 1757. Fonte - História Viva, n 100, Ana Lucia do Patriotismo, mestre em  história social na PUC-SP





O morcego peca pela aparência muitas vezes comparada ao vampiro. Associada a isto vem a fama de transmissor da raiva. Entretanto, não é bem assim. São mil as espécies de morcego e somente  tres delas se alimentam de sangue. Ainda assim, o sangue humano não faz parte do seu cardápio. Os morcegos preferem espécies do seu habitat. Quando o seu meio está muito devassado eles fazem opção por animais domésticos. Quanto a transmissão da raiva é verdade da mesma forma que a podem transmitir os cachorros e os gatos. Mesmo assim,  somente os morcegos hematófagos podem fazê-lo. Afastados esses males imaginários, os morcegos atuam com muita eficiência no controle populacional de diversas espécies tai como ratos, mosquitos e pragas de plantação em geral. E, ainda são importantes elementos na polinização das plantas. Embora tão úteis são de uma forma geral mortos  em decorrencia dos nossos preconceitp e ignorância. Fonte site mundoeducacão  por Mariana Araguaia bióloga especialista em Educação ambiental.