terça-feira, 31 de dezembro de 2013

ADEUS, ANO VELHO!





Se eu não tivesse coisa mais importante pra fazer ficaria sossegadinho, em casa; não iria, de jeito nenhum, à curva do rio ver o Neto soltar rojão. Tem gente que gosta e acha um espetáculo indescritível. E, de ano pra ano, cada vez mais rojão. Tô fora! Não perco uma data importante dessa em folguedos. De jeito nenhum. Eu vou é pra Praia do Anil pular as sete ondas e, depois desse acrobático ofertório, fazer meu compreensível pedido: "Eu quero um novo Mané Fogueteiro pra Volta Redonda.  Pra mim, sinceramente, o mandato do Neto já era. Está com a validade rigorosamente vencida. Claro que há muita gente que não toma  esses cuidados tão necessários e vão engolindo tudo que lhes servem. E, assim, continuam engolindo este governo que lhes é servido. Mas, atentai  bem!, isto é um perigo pra saúde, o ministério adverte. Mas há também pessoas ciosas com o que põem, na boca. A Câmara Municipal mesmo deu um desses exemplos no  início do ano. Sentiram um cheiro de azedo e  cuidaram logo que era do governo municipal. Quiseram abrir-lhe as entranhas, virá-lo do avesso, ver como ele estava por dentro. Pensaram num inquérito. O povo na rua já até falava assim:  "por fora, bela viola; por dentro, pão bolorento". Mas o inquérito não foi adiante. A maioria dos vereadores tem é estômago de avestruz e acharam que era melhor deixar do jeito que tava. E um  desses vereadores de estômago forte era justamente o noviço Jerônimo Telles. Ele era valentemente contra a investigação do prefeito. E, logo depois, ele, justamente ele, foi escolhido para representar o Poder Legislativo na Comissão Municipal da Verdade. Ora, isto não conjumina. Ou mudam o vereador  ou mudam o nome da comissão. Eu já tô achando que vou ter que pular umas setenta vezes sete ondas.



Tres juízes da Vara de Execuções Penais (VEP) em Brasilia não querem mais ficar a serviço da Papuda. Pediram remoção. Quanto mais longe dos mensaleiros, melhor. A Trindade do PT - Genoíno, Zé Dirceu e Delúbio - está avacalhando com o presídio. Até aqui, todo mundo achava aquilo um mimo. Na foto acima, se vê um grupo de ilustres parlamentares em visita cordial e solidária ao tetra-assassino Batiste. Estavam lá o Chico Alencar (PSOL), Ivan Valente (PSOL), Eduardo Suplicy (PT) e outros. Todos de mãos dadas felizes e sorrindo. Parecia até que estavam em casa. Agora, essa gentalha querendo quebrar a harmonia ali reinante. Reivindicam um tratamento melhor ainda. Um tratamento VIP. Cinco estrelas. Quando se apresentaram estavam cheios de moda, querendo e ganhando um dia especial para suas visitas. Mas os juízes da VEP o derrubaram logo, porque a grita foi grande. Aí, veio da doença do Genoíno, o desemprego do Zé Dirceu e não pararam mais. Tá todo mundo achando muito sem propósito os beicinhos dos dois. Isto está dessagrando aos outros presos e é possível até que conduza a uma rebelião. Uma pena! O Governador Aqnelo Queiroz, PT, trata esse presídio com carinho porque, de vez em quando, vai pra lá uma figura ilustre. Seu antecessor José Roberto Arruda passou dois meses lá e a candidata Jaqueline Roriz só não foi mesmo porque a Câmara Federal é aquilo que nós todos sabemos. E, como se esses exemplos não bastassem, o próprio governador Agnelo pode ir se hospedar atrás daquelas grades. Sua folha corrida é extensa. Então, na Papuda deve ter bons colchões e, no tempo frio, devem servir uma gostosa sopa de legumes. Eu acho que a Trindade Petista está exagerando. A maioria dos criminosos da Papuda acha isto uma avacalhação e quem sabe até puxem um movimento pela democracia que estabelece igualdade entre todos os homens e só nos reste acompanha-la. 



Renan Calheiros não aprende. Tantas vezes ele cai, ele levanta torna a cair no mesmo buraco - corrupção. Não aprende e não faz questão nenhuma de aprender. Em julho ele pegou um avião da FAB e foi assistir um casamento na Bahia. Aí, o povo começou a se perguntar: "Como é que pode? Como é que pode?" E Renan devolveu o dinheiro na marra. Teve um filho incestuoso e quem pagava a pensão era uma prestadora de serviço à União. Eu jurava que ele tinha aprendido. Jurava que ele tava careca de saber que com dinheiro público não se brinca. Qual nada! ele pegou outro avião e foi justamente implantar cabelo
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Januária é uma cidade de Minas Gerais mas seus governantes vivem de cabeça nas nuvens. Olha que cá em Volta Redonda temos visto coisas do arco da velha, como a do Vereador Jeronimo Telles conselheiro da Comissão Municipal da Verdade. Mas lá o pessoal foi muito mais fundo. Em Januária não há mar, nem transporte ferroviário e, no entanto, o  Plano Plurianual de ação Governamental do Município não quis nem saber. As metas ali incluídas tratam de transporte marítimo e ferroviário e ainda dispõem sobre fronteiras com países estrangeiros. E foi aprovado em primeira votação por 13 x 2.

segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

DOSE PRA ELEFANTE



D. Maria Madalena não se chama Maria Madalena, mas procure-a pelo seu verdadeiro nome que ninguém saberá quem é. Ela mudou de nome por conta de uma paixão. Fazíamos campanha em 2012. Ela arranjando votos para o Neto e eu os tomando de volta um a um. Foi uma batalha diária. Aí, ela, para reduzir essas perdas, assumiu um débito que só se paga com a alma. Empenhou o próprio nome. Disse que se o Neto não cumprisse sua promessas eleitorais ela mudaria de nome. E, pra dar maior credibilidade a sua palavra jurou por Deus e por tudo quanto é santo. Pegou pesado. Nada mais me restava do que esperar. E veio a eleição e veio a posse e, antes que terminasse o primeiro mês do novo mandato do prefeito, já me senti seguro para ir à porta da sua casa e bater: “É aqui que mora D. Maria Madalena ”. Ela me respondeu da janela: “A Arrependidíssima!!!” Eu não quis tripudiar com o seu desencanto. Apenas lhe recomendei que não pecasse mais. De lá para cá, ela nunca mais tocou no nome do Neto e, quando é inevitável se referir a ela, ela apenas diz “aquele homem”. E eu só a trato de Maria Madalena. Não por vingança, porque não sou homem dessas coisas, mas para mantê-la alerta que a tentação dos pecados rodeia os incautos. É sempre perigosa uma recaída. Maria Madalena aceitou esse seu novo nome e a sua condição de penitente. Até que veio o 28 de agosto, com o Neto cassado e a América Teresa na Prefeitura. Sem saber se chorava ou ria essa nova prefeita posava para os fotógrafos e fazia discursos de cinco em cinco minutos. Acho que, por dentro, ela ria e ria muito. E me pareceu mesmo molhar o lenço na torneira para dar realismo as suas lágrimas. D. Maria Madalena, entretanto, tinha um sentimento muito claro e verdadeiro. Ela só fazia  dizer: “Meu Deus!!! Como é que foram enfiar essa mulher lá? Tava tão bom sem prefeito.” Era coisa demais para um mesmo ano e ela já profetizava que o 31 de dezembro ia se dar em setembro. No máximo, em outubro. Coitada, ela foi duramente testada neste ano. Por um momento, quis até se jogar no rio Paraíba. Mas, felizmente, tudo passou mais uma vez. E, agora, quando pensamos que não, com o limiar do 2013 de pé na soleira para se ir embora, a América Teresa ressurge dizendo que tem vontade de ser prefeita por 1 440 dias, um mandato inteiro. Foi um  desespero com a D. Maria Amélia. Mas eu lhe fui muito sincero. Disse-lhe que a Teresa não tem voto para isto, mas que tem muita gente aqui que não gosta da cidade tem. Ela deu três batidas na madeira.



Tuma Jr. diz que o PT descobriu os dossiês e descansou. Não quer saber de outra vida. Um dossiê é mais do que um petardo no queixo. O Lula fazia isto? Perguntam os irrecuperavelmente céticos. Tuma Jr. diz que ele o fazia isso e ainda fazia pior. Na calada da noite, ia entregar numa bandeija um a um seus companheiros ao Romeu Tuma, Chefe do Dops, a sua Salomé. Lula tinha o codinome de Barba. E ninguém sabia que o Barba da noite era o “companhêro” do dia. A denúncia é gravíssima! Mas não parou por aí o Tuma Jr. Tem muito mais nesse seu livro, cuja primeira edição se esgotou antes de chegar às livrarias, – “Assassinato de Reputação – Um Crime de Estado”. O caso de Boris Brezovsky também tá lá. Morre o homem, fica a fama. Boris é aquele que em 2007 prometia fazer do Corinthians um celeiro de craques. Se a esmola é grande o santo fica desconfiado  e não faz milagre, não. Tuma, ex-Secretário Nacional de Justiça e corinthiano roxo, que não é nada santo ficou desconfiadíssimo. Investigou esse benfeitor que viera do frio e viu que se tratava de um foragido da Rússia acusado de envolvimento com a máfia e que seu nome já figurava na lista dos dez mais procurados pela Interpol. Em resumo, era um ficha sujíssima! Estava ali uma oportunidade para fisgar um peixe grande, pensou Tuma Jr. Armou a arupuca. Pôs lá uma banda de laranja e aguardou. Aguardou pouco até. Uma voz pelo telefone o fez desfazer a armadilha. Era a voz do Ministro da Justiça Márcio Tomaz Bastos. E olha que a coisa era feia mesmo. Havia até recursos para ajudar partidos políticos em campanha eleitoral. Mas de lá pra cá não se falou mais nisto. E o caso ressurge  nessa quaresma política em que o xingatório político está suspenso até que chegue de novo a sua hora. Enquanto isto. D. Dilma voa de um lado para o outro em plena campanha, Fernando Henrique, o responsável pela fundação desse hospício da reeleição, lança seu livro de memórias em Inglês e o O PSDB pensa se deve mesmo lançar Serra. Digo, Aécio... Putz! Este país está fechado pra balanço.  



A Alerj formalizou uma frente em defesa do Rio Paraíba. Pôs Inês Pandeló na  presidência. É mole pra ela navegar por esse rio tão quieto e sossegado. Ela tem enfrentado águas tormentosas e muita tempestade com sucesso. É um mar de denúncias: contas não aprovadas na Prefeitura de Barra Mansa, Rachid na Alerj e lá vem ela sorrindo. Sua dança ritual não falha – é meio pra cá, meio pra lá. Se é que vocês me entendem



D. Dilma Rousseff foi flagrada em Porto Algre, sentada no banco traseiro com o netinho no colo. Estava no carro oficial. Infringiu as regras de trânsito. Todo mundo o sabe e ela também. Tanto que, mais tarde, se desculpou pelo twitter: “Peço desculpas pelo erro.” Fora inaugurar a BR-448, Rodovia do Parque, e em seguida resolveu dar uma voltinha com a família. Coitada. É, como se diz, o costume do cachimbo põe a boca torta. O Lula dirige o País com ela no colo e ninguém fala nada. Desaforo!



A Secretária Municipal de Educação Tetê Gonçalves diz que não vai piorar o atendimento das creches em Volta Redonda. É o que entendem como uma boa notícia. Eles acham que não piorar já é um grande negócio. De fato, isto deixou muita gente descansada. Mas há também os pessimistas completos que acham que ainda não acabou o poder de criatividade do Prefeito Neto.





O general Álvaro Pinheiro foi à Comissão Nacional da Verdade, no dia 12 de novembro, no Rio de Janeiro. O áudio, com seus 92 minutos de duração, está na internet - http:/ IWWW.4Shared.comlmp3/6uPTzn8Y/Alvaro. É um depoimento sensacional acompanhado por investigadores muito competentes, também. É do general a melhor análise militar da campanha do Araguaia publicada em 1995. Pinheiro é um crítico contumaz da Comissão da Verdade por ela vir manquitolando, ouvindo apenas um lado da questão. Também o depoente se nega a citar nomes dos terroristas envolvidos porque isto só serviria para a família pedir indenização do governo. Lamarca que foi um péssimo exemplo de militar que roubou armas do exército pra matar seus próprios companheiros, proporcionou a sua viúva uma indenização de R$ 14 mil mensais. Enquanto a mãe do soldado morto por terroristas ganha R$ 312 mensais pela perda. Como o Millor Fernandes falou – “Eu pensava que era ideologia mas era investimento.

Próxima Edição domingo 29 de dezembro



sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

E Bate o Bumbo, Bate o Bumbo!!!




Se me perguntarem o que vejo de bom no AQUI VR responderei com absoluta serenidade: “É essa tabelinha que ele publica semanalmente. Não perco uma!” A CSN quis nos engambelar com a construção de um grandioso e moderníssimo shopping prometido para o final do ano. Deu com os burros nágua. Tinha um jornal no meio do caminho/ no meio do caminho havia um jornal. Apareceu a planta nos jornais. Deu no rádio e na TV e agentes imobiliários já pensavam em novos investimentos. Era um entusiasmo só! Até o Secretário Municipal de Planejamento, normalmente muito reservado,  assinou embaixo, avalizando a promessa. Ninguém duvidava mais a não ser a  corajosa voz do AQUI VR. Ele sabia que aquilo era papo furado e clamava sozinho no deserto. Até que teve  essa sensacional ideia da tabela. Numa das suas páginas internas, punha em destaque o número de dias que restavam para o cumprimento da promessa. Enfim, esgotou-se o prazo sem que a CSN assentasse um único tijolo naquela obra. Parece até praga de mãe. E mesmo que este dezembro fique se fazendo de junho, a gente sabe que o fim do ano chegou. Palmas para o jornal! De nada valeu a conspiração com os astros. A verdade tem força.  É bonito este jogo de prever o futuro. Bonito e pode ser muito útil. O AQUI VR podia experimentá-lo também em outras direções. Por exemplo, ficar lembrando, semana a semana, quantos dias restam para a implantação do Bilhete Único, a entrega da Rodovia do Contorno, a inauguração do Hospital Infantil... No princípio, pensei eu mesmo fazê-lo mas não levo nenhum jeito para a coisa. Confesso, sem nenhum pudor, que tenho falhado redondamente em todas as previsões que faço. Achei, por exemplo, que a briga desse jornal com o Jonas Martins não passaria de um mês. Passou. Apostei em dois. Perdi. Como poderia me enganar tanto eu que venho de longe? Já tinha visto a briga desse jornal com o Neto. Não durou muito. Talvez trinta dias. Talvez. Dentro de um mês se resolveu tudo. Era Antonio pra cá, era Antonio pra lá... Até que um dia o jornal voltou a chama-lo de Neto e, convenhamos, passou a trata-lo também como neto com um desvelado carinho de avô. Quando eu vi o AQUI VR chamar o Jonas Martins de Jonastonian eu gritei Eureka! E fiz aquela minha previsão furada de que tratei linhas atrás. Errei feio! Torço para que acabem logo com isto. Tá todo mundo vendo. Agora, só porque a árvore de natal de Barra Mansa tem uma lâmpada a menos do que a árvore de Natal de Volta Redonda o jornal faz capa e pergunta: “Qual cidade é mais feliz!” Sinceramente, eu preferia o Zezinho da Ética que era mais discreto.




Kim Jonh-un acrescentou mais um talho no seu coldre. Não ia mesmo perder a oportunidade. Ainda mais com um personagem daquele quilate – seu tio Jang Song-Thaek, segunda pessoa mais importante na Coréia do Norte. Tio emprestado, diga-se de passagem. E digo tio emprestado por excesso de zelo de cronista que não gosta de deixar pedra sobre pedra no que escreve. Mas o leitor, se tiver pressa, poderá pular esta parte. Ela não interfere nas circunstâncias do fuzilamento. Pouco importava ser tio emprestado ou tio de sangue. O importante é que era comunista e comunista gosta de matar outro comunista. Nunca vi! A bem da verdade, Kim poderia ter ido mais longe fuzilando também os seguidores do seu tio. Mas deixou-os escapar quem sabe para uma outra vez. Apenas, os expurgou do partido. Jong, entretanto, foi direto da primeira fila do Comitê Central do Partido Comunista para o pelotão de fuzilamento. Dois militares o amparavam, um de cada lado, para que não atrasasse muito a cerimônia. Morto o homem ainda cuidaram de enterrar sua memória. A imprensa oficial o descreveu como um triplo traidor. Uma escória da sociedade. Desprezível. Pior do que um cachorro. E, no entanto, era o segundo homem do país. Depois da execução, vários pelotões de soldados desfilaram pelas ruas com faixas vermelhas e letras brancas sustentando apoio ao governo: “Mantemos em alta estima o camarada Kim Jonh-um”. Por via das dúvidas dezenas de milhares de soldados acompanhavam a manifestação para ver se tinha alguém debochando das faixas. 

domingo, 15 de dezembro de 2013

HOJE É DOMINGO PEDE CACHIMBO... ÊH, VIDA BOA!!!



Colégio Barão de Mauá
Foto - Foco Regional, VR

Um dia o TRE ainda põe a mão nesse tal de Neto. Deus me livre! Ele vive fazendo campanha eleitoral fora do prazo e não tá nem aí. Em cada coisa que ele fala; em cada coisa que ele cala; em que cada coisa que ele faz; em cada coisa que ele não faz, ele arranja votos para o Baltazar. Agora que veio esse caso aí das crianças sem uniforme vai ser um chuá. Durante o ano de 2013 todo foi aquela lenga-lenga: “os uniformes estão encomendados”. E as crianças indo para a escola com suas roupinhas da missa. Todo mundo  correu e foi direto falar com o Baltazar. Eu, do meu lado, pensava que aquilo era uma pegadinha, que o Neto estava se fingindo de incompetente. Mas qual nada. Aquilo é o jeitão dele mesmo. Aí, o Baltazar, assim, de frente para o gol, gritou: “Deixa que eu chuto!!!” O Neto, coitado, se defende como pode. E pode pouco. Botou a culpa nas costas da empresa que vencera a licitação dos uniformes. Ela não entregava a mercadoria. Todo dia ele ligava pra lá e ela, como as tradicionais costureiras, respondia: “Tô abafada de costura. Amanhã eu entrego...” E o Neto, mais do que ninguém, sabe quantas horas tem num “amanhã eu entrego”. Ele tem dito isto com o Bilhete Único, com a Estrada do Contorno, com o Hospital Infantil, com o PCCS, com mudança do secretariado... Aliás, mudou a Secretária da Saúde, Suely Pinto, mas essa já estava morta, vinha sendo mantida por aparelhos. Mas eu tô  querendo mesmo é falar dos estudantes desta cidade. O Neto cortou-lhes o uniforme e o Estado tirou-lhes a merenda. Sobra-lhes ainda a gratuidade no ônibus. Os alunos do PROEMI (Programa de Ensino Médio Inovador) do Colégio Barão de Mauá, no Jardim Paraíba recorreram ao Conselho Tutelar. A merenda que lhes é servida passa ao largo do cardápio contratado: Vem pão (Puro. Puro aqui não quer dizer sem agrotóxico; quer dizer, sem manteiga) café-com-leite em vez de iogurte, queijo, pão e café-com-leite. Um dia, chegaremos  a uma escola sem alunos.


Charge : Humor Politico
 Se Genoíno tivesse vivido no tempo do Buck Jones, ele teria sido, com muito orgulho, um assaltante de diligências. Chego a vê-lo montado num cavalo que leva a marca de outro dono, um lenço amarrado na nuca, tapando-lhe a boca e o bigode, um chapéu enfiado até os olhos,  e com seu indefectível sotaque nordestino, gritando: “camone, boy”! E o cocheiro entregando-lhe ora um pacote, ora um  cofre. E, depois de desabalada corrida, sentar-se à sombra de uma árvore e sonhar que na velhice poderia comprar um rancho no Texas e criar galinhas. Isto se não encontrasse, no seu caminho, o Rock Lane, Randolph Scott ou algum caçador de recompensa. Contudo, hoje, as coisas estão mais difíceis. Tudo é descoberto. Tudo é encontrado. Descobriram até que um parceiro seu levava dinheiro na cueca. Ninguém escapa. Nem os mortos escapam. Na Inglaterra, descobriram o tumulo de Ricardo III depois de 500 anos de sepultamento. Uns caquinhos de ossos bastaram para a identificação. Genoíno pretendia ir mais longe nessa sua carreira, mas ele é péssimo de avaliação. Foi um erro primário seu querer passar por doente irrecuperável com tanto apetite que ele tinha. E muito menos submetido às mãos dos professores da Universidade de Brasilia. Foi muito pouco caso seu com a perícia desses médicos e com a exatidão de seus instrumentos. Ele podia, por uma questão ideológica, proclamar com o pulso cerrado e erquido acima de todas as cabeças: “Só aceito ser examinado por médicos cubanos!!!” Mas quem tem tem medo. As  lembranças de Chaves ainda estão bem vivas na memória e os seus exemplos recentes desautorizariam a aventura. Dalton C. Rocha, enviou um link dos peritos médicos do INSS que é farto desses exemplos. Esses contratados por D. Dilma Rousseff receitam a torto e a direito remédio de uso veterinário exclusivo para nossos doentes. Até para os doentinhos. Reboxin é um deles, e é usado feito alka seltzer. Isto acontece na cidade de Buritana onde festejam até hoje a chegada de duas médicas cubanas, cantando cirandas na praça “Dilma é boa companheira, Dilma é boa companheira/ Dilma é boa companheira.. ? Ninguém pode negar!”


CARTA:

         Caro Elson, seu blog é sensacional! Muito pouca gente escreve tão bem assim, no Brasil de hoje. Você é completo. Leio duas, até três vezes seus textos. É impossível se absorver tudo numa única leitura. Seus comentários sobre a morte do bispo, apesar da crueza deles, nunca vi tanta leveza. Chamar nossos blogueiros de geração Chico, Caetano e Gil foi um achado. Eles são adeptos sim das biografias autorizadas. Acho que você, muito mais que um jornalista, é um profeta. Em tempo, gostaria que você abordasse Mandela. No mais, abraços, meu Guru. (Renata S. M. Coutinho, VR)

           Que bom Renata, por tudo. Botei o Mandela, na fita. Quem sabe para quinta feira. Aguarde. (Elson Sepulveda)

quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

O NENEM NÃO ESTÁ SOZINHO




D. Ceci era uma professora lá do Conforto que tinha uma pedagogia muito própria. Não havia burrice humana que resistisse aos seus traquejos. Eu me lembrei ontem dela quando o Neném soltou a seguinte batatada: “Os vinte e um vereador está disposto...” Uma senhora que estava ao meu lado abriu a boca de sustos e, em seguida, tampou muito bem tampados os ouvidos com as mãos. E, se mais mãos tivesse, as sopreporia às primeiras posto que seu susto fora grande. Imenso! Eu acho que ela tinha o curso fundamental. Por muito menos, D. Ceci botou o Gilson, filho do guarda, ajoelhado no milho. Cinco grãos para cada joelho. De nada lhe valeu ser filho do guarda. Tá certo que com o Neném o caso é outro. Ele é amigo do Neto e o Neto, como sabemos, não faz caso dessas coisas. Ah, já ia me esquecendo de falar que o Neném é vereador. Não sei se você, caro leitor, já tinha notado isto. Pois bem , com essa autoridade  de amigo do prefeito ele não vai se abaixar para as leis da sintaxe; passa por cima. Coitados de nós os chamados distinto público. Um homem que é incapaz de unir o sujeito com o predicado na oração é, et pour cause, muito menos capaz de unir uma frase com a outra. Quiçá unir um dia com o outro! E este vereador quer ser deputado.  Valha-nos Deus!



Há uma balança de atributos morais que avalia comportamentos, na música, no teatro, no cinema, nos livros... Muita gente, para fugir desses “caçadores morais” esconde seus pensamentos mais puras como cobre as partes pudendas do próprio corpo. Segue o guia politicamente correto. Talvez não seja este o caso do deputado Roberto Freire que, em debate na FOA se mostrou alinhadíssimo com “o poder aos analfabetos”. Para ele os analfabetos da sociedade tem que ter seus representantes eleitos. Portanto, analfabetos também. Para ele os servidores, sim, é que devem ter uma excelente formação, se possível até uma pós-graduação. Os subalternos com muito boa formação e os superiores sem nenhuma. Não deixa de ser uma inversão na decantada pirâmide social. Tenho muita dificuldade de entender comunistas. Não os acompanho nas cabriolagens. O Vereador Russo, de Piraí, para mim, é mais claro.



No vigésimo quinto aniversário da nossa constituição, o Vereador Russo despertou a sanha dos patrulheiros do politicamente correto. Nem se tocaram que esse vereador está próximo, muito próximo do vereador analfabeto. Não o perdoaram, sim, porque ele está longe, muito longe do politicamente correto. Ele foi direto ao assunto. E foi um baita de um disparate ele afirmar que mendigo devia virar comida de peixe. Mas, jogando-se fora essa ganga do seu discurso sobra um bom material para discussão. É que o Russo falou também que analfabeto não devia votar. Agrediu imperdoavelmente certas susceptibilidades. Getúlio Vargas já tinha falado a mesma coisa e fora muito aplaudido: “Voto não enche barriga!” O analfabeto, como de sorte todos os demais, tem é que trabalhar. Este é um direito deles. O bolsa família vem na contra-mão desse propósito. Isto serve de orgulho pra quem o concede e nem para aqueles que o recebem. É uma vergonha pra qualquer governo ter 25% da sua população vivendo da caridade pública. E perigoso. Digo isto porque a madrinha do meu irmão criava leitões para o fim do ano. Todos os dias ela lhes levava a comida azeda deles e eles vinham tão contentezinhos lamber-lhes suas mãos sem saber o que os aguardava no Natal. 

sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

GERAÇÃO GIL, CAETANO E CHICO



Se a América Teresa tivesse o dom da ressurreição ela traria D. Waldir de volta para esta vida, nem que fosse por uns dez ou quinze segundos. Um tempo que fosse a conta para ela lhe entregar sua moção de pêsames, a sua moção de pesar que o Vereador Celso Novaes, criminosamente, não deu segmento. Walmir Vitor tomou-lhe a frente. Cortou-lhe o barato. A Teresa está vendendo azeite. Ela sabe que, nesses casos, chegar em segundo lugar é o mesmo que não chegar. Perder uma  oportunidade dessas é mesmo que chutar um pênalty para fora.  Todo mundo sabe que só há dois modos de o vereador ganhar eleitores. É manifestação de profundo pesar ou concedendo título de cidadão. Pode, também, trocar um nome de rua ou batizar uma praça. O resto é com o prefeito, que é dono do feudo. América Teresa, que é macaca velha tá careca de saber disto.  Quando correu a notícia da morte do bispo, ela deu logo um passo em frente.  Há quem diga até que ela se antecipou dado o vezo de certos vereadores, conforme muito se fala. Soube de vereadores que deixam uma penca dessas moções nas mãos dos seus assessores. O voto de pesar é sempre o mesmo. Fica apenas um espaço em branco para o nome do homenageado e a data do ocorrido, que não se pode prever. Mas isto eu não falo porque não tenho provas. O que sei é que a Teresa fez o documento, entregou para o Celso Novaes e este não deu encaminhamento. Celso Novaes pediu perdão duas mil vezes, mas o Walmir Vitor não se comoveu. Não cedeu a vez para a presidente. O plenário se dividiu em três  – América de um lado, Walmir do outro e, no terceiro lado, o resto,  vereadores se lamentando de eles terem engolido uma barriga daquelas. É incrível o que se dá com essa gente! E é só com a Câmara, não; é geral. Todos correram a manifestar pelo bispo um reconhecimento que nem Jesus teve:– “Soltem Barrabás!” Convenhamos...  há nisto tudo muito exagero. D. Waldir contribuiu e muito com a sua voz  para a eleição do Neto e contribuiu ainda mais com seu silêncio, no momento em que os funcionários foram levados à greve pela intransigência do prefeito. D. Waldir com sua autoridade de homem santo defendeu o PT de todos  os pecados  – mensaleiros, aloprados... E, pior do que tudo isto, disse que nunca vira o Zoinho numa manifestação de operários. Nossos blogueiros repetiram a mesma cantilena dos vereadores. É a geração de Gil, Caetano e Chico. A geração das biografias autorizadas.






A militância petista é o remake do cãozinho de Pavlov.  Também atende a apitos. E, conforme os apitos sejam cursos ou longos eles desancam o PSDB ou defendem os mensaleiros. Estão sempre prontos para a ação. Foram muito bem amestrados. Não perdem tempo. Na posse do novo presidente do PT-RJ, Washington Quáquá, a militância estava lá e choveram aplausos para  os mensaleiros. A deputada Benedita da Silva quase fez o réquiem para Genoíno. Disse que ele está fraco e doente, à beira da morte. Os laudos médicos desmentiram; disseram que ele está forte e sacudido. E, Genoíno também não colaborou – manteve-se mais vivo do que nunca. Ele tem a bolsa-ditadura e mais a aposentadoria como deputado de “apenas” R$ 20 mil. Queria mais. Queria passar para R$ 27 mil, como inválido. O petismo não tem limites. Paulo de Abreu, dono do Hotel Saint Peter, é um criptocomunista. Seu amor deslavado por José Dirceu é de arrepiar gato de porcelana. Ele diz que foi amor à primeira vista. Conheceu-o há 90 dias. Bastou-lhe uma breve troca de olhar e o mensaleiro estava contratado por R$ 20 mil reais. Aguardemos. Já chamaram o Joaquim Barbosa. Das duas uma: Ou o Zé Dirceu vai trabalhar no hotel ou o Paulo Abreu vai sair do hotel e morar na Papuda. 


Até domingo

domingo, 1 de dezembro de 2013

CADÊ O HOMEM BOMBA QUE TAVA AQUI?




Quem vê o Vereador Maurício Batista não diz que é ele  o nosso homem-bomba. É ou foi. Nunca se sabe. Seus orgulhosos eleitores diziam: “Eu voto no Homem-Bomba!” Ninguém falava eu voto no Maurício Batista. Seu eleitor se sentia valente assim.  Eu mesmo corri para vê-lo na posse. As pessoas apontavam por cima das cabeças “É aquele! É aquele!” Uma militante do PSTU estranhava furiosamente: "Não pode! Cadê  seu colete com mil bolsos, carregadinhos de explosivos?” Eu, do meu lado, pensava : Toda a arte de um homem-bomba está em não parecer um homem bomba. Se não, ninguém iria aceitar o seu abraço.  Talvez, por isso, o nosso Homem-Bomba lembre muito mais um desses radiantes vovô que se põem de quatro para os netinhos fazerem de cavalo.  Na última sessão da câmara, estava como um papai noel com o respectivo saco de bondades. Um doce. Para a América Teresa e Paulo Conrado ele trazia uma moção de agradecimentos. Reconhecia-os como responsáveis pela conversão do Prefeito Neto que mandou pagar o processo da ASVRE. Era a água feita em vinho pela perseverança desses dois discípulos. Os outros dezesseis prepostos do prefeito, na casa, morreram de ciúmes. É claro! Mas agradou à Teresa, ao Conrado e ao Prefeito com este gesto. Como se dizia antigamente, quem beija meu filho minha boca adoça. Pois é.  Maurício Batista sabe da força do elogio – Abracadabra! Eu também o sei.  E, de fato, o angu não cobria toda a carne: Ele queria mesmo era sair mais cedo e reforçava antecipadamente o pedido. Quis engambelar a Teresa. E ainda reforçou com um manjadíssimo “tenho um compromisso inadiável!” Tudo perfeito mas a Teresa não caiu no papo dele, não. Acho que ela  até foi ingrata. Afinal não é todo dia que ela recebe um elogio desses.  Já tinha dispensado dois ou três vereadores antes. Podia ter dispensado o homem. E, depois, o Maurício é o homem-bomba contra o prefeito. Quanto mais longe, melhor. No entanto, ela o segurou. E o seu motivo inadiável tornou-se tão  adiável como um chopp na esquina, como, aliás, tem sido adiável é o momento dessa explosão dessa bomba. Antes de ela explodir três anos se passarão e estará cumprida a escrita. O Maurício Batista anunciará uma nova eleição e o Neto estará comendo uma casquinha de siri quem sabe numa casa lá em Miami. 




Dalmo Dalari e Celso Bandeira de Melo montaram num porco: solidarizaram-se com José Dirceu e José Genoíno e deram uma banana para os demais mensaleiros. Nada para Marcos Valério e Kátia Rabelo, por exemplo. O bandido são os outros.  O PT expulsou o Delúbio do partido e Lula, cinco ministros do governo. Agora, já estão todos resgatados. Falta só retocar a maquiagem da dignidade. Mas, convenhamos, nesse episódio, Roberto Jeferson tem se mantido muito mais digno do que todos eles. Sem nenhum apoio, sem sequer o benefício da denúncia premiada, Roberto não carnavaliza sua doença. E, basta olhá-lo para ver seus sinais de doente. José Genoíno, ao contrário, alardeia que é portador de uma moléstia inexistente como o confirmam todos os laudos médicos. O caso deles é outro. Ele já  goza do bolsa-ditadura e quer mais. Quer se aposentar por invalidez. É essa a vitrine do PT. Compreende-se que o mocinho pode fazer o papel de bandido. O que não acontece com o Genoíno. A sua biografia é linear. É o major Curió quem o diz: Genoíno não precisou levar nem um cascudo para entregar à morte e a tortura todos os seus companheiros do PCdoB no Araguaia. Curió quer repetir este depoimento na Comissão da Verdade. Eu, entretanto, continuo admitindo que, com raríssimas exceções, existe um tráfego entre o bem e o mal. Se Lampeão, o terror do cangaço, tivesse nascido no século XVIII poderia ser um corsário a serviço da coroa inglesa. E teria, quem sabe, um monumento na Trafalgar Square. Roberto Jeferson teve o seu tempo para servir à sociedade.



A ELEIÇÃO DA DILMA ROUSSEFF É O PLANO A DA MARINA SILVA


quinta-feira, 28 de novembro de 2013

MENINOS, EU VI!
Um velho Timbira, coberto de glória,
Guardou a memória
Do moço guerreiro, do velho Tupi!
E à noite, nas tabas, se alguém duvidava
Do que ele contava,
Dizia prudente: - "Meninos, eu vi!
Gonçalves Dias



A Câmara Municipal de Volta Redonda publica pomposos convites para suas sessões deliberativas. Páginas inteiras. É muita coragem! Não sei porque fazem isso, com a gente. O povo vai lá e o espetáculo não compensa. Talvez a Câmara só pretenda agradar aos jornais. E é possível que agradem. Vou perguntar ao Luis Alfredo do jornal Aqui, como é que é esse negócio. Debaixo desse angu tem carne. E ele sabe das coisas. Quem não manja nada disso é o Jonas Martins, Prefeito de Barra Mansa. Custa-lhe entender certas coisas. Acho que seria bom ele ouvir o mulato Dorival Caymmi “com qualquer dez mil réis se faz um vatapá”. É isto mesmo. Fica barato.


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Fiz um teste. Na semana passada, fui à câmara municipal. Confesso que aquela casa já foi melhor. Tá tão ruim que eu tive que dar razão ao Vereador Baixinho do Estádio. Ele reclamou muito de um fedor local. Ficou brabo. Disse que ia fazer seguro de vida, o escambáu. A Mesa contornou o caso mais ou menos botando a culpa no carpete. Disse que era de lá que vinha catinga. Eu acho que não. Não parou por aí. O Vereador Fernando Martins interrompeu a discussão sobre aluguel de frota pela Prefeitura, e pediu pra mudar de carteira. Queria era se sentar ao lado do coleguinha Pedro Magalhães. O presidente concordou: “Pode sim, mas leve seus cadernos e lápis de uma vez.”


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E no entanto, aquilo ali já foi palco de discussões sérias. Um dia mesmo eu vi um vereador socar a cara do outro com um murraço. E o agredido, com o punho cerrado para o alto, “V. Excia tem que respeitar a minha excelência!” Agora, mudou tudo. O Prefeito precisava de um menino para candear aquela manada, que de uma hora para outra podia estourar. Aí, surgiu o Zezinho da Ética que ainda tinha a vantagem de trazer a igreja a tiracolo. Nas mensagens polêmicas, aumentava a venda de narizes de palhaços e línguas de sogra no mercado. Era o efeito do pelotão da Ética que se paramentava para o confronto. Negócio sério. E quando não conseguia se impor, Zezinho recorria ao Ministério Público. Assim, ele veio se impondo e se tornou respeitável. Respeitabilíssimo! Terminou conhecido como o caveirão do legislativo. Trabalhou muito. Agora, com a América Teresa, na presidência, ele se dá ao luxo de tomar água de coco numa beira de praia.
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Até domingo

domingo, 17 de novembro de 2013




No último dia 8, a Prefeitura de Volta Redonda juntou as forças para dar combate a um crime que ela mesma comete e de forma imbatível. Medalha de ouro! Como um cachorro correndo atrás do próprio rabo pretende acabar com essas festas que trazem transtornos para a cidade. Não faltou ao encontro nenhum dos convidados e, talvez, cada um tenha levado o seu bornal carregadinho das tantas reclamações que recebem no seu dia a dia. Pior ainda se não as recebessem. Há muito do que reclamar. Mas, se for mesmo o caso, é só ler as cartas nos jornais, procurar o Ministério Público. As reclamações estão por aí. Contra a Ilha São João há um monte. Eu mesmo assinei uma delas acompanhado de mais quatrocentas assinaturas solidárias. As pessoas que participam dessas festas, enchem o pote. Retornam embriagados, fazendo algazarras, urinando, defecando e transando pelas ruas e praças quando encontram vagas. É muita gente. Os carros entopem nossas vias dificultando a chegada ou saída de moradores dos bairros. Mas se não acreditarem nessas informações é só perguntar a Guarda Municipal. Tudo isto acontece no nariz dela. É em frente ao seu quartel. Pode ser até que não vejam essas cenas, mas é impossível que não escutem os gemidos. Essas festas começaram com a Feira da Primavera... aí tomaram gosto pela coisa e agora é o que é. Tem a agenda fechada pro ano todo. Abriga até festas de formaturas de outras cidades. Entretanto, um dono de bar que ponha um aparelho de três em um sobre o balcão sofre de pronto a ação dessas forças. Claro que a gente aplaude quem faz valer a lei do silêncio. Mas as festas no PET, as festas na Ilha São João e no Comercial azedam qualquer elogio que se pretenda a essas instituições. 




Antonio Donato é um mensalinho. Seu sonho talvez fosse o de se tornar um Zé Dirceu sem hora para o banho de sol. E, convenhamos, tinha o perfil completo para se tornar um grande mensaleiro. Homem de confiança do partido, ex-tesoureiro de Lula e Dilma e considerado imexível por Fernando Haddad. Quer mais? Faltou-lhe somente a oportunidade. Quando seu nome se viu envolvido na teia da corrupção dos fiscais, quiseram botar na conta do prefeito anterior - Kassab. Pra que!? O trato não era esse. Kassab só faltou chama-lo de santo. Seria  desperdício de tempo. Ninguém acreditaria nele. Disse, isto sim, que o problema era da gestão atual e que esse negócio de herança maldita quem pegara mesmo foram  ele e o Serra, como sucessores da D. Marta Suplicye da insopitável sanha petista por escorchantes impostos. Ela ficou até com apelido de Martaxa.  Haddad estava lá como sub-secretário de Finanças. Quis responder mas era um risco. Mais um pouco, Kassab chegaria ao atual IPTU de São Paulo. Enfim, Dilma e Lula mandaram ele botar o galho dentro. Podiam perder votos. Por isso, ou por aquilo o escândalo cresceu. A última vez que eu somei estava em R$ 500 milhões desviados. E, logo se via que Donato não era nenhum primário. Ninguém começa assim. Muitos começam roubando galinhas. Não resistiu. Entregou uma carta ao prefeito: “Se é para o bem de todos, digam ao povo que fui!”. Haddad, acenou-lhe com um lenço branco. O PT também... E a gente sem poder dizer que a história agora é outra. Né, não. Mais hoje, mais amanhã a gente vai ficar sabendo de outros roubos, quiçá maiores. Muito maiores. 




terça-feira, 12 de novembro de 2013

CIDA SOZINHA DERRUBA PAIVA E NETO



O Prefeito é o mentor intelectual de uma ala no PT-VR. Fica assim meio de longe com ar de quem não quer nada, mas dá mole só pra você ver uma coisa! Ele tem ali um congá. É santo naquele terreiro e o Paiva é seu cambono. A   imposição das suas mãos consagra qualquer mortal. Foi assim que o modestíssimo Vagner se tornou candidato a presidente do diretório municipal do PT, a figura mais importante do partido. Uma outra corrente é a da Cida Diogo que, só para mostrar que tem bala na agulha, lançou o, também modesto, Dejair Martins. Só que o Dejair já tem história para contar. Uma vez ele foi até escolhido para vice na chapa com o Neto. O Neto riu de segurar a barriga. Pensou que era piada. Eu também. Neto, todo mundo sabia, além da amizade com o Paiva, precisava de votos e o Paiva lhe garantia o voto do Padre Juarez Sampaio e do Ítalo Granato. Agora, o Dejair trazia o único e escasso voto, o voto da própria Cida. Restou a este grupo a quarentena dos contaminados. A Cida ficou isolada, em quarto bem fechada, sem porta nem janela. Sem a mínima aproximação com a administração municipal. E, consequentemente, sem chances de boquinhas para o seu pessoal. Pode, quando muito, dependurar uns dez ou vinte lá na Assembléia Legislativa. Mas isto é pouco perto de uma prefeitura como a nossa. Há, ainda,  uma outra corrente, a Democracia Socialista, que apóia Geslia Marques e mais um outro candidato de quem me esqueci do nome. Não passam de desconhecidos. A coisa está entre o Paiva (Leia-se: pode me chamar de “ratinho” que é a mesma coisa) e Cida Diogo (Leia-se: não me chamem de feia que eu viro bicho). A proposta de Paiva é a mais atraente. Ele quer a Prefeitura para o partido. Êta coisa boa! Já pensou que maravilha o PT mandando? Assim, poderá fazer crescer a militância  à vontade. Na prefeitura há lugar pra todo mundo. E ainda fará um imenso favor ao deputado Edson Albertassi, com  candidato majoritário, no PT. Albertassi um dia agradecerá essa traição. Ele ia pagar um vexame danado saindo candidato a prefeito em Volta Redonda.
NOTA: Esta crônica foi escrita na última quinta feira, três dias antes da convenção partidária. Deu Dejair para presidente. Diferente do que aqui fora previsto. Talvez isto seja o aviso de que o Neto está mesmo no sal e de que, em breve, será despejado da prefeitura. Deus escreve certo por linhas tortas. Vou correndo avisar o Luís Alfredo do Aqui. Ainda está em tempo.



Aécio acusa D. Dilma de fazer leilão na Petrobrás. Fernando Henrique Cardoso diz que não é pra ralhar com ela, não, que ela tá simplesmente imitando o PSDB. Aécio é muito distraído. Também, D. Dilma tinha dado um pito no Obama por conta de umas bisbilhotices que ele faz nas nossas intimidades. Coisa feia. Ela até falou que não iria mais a casa dele enquanto ele não pedisse  desculpas. A gente foi dormir com orgulhoso daquela valentia feminina. Mas, no outro dia, acordamos desacorçoados com uma notícia na Folha de São Paulo. A notícia era a de que também nós espiávamos a vida dos outros pelo buraco da fechadura -  diplomatas da Rússia, do Irã e do Iraque estavam entre os nossos vigiados. Aí, foi que o ministro da justiça José Eduardo Cardoso mostrou que é um homem bem treinado. Do jeito que a bola foi, voltou. Ele falou que nós não tínhamos espionado, mas contraespionado. E que, portanto, era um ato não só legal, mas altamente recomendável. Todos os países deviam praticá-lo. Uma coisa é uma coisa outra coisa é outra coisa. Contraespionagem, explicou, é quando você suspeita que o estão espionando aí você espiona o suspeito para ver se ele realmente está espionando você. É. Mas apesar dessa “inquestionável” legalidade o governo promete arrancar o couro do autor desse vazamento, da mesma forma que Obama pretende ferrar o Edward Snowden. Tutti buonna, gente! Aliás, a operação foi batizada de Miúcha, o mesmo nome de uma das irmãs de Chico Buarque, o censor. Tá tudo fechando.



E Bill de Blasio é o novo prefeito de Nova York. O eleitorado confirmou o que até as pesquisas já falavam.  Blasio propôs o céu e o amor para aquela cidade e o povo disse que quer. Diz que vai acabar com as desigualdades entre os habitantes. Os ricos pagarão tributos mais pesados e os pobres receberão mais benefícios. Os inquilinos serão resguardados da sanha dos proprietários e os trabalhadores, sob suas asas, estarão mais protegidos do que pelos sindicatos. Tudo novo, no novo reino. Os professores terão a sua solidariedade e os imigrantes ganharão o status de cidadão americano. No mais, no velho estilo populista, concederá o mais amplo e irrestrito atendimento ao que se chama pauta progressiva - saúde, alimentação, moradia serviços essenciais... para todos. Parece até que fez um estágio no Brasil. Só não falou : “vinde a mim os oprimidos...” porque teve humildade, mas como um São Francisco redivivo, prometeu para o seu primeiro dia de governo, a extinção dos serviços de charretes no Central Park. Os cavalos irão curtir sua aposentadoria  no santuário eqüestre e os 150 cocheiros, então desempregados, serão aproveitados na condução de pequenos veículos elétricos. E assim pretende  fazer a “República Popular de Nova York”, conforme o dizem os republicanos que governaram a cidade por mais de vinte anos e conseguiram abaixar o índice de criminalidade com o Tolerância Zero. É o avesso, do avesso, do avesso...  


domingo, 3 de novembro de 2013

TEMPOS BICUDOS





Foi uma baita de uma euforia  quando o caminhão da SMO chegou aqui na Barreira Cravo. Veio cheiinho de operários. Dava gosto de ver. Eu bem que quis contá-los mas não deu jeito. Muita gente veio pra rua ver aquele mutirão. Organizou-se, logo, um pelotão para ir à padaria comprar bolo e leite para a moçada. Um homem jurava que aquilo era por um pedido seu - ele quer ser candidato a vereador; outro puxava brasa para América Teresa  - Teresa é vereadora.  Eu, no meu canto, cismando: “Aí, tem dente de coelho.” Se fosse varredura de uma rua, uma capina ou uma troca de lâmpadas... tudo bem. Dava pra aceitar. Até podia ser coisa da Vereadora. Por que, não? Mas aquele mundaréu de gente e ferramentas só podia ser coisa de gente grande. Gente grande mesmo. Maior, muito maior, do que esse prefeito, que esqueceram aí, no cargo. Digo isto assim não é por nada, não. É que o prefeito anda tão desacorçoado que ele está só aguardando a ordem para ir embora.  Já não move uma palha, sequer. Por vinte anos pelejou com a Rodovia do Contorno, sempre adiando sua inauguração. Vai ser em março, passou pra abril; depois, de abril pra maio. E veio assim de mes em mes, de ano em ano, de década em década. Cansou. Não quer mais nada.  E, de fato, esse movimento na Barreira Cravo não tinha nada a ver com ele.  O caminhão entrou na rua 5 e parou em frente ao nº 66. E pronto, desfez-se o mistério.  O pessoal desceu da carroceria e começou  a trabalhar. Tudo, então, tornou-se compreensível e até comovente. A obra não tinha nada a ver com o bairro, mas com uma moradora, a filha do Secretário de Obras, Uóxinton Granato. Era um mimo que um papai fazia pra filhinha do coração. Um eleitor-contribuinte falou, muito emocionado, que faria o mesmo por sua filha, também.  A dona tá reformando a casa e o papai veio ajudar. Tá ficando linda, que só vendo! Qualquer um que passar por ali vai ver que não estou mentindo. Esta administração municipal tem muito gosto! Não sei se vão colocar placa lá - Honestidade e Competencia. 




Aécio Neves é, rigorosamente, um homem do seu tempo. Se ele aparecer com um piercing no nariz, um alargador na orelha ou próteses subcutâneas todos compreenderão - é um jovem. E ele próprio bateria no peito e diria - "Eu sou um jovem eterno". Todo mundo sofre com a passagem dos anos, até o PT enrugou. Mas o Aécio...  Eu o vi, pela primeira vez, na TV, dando entrevistas e sendo fotografado quase grudado no caixão do seu tio Tancredo Neves. Ali, havia mais flashes e mais spots. Era um menino encantado com tantas luzes. E, de lá para cá, esse encanto jamais se desfez.  Foi feito deputado, presidente da Câmara Federal, Governador de Minas Gerais. E, agora, quer ser presidente da república. Mas sempre, sempre, sempre a mesma pessoa. Como diria a Professora Marlene Fernandes, um jovem correndo atrás da utopia. Tem gente que é assim obstinadamente jovem. Eu fico bobo... E, no caso do Aécio, ouso dizer, que ele está cada vez mais jovem. Anda mesmo metendo a mão em cumbuca.  Foi coisa de menino imaturo esse seu breve entrevero com a não menos destrambelhada Dilma Rousseff. Ela fez aquele incrível leilão de um  pobre e solitário lance. Aécio não perdeu tempo. Juntou a turma da imprensa e disparou seu  protesto juvenil:  “Temos de reestatizar a Petrobrás e entrega-la novamente aos brasileiros.” Foi na mosca. Tem muita gente que gosta disto. Ainda lambia as pontas dos dedos quando o telefone tocou. Era o Fernando Henrique Cardoso irritadíssimo. Nem ouviu saudação nenhuma; sentiu foi um coice no pé do ouvido: “Fui eu que criei esses leilões, que o PT condenou e, agora, aplica como se estivessem inventando alguma coisa”. E bateu-lhe o telefone. Aécio ficou com um pedaço de desculpas dependurado nos beiços. Como o Aécio não muda, não sabe que as coisas mudam. Ele não sabe, por exemplo, que o PT virou uma espécie de PSDB do Paraguai. 




O atacante Diego Costa meteu bola nas costas de Luís Felipe Scolari. Ou não, como o diria Caetano. Felipão não gostou nada, nada, da audácia do menino. Onde já se viu uma coisa dessas de recusar um convite para vestir a amarelinha? Diego, entretanto, não achou nada demais. Recusou o convite pronta e, porém, educadamente. Diego é brasileiro mas nunca jogou no Brasil. Vive na Espanha onde é amado e saudado nas ruas como um dos seus principais atletas; no Brasil, seria mais um disputando a mesma camisa.  Diego pensou, pensou, pensou e resolveu ficar onde estava. Pra que! Felipão não teve os mesmos bons modos do atleta;  virou bicho. Fez lembrar Fidel Castro querendo de volta os seus boxeadores Erislandy Lara e Guillermo Rigondeaux. Eles estavam no Rio de Janeiro, representando Cuba no PAN e resolveram fugir da concentração. Autoridades brasileiras os caçaram como a ratazanas e logo os devolveram em avião flertado na boca da madrugada. Presta atenção gente que tem maus exemplos fazendo seguidores no Brasil.  





Em 1982, Miro Teixeira, deputado federal, começava a ser assediado por “Luas pretas”,   um grupo em cujas afirmações não se punham dúvidas. Se ele falasse que a lura era preta todo  mundo acreditava.  Foi motivado por essas convicções que Miro enfrentou  Sandra Cavalcanti, no programa Aqui e Agora. Eram candidatos a Governador do Estado do Rio de Janeiro e faziam o primeiro debate.  Miro, com todas as letras e nenhuma ressalva, acusou a professora de ter jogado, no Rio da Guarda, mendigos e moradores de rua que viviam no Rio de Janeiro. Sandra trouxe de volta para o segundo debate aquela mesma denúncia fielmente redigida.  Colocou-a diante de Miro e falou:”Trago as suas denúncias por escrito. Quero ver você assinar!” Miro, sem pestanejar, falou – “Assino sem ler!” E assinou. Veio o processo e ele foi condenado. Desesperado pediu a um amigo que fosse à Sandra demovê-la daquela ação. Sandra, desprendida e generosa, aceitou a retratação e retirou o processo. Ela é mesmo desprendida. Continua pobre, morando numa casa modesta na rua Peri onde vive da aposentadoria. Vale a pena lembrar uma história dessas, uma pessoa dessas, nesses tempos tão bicudos.