quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

NOSSO BBB - NETO E DELEY, NO PAREDÃO - VOTE: QUEM DEVE DANÇAR PRIMEIRO!



Tal qual as empresas de ônibus fazem o Neto também apelou para uma liminar e espichou seu mandato de mais vinte centavos. Não é lá grande coisa, mas pra quem é bacalhau basta. É pena que ficamos com esta cidade sem água, cheia de lixo e de obras paradas. Governo meia-boca. É muito triste isso de se ver um governo agonizando em público. Tanto poder nas mãos mas ele só pode usar vinte centavos. Vinte centavos. Espero em Deus que, um dia, as autoridades se compadeçam desse moço e lhe abreviem os sofrimentos. Seja louvado! Falo isto nem é por gosto meu, não que a vida é que é assim. Tudo passa neste mundo. Só quem não passa mesmo de jeito nenhum é a Dodora. Há cinquenta anos ela preside o SEPE. Dodora é a minha candidata ao Guiness. Mas voltemos aos mortais que é a minha especialidade. Voltemos para o Deley enquanto o podemos. Daqui a pouco sua história  não nos interessará mais. Ele já está respirando por canudo. Tá prontinho pra ser defenestrado. E já-já chega a vez da América Teresa, Conrado, Albertassi, Gothardo... tanta gente que tem. Ao fim e ao cabo todas essas cabeças rolarão. A fila anda. Só na presente fornada o MP encaminhou 13 nomes para a cassação. Um deles é o nosso Deley. Bem que o povo quis avisá-lo antes, mandando-o para casa no pleito anterior, mas ele se fez de bobo. De fato, sem ter mais idade para dar pontapés na bola, não tinha aonde ir. Mas a sua condição de sócio remido no time do Neto foi mais forte e o salvou.  E, agora, é ele mesmo que vai dar a vaga, quem sabe para um outro deley. Mas não importa. O que importa mesmo é rodar o Waldir Calmon que ele vai dançar. Vão dançar. Não se sabe quem será o primeiro. Façam suas apostas, senhores! Aqui, em casa, eu me divirto ensinando uma ciranda aos meus netos: "Passaraio, passaraio, algum deles há de rodar/ Se não for o da frente há de ser o de trás...."    




Na cabeça dos nossos progressistas, o rolezinho é  uma Revolução Francesa. Esquecidos de que são eles próprios os donos da Bastilha saem correndo na busca de uma Maria Antonieta.  Mundo, mundo, vasto mundo, colocaram em cena, mais uma vez, o decantado confronto da massa excluída e do capital. É assim: Um sujeito trabalha mais do que os outros, estuda mais do que os outros, guarda mais do que os outros, paga mais impostos do que os outros e, ao cabo e ao fim, é o culpado pela desgraça dos que não trabalharam tanto, não estudaram tanto... Eis a óptica da esquerda: Se alguém trupica, é culpa do capital.  Estão nessa linha de raciocínio a Sra. Luiza Barros  e o Sr. Gilberto de Carvalho. Ambos do PT, respectivamente, ministra da Integração racial e Secretário Geral da Presidência. Podia citar toda a esquerda, esses cinquenta tons de cinza na política. Tudo cinza.  E todos na contramão dos fatos. Acham o shopping um símbolo do appartheid social. Colocar ali apenas lojas de luxo é um insulto aos mais pobres. Tem que se misturar tudo. O shopping precisa ter também uma quintanda, uma birosca, uma bicicletaria de reparos, um vendedor de sacolé, um ponto de aluguel de carroças. É. Acontece que Evandro Farias de Almeida, um dos criadores do rolezinho, morador da Zona Leste, gosta do shopping assim como é. Não se sente ofendido. É um conhecido usuário da internet onde posta frequentemente fotos e videos seus com roupa de marca. Tem 130 mil seguidores. Alguns comerciantes lhe presenteiam com camisas, tenis e bonés para divulgá-los no seu espaço. Tudo de etiqueta. Dá bom retorno comercial. Um dia Evandro quis conhecer seus parceiros mais de perto e marcaram um encontro no shopping que veio se repetindo normalmente desde o final do ano passado.  Agora, grupo desordeiros acharam que aquilo era o canal e a coisa se transformou em bagunça. Como sub-intelectuais gostam de bagunça isto ganhou logo o seu apoio desastrado. Só o deles. O resto da população está contra. O Data Folha apurou que 82% da população paulistana não apóia o rolezinho e que na Zona Leste, o maior bolsão de exclusão social, a rejeição é de 92%. Só quem o defende é essa turminha que é incapaz de arrumar sua gaveta de meias mas tem pretensões de arrumar o mundo. Estamos fritos!  

Há, em frente ao Union Buildings, sede do governo da África do Sul, uma estátua de 30 pés de altura  (aproximadamente 9,15m). Seus braços abertos, seu largo sorriso compõem o gesto de um imenso abraço à nação. É o Nelson Mandela. É quase a imagem de um santo para que os jovens não percam a referência. Pois é. Mas um coelho esculpido dentro de uma das suas orelhas tirou o elã religioso da peça. Para Jacob Zuma, presidente do País, aquilo é um sacrilégio. Despachou imediatamente dois escultores para resgatarem a dignidade daquele ouvido ofendido. Ao contrário do que inicialmente imaginaram, aquilo não era obra de nenhum abelhudo iconoclasta. O coelho já estava no ouvido do presidente desde quando criaram a estátua.  Seus escultores, impedidos de assinar a obra colocaram ali o coelho como uma marca sua. Mas a indignação foi tão grande que eles não só confessaram a sua autoria como estão pedindo desculpas para toda África do Sul.(fonte The Independence)




Iroo Onoda foi enviado a Filipinas em missão militar. Era 26 de dezembro de 1944, plena guerra mundial. Entre suas obrigações estava a de manter-se vivo. Iriam resgatá-lo dentro de tres ou cinco anos. Podia esperar. Entretanto, deu tudo errado. As forças aliadas tomaram a ilha, um punhado de soldados japoneses foram presos, mas Iroo e tres companheiros se enfiaram num densa selva onde sobreviveram até 1972. Daí pra frente Iroo ficou sozinho no mato e sem cachorro. Em 1974, autoridades japonesas o reencontraram e o convenceram de que a guerra já havia acabado e o reintegraram à vida comum. Assim, ele se readaptou e veio viver no Brasil. Faleceu em 17 de janeiro de 2014. 

quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

SO QUEM NÃO TEM PESCOÇO ABUSA DA GUILHOTINA



A falta dágua em Volta Redonda é um problema tão grave que até o jornal Aqui o viu e publicou. Tá certo que não foi tão pródigo em adjetivos e nem, muito menos, chamou o prefeito de Antonio. Mas, convenhamos, apesar de todo esse aparente zelo em não ferir, ele bateu na cangalha. Se fosse uma nota contra o prefeito de Barra Mansa a gente até compreenderia porque esse é o jeito que o jornal escolheu para tocar a vida. Todo corcunda sabe como se deita. É assim mesmo. Mas falar da administração Neto eu acho que tá fora do combinado. Alguém pisou na bola. Sei lá. Eles que são brancos é que se entendam. Eu só digo que estranhei. E estranhei tanto, tanto e tanto que me apliquei uns dois fundos beliscões nas costelas para ver se estava acordado. E estava acordadíssimo! Chamei minha mulher e falei: "Senta, aí! Agora, leia isto!" Foi a conta de ler e dar um grito: "Ai, meu Santo Expedito!" Ela diz que este é o santo das causas impossíveis e sempre que tem um peso pesado desses pela frente ela apela para esse santo. Mas, por via das dúvidas, ela foi fazer a sua parte porque a fé não é nada sem a obra. Foi à porta do banheiro e recomendou para nossa neta Eduarda que tomasse só meio banho. E reforçou: "Da cintura para baixo!" Minha mulher ficou assustada e com razão. O problema só vem crescendo. Começou lá na Vila Rica. Aquela fila indiana de gente com chaleiras, panelas e garrafas indo buscar água na mina. Na segunda feira, já tinha uma outra turma lá em frente ao SAAE-VR: "Queremos água! Queremos água! Queremos água!" O pessoal que passava de ônibus metia a cara nas janelas e se benzia.  Lá dentro, um garotinho como que encantado, olhava um fio de água que vertia no bebedouro. O Engenheiro Paulo César de Sousa, mandou tirar uma comissão para falar com ele. A comissão entrou e ouviu aquele mesmo discurso que fez sucesso no ano passado. Em time que está ganhando não se mexe: - "Nós estamos atentos, estamos providenciando... nós isso, nós aquilo, nós aquilo outro... O problema era um vazamento e agora descobrimos outro..." Mas que ficassem tranquilos. O SAAE mandaria uma ou duas pipas dágua.  Uma pipa carrega 10 mil litros. Em cada casa há, pelo menos, uma caixa dágua de 1 mil litros. Uma pipa dá para dez casas. E, ainda tem a Vila Rica, o Jardim Tiradentes, Roma II, hospital do estado... dependendo de uma nova rede orçada em R$ 44 milhões. A coisa tá ficando feia e o Aqui parece que vai largar a alça. 




 O PT investiu no Bolsa-voto. De quatro em quatro anos faz o saque dos rendimentos. São 25% dos votos brasileiros. É uma bolsa exclusiva para ele. Depois, faz um favor aqui, outro favor ali para a base aliada e vai juntando votos que lhe faltam. A base, apesar de aliada, não vem de graça, não. Ela faz parte da Bolsa-cargo. Que ninguém vá lá pensar que o Renan, por exemplo, se deu por satisfeito com uma viagenzinha de avião e o implante do cabelo. Vai precisar de muito papo para engambelá-lo. D. Dilma sabe disto, como sabe da força que tem o seu saco bondades. Cargo com voto se paga. É o trato.  O PT e O PMDB já foram convidados para a partilha. Não se espere muito das sobras. Quem parte ou reparte e não fica com a melhor parte é tolo ou não entende da arte. Os confrades menores ficarão com o farelo na mesa, que também alimenta, e que também traz votos. Mas nada de malquerenças no grupo, de fazer candonga um do outro. É a lei Ormetà. Coisa da máfia siciliana. Taí essa guerra no Maranhão que não nos deixa mentir. A crise tem dono - Dona Roseane Sarney, governadora do Estado. Ela faz parte da base do governo. Então, que cantem em coro: "Roseane é uma boa companheira! Ninguém pode negar!" Nada de diferente disto. Nem um simples muxoxo. Todo cuidado para não ferirem a moça. Se o José Sarney, seu progenitor,  debandar adeus viola. O negócio é não tumultuar. Mesmo o Pezão, coitado, que está sendo paciente e cruelmente fritado não reclama de estar sentado sobre brasas. Até finge que não está queimando, não. 



Agora, talvez, o Anthony Olatunde arranje uma namorada. Tá feito! O seu nome apareceu nos jornais e revistas. Se é, aqui, no Brasil podia sair para deputado. Não vê o Deley. Deu um pontapé na bola e, agora, está em Brasilia fazendo leis. Que maravilha! Mas Anthony Olatunde vive na Nigéria e não pretendia tanto. O que ele queria mesmo era arrumar uma namorada. Há sete anos ele usa o dentifrício Close Up da Unilever Nigeria Limited (UNL), justamente com este fim. Viu isto na propaganda e acreditou. Escovou seus dentes caprichosa e obstinadamente quatro a cinco vezes por dia, durante todo esse tempo. Entretanto, não conseguia nada.  Nem na faculdade que frequenta, nem na empresa onde trabalha, nem nas ruas por onde passa, nem na padaria onde ele compra pão... em nenhum dos seus caminhos aparecia a moça esperada. Sua última tentativa foi com a sua própria chefe. Depois de ter escovado os dentes três ou quatro vezes seguidas partiu para o ataque. Tentou sapecar-lhe o beijo que pensava ver na propaganda. O que conseguiu foi apenas uma bofetada. Não quis ficar com o prejuízo. Juntou todos os tubos usados e novos do dentifrício e solicitou ao tribunal um exame de laboratório para atestar a falsidade da propaganda e pleiteia a devida indenização. (Fonte Maitre Naija)



O novo prefeito de Nova York carregou uma bandeira revolucionária até a eleição. Porém por mais mudanças que imprima à cidade a mais sensacional delas ainda será a proporcionada pelo prefeito anterior, Michael Bloomberg. Ele impôs a proibição da venda de refrigerantes em garrafas de dois litros, nos restaurantes e lanchonetes. Lançou a proposta, o conselho de saúde a aprovou e virou decreto. Estão envolvidos na luta contra a obesidade cujo numero de vítimas na cidade é grande. O New York Times diz que 60% da população está contra essa medida, mas isto importa, ora bolas!  O problema é que o consumidor, normalmente, pede uma pizza grande e dois litros de refrigerante. Essa garrafa de 2 litros custa US$ 2. Agora, para chegar aos mesmos dois litros o consumidor terá que comprar 6 garrafas de 335ml, a US$ 1,5 por unidade. American Beberage Association entrou na justiça para suspender a proibição. Sei não, mas fica cada vez mais difícil saber quem está a favor de quem. 




segunda-feira, 13 de janeiro de 2014



Eu não sei se o Paiva tá sabendo, mas é bom avisar que começou a coleta de  donativos para o Genoíno. Querem ajuda-lo a pagar esses R$ 600 mil aí que ele recebeu de multa. Parece que vão fazer o mesmo serviço para o  João Paulo Cunha que também é filho de Deus e amigo do Chefe. Tá bem na hora de os petistas darem-se as mãos. Tem que se avisar o Walmir Victor, o Vereador Jari e a Dodora que é do PSOL. O PSOL é uma espécie assim de primo pobre do PT, mas espremendo sai alguma coisa. Deve-se também falar com a Inês Pandeló que, com essa história de Rachid, deve ter um pé de meia sobrando. E cheio até a boca. É hora de juntar todo mundo - "Vamos dar as mãos, vamos dar as mãos... Vamos lá!" Nada de morrer na praia. Até fico me lembrando do Leo. Ele morava lá no Santo Agostinho, onde tinha um escritório imobiliário. Ia de bicicleta mostrar os imóveis. Era uma luta. Também preenchia Imposto de Renda para completar a receita. Era esperto. Tava bem no vídeo. Tinha até uma  IBM esférica, que era um luxo! Éramos companheiros, lá no PMDB. Lembro direitinho quando ele nos deixou pelo PT. Deixou nossos churrascos, e foi vender bandeirinhas, broches e outros babilaques na calçada das Lojas Americanas e nas feiras de domingo. Algumas vezes, corriam um livro de ouro. Eram hábeis.  Eles são os precursores da Igreja Universal. E ambos cresceram muito. Construiam o partido. O partido deles era muito pobre. Paupérrimo. E aquela pobreza era o orgulho daquela militância - somos pobres porque não roubamos. Uma ou duas semanas depois fui reencontrá-lo. Foi na feira. Paguei-lhe um pastel e um suco de acerola.  Quase não aceitou. Que orgulho besta aquele, meu Deus! Ele tinha, de fato, muito orgulho.  Estava ungido. Uma estrela que trazia espetada no peito era a marca do cordeiro.  Grande Leo. Foi eleito a vereador uma vezinha só. Mas lhe valeu a pena. Encontrei-o, depois, cuidando de umas vaquinhas em Arrozal.  Hoje está na Prefeitura... já não precisa correr atrás das vaquinhas. Até porque vaca gorda nem corre.




De tudo que se falou na morte de Tancredo Neves, apenas uma afirmação sobreviveu: O ex-presidente teria feito melhor negócio se tivesse vindo para São Paulo do que ficado na Capital, naquele dia. O melhor hospital de Brasília é o aeroporto. É o que se diz ainda hoje.  Eis um dogma que contrariado  pode trazer consequências fatais. Todos os governadores o aceitaram e respeitaram como se fosse parte integrante da paisagem. Só agora, depois de tantos anos passados, alguém ousa enfrentá-lo. O governador Agnelo Queiroz quer um tratamento médico de excelência na cidade. Mas vai devagar. Começará pelos mais humildes - os cães carentes. Isto mesmo. Ele investirá R$ 3,5 milhões na construção de um hospital para os cães das famílias pobres, aqueles que não podem cuidar dos seus animais. Haverá um cadastramento prévio de porta-em-porta para prevenir eventuais fraudes. Quase um registro civil. A partir daí, essas famílias só terão que se preocupar com a saúde dos seus filhos; seus cães estarão amplamente garantidos. Qualquer coisa, o hospital está ali. É mesmo. Tudo muito bem organizado. Nada de filas quilométricas. Serão 100 procedimentos diários. Haverá um espaço exclusivo para o equivalente a vasectomias e ligaduras de trompas, sala de consultas, quartos para internações, tudo, tudo. medicações, internações, radiologia digital, ultrassonografia, cirurgias gerais de tecidos moles, ortopédicos e oncológicos. E também o pessoal é da pontinha da orelha - profissionais especializados em cardiologia, dermatologia, endocrinologia, odontologia, patologia clínica e anestesiologista. Médico cubano lá, nem pensar. E mesmo você, brasileiro de quatro costados, só entra se for acompanhado de um cão sardento. Mesmo assim, para tratamento dele.




Ronnie Bigss assaltou um trem na Inglaterra. Foi preso e condenado a 30 anos de prisão. Dois anos depois, fugiu. Passou pela Bélgica, não tava bom; pela França, não tava bom; pela Austrália, não tava bom... veio vindo, veio vindo, veio vindo e chegou ao Brasil!!! Estávamos em 1970: "90 milhões em ação, do nosso Brasil, salve a seleção..." Aí, pronto! Foi gostando do samba, aprendendo nossas gírias, essas coisas. Arranjou tempo também para aproveitar da fama -  receber turistas, dar entrevistas, posar para fotos, e protagonizar  filmes. Conseguiu até um espaço para seu filho atuar na Globo -  "Balão Mágico". Após 31 anos, arruinado e fisicamente debilitado, voltou para sua terra. Queria se tratar. Foi então preso para cumprir o resto da pena a que estava condenado. Morreu, enfim, no dia 18 de dezembro. Seu corpo foi conduzido pelas ruas de Londres, acompanhado por 13 motoqueiros do grupo Hell Angels e coberto com a bandeira brasileira, Auriverde Pendão da Minha Terra... 



A publicação do livro “Manhatma Gandhi e Sua Luta Com a Índia” de Joseph Lelyveld deu o que falar. Publicou uma pequena parte da intensa correspondência entre Gandhi e Kallenbach e assim provocou o falatório.  Discutia-se se aquilo era prova de amor ou de amizade. Políticos, parentes e gente do povo se irritaram com aquele foco na sexualidade da sua liderança. Proibiram a venda livro no seu estado natal. Agora, que as coisas pareciam sossegadas, voltou a mexer no caso.  O governo indiano comprou por R$ 1,28 milhões esse acervo do qual se conhecia apenas a pequena parte publicada.  É um conjunto de mais de 1000 cartas, documentos, telegramas e alguns presentinhos. Evidentemente, há nesses documentos algo de significado histórico que vai muito além da questão sexual. Aliás, é assim que o que Sajiv Mittal, alto funcionário do Ministério da Cultura indiano, justificou a compra do material. 


Uma trouxinha de droga aqui, um sequestro ali e as FARC veio avançando. Até que chegou a se sentar com o governo, em 2012. Agora, depois de estendida a mão, o governo quer saber se deve também entregar o braço. Essa aproximação é tema central da campanha na Colômbia. Juan Manoel dos Santos é candidato à reeleição e desponta como favorito, no prélio.   Oscar Ivan Zuluaga é seu concorrente e vem lá atrás nas intenções de voto. Ele herdou o movimento e a bandeira de Álvaro Uribe, o presidente que adotara o confronto com as FARC. A sua proposta , traz a bandeira que herdou de Álvaro Uribe o presidente que enfrentou com mais contundencia esse grupo marginal. Esta portanto será sua bandeira. Santos diz que acordo com as Farc foi um avanço. Foi apenas um consenso em torno de uma distribuição de terras. Foi o primeiro acordo depois de cinco décadas de conflito. E, portanto, pretende mantê-lo e quiçá ampliá-lo.

CARTA 




“O Brasil tá virando brasil. Não há quem duvide disto. Nem mesmo o meu amigo Dr. João Catapreta há de por defeito neste juízo. Ele só não admite é se dizer que a corrupção é filha legítima do PT. Tá certo. Só que o PT a pegou pra criar quando ela ainda estava pequeninha. De berço. E a deixou crescer sem limites. Avacalhou-a”.

Juízo de amigo meu não tem defeito. Ainda mais se nascer no desvão e no parto de uma cabeça tão privilegiada quanto à do meu querido professor. É que às vezes a obra é extraída a fórceps e o produto, não é que tenha defeito, não é que seja uma aberração, mas, os ferros deixam suas marcas, sabe-se como é. Assim, talvez ”a corrupção seja filha legítima do PT”, mas, não fruto de fornicação entre petistas e, sim, produto da inseminação... aliás, dizem as más línguas, que quem forneceu o semem foi o Azeredo, do PSDB de Minas. Um exame de DNA nesse caso esquisito, talvez forneça material genético que nos remeta a Cabral e as caravelas.
Mas, justiça seja feita: um quilômetro de estrada do rodo anel de São Paulo, arranjada pelo Serra, custou cinco milhões, ou seja, um mensalão do Delúbio e Cia, por cada quilometro. A “Privataria” Tucana, o termo e do Hélio Gaspari (não do Amauri Júnior), foi a maior operação lesa Pátria jamais vista e sentida desde que Caramuru aportou em nossas terras. No período da Ditadura militar quando a Light passaria as mãos do Estado brasileiro sem custos e gastos, um “suja kueka” do regime militar enriqueceu os canadenses com uma montanha de dinheiro (No final da década de 1970, o contrato de concessão da Light – Serviços de Eletricidade S/A com o governo federal, assinado no início do século e com validade de setenta anos seria encerrado, com a entrega dos ativos investidos pela empresa ao governo brasileiro. Porém em circunstâncias obscuras, principalmente no momento político vigente (regime militar), o então ministro das minas e energia Shigeaki Ueki, através da Eletrobrás, adquiriu o controle acionário da Light – Serviços de Eletricidade S/A e estatizou-a.) Quantos mensalões aí foram consumidos?
Os impostos devidos pela Rede Globo desaparecidos, magicamente apagados do sistema da Receita federal que, representam trocentos mensalões, não só nos provocam uma inveja alucinada, mas reclamam isonomia (princípio constitucional) a todos os mortais.
Assim, o rebento do PT, cabe num vidrinho com álcool, perto dos sauros da Ditadura e da turma da democracia, eu cá do meu rincão, continuo um mineiro bobo, desconfiado e alvorotado contra a solidão imposta a Zé Dirceu, Delúbio e Genuíno, quero todos os outros na cadeia! (João Catta Preta)


Meu caro Dr. João Catta Preta, obrigado pela solidariedade. Fiquei feliz em saber que você não é defensor dessa bancada da Papuda. Você só quer é aumentá-la. Muito bem. Talvez você nem saiba o quanto este seu reconhecimento é importante. Muito, muito obrigado pelo apoio. Quanto aos corruptos que estão soltos também acho que devam ser presos. E os que estão definitivamente mortos que se os façam baixar num centro espírita para que recebam o devido castigo.  Mas estejamos atentos! Corrupção não é só o mensalão, não. Tem o episódio do caseiro, tem o caso da Erenice, a Rose... Admito, entretanto, que fui exagerado quando comparei os 12 anos de PT com os nossos 500 anos de História. É que ando contabilizando também como corrupção o roubo da nossa esperança. Vi um rapazinho que queria ser político. O pai dele o desaconselhou:  "Fica longe dessa gente, menino!" É assim que se vê, hoje, os políticos. Diante de um quadro desses é despiciendo discutir quem roubou menos. Abraços (Elson)    


quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

A NETROLATRIA AO ALCANCE DE TODOS





Não sei se vocês se lembram do Ananás. Ele é conhecidíssimo em Volta Redonda, porém com outro nome que se lhe assentou feito uma luva - Chamam-no de Aquela Besta. Pois é, nos encontramos justamente no primeiro dia do ano. Lá estava ele na praça em carne-e-osso. Ele trazia uma estrelinha do PT, no peito e um jornal Aqui, na axila esquerda.  Saudou-me com efusivos cumprimentos e  desejou-me  um 2013 repetido indefinidamente, na vida.  Ele quer que o ano de 2013 se repita para ele, para mim e, principalmente para o Neto. Apesar de um trupicão aqui, outro ali, o Prefeito trouxe sua turma até 2014.  É bem verdade que a Dra. Suely Pinto caiu. Mas esta já vinha respirando pelo canudo há muito tempo. Claro que houve, também, quem se fortaleceu no grupo. O Jerônimo Telles, por exemplo, já até fica em pé sozinho.  Até 2011, Jerônimo era apenas um homem atrás de uma mesa. A gente chegava lá no Curral do Conselho e perguntava quem era o tal Jeronimo e as pessoal informava: “É o que está atrás da mesa à esquerda.” O da direita era o Paiva, que tinha apelido de Ratinho, não porque se assemelhasse ao  apresentador da tv, mas sim por outros motivos que não vem ao caso. Sentavam bem próximos um do outro - o Jerônimo e o Paiva. Tão próximos que ouviam o Programa Dário de Paula pelo mesmo rádio. Era assim que se informavam. E foi com esse imenso cabedal que o Jerônimo chegou a vereador da nossa  cidade. Da nossa cidade, não; vereador do Neto. Não sei se o leitor é dado a essas distinções. Mas fica a deixa para que cada um se sirva dela  como melhor lhe aprouver. Voltemos ao Jerônimo que, antes da primeira sessão, antes mesmo da posse, procurou a América Teresa, a maior especialista em netolatria no pedaço (O Conrado vai morrer de ciúmes, mas a verdade tem que ser dita).  E perguntou-lhe, com a voz penitente de um devoto noviço: "O que é que eu faço para agradar o homem?" E a Teresa, então, lhe resumiu didaticamente a primeira e única lição do credo: "É simples. Quando eu levantar o polegar, você diz sim; quando eu volta-lo para baixo,  você diz não. É só mirar bem o meu polegar. É simples! Muita gente conseguiu.". E com essa  brevíssima lição na ponta da língua, Jerônimo está batizado e crismado. E já recebeu reconhecimento oficial - ele é  representante da Casa na Comissão Municipal da Verdade. Ele está entusiasmadíssimo, sem medo de ser feliz.  Sabe que lhe basta ficar de olho  no polegar da Teresa.


O Brasil tá virando brasil. Não há quem duvide disto.  Nem mesmo o meu amigo  Dr. João Catapreta há de por defeito neste juízo.  Ele só não admite é se dizer que a corrupção é filha legítima do PT. Tá certo. Só que o PT a pegou pra criar quando ela ainda estava pequeninha. De berço. E a deixou crescer sem limites. Avacalhou-a. O Maluf, ele era nosso incontestável símbolo da corrupção. Ninguém admitia Maluf sem corrupção e nem corrrupção sem Maluf. Eram como irmãos siameses. Maluf, entretanto, nunca o admitiu. Sempre dizia:  “este dinheiro não é meu; esta assinatura não é minha!” Agora, essa turminha nova, que está aí... Santo Deus! Quanto descaramento, respondem como se estivessem ensaiados: - "eu roubei mas não foi para uso pessoal... foi pro partido. É caixa 2”. Virou epidemia. Até o futebol tá contaminado. Antigamente, a gente falava: “O que interessa é bola na rede”... agora, o gol não é mais marcado entre os tres paus.  Em vez de se contratar um bom time, contrata-se uma boa banca de advogados. A moda pegou mesmo! O céu está turvo da chuva de petições que se anunciam na justiça comum. Todas de torcedores da Portuguesa.  A CBF que não dorme com os olhos dos outros já deu um passo em frente.  Propõe uma mudança no Brasileirão que agradará geral.  Até a TV Globo será contemplada. A CBF pensa num certame disputado por 24 times divididos em dois grupos. Num primeiro turno, seriam tirados os quatro melhores de cada chave que se enfrentariam num mata-mata, a seguir. Neste modelo, estariam incluídos o Vasco, a Portuguesa, a Ponte e o Náutico. É o que se vê: Os torcedores aquietados, a Rede Globo com sua audiência aumentada e a CBF reeleita. É ano de eleição e siga la pelota!


Enfim, a alma de Alan Turing pode descansar em paz. Quantos anos de céu compensarão 59 anos no inferno? Alan Turing foi – segundo avaliação de Stephen Hawkins – um dos matemáticos mais brilhantes da Era Moderna. Foi ele quem decifrou o código dos submarinos alemães, na Segunda Guerra Mundial. Salvou das botas do nazismo a alma de muita gente boa. Entretanto, quando descobriram sua homossexualidade, condenaram-no à prisão. Alan suicidou-se logo depois. Agora, passados 59 anos, na véspera do Natal de 2013, a rainha considerou que não era um pecado tão assim, não. Aí, lhe  concedeu o perdão.




A população do Uruguai é de um montinho de gente perto do Brasil. O que eu sabia deles lá é que tinham vencido o Brasil no Maracanã em 50. E só! . Não falavam mais dele. Agora, o mundo lhe abre as portas  - jornais, revistas, tvs e a minha vizinha Madalena: "Eles sim tem um presidente". Falam é do José Mujica, presidente deles lá.  Ele começou nas guerrilhas, foi condenado a 14 anos. Cumpriu a pena e voltou para as ruas com uma coalizão de esquerdas. Foi eleito deputado, senador e presidente. Sua imagem é muito bem cuidada. Cuidadíssima! Mora numa propriedadezinha rural, doa 90% do seu salário, dirige o seu próprio fusca 82 e se alimenta nas pizzarias dos bairros.  Politicamente também surpreende. Permitiu o casamento entre gays, autorizou o aborto e promoveu a liberação da maconha. Nada disto, entretanto, estava no seu programa de governo. Ele sabe das coisas. Mão abre espaços, entretanto,  para os jornalistas uruguaios. Pode aparecer questionamentos sobre saúde e educação. Pra que complicar se pode simplificar.