Prisão de Guantanamo |
Política brasileira é feita com o que dá na telha. Uma questão de palpite. Não tem programa, não tem critério, não tem direção definida. É o que se chama uma bala perdida. Já houve governos que se orientavam pelas entranhas de animais sacrificados, por oráculos, pelo formato das nuvens e por sonhos que lhe apareciam. O nosso atira para onde o nariz aponta. Cesare Batisti, assassino de 4 pessoas na Itália, condenado à prisão perpétua, foge para o Brasil que o acolhe. Dois boxeadores cubanos fogem e querem ficar no Brasil. Mas são caçados como ratazanas e devolvidos, imediatamente à Cuba. E veio o caso de Sakineh. Lula, de cima de um palanque eleitoral, oferece aos brados um abrigo para a mulher. Depois do 11 de setembro de 2001, centenas de suspeitos foram jogados no Guantanamo. Constatou-se depois que muitos daqueles que lá estavam eram inocentes. Não havia como devolvê-los aos paíse de origem, pelo perigo que libertados podiam correr. Obama tomou posse em 2009 e prometeu esvaziar aquela prisão em um ano. Eram 241 presos descontados alguns já libertados pelo próprio Bush. E, daí, iniciou-se uma peregrinação. Ora ele, ora seus diplomatas, batiam de porta em porta em busca de países adotivos. E pediam e ouviam pedidos. O Kwait não quis receber ninguém. E autorizou a que dessem um fim nos kwaitianos presos. O rei Abdullah da Arábia Saudita não aceitou nenhum preso. Mas sugeriu implantar chip nos presos feito se faz com cavalos. Para que eles não se perdessem. John Brennan, diplomata americano, lhe respondeu "Cavalos não têm bons advogados". E, nesse passo, vieram ao Brasil e o Brasil também não aceitou nenhum refugiado. Aqui, certos presos também não encontram bons advogados.
EU, O ORÁCULO DA BARREIRA CRAVO
A Prefeitura Municipal de Volta Redonda lançou a pedra fundamental de uma obra planejada para 2 anos. Não é asfalto, não é ponte, não é viaduto, não é nada disto. É uma cartilha municipal. Fala dos bairros. E olha que juntou foi gente. E tdo mundo bateu palmas como se fosse a entrega de um aeroporto. Estavam presentes lá o presidente do IPPU, Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano (IPPU), Juvenil Neves Teixeira, o Secretário Municipal de Planejamento. Lincoln Botelho da Cunha e a coordenadora do projeto Juliene de Paula. Deve de ser uma cartilha muito importante. Fiquei logo para ver as suas fotografias. Os bairros devem estar lindos ali. Eu vi isto pelos olhos do prefeito quando folheou um exemplar. Ele até pareceu dizer assim - "Cidade dos Sonhos". Depois, o prefeito se ausentou em espírito. Uma mosca que teimava em lhe pousar no nariz, tentava, em vão, trazê-lo de volta ao auditório. Mas ele estava pensando num processo que está lá em Brasília pedindo sua cassação. O Paiva perdeu, o Deley perdeu agora a praga desse processo. O Lincoln também ausentou-se em espírito pensando assim: "no que será que o Prefeito está pensando". Prefeito assim mesmo com P maiúsculo. E tem razão de se preocupar. Sinceramente, em Volta Redonda há 52 bairros e eles ainda estão no primeiro bairro. Tanta coisa por fazer... E tem, de fato, muita coisa para se mostrar. Eles estão até pedindo para os moradores colaborarem. Se for o caso, eu até posso ajudar também.Tem a Casa da Cultura caindo aos pedaços, várias obras inconclusas, matos nas praças, Educação Municipal com baixo índice no IDEB...
O HOMEM DE DOIS NEURÔNIOS
Kim Jong-il, presidente da Coreia do Sul |
Kim Jong-il tem um filho chamado Kim Jong-on e quer fazê-lo seu sucessor na presidência da Coréia do Norte. Porém, vira e mexe, ele leva seu país mais para a beira do abismo. Por isso, o mundo inteiro vive a perguntar: O que será que Kim Jong-il tem na cabeça? E eu respondo sem medo de errar - ele tem dois neurônios. E esses neurônios não conversam entre si. Não se dão. Estão de mal. A prova está aí: No dia 23 passado, sem quê nem por quê ele jogou 50 obuses sobre a Coréia do Sul, na ilha de Yeongpyeong. Várias casas se incediaram e muitos e muitos dos seus 1300 moradores se apinharam em barcos de pesca e fugiram pelo Mar Amarelo. Lee Myung-bak, presidente da Coréia do Sul deve ter pensado não estou entendendo esse cara, não fazia ainda um mes havia mandado navios carregados de arroz para que aquela gente não morresse de fome e, agora, aquele desaforo. Vamos ver quem é mais forte! E mandou para a fronteira o seu exército. Mas por via das dúvidas, omiziou-se num bunker. Mas é como dizia meu pai - quem tem padrinho não morre pagão. E os EUA e o Japão compraram sua briga. Foram todos para a fronteira. E a China não apoiou a Coréia do Norte. Bem feito.
ÁRVORES LUMINOSAS
Uns meninos da Universidade de Cambridge no Reino Unido tiveram uma idéia de que se pode dizer luminosa. Eles querem encher as ruas de árvores e tornar as cidades mais iluminadas. O leitor há de notar aí um aparente contra-senso, porque as árvores dão sombra, isto é, reduz a iluminação. Aí, é que o caro amigo está muitíssimo enganado. Na cabeça dos meninos, as árvores iluminarão as ruas. Prefeitões e prefeitinhos, atentem bem! Parece história da carochinha mas já está a meio caminho. Esses acadêmicos já possuem todas as ferramentas gernéticas para transferir a bioluminescência de um para outro organismo. Está tudo lá no site do New Scientist. Eles partem da própria natureza. Há organismo que possuem esta propriedade. Nos meus tempos infantis eu juntava vagalumes numa lâmpadas para fazê-la de lâmpadas. Nunca mais vi vagalumes. Vi o Leonardo Boff e o Frei Beto que me pareciam dois vagalumes que acendiam e apagavam, mas agora eles já se apagaram definitivamente. Enfim, os meninos ingleses, tiraram foi mesmo desse pequeno inseto os genes utilizados para que brilhem no escuro. Com experiências com bactérias Escherichia Coli eles conseguiram o brilho em diversas cores. São esses genes que eles pretendem transferir para árvores. As companhias elétricas devem estar com uma pulga atrás da orelha.
AS CHARRETES DE SÃO PAULO
Lucas, fabricante de carroças e charretes |
Nos meus tempos de acadêmico, eu estudava em Itajubá. E gabava muito o lugar. Sempre que me perguntavam o que tinha de bom lá eu respondia com toda convicção - tem charrete pra gente passear. Não me levem a mal. Faculdade tinha em todos os lugares. A experiência que tinha com cavalos fora com cabos de vassoura e mais tarde nos parques de diversão, com os cavalinhos em carrocel, a 1 ou 2 cruzeiros a ficha. Imagina, agora o meu deslumbramento com as verdadeiras charretes. Mais tarde vi outras charretes em outras cidades: Ouro Preto, Tiradentes, São Lourenço e parece que em Lorena também. E muitas mais deve haver por aí. Sei disso. Mas o que eu nunca imaginei é que um dia fosse ver charrete na cidade de São Paulo. Já não digo a própria, mas a palavra pronunciada. Alguém falar charrete me parecia tão distante quanto uma missa em Latim. Charrete, eu pensava, era um substantivo definitivamente varrido do vocabulário paulistano. E o jornal OEstado de São Paulo, na edição de sexta feira, trouxe a charrete para uma das suas páginas. É a fábrica do Lucas, o Barba em plena capital - Vila Formosa. Dali saem charretes, troles e surkes feitos por encomenda. Ele está satisfeito com os negócios. Já teve oficina mecânica para carros, foi dono de restaurante e lanchonete. Há 12 anos transformou sua oficina numa fabrica de charretes. Encomendas não lhe faltam. Vai, agora mudar-se para Santos, onde já construiu um grande galpão. Maior do que isso o mar.
Ilustração: o Estado de Sãò Paulo
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