domingo, 16 de junho de 2013

DELEY, PERFORMANCE PERFEITA





A primeira vez em que ouvi falar do Deley, me lembro como se fosse hoje: ele jogava no Fluminense Futebol Clube. Aí, veio o segundo o seu segundo grande passo, na carreira de jogador – entrou para o time do Neto. Agora, este último e talvez definitivo avanço, entrou para a Seleção Nacional da Turma do Funil. E, diga-se de passagem, batendo um bolão. Acho que os jornais locais não tocaram no assunto por inibição de mexer com um caso quase internacional. Mas se Escolinha da TV o descobre, estava glorificado. Nunca vi um João Canabrava tão perfeito. Eu, sinceramente, acho que uma coisa dessas, tão perfeita que estava,  não se aprende da  noite para o dia. É preciso muito treino. Muito tempo de ensaio. Perfeito. Perfeitíssimo! Ele foi a plenário, na Câmara Federal, como quem entra numa taberna. Ia discutir e votar a MP dos Portos. Não sei como é que pode. Na falta de um bafômetro, podiam dizer assim pra ele: “Faz um quatro, aí!” Eu, quando era criança, tinha um bêbado lá perto de casa que a gente sempre fazia assim com ele. É infalível! Mas lá, eu não sei... E, depois, o cara é voto da Dilma Rousseff. Mas o deputado Deley também teve sua vantagem com a carraspana – ficou conhecidíssimo. Um amigo meu do Acre quis saber : “E aquele deputado lá da sua cidade?” Perguntei-lhe qual, de quem ele falava. E ele disse “to falando é do pudim.” Aí, eu lhe respondi: “claro! Sei quem é. É o Deley!” Mas eu, sinceramente, se fosse o Neto ia cuidando de substituir o Deley pela vereadora América Tereza que sonha ser deputada federal. E, depois, tem a vantagem de a Tereza não precisar beber para ficar tonta.






Tem gente assim, em cada coisa que faz, uma põe pitadinha ideológica, uma mentirazinha para colorir e facilitar-lhe a passagem pela garganta. E, quase sempre, desce redondo. Joseph Goebels entendia bem disto e até recomendava: uma mentirinha repetida várias vezes vira uma verdade do tamanho de um bonde. Criaram um mito com a medicina cubana. Fala-se muito nos seus sucessos miraculosos. É a alma do negócio. Em sã consciência, ninguém iria admitir tais avanços num país em que não havia internet e nem celular até há três meses. No entanto, é preciso ter cuidado. Há muita propaganda. O Lula tecia louvores ao SUS, se propunha até a ensinar o Obama como fazer o mesmo do lado deles lá americanos. Mas na hora H em que ele era o doente da vez preferiu o Instituto Albert Einstein. E se salvou. Hugo Chaves, coitado, acreditou nas suas próprias mentiras e dançou. Lula não ensinou o pulo do gato pra ele. Pobre Chaves. Podia ter ido para o Albert Einstein, também. Mas tinha a mesma superstição do Adelson Vidal. Agora, é tarde. Daí, esse medo do Conselho Federal de Medicina com a ameaça da Dilma de trazer 6 000 médicos cubanos para atuarem nas regiões mais pobres do Brasil. O conselho teme que esse pessoal venha treinar medicina com a gente, com os mais pobres. Frei Beto – lembram dele? – tem sempre uma vaselina à disposição. Chega e diz “senta que o leão é manso”. O que, na linguagem  chula quer dizer: “eles vão botar só a cabecinha.” Pra ele tudo isto é bobagem. Ele diz que esse pessoal só vem para cá para tratar de cabeça-de-prego, espinhela caída, e vento virado. Nada de tratamento sofisticado. É só pra atender o povão que supostamente só tem dessas doenças mixas.  Ainda aí, a coisa não é bem assim. Há, no Brasil, 125 médicos cubanos e 40% deles vivem nas grandes capitais.  O que quer dizer concentração de médicos? Portanto, não foram para o interior. Em Vitória, há 11 médicos por cada 1 000 habitantes, superando o índice exigido pela OMS que é de 4 médicos por 1 000 habitantes. Há uma realidade que esses números cobrem mas não atacam. Na Olimpíada de Londres, junto com os neymar e freds deles, os britânicos destacavam a saúde também como um dos seus símbolos. Em nossa competição, usamos nossos atletas como cortina de fumaça para nossas mazelas que o Frei Beto vem abençoar. 



CORRESPONDENCIA

Elson, o Adelson agora deu pra dizer que é da esquerda democrática, uma espécie de esquerda reciclada, que se diferencia das esquerdas comunistas. Mas na verdade democracia é só quando convém, vc viu o que ele fez lá na Câmara. Eu queria que vc me explicasse quem de fato é o Adelson. É comunista, é nelsista, socialista, tucano ou o quê? Tá difícil de entender, alguém que idolatra Gramsci e elogia Aécio Neves.


Meu caro, Anônimo, é que existe o Adelson Vidal e o anti-Adelson Vidal, na mesma pessoa. Um cara que é comissionado da prefeitura e na hora do expediente está berrando por aí nos movimentos não leva nem o seu patrão - o Prefeito. Tem hora que eu penso que ele pretende ser o futuro Zezinho da Ética. Só que o Zezinho é mais sossegado. Fica sempre do mesmo lado. Do lado de lá.


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