domingo, 25 de agosto de 2013

Este era o cartaz. Meteu tanto medo no criador
que foi logo retirado.
Quando o Prefeito Neto viu passar um carro com a placa de Nilópolis, ficou branco feito cera – “os milicianos estão chegando!!!”. E, sem maiores formalidades, botou tranca nas portas, cerrou as cortinas das janelas, apagou a luz e jogou-se debaixo da mesa. Todo cuidado é pouco. Os demais munícipes, que tinham mais do que cuidar, continuaram trabalhando. Com uma exceção única da minha vizinha que ficou com medo de ir à padaria comprar pão. Ela acredita em tudo que é bobagem.  Passada, entretanto, esta quarentena o Prefeito deu as caras na rua. Veio espalhando medo e pânico juntamente com os  santinhos de candidato. Era o seu evangelho, uma nova cruzada capitaneada pelo Bispo Emérito Waldir Calheiros: “Fora o Neto, não há salvação para esta cidade!” O Jornal Aqui, que ouve o galo cantar e sabe direitinho de onde tá vindo, publicou a suma. Uma ou duas páginas inteiras. Inteirinhas. E deu no que deu. E, agora, o assustado sou eu que não canso de gritar : “Gente, a vaca ta indo pro brejo!!!” Se bem que, assustado por assustado, também há de estar o Prefeito Neto. A gente fez uma passeata querendo umas coisas tão modestas - escola com professores e telhado, hospitais com médicos e aparelhos, transporte com ônibus e horários de verdade... E, Deus me perdoe, uma prefeitura com prefeito. Mas ele entendeu tudo errado. Veio e falou assim: “eu vou dar viadutos, pontes, ciclovias". E faz as contas “pá daqui, pá dali, pá de acolá... R$ 60 milhões dá; melhor R$ 65. A gente nunca sabe. Podia ter pedido R$ 120 ou R$ 130 milhões que a Câmara Municipal aprovava. Tudo em nome da imobilidade do legislativo. Aliás, dos 21 vereadores, 5 valentemente não aprovaram essas coisas, não - Baltazar, Pedro Magalhães, Edson Quinto, Jorginho Fued e Francisco Chaves. Do outro lado 16 Américas Terezas. Por isso, o prefeito faz o que lhe dá na telha. Já nem precisa mais do Zezinho da Ética que era o caveirão do legislativo. Hoje, o Zezinho está tão fora de uso como as máquinas olivettis da prefeitura.

Capilé e D. Dilma

Pablo Capilé mesmo visto a meio metro de distância não causava suspeitas sérias. Assim, ele se misturava junto aos manifestantes nas ruas e se parecia como um deles, tranquilamente. Quem vê cara não vê coração. A Tribuna da Imprensa foi quem levantou a lebre. Debaixo do angu tinha carne. É que Capilé tem uma estrutura muito grande. Começou com uma certa “Fora do Eixo”, nome muito bem escolhido para quem pretendia simular autonomia. Seu trabalho era o de promover festivais amadores de música, cinema e poesia. Tudo, tudo, tudo à sombra do governo federal. Mantido por mim, por você e até por aquele bebum lá da esquina que pensa que é a cachaça que está levando o dinheiro dele. Não é. Capilé prosperava. Veio subindo, subindo, subindo, subindo...  Hoje, já ocupa um casarão no bairro do Cambuci, chuiquíssimo, em São Paulo. E despertou-se para novas frentes. Bruno Tortura lhe propôs a criação do “Coletivo Mídia Ninja”. Topou. A mídia ninja apareceu com o avanço dos celulares. Aos poucos, cada cidadão passou a ser um fotógrafo, um cinegrafista. E os jornais, revistas e TV passaram a pagar pelas imagens assim obtidas. Esta mídia tem crescido muito e há muito de ainda crescer. Mas isto não tem nada a ver com o que o Capilé faz. O Observatório da Imprensa e o Roda Viva levantaram a bola para ele cortar. Parece que já jogam em equipe há muito tempo. A jogada deles está muito manjada.



Nina Siahkali Moradi ganhou notoriedade mundial, na semana passada. Cansei de ver aquela fotografia na minha navegação diária. Nina, entretanto, não matou ninguém, não seqüestrou ninguém, não participa de nenhum Big Brother e nem se tornou amante de nenhum presidente da república. Nina apenas combinou um coquetel muito explosivo, no Irã. Ela é arquiteta, bonita e quer uma cadeira no conselho nacional. Isto assusta. O Irã é o Irã é o Irã é o Irã. Lá, as mulheres estão evoluindo como é de se esperar. Mas esta evolução tem linha de chegada. Chegou, parou. Registram-se altos níveis de educação entre elas. E assim é nas ciências e nas artes. Nina quer ir além. Quer entrar para o conselho nacional. Mas, no governo, está quase vedada a entrada de mulheres. Hoje a sua representação feminina é de um modestíssimo 3,1%.  Nina quer porque quer quebrar essa barreira. Candidatou-se, teve votos suficientes para ser eleita, mas esbarrou na comissão de avaliação. Explicaram que tudo isto se dava assim porque Nina é muito bonita e com mulher bonita não se deve vacilar. Falta só estabelecer uma lei: “Se for bonita não se candidate.”


CORRESPONDENCIAS

A Dilma quer deixar sua marca no governo. Ainda mais agora que muito pouca gene acredita num seu segundo mandato. E, para tanto, juntou-se o Mercadante. Veja só. No último dia 3 de abril a presidentA sancionou a Lei 12.605/12. Está lá no site dela. Veja:
LEI Nº 12.605, DE 3 DE ABRIL DE 2012.
  Determina o emprego obrigatório da flexão de gênero para nomear profissão ou grau em diplomas.
A PRESIDENTA DA REPÚBLICA
Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
Art. 1o As instituições de ensino públicas e privadas expedirão diplomas e certificados com a flexão de gênero correspondente ao sexo da pessoa diplomada, ao designar a profissão e o grau obtido.
Art. 2oAs pessoas já diplomadas poderão requerer das instituições referidas no art. 1oa reemissão gratuita dos diplomas, com a devida correção, segundo regulamento do respectivo sistema de ensino.
Art. 3o Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
Brasília,  3  de  abril  de 2012; 191o da Independência e 124o da República.
DILMA ROUSSEFF
Aloizio Mercadante
Eleonora Menicucci de Oliveira
Casa Civil
Presidência da República
Subchefia para Assuntos Jurídicos
P.S.  HOJE EU VOU AO OCULISTO, DEPOIS DE PASSAR NO DENTISTO,  TINHA LÁ UM MOTORISTO E UM MAQUINISTO
TODOS FLAMENGUISTOS ....

Desculpem mas não resisti  [SOU HUMORISTO ] .... (Geraldo Coelho).

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É isto aí meu caro Geraldo. Quem vai gostar muito disto aí é o Adelson Alves Vidal, que poderá puxar saco sem constrangimento. E até legalmente. (Élson)

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