CONVERSA MOLE PRA BOI
DORMIR
OU
CANTIGA PARA NINAR
CORRUPTOS DE TODOS OS PORTES
Soa mesmo como uma
cantilena essas palavras do Leandro Carnal. É um discurso palatável para todos
nós que andamos assustados com tudo que se vê. Agora, sabemos todos que desde o
menino que rouba um beijo da namorada até a quadrilha que arrasa com a nossa
maior empresa, é tudo farinha do mesmo saco. Somos todos os pecadores e
contribuímos todos para o mesmo mal. E somos também todos, et pour cause,
inocentes. Que maravilha viver! A culpa não é de ninguém; é de todo mundo.
Aquele que rouba velhinhos aposentados pode acalmar sua alma, quiçá
arrependida... Somos todos assim. Leandro Carnal é um metonímico - toma a parte
pelo todo. Enfim, que Suzane Von Richthofen possa curtir o seu dia das mães
sossegada, embora ela mesma tenha matado a mãe e, de quebra, matado também o
pai. Que possamos todos enfim desfrutar dessa paz meia-boca. Tudo é um, como o
dizia Parmênides. Um atestado médico falso aqui é o mesmo que o vendaval que
venta na Lava Jato. Não há governo corrupto se o povo é corrupto. Enfim, é
assim. Para consertar o governo tem que se consertar o povo; e pra consertar o
povo tem que se consertar o governo. É uma filosofia baseada no biscoito
Tostines: “Tostines vende mais porque é fresquinho ou é fresquinho porque vende
mais?” Enquanto você se distrai dando bola para essas asneiras Dilma sai do
palácio levando 140 itens entre os quais mais de uma centena de objetos que não
lhe pertencem. Que maravilha viver neste País!
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