Prefeita Aparecida Panisseti foto - O São Gonçalo |
Aparecida Panisset, prefeita de São Gonçalo, também tem sua vez. Aparece aqui no meu blog. E não é que tenha cortado fila, não. Ela fez por merecer, em cumprimento as escrituras. Está no livro do Eclesiaste que há um tempo pra tudo - "tempo para plantar e tempo para arrancar do solo o que foi plantado". D. Aparecida plantou e, portanto, tem o direito de colher os frutos - cada bananona enorme. Mas nem sei se isto a assustou. O que se sabe mesmo é que ela havia criado um programa social para atender as comunidades do Coelho e a da Fazenda dos Mineiros. Os moradores ficaram muito satisfeitos e até parece que posaram sorrindo para fotografias. Também, iam receber serviços médicos, odontológicos, psicológicos e profissionalizantes. Coisa bonita de se ver. Aliás, ver mesmo ninguém viu. O povo tem imaginação fértil. D. Aparecida também tem sua fé. Ela chamou duas igrejas - Igreja Evangélica Assembléia de Deus Ministério de Reconciliação e o Templo da Casa do Saber - e fez um acordo, fechando um elo: As igrejas recebiam o dinheiro, o povo recebia os serviços e ela prefeita recebia os votos. Sem gastar um tostão. Mas os serviços, apesar de pagos, não aconteceram. O Ministério Público estranhou. Pediu explicações. Que mistério é esse que você compra uma coisa e não recebe a coisa. D. Aparecida pegou o documento e o enfiou num espeto na sua mesa e falou assim: "Tá amarrado!" O ministério não gostou do pouco caso e a enquadrou em duas ações - desvio de verbas e sonegação de informações. Aí, caiu na boca do povo. Parece até que na escola falaram para o netinho dela - "Eu vi o retrato da sua vó nos jornais." E ele teria respondido: "Deve ser aniversário dela". E deverá mesmo parecer uma festa pelo tanto de gente que vai lá pra ver. Mas convidados mesmos só tem os pastores das igrejas que estão indiciados também.
PEDRO SIMON DEPOIS DE O GALO CANTAR
Senador Pedro Simon foto - O Globo |
Quem vê cara não vê coração. Minha mãe sempre instruía a grente. A minha irmã, então, ela sempre avisava: "Cuidado, ninguém traz escrito na testa o que é". Até parece que minha mãe conhecia o Senador Pedro Simon. Parece mesmo. Vejam que eu podia pegar o Zezinho da Ética como exemplo. Mas seria um exemplo menor. E, depois, eu preciso deixá-lo descansar um bocado. Sinceramente, hoje, não quero ficar com padrões domésticos. Voltemos pois ao senador, que não enganava apenas ao colega Eduardo Suplicy, este Forrest Gump do senado. Claro que não. Simon enganava a todos na casa e, creio mesmo, enganava até a si próprio. Quantas vezes, quem sabe, ele fazendo barba se encantava com sua imagem refletida no espelho e dizia - "você veio melhor do que a encomenda. Preciso cultivá-la". Franciscano de boa cepa vivia num pedestal imaginário. E ao passar por seu retrato pendurado na sala benzia-se como se estivesse diante do santíssimo. Vai que um dia surge a barca da alegria. E dentro dela uma porção de ex-governadores, ex-deputados se acotovelando e cantando "Se a canoa não virar, olê, olê, olá..." Lá está Pedro Simon, Álvaro Dias, Jader Barbalho. Pedro Simon já disse que vai fazer um pronunciamento explicando por que provou do fruto proibido. Esta aposentadoria de ex-governdador. Ele é bom em hermenêutica. Ele dirá que é religioso que nunca mordeu uma hóstia, mas está convencido de que pode morder os cofres do Estado sem se indispor com Deus.
O SUMIÇO DAS ABELHAS
FOTO- http://www.sertho.com.br/ |
Meu amigo Marcelino era capaz de dar falta de uma ou duas abelhas (apis mellifera) nas suas colméias. Quase punha nome nas abelhas. Visitava-as frequentemente para ver como estavam, se havia formigas por perto, se havia mel excedente para a colheita, e como é que estava o mato em volta. Nunca lhe passaria pela cabeça que um dia as abelhas abandonariam o lar. Se alguma não voltava era por algum acidente no caminho. Mas, hoje, as abelhas adultas estão abandonando as colméias, deixando tudo para traz - crias, mel, cera, polen, geléia real, própolis ou veneno. E de nada adianta aguardar por elas. David D. Jong, professor de genética da USP, está debruçado sobre este fenômeno de redução nas colméias - Collony Collapse Disorder é o nome da doença. Não precisou da acuidade do meu amigo Marcelino, porque a redução é gritante: "Nas colméias ficam muitas crias e pouquíssimas adultas". Hoje, esta redução atinge 30% da população. Mas não se trata de nenhum golpe das elites, nem maldição dos deuses. O professor assegura que não há nada de sobrenatural nisto e que o problema é mundial. Há registros dessas fugas nos Estados Unidos, Canadá, Países Europeus e, evidentemente, no Brasil. Suas causas são múltiplas - os inseticidas usados, falta de alimentos adequados e manejo de colméias de um lado para o outro no exercício da polinização. Há colméias que são alugadas especialmente para isto. Bras da Cruz, outro amigo, que muito viaja e observa diz que tem visto abelhas procurando alimentação no lixo. O reflexo dessa mudança na economia é considerável. No Brasil, há 30 mil famílias que vivem diretamente da produção de mel.
CURIOSIDADES
Invenções Casuais (5): Em 1946 Raytheon engenheiro Percy Spencer estava testando um diodo (componente eletrônico), um dispositivo que emite microondas de radiação, quando percebeu que a a barra de bombom em seu bolso tinha derretido. Ele supôs que o diodo tinha causado aquele acontecimento e repetiu a experiência colocando milho de pipocas próximo ao dispositivo. Quando aquilo estourou, ele tentou cozinhar um ovo, que explodiu. Enfim, veio fazendo uma série de experiências até que descobriu que a exposição a uma baixa concentração de energia poderia cozinhar alimentos rapidamente. Spencer e outros engenheiros começaram a trabalhar um caminho prático para armazenar ondas para usá-las com este propósito. Em 1947, as primeiras unidades foram comercializadas como Raytheon. Estava inventado o micro-ondas. Elas pesavam tanto quanto 340 kg e custavam milhares de dólares, mas em 1975 os avanços tecnológicos tinham tornado um invento popular (e disponível) como um forno.
Fonte: Revista Newsweek
Arca de Noé. Sua história provocarou inconciliáveis discussões. Porque, de um lado, havia os que tinham como impossível transportar tantos animais num barco e com eles conviver por tantos dias seguidos; do outro, os que entendem a história num sentido alegórico - a barca seria a igreja. Há também os intérpretes literais da Bíblia que acreditam na história tal qual se conta. Entre eles, alguns pesquisadores que, ainda hoje, pretendem encontrá-la no Monte Ararat a nordeste da Turquia. Em abril de 2010, o pesquisador chinês Yang Ving Cing anunciou ter encontrado essa arca. Disse não poder afirmar com 100% de certeza, mas assegurava que tinha 99,9% dessa convicção.
Nabucodonosor. Rei da Babilônia mandou construir em volta da cidade uma gigantesca muralha. Os muros mediam 10m de altura e eram bastante largos. Pretendia proteger-se contra possíveis assaltos. Baltazar, um rei persa, pretendeu invadi-la. Usou sua engenhosidade para desviar o curso do rio Eufrates que passava sob o magnífico muro. Desviado o rio, seu leito foi transformado numa passagem para o exército invasor. E, assim, Baltazar saqueou Babilônia.
Fonte: Valmiro Rodrigues Vidal, Curiosidades V. 1Marechal Hermes. Em fevereiro de 1912, às vesperas do carnaval, morria José da Silva Paranhos Junior, o Barão do Rio Branco. Foi uma morte muito sentida porque ele era a mais notável figura da diplomacia brasileira. Tão respeitado que, mesmo depois de proclamada a república, ele continuou usando o título nobiliárquico que recebera na monarquia - Barão do Rio Branco. Então, Marechal Hermes, Presidente da República, na época, querendo lhe fazer uma homenagem póstuma, assinou um decreto transferindo o carnaval para o mes de abril. O que fez o povo? Brincou o carnaval em fevereiro e brincou o carnaval em abril. Em abril, aliás, saíram pelas ruas cantando a marchinha: "Com a morte do Barão,/ tivemos dois carnavá./ Ai que bom, ai que gostoso,/ se morresse o marechá."
Fonte: Gaudêncio Torquato, jornal O Estado de São PauloNOMES DA 7ª ARTE
Por Morrisson
Yul Brynner
Yul Brynner, nasceu em 11 de julho de 1915, na Suiça e morreu em 10 de outubro de 1985, nos Estados Unidos onde fez uma brilhante carreira cinematográfica. Recebeu o nome de Yuli Borisovich Bryner, mais tarde passou a se denominar Taidje Khan, um nome mongol. Seus pais eram o cônsul suíço na Rússia Boris Bryner e Marussia Blagowidowa. Em 1930, seu pai deixou a família. Yul, então passou a viver entre Pequim e Paris. Estudou na Sorbone e em 1941 emigrou para os Estados Unidos onde foi estudar teatro. Em 1949, estreou no cinema com o filme "Port of New York". Dois anos depois, raspou a cabeça quando foi convidado a representar o rei de Sião no filme "O Rei e Eu", trazido de um musical da Broadway. Uma peça com o mesmo título que foi representada por trinta anos. Terminou por conquistar o Oscar de Melhor Ator por sua participação no filme homônimo, o Rei e Eu (1956). Na década de 70 ele retomaria o mesmo personagem em uma série de TV. Destacam-se ainda na sua carreira sua participação nos filmes: "Os Dez Mandamentos", "Sete Homens e um Destino", "Anastácia, a Princesa Esquecida", "Os Irmãos Karamaozovi", "Taras Bulba" e "O Farol do Fim do Mundo".
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