“Hoje é domingo, pede cachimbo, cachimbo é de ouro,
bate no touro, o touro é valente...” É, mais ou menos, assim, com essa paz
celestial, que começam os domingos do Prefeito Neto. Ele pega então o jornal
Aqui-VR e o Fatos e Análises para ver se copiaram direitinho suas releases. E
dá gosto de ver o capricho. “Isto faz um bem... “ Eu, entretanto, poria um pé
atrás. Os dois, até. Seguro morreu de velho e o desconfiado tá vivo até hoje. De
verdade, em verdade, eu digo que esse
pessoal tá é querendo ver a caveira do prefeito. Eles escrevem torto por linhas
retas. A menos que sejam todos uns loucos varridos, mas descarto logo esta
hipótese posto que nunca os vi rasgando dinheiro. Pelo contrário, pelo
contrário... muito ao contrário; eles gostam de dinheiro. Deixemos isto. Estou
me perdendo em maledicências e deixando o principal. O caso é que o Aqui atiçou
o Prefeito pra cima do Voltaço. O Voltaço é o time da cidade, tem as cores da
cidade, tem o amor da cidade, portanto, é preciso esmagá-lo. Time é só um: O do
Prefeito. Já nos deu alguma glória esse time do Voltaço. Agora, anda meio que pelas
tabelas. Seu presidente, Rogério Loureiro quis tirá-lo da indigência. Mexeu os
pauzinhos e a CSN abriu-lhe as portas. Está patrocinando o time. O Aqui-VR não
gostou dessa mão redentora. Pensou: “Eles vão terminar é fazendo gol”. E não
pode. É que o Neto não morre de amores pela CSN e nem pelo Loureiro que é seu
adversário político. O jornal pegou, então, este ódio emprestado e entrou em campo dando
botinadas pra aleijar o time. Quer que a Prefeitura, em vez de ceder
o estádio como sempre o fez, passe a cobrar aluguel pelo seu uso. E reforça:
"Um bom aluguel!!!". Eu, se fosse o Neto, olhava bem dentro do olho
do dono do jornal e perguntava - "Você é meu amigo ou amigo da
onça?"
Lá evém o Jean
Wyllys (PSOL-RJ). Trás, debaixo do braço, um desbotado projeto de
profissionalização das prostitutas e uma mixaria de votos que o fez deputado
federal. Foi ajudado e muito pelos votos do Chico Alencar. Notabilizou-se
por sua participação no BBB e, agora, é um dos quinhentos e poucos pagos,
regiamente pagos, para dizer o que devemos fazer. E vem com este projeto dele
que é, no mínimo, uma bobagem. Foi retirado da cesta de lixo do Fernando
Gabeira, que tivera a mesma idéia mas acordou a tempo. Ora, no Brasil, a
prostituição só é crime sob alguns aspectos. O prostituto, ou prostituta
autônomos estão livres para este mister. É uma concessão do habeas corpus. Se a
pessoa é dona do próprio corpo, pode vendê-lo, como pode vender sua bicicleta,
sua moto ou seu barraco numa posse. Já, no lenocínio há um intermediário, um
explorador, um rufião, um alcoviteiro, um proxeneta, ganhando em cima dessa
fragilidade. É crime! Não resiste a um minuto de discussão. Tanto que o
deputado não argumenta; faz chantagem: “Eu
diria que 60% da população masculina do Congresso Nacional faz uso dos serviços
das prostitutas, então acho que esses caras vão querer fazer uso desse serviço
em ambientes mais seguros”. Isto não é defesa de um deputado; é proposta de
cafetão.
Cláudia
Martins, possui duas graduações – Matemática e Direito. Mas ganha o pão com
reciclagem de tecidos. Está há dois anos nessa área. Até o mes de janeiro de
2011, sua vida era outra. Aí, mudou de ramo, mudou de rumo. Os 35 mil
desabrigados, na região serrana fluminense mexeram com ela. Aquele
pessoal todo ali, muitos sem, pelo menos, uma colcha para se cobrirem,
despertaram sua piedade e sua criatividade. Cláudia pensou na reciclagem
de tecidos e daí para a criação do projeto Recicla Tecido foi um pulo.
Hoje, ela ensina o ofício da costuras a mulheres das comunidades. No ano
passado, formaram-se 100 novas costureiras. A Editora Tres premiou umas tantas iniciativas assim,
em 2012. O que é lixo para uns vira recurso para outros. O movimento cresce.
Uma empresa paulistana, B2Blue.com, compra resíduos sólidos e os revende para
reciclagem. É grande o seu movimento. No último mês, quase 700 toneladas de
resíduos foram comercializadas. Isso significou, 865 árvores poupadas
para fabricação de papel e uma economia de 156 toneladas de minério foram
poupadas. Bom para o meio ambiente e para o bolso das empresas.
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