sábado, 5 de outubro de 2013

UÓXINTON GRANATO, O RETORNO


Quem vê Uóxinton Granato passando assim tão cheio de orgulho logo pensa: Lá vai um homem com rei na barriga. Ledo engano. Ele leva muito mais que o rei. Recebeu o diploma de amigo do Neto.  Sinceramente, eu não punha nenhuma fé numa conversão dessas. Mas, agora, vejo que ela é possível e até me lembra a história de São Paulo que, também, precisou cair do cavalo para mudar. Granato caiu foi na eleição de 2008 – sua Estrada de Damasco. Ele e o Neto andavam às turras e disputavam a mesma eleição para Prefeito. Daí, a queda. Comeu muita poeira, mas aprendeu. Viu que aquele não era o canal. Tanto que, eleito vereador, sua primeira providência foi a de beijar a mão do prefeito. A fila estava enorme. Alguém distribuía a senha – “primeiro os vereadores!” Não demorou muito Neto o recebeu e o mandou fazer estágio na Secretaria Municipal de Obras. Aí, Granato  prestaria contas diárias ao Prefeito e o Prefeito lhe daria as notas. Agora, um ano depois, é considerado pronto. Tudo dentro do figurino. Seu terno de formatura foi desenhado pelo  Neto. Agora, sim, ele está prontinho para assumir Presidência da Câmara Municipal, no lugar da América Teresa. Estão todos muito felizes. Ele se empenhou muito na Secretaria de Obras. Aqui, na Barreira Cravo mesmo ele pintou o meio-fio que contorna a praça. Pintou o meio-fio Todinho. Agora, só falta pintar a grade e consertar os balanços, gangorra e escorregador. Mas isto são  outros quinhentos. A sua parte está feita. Ele só não colocou uma placa aqui porque teve humildade. Ele podia ser confundido com o Neto. Estão parecidíssimos!




José Carlos Cataldi sabe das coisas. Foi Presidente da Comissão Nacional de Direitos Humanos e, como tal, participou da Conferência de Juristas Latinos Americanos em Havana, aberta e presidida por Fidel.. Zanzou pelas ruas da capital e adjacências. Voltou desencantado. Mesmo a sua medicina tão badalada é precária. Chavez que o diga. Seus médicos não têm boa formação acadêmica e nada evoluem no trabalho. Os hospitais de lá são desprovidos até de equipamentos primários. Aparelho de raio X é uma sofisticação para eles. Os médicos ganham mal pra burro e se viram em biscates. É feia a coisa! No Brasil, terão uma vida melhor. Em Macaúbas, interiorzão da Bahia, vai ser pra lá de bom. As duas médicas cubanas recebidas pela cidade - Dunia Broche e Dorys Cristina Del Rosário - estão encantadas com tanta fartura. Dividirão uma casa com piscina, pomar, jardim, churrasqueira, salão de jogos, ampla garagem e quatro dormitórios, um deles com banheira de hidromassagem. O prefeito garante o aluguel. Ele é muito exibido. Os postos de saúde não dão essa visibilidade. Estão sem equipamentos e seus sanitários interditados. Dorys acha isto natural. Diz que viu a mesma coisa na Venezuela. Noé Barbosa, 65, também se sente agraciado. Precisa de uma receita nova para continuar pegando remédios. E vê que sua hora chegou. As duas médicas querem é se divertir. Fazem mil planos. E as funcionárias dos postinhos vibram com essa possibilidade da troca de cultura. Elas ensinam as médicas a dançar forró e as cubanas lhes ensinam a salsa e o merengue. Já até combinaram  uma festa do pijama e churrasco com cerveja, no final da semana. Pra frente, Brasil!

EU,  CIENTISTA POLÍTICO

Havana é a 25 de março da saúde brasileira.


Já tínhamos o whisky do Paraguai e, agora, compramos médicos cubanos. Pra frente, Brasil.


CORRESPONDENCIAS

Elson, o que me espantou não foi a citada matéria, mas sim sua veemência em combater o “reino do mal”. Meu caro Brizolista, como falar em socialismo matar 100 milhões, quando o capitalismo dizimou e continua dizimando “trocentos milhões” vezes mais? Vamos pela solução e, que seria : ______ Meu caro, você é muito politizado para caminhar no mínimo!!! Saudações. (Anônimo)

Sempre fui veemente. Não conheço nenhum caso de nenhum americano montar em bananeiras e fugir para Cuba. E isto eu acho que basta. Mas se você quiser continuar a polêmica lhe recomendo a leitura de dois livros para usar melhor seus argumentos. “O Mínimo que Você deve Saber para não ser um Idiota” ou “Como Vencer um Debate sem ter Razão”. Não precisará ler os dois. Cada um o levará para um rumo diferente. Você escolhe. Não se ofenda, por favor. No Brasil, as pessoas se sentem ofendidas quando a gente as manda estudar um bocado. (Elson Sepulveda)   

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