Entra bispo, sai bispo; entra prefeito, sai prefeito tudo muda. A Dodora mais o Zezinho da Ética são duas exceções só para confirmar a regra. não têm outra utilidade. Zezinho tu és pedra e sobre ti edificarei a ética para esse povo. Ele ouviu uma voz assim há uns trinta anos e acreditou na missão. Por isso, Zezinho andava tão seguro de si que, ultimamente, se dera ao luxo de um sumiço. E tinha sobejas razões para isto. A Câmara Municipal, já tinha aprendido a dançar de acordo com a música do prefeito, e já subia no banquinho e equilibrava bola no nariz, sem necessidade do chicote, e nem da cara feia do amestrador. Era o quanto bastava. Zezinho foi descansar. E, se não fosse o eminente afastamento do Prefeito Neto, o Zezinho bem que podia, a esta hora, estar tomando uma água de coco, na beira da praia. Mas o prefeito de Nilópolis já dançou, num caso igualzinho a esse nosso. Foi um aviso. A vida é o que é. Mesmo um escolhido feito Zezinho tem o seu dia de correr atrás. Tem que se mostrar útil. Está para mudar de chefe... Bater na Câmara Municipal não faz mais sentido, como se sabe. Ele precisa de um novo saco de pancada. O Jornal Aqui também precisava. Escolheu o prefeito de Barra Mansa. Foi esperto. E bate sem nenhum risco. O Zezinho pensou, pensou, pensou e viu uma chance enorme nessa transposição do Rio Paraíba do Sul, lá em São Paulo. Quanto mais longe, melhor! Se fosse para brigar pelo rio podia brigar aqui mesmo. Há casas criminosamente construídas nas margens do rio, aterrando o rio para água não lhes entrar na cozinha. E isto com apoio da igreja. E tudo de frente à Defesa Civil, que não pode fazer nada porque ela própria foi construída dentro dágua.
Uma Marina chateia muita gente...
Marina e Eduardo chateiam, chateiam muito mais. Essas meninas, Dilma e Marina, estão na hora do recreio. Brincam de roda alegres e fagueiras como na primeira escola. Dilma cortou a rede da Marina e ela deu a queda foi ao chão. Mas logo, logo, acudiram sete
cavalheiros todos os sete de chapéu na mão. Uma graça! E, para
cumprir o script infantil, o último foi aquele a quem Marina deu a mão. Como se vê - tudo rigorosamente dentro do figurino. O próprio governo escolheu Marina Silva para
adversária. E a Marina feliz da vida mostra a cada entrevista que não podia
haver uma escolha mais feliz do que o nome dela. E, de fato, ela é do ramo. Tem
pedigree. Fundadora do PT, ex-ministra do Lula e, por mal dos pecados, tem o
sobrenome de Silva. Daí, esse discurso meia-boca. Marina bate. Mas bate leve. Tem muito cuidado com as
críticas. Desaprova a política econômica da Dilma, mas livra as caras do FHC e
do Lula. Tem que estar bem com os dois. Nunca se sabe. Dilma responde pelo twitter mas sem revelar nomes. Ainda assim, para
evitar enganos Marina diz que não é situação, nem oposição. Quase diz que é
oposicinha. Dilma afirmou, em Porto Alegre que atrás de uma criança vem sempre
o cachorro. Parece que a coisa não faz sentido. Dilma não tem facilidade para juntar o sujeito com a ação. Mas quem sabe se a Marina não é
a criança e o cachorro é você meu estimado leitor, que as segue alegremente com
uma coleira no pescoço.
Laurentino Gomes, autor de "1889", deboxou
de Caetano, Roberto, Gil, Chico e Caetano. Este time titular da MPB, mais um
banco de reserva, se ajuntara para para sair nas fotos e cabalar votos, dando
tapinhas nas costas de Renan. Renan Calheiros, o próprio. Era o preço do lobby.
Eles querem porque querem que as biografias passem por um censor – o
biografado. Na verdade, não foram eles que inventaram essa briga; ela vem de mais longe. Em 2001, a ANEL (Associação
Nacional de Editores de Livros) arguiu o
STF da inconstitucionalidade dos artigos 20 e 21 do Código Civil, que é a porta
aberta dessa censura. Desde então o processo se arrasta sem definição. Foram esses artigos
que permitiram a Roberto Carlos retirar de circulação o livro "Roberto Carlos em
Detalhes" de Paulo César Araújo. Como o
STF não ata nem desata, o deputado Newton Lima (PT-SP) fez um projeto
reformando o código via congresso.
Quando a turminha soube disto, suspendeu os shows e partiu célere para a
Capital. Foi um tiro no pé. Isto não é
coisa da democracia – nos Estados Unidos, Canadá, Reino Unido, França e Espanha
não se admite censuras à biografia. Isto é coisa de países de tradição
comunista como a Russia, China, Cuba... Os principais biógrafos brasileiros
dizem que param suas obras se permanecer essa censura. Mário Magalhães, biógrafo de Marighela diz que para
com a biografia de Filinto Miller, notório torturador. Este livro despertará interesses, sim senhor. Desses artistas, no entanto, sobra muito pouco do que já foi contado pelas Revistas Ti-Ti-Ti, Nelson Rubens, Leão Lobo e outros fofoqueiros. Mas eles gostam adoram um holofote.
MEUS ANALECTOS
Marina Silva é o plano B do PT.
Na política, as segundas intenções
tem prioridade
Nenhum comentário:
Postar um comentário