A gente não estava nem se lembrando mais que era independente. Mas o calendário não se sintoniza pelos nossos sentimentos e trouxe o 7 de setembro. Caramba, 188 anos de independência! "Brava Gente Brasileira, vote em Tiririca! Pior não fica." Desfile cívico e campanha eleitoral é um bom coquetel. No palanque, estavam o Prefeito e essa gente especializada em aplaudir autoridades. Conhecem o momento e a duração que deve ter o aplauso. Tudo muito bem escolhido. Mas, apesar desse auditório bem remunerado, o Prefeito se sentia absolutamente só. Levantava a cabeça e olhava por cima dos demais, o Baltazar abraçando eleitores, cabalando votos. Podia ele também estar lá, pedindo votos para o seu candidato, Delei. Mas o palanque o prendia. A cada batida do bumbo, olhava o relógio. O tempo não passava. Já não pensa no Paiva. Está conformado. No tempo em que o bispo o ajudava a carregar o esquife não conseguira... Sozinho, é peso demais para ele. Concordo. Lá embaixo, no asfalto, os meninos batiam o pé direito no chão. Com toda força. Era o simbolismo da entrada na vida. Entrar com o pé direito. Nem sabem, por exemplo, que na Câmara dos Vereadores há 39 funcionários concursados e quase 100 contratados. São os filhos incestos dos vereadores. Não sabem e batem o pé direito. Batem com fé.
DILMA, APRENDIZ DE ROBIN HOOD
Longe de mim supor que Dilma Roussef não atendeu os pobrezinhos por nojo. Valha-me, Deus! E, com sua bênção, admito que não os atendeu por incopetência. É que eles imitam tanto Fernando Henrique Cardoso mesmo no que ele fez de errado. Foi assim com a energia elétrica. No final de 2002, FHC instituiu a "tarifa social" para os consumidores de até 80kwh mensais. Essas contas seriam subsidiadas por um encargo embutido nas outras contas. É o CDE (Conta de Desenvolvimento Energético). Aí, o governo pegava de nós e entregava às fornecedoras. A caridade estava paga e ainda sobrava uns trocados para outros programas governamentais. Vai que um dia o TCU debruçado sobre aqueles caridosos números levou um susto que abriu a boca: "Uai! Olha os pobres pagando as contas dos ricos!" Foi correndo mostrar ao Ministério de Minas Energia. E falou para a ministra Dilma a descoberta. Tim-tim por tim-tim. Eram poucos os pobres que consumiam até 80kwh/mes. Suas famílias numerosas não os permitia esse consumo. Os ricos com suas casas de vereaneio é que se beneficiavam da tarifa. Enfim, era o pobre pagando conta dos ricos. Tinham que definir novos parâmetros para aquela concessão. A Dilma parece que falou assim : "Tá bom. Entra o próximo..." E entrou um outro queixante. Mas o TCU não se deu por vencido. Voltou lá em 2005 e perguntou para a ministra - " A senhora se lembra daquele papel?" E ela falou assim: "que papel? que papel? que papel?" , com a mão feichada e o polegar segurando o queixo. Até que o Roberto Jeferson falou mesmo assim pro Zé Dirceu: "Sai daí, Zé! Cê tá atrapalhando!" E o Zé obedeceu e saiu. A Dilma foi para o lugar dele e o Silas Rondeau para o lugar dela. E este último deu solução pro problema que veio a ser resolvido em 2010. Mas aí, 2 bilhões de reais já tinham ido para o ralo.
CARGAS AO MAR!
Prefeito Neto de Volta Redonda |
Se o Prefeito Neto visse o problema do Chaves, na Venezuela, talvez virasse a cara para o lado e sorrisse. Veria que está chorando de barriga cheia. Vai perder só um deputado federal. Mas não tem jeito. Ele só pensa em eleger o Deley. No início, pensou em eleger o Paiva, também. Mas já se conformou. É muito peso para ele sozinho. Já Hugo Chavez vai perder a maioria no parlamento. A oposição não quis participar das eleições em 2005. Deu de colher todas as condições para Chavez, dentro da legalidade, instituir sua autocracia. Em 2007, ela viu quanto fora infantil. E meteu os peitos. Nas eleições de 2008, levou os principais municípios e estados do País. Agora, em 2010, ela vem com tudo. E Chavez está com o balão meio murcho. Enfrenta crise econômica e de gestão. Nos primeiros dias de setembro, encarou a morte de Franklin Brito, um produtor rural que por 5 anos pleitera indenização das suas terras tomadas pelo governo. Até que uma greve de fome o levou. Maria de Lourdes Afiuni, 47 anos, é outra. Maria Afiuni é a juíza que mandou soltar Eligio Cadeño, banqueiro acusado de fraude. Sua prisão excedera o tempo para julgamento. Foi o que ela fez. Meia hora depois ela própria era presa sob acusação de corrupção e de ter dado fuga a Cedeño. É um navio com furos no casco. Tem que se atirar parte da carga ao mar. O Neto parece que já atirou o Paiva. Farinha pouca, o mingau do Delei, primeiro.
Fonte: Folha de São Paulo
COMENDO INSETOS
Em breve se verá, nas praças de alimentação, por cima das super-asseadas mesas, as coloridas bandeijas de refeição atapetadas com formigas, baratas, aranhas... Mas não chame os garçons aos brados. Você será tomada como uma pessoa out, isto é, fora de moda. É que seremos todos entomofágicos. A FAO, desde 2008, trabalha com essa hipótese de introduzir o consumo de insetos no cardápio humano. Na América Central e do Sul, África, Ásia e Austrália, isto é coisa comum. Nós é que somos uns atrasados. Minha vó teria engulhos se ouvisse da mesa ao lado um pedido de asas de barata crocante. Mas o tempo da minha vó já passou. As pessoas, hoje, comem mais carne do que comiam há 20 anos. Passou de 20kg para 50kg por ano. E nos próximos 20 anos atingirá o consumo anual de 50kg. Vacas, porcos e ovelhas ocupam, hoje, 2/3 das terras agrícolas do mundo. A FAO está de olho. Daí, sua preocupação. Arnold van Huis, entomologista da Universidade de Wageningen, na Holanda, acha uma boa. E se parece dispostos a passar receitas na TV. Fala que além de gostosos, os insetos possuem um alto nível de proteínas, vitaminas e minerais. Além disto as fazendas de insetos produzem muito menos gases de efeito estufa, quando comparados à pecuária. Me lembro muito da minha professora que ralhava com a gente: "Você fica comendo mosca na minha aula..." Ela jamais imaginaria que comer moscas fosse se tornar um costume tão saudável. Ela, também, parece que já se foi.
Fontes: Estado de São Paulo e Superinteressante
Ilustração: oddnewsformreview.com
MACUNAÍMA
DORA KRAMER
Só porque é popular uma pessoa pode escarnecer de todos, ignorar a lei, zombar da Justiça, enaltecer notórios malfeitores, afagar violentos ditadores, tomar para si a realização alheia, mentir e nunca dar um passo que não seja em proveito próprio?
Depende. Um artista não poderia, sequer ousaria fazer isso, pois a condenação da sociedade seria o começo do seu fim. Um político tampouco ousaria abrir tanto a guarda.
A menos que tivesse respaldo. Que só revelasse sua verdadeira face lentamente e ao mesmo tempo cooptasse os que poderiam repreendê-lo, tornando-os dependentes de seus projetos dos quais aos poucos se alijariam os críticos, por intimidação ou desistência.
A base de tudo seria a condescendência dos setores pensantes e falantes, consolidada por longo tempo.
Para compor a cena, oponentes tíbios, erráticos, excessivamente confiantes, covardes diante do adversário atrevido, eivados por ambições pessoais e sem direito a contar com aquele consenso benevolente que é de uso exclusivo dos representantes dos fracos, oprimidos e ignorantes.
O ambiente em que o presidente Luiz Inácio da Silva criou o personagem sem freios que faz o que bem entende e a quem tudo é permitido - abusar do poder, usar indevidamente a máquina pública, insultar, desmoralizar _ sem que ninguém se disponha ou consiga lhe pôr um paradeiro - não foi criado da noite para o dia.
Não é fruto de ato discricionário, não nasceu por geração espontânea nem se desenvolveu apenas por obra da fragilidade da oposição. É produto de uma criação coletiva.
Da tolerância de informados e bem formados que puseram atributos e instrumentos à disposição do deslumbramento, da bajulação e da opção pela indulgência. Gente que tem pudor de tudo, até de exigir que o presidente da República fale direito o idioma do País, mas não parece se importar de lidar com gente que não tem escrúpulo de nada.
Da esperteza dos arautos do atraso e dos trapaceiros da política que viram nessa aliança uma janela de oportunidade. A salvação que os tiraria do aperto no momento em que já estavam caminhando para o ostracismo. Foram todos ressuscitados e por isso são gratos.
Da ambição dos que vendem suas convicções (quando as têm) em troca de verbas do Estado, sejam sindicalistas, artistas, prefeitos ou vereadores.
Da covardia dos que se calam com medo das patrulhas.
Do despeito dos ressentidos.
Do complexo de culpa dos mal resolvidos.
Da torpeza dos oportunistas.
Da pusilanimidade dos neutros.
Da superioridade estudada dos cínicos.
Da falsa isenção dos preguiçosos.
Da preguiça dos irresponsáveis.
Lula não teria ido tão longe com a construção desse personagem que hoje assombra e indigna muitos dos que lhe faziam a corte, não fosse a permissividade geral.
Nada parece capaz de lhe impor limites. Se conseguir eleger a sucessora, vai distorcer a realidade e atuar como se presidente fosse. Se não conseguir, não deixará o próximo governo governar.
Agora, é sempre bom lembrar que só fará isso se o País deixar que faça, como deixou que se tornasse esse ser que extrapola.
Recibo. O presidente Lula resolveu reagir e há três dias rebate a oposição no caso das quebra dos sigilos fiscais para negar a existência de propósitos político-eleitorais.
Ocorre que faz isso usando exclusivamente argumentos político-eleitorais. Em nenhum momento até agora o presidente se mostrou preocupado com o fato de sabe-se lá quantas pessoas terem tido seus sigilos violados e seus dados cadastrais abertos por funcionários da Receita sabe-se lá por quê.
O presidente tampouco pareceu sensibilizado com a informação do ministro da Fazenda de que os vazamentos ocorrem a mancheias.
Esses cidadãos não receberam do presidente Lula uma palavra de alento ou garantia de que seus direitos constitucionais serão preservados.
Lula só responde a Serra, só trata do assunto na dimensão eleitoral e assim confirma que o caso é de polícia, mas também é de política.
NOMES DA 7ª ARTE
Por Morrison
F.W.Murnau
Um dos mais importantes realizadores do cinema dos anos 20, Friedrich Wilhelm Plumpe, que ficou conhecido como F.W. Murnau, nasceu em Bielefeld no dia 28 de Dezembro de 1889, e freqüentou as universidades de Heidelberg e de Berlim. Estudioso de literatura, música e filosofia, realizou em 1919 seu primeiro filme, O Menino Azul, com forte influência do expressionismo, movimento de vanguarda do cinema alemão
Em 22 obras, revelou-se um diretor versátil: criou desde filmes de terror, como Nosferatu (1922), baseado no romance Drácula, de Bram Stoker, até melodramas realistas, comoA Última Gargalhada (1924), ou adaptações de clássicos como Fausto (1926), da obra de Goethe. Retrata a crise dos anos anteriores ao nazismo na Alemanha e torna-se precursor da escola do kammerspiel - o cinema de caráter psicológico, filmado com câmera intimista, usada para captar de perto os sentimentos dos personagens. Murnau mudou-se para os Estados Unidos no final da década de 20 e começou a trabalhar para Hollywood. Dirige Aurora (1927), drama sobre o ciúme.
Conhecido em Hollywood por seus hábitos excêntricos, Murnau ainda faria mais dois filmes para Fox, mas, após um desentendimento com a produtora, lançou-se em um projeto independente ao lado dos irmãos Robert e David Flaherty: o filme Tabu (1931), realizado no Taiti, filme que, junto com Luzes da Cidade, de Charles Chaplin, encerrou a fase do cinema mudo.
Murnau morreu em 1931, num acidente automobilístico na Califórnia, dias antes de lançar seu último filme. Quase esquecido por muitos anos, foi reabilitado pela crítica Lotte Eisner quando esta lançou sua biografia, na década de 1960. Então, foi finalmente reconhecido como o grande mestre das paisagens poéticas, permanecendo como um dos personagens mais geniais e misteriosos do cinema alemão
FALA O LEITOR
Vanda (Barreira Cravo) "Anuncia aí, o aniversário da minha amiga Neli. Gente boa que tem uma pá de amigos no bairro".
Mais do que o anúncio aqui vai o abraço da redação, os parabéns, os desejos de muitas felicidades. E manda avisar se vai ter bolo. (Elson)
Bolivar (Rua 11) O baixo impacto eleitoral do "RECEITAGATE" pode ser atribuído ao alto grau de complexidade do escândalo. Quem paga imposto sabe o que é ter a vida devassada, mas os beneficiários do Bolsa Família não declaram o IR .... além do mais , nessa terra de gente extra-extrovertida poucos dão atenção ao sigilo seja ele bancário ou pessoal .
É isso aí, Bolivar. Não deixou nem espaço para o comentário. Falou tudo. Abraços.
(Elson)
Braz (São Gonçalo, RJ) Obrigado pelo espaço destinado à esta reportagem. Ficou bem claro aos turistas que forem a Guarapari, que devem se resguardar. Entre todas as reportagens do seu blog, que alias são bastantes interessantes,vou destacar a do Tiririca, por mais absurda que possa ser, é verdadeira,quem mente ao meu ver são os que pensam como tiririca, mais falam o contrario.
É isto aí, Braz! O espaço estará sempre aberto. Tiririca é o bicho! (Elson)
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