Volta Redonda. Havia muito tempo que eu vinha pensando "tenho que derrubar o Neto com urgência." Já não aguentava mais tanta cobrança. Era só eu botar a cara na rua e vinha aquela montoeira de gente me perguntando: "Que dia que você vai derrubar o Prefeito?" E eu, sempre respondendo: "O dia que o Foco Regional sair da frente dele." Mas ele não desgrudava, de jeito nenhum. E, sei lá, mas me parecia que eu já estava pondo em risco esse crédito acumulado. Aí, foi que, ontem à noite, antes de dormir, eu resolvi fazer uma reza mais forte. E um anjo torto, desses que vivem pelas trevas, feito o anjo do Carlos Drummond, veio falar comigo: "Oh, injusto padecente! Não vês, incrédulo, que o seu pedido já foi atendido? Não vês, que esse governo por cujo fim pedes, já acabou?" Quis contra-argumentar, dizer que aquilo não era possível, que na sexta feira mesmo eu vira o Neto oferecendo o Dr. Nelson Gonçalves como o cordeiro a ser imolado. Ouvira o próprio Nelsinho dizer - "eu parto para o sacrifício." E todo mundo bateu palmas. Talvez tenham até bebido um vinho, ou repartido uma pizza, depois. Mas o anjo nem me dava ouvidos. Estendeu-me a mão e me disse, severamente: - "Vinde, homem de pouca fé!" E fui e fizemos um vôo pela cidade. E, lá de cima ele me mostrava: Vês esse amontoado de lixo pelas ruas? Vês esse cemitério municipal cheio de mato? Vês aquele diretor do SAAE brincando de festinha da páscoa enquanto falta água na cidade? Vês a Defesa Civil com carros novos mas morando numa casa de sapo? Vês esses viveiros de mosquitos nos próprios municipais? Vês esse bairro do Laranjal, outrora o postal da cidade, agora cheio de lixo e mato?... E o anjo falava e mostrava e eu querendo guardar tudo aquilo para colocar no meu blog. E ele me mostrava valas negras despejadas no rio, onde o SAAE retira água para a cidade beber... E eu vi o Paiva rezando: "Oh, Deus, dê vida longa ao Nelsinho!" Eu vi o cine nove de abril sem cortinado, sem ar condicionado. Aí foi que senti que temos sido cegos criticando o Neto, um governo que já acabou.
Dilma Roussef precisava de uma logomarca, uma dessas frases que marcam definitivamente o produto. Ficou lembrando uma a uma as tantas frases que lhe ficaram na memória - "Isto faz um bem", da Cocacola; "Uma boa idéia", da cachaça 51; "Mil e uma utilidades", do Bombril; "A dor sumiu", da Doril; "É melhor e não faz mal", do Melhoral; "O preferido por nove entre cada dez...", do sabonete Lux. Dilma não é um sabonete, um refrigerante mas queria uma frase assim duradoura, se possível, imortal. Encomendou-a aos seus marqueteiros João Santana e Marcelo Kersetz. Eles receberam a encomenda e se retiraram cada um para o seu lado. Acertaram assim - "Você cria o sujeito e eu crio o predicado. Combinado?" Combinaram. Não se sabe quanto tempo ficaram confinados, pensando. Mas de uma coisa se tem absoluta certeza - só deram as caras de novo quando a frase estava pronta. Prontinha, porque, como se sabe, Dilma é durona. Vive passando carão no seu pessoal. Bem que ela disse que ia ser a mãezona. Enfim, levaram a frase - "País rico é país sem pobreza". Dilma adorou. Mandou, logo, fazer um punhado de cópias. Podiam ter criado um monte de outras frases de igual valor - País grande é país que não é pequeno, País quente é país que não é frio, País limpo é país que não é sujo... Tá certo que, D. Helena Chagas, Secretária de Comunicação, disse que eles não cobraram nada pela criação; foi um presente. Também, pudera! Aliás, Dilma não precisava nem tê-la pedido a ninguém. Era só ligar para o Lula e deixá-lo falar uns cinco minutos e conseguiria uma centena delas. Ele é muito criativo.
Nem todo mundo tem dinheiro, mas raiva qualquer um tem, nem que seja um pouquinho. Os antigos falavam que raiva não se deve guardar, que faz mal. Ouvi muita gente grande falar "na hora da raiva, eu explodo, logo. Não sou de nhem-nhem-nhem. E eu pequeno ficava só por ali ouvindo a conversa dos mais velhos. Ouvindo e aprendendo. E, agora, que eu me julgava prontinho para enfrentar o mundo, estou vendo muita gente juntando raiva, guardando raiva com quem monta um tesouro. Minha vizinha, então, é mais cuidadosa. Ela me disse que guarda toda sua raiva no freezer. O marido dela, coitado, continua lhe trazendo bombons nos dias dos namorados. Veja como são múltiplos os jeitos de lidar com este sentimento. A Folha de São Paulo foi até ouvir especialistas no assunto. O psiquiatra Daniel Martins de Barros, do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas de São Paulo tirou logo o mistério - essa emoção é tanto básica quanto inevitável. Está presente em todos animais. Mas o animal racional - por exemplo, eu, você e até mesmo a Dodora que vota no PT - desenvolveu uma capacidade que o permite controlar os instintos e adequá-los ao convívio social. O psicanilista Márcio Giovanneti diz a forma de manifestar a raiva veio mudando. E ambos entendem que a raiva só se constitui em objeto da psiquiatria quando a pessoa perde o controle e começa a prejudicar o seu dia a dia. O negócio é não perder o controle. Explodir na hora ou engolir a raiva pode ser prejudicial, trazer probelmas cardiovasculares, estomacais, dermatológicos e mentais. Da minha parte, vou agir como aprendi com meus avós retirantes nordestinos. Se me fazem raiva, eu examino bem. Valendo a pena dou logo dois coices. Se for raiva pequena dou um coice só. Nada de exageros.
Mulher que ingere muito álcool na gravidez reduz a possibilidade de ser avó. É o que afirmam pesquisadores dinamarqueses em conferência da Sociedade Européia de Reprodução Humana e Embriologia. Submeteram 350 homens a uma avaliação do nível de espermatozóides e constataram que este nível ficava reduzido à terça parte naqueles cujas mães tinham bebido mais do que quatro dozes por semana, durante a gestação. Esses homens podem ter mais dificuldade para ser pai. O ideal é se abster do álcool nessa fase. Ou, no último caso, não beber mais do que uma ou duas doses de álcool por semana. Uma dose foi classificada como uma cerveja, um copo pequeno de vinho ou uma dose de destilado.
Várias mulheres se juntaram para fazer uma manifestação na conferência climática de Compenhague. A cada um dos que chegavam elas davam um sandwiche natural e dirigiam um apelo contra o consumo da carne animal. Elas representavam Chiang Hai e seu protesto tinha cunho religioso – budista. Ao lado deste, havia um outro movimento respaldado apenas em teses científicas. Ele alega que o “pum” da vaca e de outros rebanhos concorre gravemente para o aumento do efeito estufa. É preciso, portanto, que se reduzam os rebanhos para melhor qualidade do clima. Paul McCartney está entre eles e propõe uma redução paulatina no consumo da carne para se conter o avanço dos rebanhos. Rod Slater, presidente executivo da Beef and Lamb New Zeland, diz que o povo da Nova Zelândia resolve suas necessidades nutricionais é com as carnes bovina e caprina. Para Bernard Vallat, diretor da Organização Mundial para Saúde Animal, é espinhosa esta questão de envolver a agropecuária nos esforços para reduzir a emissão de gases e manter, ao mesmo tempo, a segurança alimentar.
Várias mulheres se juntaram para fazer uma manifestação na conferência climática de Compenhague. A cada um dos que chegavam elas davam um sandwiche natural e dirigiam um apelo contra o consumo da carne animal. Elas representavam Chiang Hai e seu protesto tinha cunho religioso – budista. Ao lado deste, havia um outro movimento respaldado apenas em teses científicas. Ele alega que o “pum” da vaca e de outros rebanhos concorre gravemente para o aumento do efeito estufa. É preciso, portanto, que se reduzam os rebanhos para melhor qualidade do clima. Paul McCartney está entre eles e propõe uma redução paulatina no consumo da carne para se conter o avanço dos rebanhos. Rod Slater, presidente executivo da Beef and Lamb New Zeland, diz que o povo da Nova Zelândia resolve suas necessidades nutricionais é com as carnes bovina e caprina. Para Bernard Vallat, diretor da Organização Mundial para Saúde Animal, é espinhosa esta questão de envolver a agropecuária nos esforços para reduzir a emissão de gases e manter, ao mesmo tempo, a segurança alimentar.
CURIOSIDADES
Miguel Ângelo.
Michelangelo di Lodovico Buonarroti Simoni, Caprese, 6/3/1475. Foram 70 de arte entre Florença e Roma. Teve a família Medice e vários papas como mecenas. Várias de suas criações estão entre as mais célebres da arte do ocidente - Baco, a Pietà, o David, Moisés e as duas tumbas Medice, o teto da Capela Sistina e o Juizo Final. Projetou edifícios e escreveu várias poesias. Aos quinze anos passou a viver no palácio dos medici e, a partir daí encontrou vários mecenas que o amparassem. Conta-se que ao encerrar a escultura de Moisés, considerou-a tão bela, tão perfeita que só faltava falar. E gritou: “fala! Fala!” e como a escultura não respondia tacou-lhe sobre o joelho o seu cinzel. Miguel Ângelo morreu em 1564.
Tiradentes, Autos de Crime. "Francisco Luiz Alvarez da Rocha, desembargador dos agravos da relação desta cidade e escrivão da comissão expedida contra os réus da conjuração formada em Minas Gerais, certifico que o réu Joaquim José da Silva Xavier, foi levado ao lugar da forca levantada no campo de S. Domingos, e nela padeceu morte natural e lhe foi cortada a cabeça, e o corpo dividido em quatro partes e de como assim passou na verdade, lavrei a presente certidão e dou minha fé. Rio de Janeiro, 21 de abril de 1792 - Francisco Alvares da Rocha". Fonte (Valmiro Rodrigues Vidal, Curiosidades V, Arquivo Distrito Federal)
Ricardo Coração de Leão. Ricardo I. Foi rei da Inglaterra por dez anos (1189-1199). Foi um guerreiro duro e valente, daí o apelido que recebeu, coração de leão. Teve educação essencialmente francesa e não aprendeu sequer a falar ingles. Casou-se com a Princesa Berengária de Navarra, que se tornou a única rainha consorte inglesa que nunca pisou na Inglaterra. Em seguida ao casamento Ricardo I, partiu para a Terceira Cruzada. Em 1199 foi ferido no ombro por uma flexa atirada por Peter Basil, um jovem arqueiro. O ferimento se agravou e Ricardo só teve tempo de dividir suas terras. Teve ainda o gesto de chamar o arqueiro que o ferira e perdoar-lhe aquele feito. Fonte Valmiro Rodrigues Vidal, Curiosidades, Volume V
Nota: Na próxima postagem publicaremos a primeira parte do depoimento de Tirandentes.
Tiradentes, Autos de Crime. "Francisco Luiz Alvarez da Rocha, desembargador dos agravos da relação desta cidade e escrivão da comissão expedida contra os réus da conjuração formada em Minas Gerais, certifico que o réu Joaquim José da Silva Xavier, foi levado ao lugar da forca levantada no campo de S. Domingos, e nela padeceu morte natural e lhe foi cortada a cabeça, e o corpo dividido em quatro partes e de como assim passou na verdade, lavrei a presente certidão e dou minha fé. Rio de Janeiro, 21 de abril de 1792 - Francisco Alvares da Rocha". Fonte (Valmiro Rodrigues Vidal, Curiosidades V, Arquivo Distrito Federal)
Ricardo Coração de Leão. Ricardo I. Foi rei da Inglaterra por dez anos (1189-1199). Foi um guerreiro duro e valente, daí o apelido que recebeu, coração de leão. Teve educação essencialmente francesa e não aprendeu sequer a falar ingles. Casou-se com a Princesa Berengária de Navarra, que se tornou a única rainha consorte inglesa que nunca pisou na Inglaterra. Em seguida ao casamento Ricardo I, partiu para a Terceira Cruzada. Em 1199 foi ferido no ombro por uma flexa atirada por Peter Basil, um jovem arqueiro. O ferimento se agravou e Ricardo só teve tempo de dividir suas terras. Teve ainda o gesto de chamar o arqueiro que o ferira e perdoar-lhe aquele feito. Fonte Valmiro Rodrigues Vidal, Curiosidades, Volume V
Nota: Na próxima postagem publicaremos a primeira parte do depoimento de Tirandentes.
I CVPSE - 25, 26 e 27 de Março
I CONGRESSO VIRTUAL DE PSICOLOGIA, SAÚDE E EDUCAÇÃO
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