sexta-feira, 15 de abril de 2011



Nunca mais vi aquele homem que não acreditava na vitória do Zoinho, na última eleição. Ele quis até apostar comigo um engradado de cerveja. Eu falei que um engradado era muito pra mim, que eu bebo no máximo umas seis. Ele até zombou "Zoinho? Quá, quá, quá..." Zoinho é bom pra gente apostar nele. Foi o mais bem votado em Volta Redonda. Agora, sem nenhum favor, é o mais forte candidato para derrubar o Neto.  Deus o ajude! É só ele fazer tudo ao contrário do Neto. Dar aumento descente para o funcionalismo, limpar a cidade, e respeitar a lei do silêncio por ele tão desrespeitada nos bairros e dizer que nos hospitais além de filas de doentes vai ter médicos também... enfim, é só ver o que ele faz e propor o contrário. Fala-se também no Albertassi (quem fala é a América Tereza... Ele ajuda muito ela). Mas ele teve uns vinte e poucos mil votos aqui na cidade. Equivalente a votos de dois vereadores. Vale dois Sorós. No máximo, no máximo, tres Terezas. Eu, sinceramente, acho pouco.



Há, pelo menos, duas instituições federais respeitáveis. Respeitabilíssimas! São o Instituto Benjamim Contant e o Instuto Nacional de Educação de Surdos (Ines). Podiam muito bem ser a vitrine de qualquer governo, mas estão colocados num quartinho dos fundos.  Agora, pretendem mesmo enxotá-los de lá. D. Martinha Claret do Ministério da Educação, já deu a carta de despejo - até o final do ano os institutos vão fechar. Nesses institutos se educam surdos e cegos. Todos com professores especializados. No Ines, há 80 professores com formação em Libras (Língua Brasileira de Sinais). Funcionam muito bem os dois institutos. Talvez eles pensem que esse negócio de serviço público funcionar bem pode terminar trazendo problemas. O povo pode ficar mal acostumado e querer que tudo funcione também. São 500 crianças surdas e 300 cegas, ali atendidas. Todos deverão ser transferidas para escolas convencionais. As duas comunidades se levantaram e tomaram meia pista da Av. Pasteur na Urca. Martinha insiste que esses institutos segregam crianças. O Ministro da Educação, entretanto, negou ao Globo qualquer ação oficial em relação a isto. Ainda bem que esse pessoal é muito desorganizado. Por isso as besteiras tem sido menores.  Fonte: Jornal do Brasil




Nossos irmãos do Norte sentiram as pernas bambearem. Quase caíram de joelhos. Que seria agora do mundo com aquele poeirão que os Estados Unidos estavam comendo,  corrida espacial? Era 12 de abril de 1961 e Gagarin, cosmonauta soviético, voltava do seu entorno pela Terra. Parecia um ser celestial. Tanta gente querendo saber disto e daquilo lá de cima. Coisas que nem ele próprio sabia. Porém, qualquer coisa que dissesse, ficaria  gravado como um Novíssimo Evangelho. E Gagarin não podia ser mais simples. Falou: "A Terra é Azul". E como que uma corrente aquela recentíssima verdade revelada foi se espalhando. Entrou em marchinhas do nosso carnaval, entrou em samba bossa nova e como título do livro de um amigo meu.  Todos canais de TV repetiam tudo diante das caras amarradas dos oficiais da NASA. Mas, na verdade, aquilo nem era para ser surpresa. Os EUA, na corrida espacial, vinham comendo poeira havia cinco anos. Em 1957 a Rússia lançara o Sputinik 1. E, ainda naquele mesmo ano, o Sputinik 2 levando a cadela Laika. Enquanto, isso, os americanos, em 1958 colocavam timidamente o seu primeiro satélite em órbita, o Explorer 1 com 14 kg de massa. E os russos lançavam o Sputinik 3 com 1327 kg. A contemporaneidade da guerra fria, de 1950 a 1960, acendia ainda mais o clima da disputa. O pano de fundo era  o Muro de Berlim, a Guerra da Coréia e os mísseis de Cuba. A corrida despertava até ânimos populares.  Quem a vencerá? Havia também daqueles que achavam que o espaço era um domínio divino. Ainda hoje existem desses indivíduos que não acreditam que o homem foi à Lua. Nesta semana, a Rússia comemorou os 50 anos desse feito de Gagarin. Não se devia, entretanto esquecer o nome do  engenheiro soviético Sergey Parvlovich Korolev (1906-1966), o pai do programa soviético. Somente após sua morte seu nome foi revelado e foi justo com a morte dele que o projeto soviético perdeu toda a força.
Fonte: revista Time


CURTAS



Trabalhar na Abin - Agência Brasileira de Inteligência - era uma barreira dificil. Isto se a gente levar em conta o edital do concurso passado. O candidato, depois de uma bateria de testes intelectuais teria que se submeter a exames de fezes, de urina e toxológicos por amostra de cabelo ou raspa de unhas. Obesidade, fraturas mal consolidadas, distúrbio na fonação, tudo era eliminatório. Agora, o UOL notícias mostra a outra face da lua. Tres funcionários da abin apresentaram uma peça teatral para aperfeiçoar o uso do idioma pátrio na instituição. Batman, Robin e Mulher Gata são os personagens. Os dois primeiros devem prender a última. Batman e Robin são péssimos em português. Mulher gata um tanto melhor. E escapa sempre corrigindo erros dos dois.  O vídio foi produzido pela Escola de Inteligência da Abin. A peça foi gravada em vídeo e distribuído pelo Núcleo de Educação à Distância da agência.
Fonte portal UOL Notícias




Os médicos, apesar dos avanços da medicina, estão sendo tentados a voltar ao século passado. Nada desses exames por máquina que custam o olho da cara. O diagnóstico, agora, deve ser feito observando-se a língua do paciente, os seus olhos e, quando muito, mandando-o escarrar numa vasilha de louça ou alumínio. É o que querem os convênios médicos, segundo denúncias que chegam aos montes à ANS (Agência Nacional de Saúde). O esquema funciona mais ou menos assim: o plano faz um contrato com o médico para que ele peça menos exames. Em troca, eles recebem no final do mes, uma merendazinha, que pode ser dinheiro ou mesmo um melhor preço para a consulta. Pela súmula dqa ANS publicada no Diário Oficial as empresas (convênios) que assim se comportarem serão punidas com advertência ou multa de até R$ 35 mil. Um levantamento feito pelo Data Folha diz  que 80% dos médicos entrevistados afirmam que todos os médicos já sofreram esse assédio.
fonte: jornal A Folha de São Paulo 


Manuel Segovia


Ayapaneco era um idioma falado por milhares de pessoas na região de Tabasco, no México. Veio resistindo como pode à conquista dos espanhóis, guerras, enchentes e pestes e agora tem talvez o seu maior desafio. Hoje, em todo esse vasto mundo, só há duas pessoas que falam esta língua. Essas duas pessoas moram a 500m uma da outra mas não se falam nem que a vaca tussa.  Eles não se dão. Manuel Segovia, 75 anos e Isidro Velazquez, 69 não falam um  com outro. Eles se odeiam. Segovia lamenta que no seu tempo de criança era fácil conversar em Ayapaneco com outra pessoa. Muita gente falava essa língua. Aos poucos o idioma veio sumindo. Restou-lhe então um irmão com quem conversava sempre. Mas agora seu irmão já morreu. Segovia lamenta que a língua vai morrer. Para evitar a extinção do idioma, o lingüista Daniel Suslak, na Universidade de Indiana nos Estados Unidos pretende fazer um dicionário ayapaneco, com a ajuda desses dois bicudos. E o Instituto Nacional Indígena do México pretende organizar aulas de ayapaneco com esses dois queixos duros. FONTE The Guardian.


CURIOSIDADES




Santo Antonio era português e passou à História como Santo Antônio de Pádua ou de Lisboa. Teria vivido de 1195 a 1231. Foi canonizado em 1232. Mas este santo teve uma vida quase material entre nos tempos que sucederam a sua morte. No século XVII, 1635, portanto quatro séculos depois de morto, Antônio ingressou simbolicamente no exército portugues por iniciativa de Afonso VI, que viu no santo há muito desaparecido a milagrosa bandeira da vitória contra os exércitos castelhanos na batalha de Montes Claros. E deu-se oo milagre. O inimigo foi esmagado sob o comando simbólico de Antonio, o soldado de Deus. Em 1685, o milagroso santo entrou para a milícia brasileira, por ocasião da guerra dos Palmares. Em 1711, El rei o promoveu a capitão, no Brasil. Até que em 15 de novembro de 1890, o Marechal Hermes da Fonseca cortou os soldos pagos ao santo conforme consta no Livro 486, fl 31, na extinta Diretoria de Contabilidade do Ministério da Guerra.







O Papa Gregório VII, nome real Hildebrando, nasceu na Itália em 1020 e faleceu 60 anos depois. A sua eleição ao primeiro mandatário da Igreja Católica se deu de forma bem fora dos padrões. Foi eleito por aclamação popular em 22 de abril de 1059. Não era sequer sacerdote na oportunidade e, por isso, era uma transgressão à legalidade estabelecida. Não obstante tudo isto recebeu a consagração episcopal. Foi um padre forte na função. Mandou prender o imperador alemão Henrique IV. Isto porque o monarca rebelara contra ordens papais. Isto se deu em 1077 ficou detido por 3 dias até que conseguisse a absolvição.



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