SORÓ, UM REMAKE DE LEÔNIDAS
Juntaram-se todos os vereadores de um lado e o Presidente da Câmara do outro. Doze a Um é escore de jogo de várzea. Mas aqui é clássico. Jogo duro, mas sem caneladas. Conviveram tão bem com o moço e agora querem vê-lo pelas costas. Tudo, segundo dizem, porque foi criado Centro de Processamento de Dados (CPD) na CMVR. Ora, qualquer mercadinho da periferia tem seu serviço de informática. Até quitanda. Minha mãe, baiana de quatro costados, setenciaria logo: "debaixo desse angu tem carne". Pois bem, vão investigar o Soró. A idéia foi do Vereador Nenem que logo que a sentiu passear pelo cérebro correu a comunicá-la aos demais coleguinhas. Idéia boa a gente manifesta logo antes que um aventureiro lance mão. E os vereadores que estavam cansados daquela brincadeira de mudar nomes de ruas, de criar dia da recepcionista, do expedicionário, do amolador de faca acharam ótima essa outra brincadeira de investigar o presidente. Neném foi abraçado e teve seu dia de Einstein: Fazer uma comissão para investigar o Presidente. E podem até tirá-lo do cargo antes do final do mandato. Soró, o investigado, sorri. Muito mais besteiras os outros 12 fizeram. E deve ter razão. Porque, convenhamos, são 12 contra 1. Aí, seria até covardia a competição. E, depois, seu mandato termina no dia 31 de dezembro. Tirá-lo, agora, não faz muita diferença. No dia 1 de janeiro, Paulo Conrado estará no seu lugar, quando será eleito novo presidente. Sim, claro que haverá eleição. Mas os votos já estão assumidos. A gente já sabe o resultado. Em política tudo é combinado antes, até a raiva que se sente. Daí, é possível que o resultado desta investigação também já esteja combinado. Eu acho. Isto está parecendo um remake pós-moderno da Guerra das Termópilas. De um lado, Leônidas, praticamente sozinho; do outro Xerxes com seu numeroso exército. Xerxes, então, mandou um recado: "Minhas flechas são tão numerosas que cobrirão a luz do Sol". E Leônidas, muito tranquilo : "Melhor, combateremos à sombra!" Aqui, é sombra e limonada.
LEONARDO BOFF CHEIRA BOLSA FAMILIA
Bolsa Família é o crack de Leonardo Boff. Não há problema com a Educação, com a Saúde, com as Estradas, Corrupção é coisa comum, o Papa é um hipócrita quando a bolsa familia se alevanta. E Dilma Rousseff sabe disto. E sabe que é grande essa tribo de que o frei é pastor - a cracolândia apostólica. Tanto que a presidente nem havia tirado o uniforme de campanha já acenara para um reajuste no benefício - o bolsa voto. Desculpem, o bolsa família. E ela sabe também que deve aumentaro rebanho. Pra frente é quese anda. E, depois, fazer cortesias com o chapéu dos outros, não custa nada. Não é verdade? Então, ara que seu pessoal deixe de lado qualquer cerimônia com o cofre já deu seu sinal. Quer o reajuste acima dessa inflação acumulada pelo INPC. Portanto, acima de 9%. Em maio de 2009, no último reajuste o benefício ficou entre R$ 22 a R$ 200. Essa enorme diferença entre o mínimo e o máximo se dá pelo número de filhos de cada beneficiado. E, pelo que se vê, fazer filhos é um bom investimento e não é tão difícil assim. Segundo o Ministério do Desenvolvimento Social, Márcia Lopes, responsável pelo Bolsa-Família, grande parte dos extremamente pobres já integra o Bolsa-Família. Eles correspondem a 85% da clientela do programa. Mas ele entende que o benefício pago não é suficiente para fazer com que todas essas famílias superem a condição de pobreza mais aguda. É claro que não! Quanto menos educação e emprego mas verba para o bolsa família.
REDUZINDO A CACHORRADA
É melhor o chinês abrir o olho enquanto é tempo. Arrumar logo um lugar para deixar seus cachorros excedentes. Pelo menos os moradores de Xangai, por enquanto. Está pertinho de Pequim. É que os cães já passaram da conta. São 100 mil os atendimentos hospitalares anuais. Tudo por conta de ataque de cachorros. Fora a sujeira nas ruas e o perturbador latido às noites. São muitos os cães. Não se sabe quantos, mas pelo tamanho dos estragos, estima-se em uns 800 mil animais. Vão ter que controlar também esta população. Há mais ou menos 30 anos fizeram isto com as crianças. Um controle de natalidade compulsório. Estabeleceram um filho por família. Agora, a lei que fizeram para os meninos pode servir também para os cachorros. Um em cada casa que o desejar. Tarefa difícil porque os chineses de um modo geral gostam muito de cachorros. Mas dura lex sed lex. A lei deverá estar prontinha no ano que vem. Vão até abaixar o custo de registro para os animais. Não querem cachorros com existência clandestina. Atualmente o registro de um cão, mais licença e vacina custa 2000 yuan. Cerca de R$ 520,00. Atualmente apenas 25% dos cachorros são registrados. Se é no Brasil, uma medida dessas ia enriquecer muitos advogados. Questionariam se o casal que não tiver nenhuma criança pode ter dois cachorros. Ou se o casal que não tiver nenhum cachorro, poderão ter dois filhos. Essa comparação de meninos com cachorros ia despertar a ira da turma dos Direitos Humanos... Não pararia mais.
HOSPITAL EM BRASILIA
O maior hospital de Brasília não quer saber de pacientes bebês. Mandou bloqueá-los na porta de entrada. Se vier para uma visitinha, para pesar ou medir. Ou se a mãe quer curar-lhe uma coceira, vai lá! Tudo bem. Mas se o caso for desses que não pode ser resolvido em qualquer botica, ali também não se resolve. É melhor ficar em casa. É que tem ocorrido ali várias contaminações fatais. Talvez até fosse o caso de botar aviso no jornal, no rádio e na TV. Em casos graves o Hospital Regional Asa Sul recomenda ficar em casa, já que os outros hospitais estão superlotados. O ministério público já no dia seguinte da denúncia iniciaria procedimentos para verificar as verdadeiras causas da contaminação. Mas o , diretor do Hospital Regional da Asa Sul, já descobrira qualquer véu que pudesse estar cobrindo a verdade : Seu diretor Dr. Alberto Henrique Barbosa veio a público explicar que a raiz do problema está na absoluta falta de recursos do hospital. De fato, como ele diz, se faltam médicos, faltam enfermeiros, zeladores falta também o hospital. A única coisa que ele tem de sobra são os leitos vazios e os clientes que voltam da porta. E vão aguardar solução do governo, que não se fez de rogado. Foi a TV e disse que todas as providências seriam tomadas. Empenharia dinheiro para o hospital adquirir os insumos que lhe faltam e convocaria concursos públicos para preencher os lugares vazios. Enquanto isto, fica com a providência que podem tomar. A de colocar na porta de entrada o aviso de perigo, que todos se afastem.
Foto: UOL.com
A AUDIÇÃO DOS MORCEGOS
O Centro Médico da Universidade de Georgetown tem uma equipe pretende descobrir coisas novas no sentido da audição. Para melhor compreendê-lo pos-se a observar os morcegos que são os animais que melhor trabalham o som. Seus neurônios trabalham num entrosamento como se fossem jogadores de uma seleção campeã de basquete. A cada emissão ou recepção de som os neurônios vão conferindo o seu significado - Se é uma manifestação de raiva, se é uma manifestação de medo. Cada som, para os morcegos, tem o seu significado específico. Uma teia de códigos muito mais complexa do que os significados dos apitos de trânsito que muito nos esforçamos para decorar. Ms Queenam, uma das neurologistas empenhada no trabalho, junto com seus colegas implantaram eletrodos nos cérebros dos morcegos e gravaram as atividades neurais, depois de uma série de estímulos. Segundo esperam, estudos como este poderão ajudar pesquisadores a compreender melhor o funcionamento do sistema auditivo humano. Em humamos, o ambiente barulheto, como tráfico ou muita gente falando, pode ser ouvido e ignorado enquanto os barulhos importantes como choro de uma criança provocam reações imediatas. O homem tem enfim, essa imensa capacidade de se desligar. E isto não quer dizer que é de tudo um bem.
Fonte : New York Times
Foto: scuolasentieriseelvagi.it
Fonte : New York Times
NOMES DA 7ª ARTE
Por Morrison
Luchino Visconti
Luchino Visconti nasceu em Milão em 2 de novembro de 1906. Desde criança habituou-se ao trato com as artes e a cultura. Teve uma sólida educação clássica, estudou violoncelo por dez anos e foi encenador teatral de peças dramáticas e óperas antes de dedicar-se ao cinema como assistente do cineasta frncês Jean Renoir, que desenvouveu sua sensibilidade para questões sociais e políticas. Um dos fundadores do neo-realismo, Visconti conquistou sua reputação como diretor logo no primeiro filme, Obseção, de 1942, obra prima em que filmou em ambientes naturais e combinou atores profissionais com residentes locais. Em La terra trema (1948), não exibido comercialmente no Brasil, ganhou o grande premio do Festival de Veneza.
Na década de 1950, alternou a criação cinematográfica com a montagem de peças teatrais e óperas. Novo rumo na trajetória do cineasta se iniciou com Sedução da carne,de 1954, análise crítica feito com refinamento visual e expressividade pictórica. Com Rocco e Seus Irmãos,de 1960, sua obra social era levada ao máximo da estética, narrativa e mensagem, contanto a história da família que vai morar em Milão e deve, com o tempo, se adaptar à nova vida que levam. O Leopardo, de 1963, trouxe a Palma de Ouro em Cannes às mãos de Visconti, através da história de Dom Fabrizio Salina, um nobre príncipe que vive a decadência da nobreza e a ascensão da burguesia durante a Itália do ano de 1860. Aqui o luxo, grandiosidade e a fama já faziam parte de seus trabalhos, pois tudo ficou maior, mais rico. O mundo não era mais restrito; as grandes histórias deviam ser contadas. Com Morte em Veneza, de 1971, a polêmica característica de sua filmografia toma ares maiores
Visconti sofrera um enfarte, que encadeou uma série de problemas de saúde que resultaram em sua morte, no dia 17 de Março de 1976. Seus dois últimos filmes foram Violência e Paixão, quase uma auto-biografia não assumida, e O Inocente, que foi dirigido em cadeira de rodas e teve de ser finalizado por Ruggero Mastroianni, por causa do falecimento do diretor. Deixou este mundo sem realizar um de seus grandes sonhos, Em Busca do Tempo Perdido, que chegou a ter roteiro escrito, mas nunca fora realizado de fato.
Foto: scuolasentieriseelvagi.it
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