quinta-feira, 25 de novembro de 2010

NÃO RESPIRE PELA BOCA



ZEZINHO E SEUS SEGUIDORES

Sou capaz de jurar que esses nossos vereadores estão lendo o "Manual de Sobrevivência Política" do Zezinho da Ética. Nada de bater no Prefeito; só nos vereadores. Aliás, royalties para o Giovani Miguez. Foi ele quem levantou a lebre. E eu reconheci as orelhinhas dela - iguaisinhas a do Zezinho. De verdade, em verdade vos digo, Zezinho é como Deus, só tem um. E quando ele morrer vai ficar uma enorme lacuna. Ele é o profeta do "é dando que se recebe." E os vereadores que jamais iriam desperdiçar  um talento desses, estão tirando um bom proveito da leitura.  Debruçam-se sobre o manual com a atenção de quem vai fazer vestibular na manhã seguinte. Agora, inventaram um trabalho para fixação da aprendizagem. Vão investigar  o presidente da Câmara Municipal, Luís Cláudio da Silva, o Soró.  É um projeto exercício, um projeto-balão. De mentirinha. Só pra treinar. Mas nem parece. Mas estão empenhados como se fosse pra valer. Tanto que se sentaram num dia e, naquele mesmo dia, levantaram todas as denúncias que tinham contra o Soró.  Levantaram e as encaminharam. A presidente da comissão, América Teresa, disse que concluíram que a administração do Soró é ineficiente. Concluíram, não; encontraram indícios. há indícios. E a administração municipal com as calçadas arrebentadas? É eficiente? E a Educação colocada no décimo lugar no rank fluminense? É eficiente? E essa comissão de vereadores, é eficiente? Claro que não. Aliás, quem o diz é a própria América Tereza, quando diz que é possível que a comissão não faça nada.

MEU MARIDO MEU TESOURO



Dilma Rousseff não é supersticiosa. Pretende indicar uma mulher para a chefia da  Casa Civil do seu governo. E faz bem. E, assim, fechará a Trindade Feminina naquele cargo.  Ela própria, Erenice e, agora, Maria das .Graças. Não sejamos machistas! Se Dilma nem Erenice foram bem, o último homem que passou por lá levou até umas bengaladas como castigo e a Erenice, até agora, só levou um pito.  Maria, a terceira pessoa, está na ponta da agulha para a vaga. Parece até que já mandou fazer o vestido. Maria das Graças Foster é o nome dela e tem lastros no serviço público.  Como Erenice, é uma antiga conhecida de Dilma e também cheia de cuidados com a família. Entrou para a Petrobrás em 2007. Faz pouco tempo, mas já mostrou que leva jeito.  Colin Vaughan Foster, seu marido, até começou a respirar melhor. Sua empresa,  a C.  Foster, nesses poucos 3 anos,  assinou 42 contratos com a Petrobrás. E, desses, 20 foram sem licitação. E, depois, tem gente que não acredita na sorte. Taí o exemplo.  De 2005 a 2007, ele passou um perrengue danado, lá dentro. Em tres anos, conseguira, apenas um contratinho. Valeu a perseverança. Maria das Graças chegou e, aí, choveu na horta dele. Foi aquela fartura, na razão de 14 contratos por mes! Tem um ditado que diz que se um jaboti estiver montado num galho de árvore foi enchente ou mão de gente. Sei não. O fato é que agora a moça está muito bem cotada para presidência da Petrobrás, para chefia da Casa Civil ou para Secretaria Geral da República.

Ilustração: biscuitdanet.blogspot.com


O EXEMPLO DE MANDELA


A Lei da Anistia despertou a fúria em alguns anistiados. Estranho mundo esse. Estranha gente essa que procura obstinadamente o perdão para si mas não quer vê-lo estendido aos demais. Isto me lembra a Dodora. Para ela é inaceitável uma ditadura de direita. Já a ditadura de esquerda é amissível e até desejada. Se você discordar dela e lhe manda ler Gramsci, como quem recomendasse um chá de flor de laranjeira. Um tranquilizante para a consciência. Você pega o Gramsci e ainda no prefácio já sai rachando crânios, lancetando corações e bebendo sangue de adversários como suco de grosélia. Os boxeadores cubanos tem um modo diferente de ver as ditaduras de esquerda. Dodora devia conversar com eles. Vou falar com ela. Com ela e com o Franklin que trabalha na Prefeitura de Volta Redonda. Eles vão me agradecer muito. Se bem que há espíritos renitentes. Renitentíssimos! Feito alguns beneficiados pela anistia. Pá daqui, pá de lá, a lei foi aprovada pelo congresso e promulgada pelo Presidente da República e o STF referendou. E tamos aí! Por ela, até os mais radicais inimigos do regime foram alcançados pelo terno braço do perdão. Mas ainda assim tem gente com gosto de sabão na boca.  Não querem que os torturadores sejam perdoados. A OAB até pretendeu ajudá-los, mas o STF derrubou a petição por 7 a 2.  Anistia é isto mesmo.  Nelson Mandela entendeu isto muito bem. Travava a sua luta política e armada no Congresso Nacional Africano. Passou vinte e sete anos preso. E, 18 os desses, na solitária. Eleito presidente  (1994-1998),  instituiu a “Comissão da Verdade e da Reconciliação.”  Milhares de depoimentos foram ouvidos. Várias confissões de ilegalidade e violência vieram à tona. O público as conheceu. E Mandela que precisava do perdão para os seus erros, não quis negá-lo aos demais. Nenhum desses crimes publicamente confessados foi punido.

NÃO RESPIRE PELA BOCA


Muito já se ouviu falar em engolir as próprias palavras, engolir o fôlego, engolir sapos. Porém Mauricio Macri foi além da encomenda e excedeu o vernáculo. Maurício é prefeito de Buenos Aires e quis fazer uma exibição no seu próprio casamento. Quem sabe era um presente para a noiva, quem sabe era simples realização pessoal. Casamento de prefeito imagina-se como é... duzentos convidados e três mil penetras. Claro! Ninguém é tonto de barrar um eleitor que veio não pelo bolo e nem pelo chopp. Quer, apenas, tirar uma foto ao lado do homem. Do Homem. E, porque tanto já havia gastado com a festa era bem vinda essa  craque espontânea.   A noiva Juliana Awada estilista de profissão, certamente, ajudou com seus cuidados profissionais e esponsais para que tudo saísse melhor do que a encomenda. O prefeito queria fazer uma apresentação musical. Ia cantar a música “Love of my life”, sucesso de Freddie Mercury, vocalista da banda inglesa Queen, seu ídolo na adolescência. E se caracterizou como podia. Ou não devia. Pegou uma capa, colocou um bigode postiço e abriu o bico. A noiva sorria, convidados aplaudiam e mesmo os garçons se encostaram nas paredes com suas bandejas para bem ouvi-lo.  Vai que no meio da apresentação, Maurício, para melhor  respirar, puxou o ar pela boca e,com isso, engoliu o bigode. Foi um corre-corre. Maurício foi atendido pelo secretário de saúde, que vendo a impossibilidade do noivo expelir o bigode, aconselhou-o a engoli-lo de vez. Deu-lhe bastante água para facilitar a descida. Parece até que deu chopp também. Afinal, era uma festa.

FONTE: Opera Mundi, revista argentina

O CELULAR NO BANCO DOS RÉUS


Para alguns o aparelho celular, hoje, faz parte do corpo, como a mão, a orelha e o dedão do pé. Outros o entendem como um modo de arrancar nosso dinheirinho, simplesmente. A  Folha de São Paulo que não entende assim, nem assado convocou um debate sobre a questão. Compareceram o oncologista Paulo Hoff, do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo, o engenheiro Alvaro Salles, da UFRS, o biomédico Renato Sabbatini, professor da Unicamp, e o psiquiatra Elko Perissinotti, do Hospital das Clínicas de São Paulo. Sabbatini, apoiou-se na OMS disse que não há nenhuma prova de risco pelo uso do aparelho.  Salles, apoiado na mesma OMS, concluiu o contrário: "Usuários por mais de dez anos apresentaram o dobro do risco de tumores cerebrais." O oncologista Paulo Hoff se espelhou numa amostragem de 5 bilhões de usuários sem nenhuma manifestação de doença. Todos, entretanto, mostraram-se bastante receiosos quando falaram de crianças. Renato Sabbatini lembrou da preocupação britânica com o impacto dos celulares sobre a saúde dos adolescentes. Só depois de vinte anos terão resultados definidos. Para Salles há necessidade de mudanças no uso do aparelho.  Como, por exemplo, fones para os ouvidos em vez de encostar o telefone na orelha. "Os fabricantes publicam alertas nos manuais para que os usuários não encostem o celular a distâncias menores que 2,5 cm da cabeça. É quase uma confissão de culpa." O oncologista Paulo Hoff acredita que precaução nunca é demais, mas espera que a própria tecnologia gere solução para o problema. Talvez a solução, agora, uma cirurgia de amputação do telefone. 

E A GUERRA CONTINUA...

Pak Tok-hun, vice embaixador da
Coréia do Norte
Obama deu um pulo da cama às 3h55min da madrugada. Era  Ton Donilon, secretário de segurança nacional, com a notícia do bombardeio coreano. Para o vice-Embaixador da Coreia do Norte na ONU - Pak Tok-hun – esse foguetório não era coisa pra tirar o sono de ninguém. Era uma briga de vizinhos. E para provar sua posição anti-beligerante apontava a Coreia do Sul dizendo “Foi ela quem começou tudo”. E a Coreia do Sul retrucava ”Mentira! Foi ela!” Uma releitura do ovo e a galinha. Quem nasceu primeiro? As duas coréias vivem se mostrando os dentes há muitos anos. Já viveram até juntinhas, como um só país, e sob o comando do Japão. Com o final da Segunda Guerra, foi libertado e dividido em dois pedaços - Um para os EUA e outro para URSS. A partir daí o permanente conflito. E, agora, deu nesse bombardeio da terça feira,  na ilha de Yeopyeong. O mais grave ataque da Coreia do Norte a civis sul-coreanos desde aquele em que plantou uma bomba num avião de passageiros em 1987, matando 115 sul coreanos. Apesar de sul-coreana, essa ilha está muito mais próxima da Coreia do Norte, 12 km de distância. Ambas as coréias reivindicam sua posse. O confronto de terça feira passada ainda mais se agravou quando foi revelada a existência de uma moderna planta de enriquecimento de urânio na Coreia do Norte com 2.000 centrífugas. Como se dizia antigamente: Guerra é guerra.

NOMES DA 7ª ARTE
Por Morrison

Miklós Rózsa



Miklós Rozsa nasceu em Budapeste, em 18 de abril de 1907. Ainda jovem, compôs obras neoclássicas, além de balés e sinfonias em Paris e Londres, antes de ser contratado pelo seu compatriota Alexander Korda, para o arranjo musical de seu primeiro filme, "Knight Without Armour", em 1937. Três anos depois, foi com Korda para Hollywood, onde desenvolveu um estilo que destacava impacto psicológico, fossem em suspenses ou policiais noir, muito em moda nos anos de 1940.
São "Pacto de Sangue"(1944), "Quando fala o Coração"(1945) e "Os Assassinos"(1946), suas primeiras obras musicais para o cinema americano. Ganhou seu primeiro Oscar como compositor, em 1946, pela composição de "Spellbound" (ou "Quando fala o Coração", título brasileiro).

Em 1949, Miklos foi contratado pela Metro-Goldwyn-Mayer para ser um dos compositores daquele estúdio. Foram momentos altamente produtivos para o compositor húngaro. No ano seguinte, sua primeira trilha para MGM, "Quo Vadis, marcou o início de uma nova fase para o músico e maestro, que saiu do estilo psicológico e noir dos filmes policiais dos anos de 1940, para o estilo épico e religioso, inspirado num estilo grego-romano clássico.

Rozsa ainda realizou outras trilhas sonoras para Metro, como "Todos os Irmãos eram Valentes"(1953), "O Veleiro Da Aventura"(1951), "Ivanhoé"(1953), "Os Cavaleiros da Távola Redonda"(1954), e "Tributo a um Homem Mau"(1958). Recebeu 17 indicações para o Oscar, tendo recebido em sua carreira apenas três: "Quando fala o Coração"/Spellbound(1945), A Double Life(1947), e "Ben-Hur"(1959).

Ben-Hur foi um marco memorável em sua carreira, no final da década de 1950. Na década seguinte,com o Oscar conquistado por "Ben-Hur", e o contrato com a Metro(nesta época, Louis B. Mayer não era mais o chefão, pois havia falecido)já em fase de expiração, ainda compôs as trilhas de mais dois épicos espetaculares: "Rei dos Reis"/ King of Kings (1961), ainda para a Metro, e El Cid (filme), para a Allied Artist, firmando o compositor húngaro como um mestre definitivo do gênero épico. Possivelmente, Miklos Rozsa é mais lembrado pelas composições em filmes épicos e religiosos do que pelas composições iniciais de sua carreira. Com o passar dos anos, seu talento não diminuiu, recebendo inclusive o título de "Doutor"
.
Encerrando seu contrato com o estúdio da "Marca do Leão", Miklos se tornou independente e disponível para outros estúdios que quisessem contratá-lo. Em 1967, compôs para a Warner Brothers a trilha de "Os Boinas Verdes"/The Green Barett, película de Guerra estrelada por John Wayne e David Janssen. Nos anos de 1970, quando os filmes épicos e bíblicos saíram da moda em Hollywood, Rozsa produziu trilhas para outros gêneros, como "Providence"(1977), "Fedora"(1978), e "Um Século em 43 minutos"(1979).

Em 1982, Rozsa compôs sua última trilha sonora para um filme de Hollywood: "Cliente Morto Não Paga", estrelado por Steve Martin. O Filme era uma paródia sobre os clássicos filmes noir da década de 1940. O compositor, aos 75 anos de idade, foi chamado para executar e resgatar os arranjos daqueles filmes(que ele mesmo compôs) e produzir a trilha do filme. Magnífico.

Miklos Rozsa é o ponto de referência para muitos compositores de trilhas para filmes que surgiram posteriormente, como Maurice Jarre e John Williams.

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