segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

DOSE PRA ELEFANTE



D. Maria Madalena não se chama Maria Madalena, mas procure-a pelo seu verdadeiro nome que ninguém saberá quem é. Ela mudou de nome por conta de uma paixão. Fazíamos campanha em 2012. Ela arranjando votos para o Neto e eu os tomando de volta um a um. Foi uma batalha diária. Aí, ela, para reduzir essas perdas, assumiu um débito que só se paga com a alma. Empenhou o próprio nome. Disse que se o Neto não cumprisse sua promessas eleitorais ela mudaria de nome. E, pra dar maior credibilidade a sua palavra jurou por Deus e por tudo quanto é santo. Pegou pesado. Nada mais me restava do que esperar. E veio a eleição e veio a posse e, antes que terminasse o primeiro mês do novo mandato do prefeito, já me senti seguro para ir à porta da sua casa e bater: “É aqui que mora D. Maria Madalena ”. Ela me respondeu da janela: “A Arrependidíssima!!!” Eu não quis tripudiar com o seu desencanto. Apenas lhe recomendei que não pecasse mais. De lá para cá, ela nunca mais tocou no nome do Neto e, quando é inevitável se referir a ela, ela apenas diz “aquele homem”. E eu só a trato de Maria Madalena. Não por vingança, porque não sou homem dessas coisas, mas para mantê-la alerta que a tentação dos pecados rodeia os incautos. É sempre perigosa uma recaída. Maria Madalena aceitou esse seu novo nome e a sua condição de penitente. Até que veio o 28 de agosto, com o Neto cassado e a América Teresa na Prefeitura. Sem saber se chorava ou ria essa nova prefeita posava para os fotógrafos e fazia discursos de cinco em cinco minutos. Acho que, por dentro, ela ria e ria muito. E me pareceu mesmo molhar o lenço na torneira para dar realismo as suas lágrimas. D. Maria Madalena, entretanto, tinha um sentimento muito claro e verdadeiro. Ela só fazia  dizer: “Meu Deus!!! Como é que foram enfiar essa mulher lá? Tava tão bom sem prefeito.” Era coisa demais para um mesmo ano e ela já profetizava que o 31 de dezembro ia se dar em setembro. No máximo, em outubro. Coitada, ela foi duramente testada neste ano. Por um momento, quis até se jogar no rio Paraíba. Mas, felizmente, tudo passou mais uma vez. E, agora, quando pensamos que não, com o limiar do 2013 de pé na soleira para se ir embora, a América Teresa ressurge dizendo que tem vontade de ser prefeita por 1 440 dias, um mandato inteiro. Foi um  desespero com a D. Maria Amélia. Mas eu lhe fui muito sincero. Disse-lhe que a Teresa não tem voto para isto, mas que tem muita gente aqui que não gosta da cidade tem. Ela deu três batidas na madeira.



Tuma Jr. diz que o PT descobriu os dossiês e descansou. Não quer saber de outra vida. Um dossiê é mais do que um petardo no queixo. O Lula fazia isto? Perguntam os irrecuperavelmente céticos. Tuma Jr. diz que ele o fazia isso e ainda fazia pior. Na calada da noite, ia entregar numa bandeija um a um seus companheiros ao Romeu Tuma, Chefe do Dops, a sua Salomé. Lula tinha o codinome de Barba. E ninguém sabia que o Barba da noite era o “companhêro” do dia. A denúncia é gravíssima! Mas não parou por aí o Tuma Jr. Tem muito mais nesse seu livro, cuja primeira edição se esgotou antes de chegar às livrarias, – “Assassinato de Reputação – Um Crime de Estado”. O caso de Boris Brezovsky também tá lá. Morre o homem, fica a fama. Boris é aquele que em 2007 prometia fazer do Corinthians um celeiro de craques. Se a esmola é grande o santo fica desconfiado  e não faz milagre, não. Tuma, ex-Secretário Nacional de Justiça e corinthiano roxo, que não é nada santo ficou desconfiadíssimo. Investigou esse benfeitor que viera do frio e viu que se tratava de um foragido da Rússia acusado de envolvimento com a máfia e que seu nome já figurava na lista dos dez mais procurados pela Interpol. Em resumo, era um ficha sujíssima! Estava ali uma oportunidade para fisgar um peixe grande, pensou Tuma Jr. Armou a arupuca. Pôs lá uma banda de laranja e aguardou. Aguardou pouco até. Uma voz pelo telefone o fez desfazer a armadilha. Era a voz do Ministro da Justiça Márcio Tomaz Bastos. E olha que a coisa era feia mesmo. Havia até recursos para ajudar partidos políticos em campanha eleitoral. Mas de lá pra cá não se falou mais nisto. E o caso ressurge  nessa quaresma política em que o xingatório político está suspenso até que chegue de novo a sua hora. Enquanto isto. D. Dilma voa de um lado para o outro em plena campanha, Fernando Henrique, o responsável pela fundação desse hospício da reeleição, lança seu livro de memórias em Inglês e o O PSDB pensa se deve mesmo lançar Serra. Digo, Aécio... Putz! Este país está fechado pra balanço.  



A Alerj formalizou uma frente em defesa do Rio Paraíba. Pôs Inês Pandeló na  presidência. É mole pra ela navegar por esse rio tão quieto e sossegado. Ela tem enfrentado águas tormentosas e muita tempestade com sucesso. É um mar de denúncias: contas não aprovadas na Prefeitura de Barra Mansa, Rachid na Alerj e lá vem ela sorrindo. Sua dança ritual não falha – é meio pra cá, meio pra lá. Se é que vocês me entendem



D. Dilma Rousseff foi flagrada em Porto Algre, sentada no banco traseiro com o netinho no colo. Estava no carro oficial. Infringiu as regras de trânsito. Todo mundo o sabe e ela também. Tanto que, mais tarde, se desculpou pelo twitter: “Peço desculpas pelo erro.” Fora inaugurar a BR-448, Rodovia do Parque, e em seguida resolveu dar uma voltinha com a família. Coitada. É, como se diz, o costume do cachimbo põe a boca torta. O Lula dirige o País com ela no colo e ninguém fala nada. Desaforo!



A Secretária Municipal de Educação Tetê Gonçalves diz que não vai piorar o atendimento das creches em Volta Redonda. É o que entendem como uma boa notícia. Eles acham que não piorar já é um grande negócio. De fato, isto deixou muita gente descansada. Mas há também os pessimistas completos que acham que ainda não acabou o poder de criatividade do Prefeito Neto.





O general Álvaro Pinheiro foi à Comissão Nacional da Verdade, no dia 12 de novembro, no Rio de Janeiro. O áudio, com seus 92 minutos de duração, está na internet - http:/ IWWW.4Shared.comlmp3/6uPTzn8Y/Alvaro. É um depoimento sensacional acompanhado por investigadores muito competentes, também. É do general a melhor análise militar da campanha do Araguaia publicada em 1995. Pinheiro é um crítico contumaz da Comissão da Verdade por ela vir manquitolando, ouvindo apenas um lado da questão. Também o depoente se nega a citar nomes dos terroristas envolvidos porque isto só serviria para a família pedir indenização do governo. Lamarca que foi um péssimo exemplo de militar que roubou armas do exército pra matar seus próprios companheiros, proporcionou a sua viúva uma indenização de R$ 14 mil mensais. Enquanto a mãe do soldado morto por terroristas ganha R$ 312 mensais pela perda. Como o Millor Fernandes falou – “Eu pensava que era ideologia mas era investimento.

Próxima Edição domingo 29 de dezembro



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