D. Maria Madalena não se chama Maria
Madalena, mas procure-a pelo seu verdadeiro nome que ninguém saberá quem é. Ela
mudou de nome por conta de uma paixão. Fazíamos campanha em 2012. Ela
arranjando votos para o Neto e eu os tomando de volta um a um. Foi uma batalha
diária. Aí, ela, para reduzir essas perdas, assumiu um débito que só se paga
com a alma. Empenhou o próprio nome. Disse que se o Neto não cumprisse sua
promessas eleitorais ela mudaria de nome. E, pra dar maior credibilidade a sua
palavra jurou por Deus e por tudo quanto é santo. Pegou pesado. Nada mais me
restava do que esperar. E veio a eleição e veio a posse e, antes que terminasse
o primeiro mês do novo mandato do prefeito, já me senti seguro para ir à porta
da sua casa e bater: “É aqui que mora D. Maria Madalena ”. Ela me respondeu da
janela: “A Arrependidíssima!!!” Eu não quis tripudiar com o seu desencanto.
Apenas lhe recomendei que não pecasse mais. De lá para cá, ela nunca mais tocou
no nome do Neto e, quando é inevitável se referir a ela, ela apenas diz “aquele
homem”. E eu só a trato de Maria Madalena. Não por vingança, porque não sou
homem dessas coisas, mas para mantê-la alerta que a tentação dos pecados rodeia
os incautos. É sempre perigosa uma recaída. Maria Madalena aceitou esse seu
novo nome e a sua condição de penitente. Até que veio o 28 de agosto, com o
Neto cassado e a América Teresa na Prefeitura. Sem saber se chorava ou ria essa
nova prefeita posava para os fotógrafos e fazia discursos de cinco em cinco
minutos. Acho que, por dentro, ela ria e ria muito. E me pareceu mesmo molhar o
lenço na torneira para dar realismo as suas lágrimas. D. Maria Madalena, entretanto,
tinha um sentimento muito claro e verdadeiro. Ela só fazia dizer: “Meu Deus!!! Como é que foram enfiar
essa mulher lá? Tava tão bom sem prefeito.” Era coisa demais para um mesmo ano
e ela já profetizava que o 31 de dezembro ia se dar em setembro. No máximo, em
outubro. Coitada, ela foi duramente testada neste ano. Por um momento, quis até
se jogar no rio Paraíba. Mas, felizmente, tudo passou mais uma vez. E, agora, quando
pensamos que não, com o limiar do 2013 de pé na soleira para se ir embora, a
América Teresa ressurge dizendo que tem vontade de ser prefeita por 1 440 dias,
um mandato inteiro. Foi um desespero com
a D. Maria Amélia. Mas eu lhe fui muito sincero. Disse-lhe que a Teresa não tem
voto para isto, mas que tem muita gente aqui que não gosta da cidade tem. Ela
deu três batidas na madeira.
Tuma Jr. diz que o PT descobriu os
dossiês e descansou. Não quer saber de outra vida. Um dossiê é mais do que um
petardo no queixo. O Lula fazia isto? Perguntam os irrecuperavelmente céticos. Tuma
Jr. diz que ele o fazia isso e ainda fazia pior. Na calada da noite, ia
entregar numa bandeija um a um seus companheiros ao Romeu Tuma, Chefe do Dops,
a sua Salomé. Lula tinha o codinome de Barba. E ninguém sabia que o Barba da
noite era o “companhêro” do dia. A denúncia é gravíssima! Mas não parou por aí
o Tuma Jr. Tem muito mais nesse seu livro, cuja primeira edição se esgotou
antes de chegar às livrarias, – “Assassinato de Reputação – Um Crime de
Estado”. O caso de Boris Brezovsky também tá lá. Morre o homem, fica a fama. Boris
é aquele que em 2007 prometia fazer do Corinthians um celeiro de craques. Se a
esmola é grande o santo fica desconfiado
e não faz milagre, não. Tuma, ex-Secretário Nacional de Justiça e
corinthiano roxo, que não é nada santo ficou desconfiadíssimo. Investigou esse
benfeitor que viera do frio e viu que se tratava de um foragido da Rússia
acusado de envolvimento com a máfia e que seu nome já figurava na lista dos dez
mais procurados pela Interpol. Em resumo, era um ficha sujíssima! Estava ali
uma oportunidade para fisgar um peixe grande, pensou Tuma Jr. Armou a arupuca.
Pôs lá uma banda de laranja e aguardou. Aguardou pouco até. Uma voz pelo
telefone o fez desfazer a armadilha. Era a voz do Ministro da Justiça Márcio
Tomaz Bastos. E olha que a coisa era feia mesmo. Havia até recursos para ajudar
partidos políticos em campanha eleitoral. Mas de lá pra cá não se falou mais
nisto. E o caso ressurge nessa quaresma
política em que o xingatório político está suspenso até que chegue de novo a
sua hora. Enquanto isto. D. Dilma voa de um lado para o outro em plena
campanha, Fernando Henrique, o responsável pela fundação desse hospício da
reeleição, lança seu livro de memórias em Inglês e o O PSDB pensa se deve mesmo
lançar Serra. Digo, Aécio... Putz! Este país está fechado pra balanço.
A Alerj formalizou uma frente em
defesa do Rio Paraíba. Pôs Inês Pandeló na presidência. É mole pra ela navegar por esse
rio tão quieto e sossegado. Ela tem enfrentado águas tormentosas e muita
tempestade com sucesso. É um mar de denúncias: contas não aprovadas na
Prefeitura de Barra Mansa, Rachid na Alerj e lá vem ela sorrindo. Sua dança
ritual não falha – é meio pra cá, meio pra lá. Se é que vocês me entendem
D. Dilma Rousseff foi flagrada em
Porto Algre, sentada no banco traseiro com o netinho no colo. Estava no carro
oficial. Infringiu as regras de trânsito. Todo mundo o sabe e ela também. Tanto
que, mais tarde, se desculpou pelo twitter: “Peço desculpas pelo erro.” Fora
inaugurar a BR-448, Rodovia do Parque, e em seguida resolveu dar uma voltinha
com a família. Coitada. É, como se diz, o costume do cachimbo põe a boca torta.
O Lula dirige o País com ela no colo e ninguém fala nada. Desaforo!
A Secretária Municipal de Educação
Tetê Gonçalves diz que não vai piorar o atendimento das creches em Volta
Redonda. É o que entendem como uma boa notícia. Eles acham que não piorar já é
um grande negócio. De fato, isto deixou muita gente descansada. Mas há também
os pessimistas completos que acham que ainda não acabou o poder de criatividade
do Prefeito Neto.
O general Álvaro Pinheiro foi à
Comissão Nacional da Verdade, no dia 12 de novembro, no Rio de Janeiro. O
áudio, com seus 92 minutos de duração, está na internet - http:/ IWWW.4Shared.comlmp3/6uPTzn8Y/Alvaro. É um depoimento
sensacional acompanhado por investigadores muito competentes, também. É do general
a melhor análise militar da campanha do Araguaia publicada em 1995. Pinheiro é
um crítico contumaz da Comissão da Verdade por ela vir manquitolando, ouvindo
apenas um lado da questão. Também o depoente se nega a citar nomes dos terroristas
envolvidos porque isto só serviria para a família pedir indenização do governo.
Lamarca que foi um péssimo exemplo de militar que roubou armas do exército pra
matar seus próprios companheiros, proporcionou a sua viúva uma indenização de
R$ 14 mil mensais. Enquanto a mãe do soldado morto por terroristas ganha R$ 312
mensais pela perda. Como o Millor Fernandes falou – “Eu pensava que era
ideologia mas era investimento.
Próxima Edição domingo 29 de dezembro
Próxima Edição domingo 29 de dezembro
Nenhum comentário:
Postar um comentário