Se a América Teresa tivesse o dom da ressurreição ela traria D. Waldir
de volta para esta vida, nem que fosse por uns dez ou quinze segundos. Um tempo
que fosse a conta para ela lhe entregar sua moção de pêsames, a sua moção de
pesar que o Vereador Celso Novaes, criminosamente, não deu segmento. Walmir Vitor
tomou-lhe a frente. Cortou-lhe o barato. A Teresa está vendendo azeite. Ela
sabe que, nesses casos, chegar em segundo lugar é o mesmo que não chegar. Perder
uma oportunidade dessas é mesmo que chutar um pênalty para fora. Todo mundo sabe que só há dois modos de o vereador ganhar
eleitores. É manifestação de profundo pesar ou concedendo título de cidadão. Pode, também, trocar um nome de
rua ou batizar uma praça. O resto é com o prefeito, que é dono do feudo.
América Teresa, que é macaca velha tá careca de saber disto. Quando correu a notícia da
morte do bispo, ela deu logo um passo em frente. Há quem diga até que ela se antecipou dado o
vezo de certos vereadores, conforme muito se fala. Soube de vereadores que
deixam uma penca dessas moções nas mãos dos seus assessores. O voto de pesar é sempre o mesmo. Fica apenas um espaço em branco para o nome do homenageado e a data do ocorrido, que não se pode prever. Mas isto eu não falo porque
não tenho provas. O que sei é que a Teresa fez o documento, entregou para o
Celso Novaes e este não deu encaminhamento. Celso Novaes pediu perdão duas mil
vezes, mas o Walmir Vitor não se comoveu. Não cedeu a vez para a presidente. O
plenário se dividiu em três – América de
um lado, Walmir do outro e, no terceiro lado, o resto, vereadores se lamentando de eles terem
engolido uma barriga daquelas. É incrível o que se dá com essa gente! E é só
com a Câmara, não; é geral. Todos correram a manifestar pelo bispo um reconhecimento
que nem Jesus teve:– “Soltem Barrabás!” Convenhamos... há nisto tudo muito exagero. D. Waldir
contribuiu e muito com a sua voz para a
eleição do Neto e contribuiu ainda mais com seu silêncio, no momento em que os
funcionários foram levados à greve pela intransigência do prefeito. D. Waldir com
sua autoridade de homem santo defendeu o PT de todos os pecados
– mensaleiros, aloprados... E, pior do que tudo isto, disse que nunca
vira o Zoinho numa manifestação de operários. Nossos blogueiros repetiram a
mesma cantilena dos vereadores. É a geração de Gil, Caetano e Chico. A geração
das biografias autorizadas.
A militância petista é o remake do cãozinho de Pavlov. Também atende a apitos. E, conforme os apitos
sejam cursos ou longos eles desancam o PSDB ou defendem os mensaleiros. Estão
sempre prontos para a ação. Foram muito bem amestrados. Não perdem tempo. Na
posse do novo presidente do PT-RJ, Washington Quáquá, a militância estava lá e
choveram aplausos para os mensaleiros. A
deputada Benedita da Silva quase fez o réquiem para Genoíno. Disse que ele está
fraco e doente, à beira da morte. Os laudos médicos desmentiram; disseram que
ele está forte e sacudido. E, Genoíno também não colaborou – manteve-se mais
vivo do que nunca. Ele tem a bolsa-ditadura e mais a aposentadoria como
deputado de “apenas” R$ 20 mil. Queria mais. Queria passar para R$ 27 mil, como
inválido. O petismo não tem limites. Paulo de Abreu, dono do Hotel Saint Peter,
é um criptocomunista. Seu amor deslavado por José Dirceu é de arrepiar gato de
porcelana. Ele diz que foi amor à primeira vista. Conheceu-o há 90 dias. Bastou-lhe
uma breve troca de olhar e o mensaleiro estava contratado por R$ 20 mil reais.
Aguardemos. Já chamaram o Joaquim Barbosa. Das duas uma: Ou o Zé Dirceu vai
trabalhar no hotel ou o Paulo Abreu vai sair do hotel e morar na Papuda.
Até domingo
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