domingo, 17 de junho de 2012

NILTON ALMEIDA x ZEZINHO DA ETICA



Está por uns três dias que vi o Nilton Almeida. Ele passou, sorriu e me acenou com aquela mesma mão que, um dia, atirara uma pedra na cabeça de João Goulart. Ele o diz. Conta que foi no comício dos marinheiros. Nilton estreava um estilingue novo. Gancho de goiabeira dos bons. Seu alvo, agora, não era a cambaxirra, o pardal e nem a rolinha com que ele treinava a pontaria. Agora era a cabeça do Presidente da República Federativa do Brasil. Cabeção!, pensava ele suando nas mãos. Subiu numa árvore, botou a aba do boné para o lado esquerdo, fechou um olho, mordeu a língua, esticou o elástico e pá! Não há nenhum registro do fato, mas o Nilton jura por tudo que é santo que a pedra chegou ao endereço escolhido. E, se alguém, ainda assim, coloca alguma dúvida, ele  apresenta sua prova irrefutável: - O discurso que o presidente fizera logo a seguir. Aquilo só podia ser produto de uma cabeça atormentada. Provocou até uma revolução – a Redentora de 64. Se não fosse o Nilton o Brasil tinha tomado, quem sabe, outra direção. Apesar desse feito histórico seu nome não aparece em nenhum dos milhares de livros que se escreveu sobre a Ditadura Militar e aqui na cidade ele transita pelas ruas como um simples mortal. Já ao Zezinho da Ética tem todos os merecimentos. Estou pra dizer que em qualquer dia desses Presidente da CMVR vai recebê-lo assim: “Sr. Caveirão, o senhor e a sua turma queiram tomar os lugares especiais”. É que na Câmara dos Vereadores ele é conhecido como caveirão do legislativo. Na verdade, o Zezinho bem que podia pisar mais naqueles coitados. Mas a câmara é tão servil que o Zezinho fica desacorçoado dessa missão. E, ao ouvido do seu confessor, ele diz que se sente mal fazendo aquilo, que mais parece um grandalhão batendo em criancinhas. Ele sente que anda exagerando. Seu confessor manda ele tirar esse negócio de exageros da cabeça: “Não esquenta, não. O bispo deu nota 7 para a saúde em Volta Redonda e não perdeu o sono”.

Dos milhares de carros roubados no Brasil boa parte tá lá na Bolívia. Sem taxa de transferência, sem carimbos... Bastaram só as vistas grossas daqui e de lá. Assim, uma frota de 100 mil veículos irregulares circulava pelas ruas do país sem serem incomodados. Apesar disto, o governo boliviano foi um pouco mais adiante. Criou mecanismos legais para regularizar todos esses veículos. É só o “proprietário” pagar uma pequena taxa aduaneira e está feito o milagre. Pronto! Tudo legal. Legal mesmo! A marginalia comemorou. Lá e cá. Morales, do conforto da sua cadeira de estadista, explicou ao mundo: ““todo cidadão tem o direito de possuir um carro próprio”. A nossa Polícia Federal organizou-se na Operação Sentinela. Cercou a fronteira naquela região de crimes, tráfico de drogas, roubos de carros e o crime organizado. Terra de Ninguém, como se diz. Recuperaram 400 veículos brasileiros levados daqui. Agora, vão contratar caminhões cegonha para levá-los de volta cada um ao seu lugar de origem. Estima-se que são 2 mil carros roubados no Brasil estão na Bolívia. Começamos a reagir. Eles nos tomaram próprios da Petrobrás, o BNDES lhes deu dinheiro para obras e, agora, recuperamos 25% dos nossos carros roubados. Viva!




Se o Papa Bento XVI fosse dado a uma Agatha Cristie  ou às leituras do Sir Arthur Conan Doyle com o seu inesquecível Sherloch Holmes não teria caído nessa que lhe armara o mordomo, Paolo Gabriele. Mas entreteceu-se com as coisas do Céu esquecido das coisas da Terra. Bem terrenas mesmo. Aí, aquela mesma mão que o protegia da chuva e do sol, recolheu-se e deixou que um temporal desabasse sobre ele. Desde 2006, Gabriele estava ali  como o mais fiel dos servidores. Agora,  é o próprio Vaticano quem o desmascara. Gabriele foi pilhado com um feixe de documentos secretos roubados da Igreja. Nesses papéis tinha de tudo. Desde questões financeiras até uma conspiração contra o próprio papa. Bento XVI é longe, longe, longe o papa mais perseguido por escândalos nos últimos tempos. Agora se vê, nem tudo provocado por ele. Está acabando o seu pontificado mas certos setores da igreja ainda não acataram sua eleição a papa.


Reprodução


Antigamente era assim: Toda casa que se prezava tinha no seu quintal pelo menos uma árvore. Às vezes, uma mangueira, um abacateiro...  A diversão das crianças estava ali nos olhando e acenando com suas folhas. Nela nos pendurávamos e dependurávamos nossos balanços. E, do mais alto dos seus galhos, olhávamos o mundo diminuidozinho lá embaixo. Agora, a empresa Treehotel desperta esse menino dormindo no coração dos adultos. Criou um hotel com quartos dependurados em árvores, num parque florestal. Esses quartos ficam insensíveis à visão porque estão camuflados com paredes de espelhos. O hotel está logo ali na Vila Harads, Suécia, a 60 km do Círculo Polar Ártico.


CURIOSIDADES




Getúlio Vargas chegou à presidência conduzido por uma revolução em 1930. Quem sabe assim restauravam a democracia. Era o que se pensava. Em 1937, nas portas do Estado Novo, tinha-se como certas as eleições gerais para 1938. Democracia é democracia. José Américo, paraibano, era um dos candidatos à Presidência da República. Nessa condição, viajou a Minas Gerais buscando apoio do Governador Benedito Valadares. E o conseguiu. Fizeram até um comício em praça pública. O velho líder mineiro discursou: "O nosso grande candidato promete a Minas Gerais o aço! O aço com que se fazem as locomotivas! O aço com que se fazem os canhões..." Aí, a palavra "canhões" não lhe pareceu bem colocada - Vargas podia levar a mau. Então Valadares concertou: "Canhões, sim! mas não para matar. Fonte - Folclore Político de Sebastião Nery 



Teatro de Revista é um gênero de teatro de marcado gosto popular. No Brasil, ele teve sua importância histórica. Constava de números musicais com fortes apelos à sensualidade. Vinha temperada com textos de comédia abordando temas sociais e políticos. Atingiu seu auge no meado do Seculo XX. Foi responsável pela revelação de muitos artistas: Carmem Miranda, Wilza Carla, Dercy Gonçalves, Virgínia Lane (Hoje, residente em Piraí, RJ)  e compositores como Dorival Caymmi, Assis Valente, Noel Rosa... A primeira dessas apresentações se deu em 1859, no Rio de Janeiro com a peça "As Surpresas do Sr. José da Piedade" de Justiniano de Figueiredo Novaes. Em 1886, estrearia no Folies Bergere (sala francesa de espetáculos - funciona ainda hoje) o seu espetáculo de revista, uma mistura de balet, música e quadros sociais e políticos. Fonte: Revista de História da Biblioteca Nacional e Wikipedia












quarta-feira, 6 de junho de 2012

ZEZINHO, O HOMEM QUE DESINVENTOU A ETICA



Se é verdade que o pé de coelho dá sorte, o Prefeito Neto pode por as mãos para os céus. Ele possui dois coelhos. Um é o Rodrigo, aquele simpaticissimo coelho que ornamenta a Vila Santa Cecília na Páscoa. O seu sequestro jogou Volta Redonda na mídia. Antigamente, só aparecíamos na TV quando o Abacaxi ia cantar no Programa do Chacrinha. "Você veio de onde, meu filho?" perguntava o apresentador. O Abacaxi falava que era de Volta Redonda, e nós, modestíssimos  voltarredondenses, comemorávamos aquela saída do anonimato. O pessoal de Barra Mansa até nos olhava enciumados. Depois vieram outros também levando o nosso nome além das nossas fronteiras. E, agora, por último o Tiago Vilela com as suas inúmeras subidas ao pódio. Mas nenhum desses isolados, nem todos juntos fizeram tanto como o nosso Rodrigo. Grande Rodrigo, coelho de plástico! O segundo coelho é esse tal Zezinho da Ética que o Neto tira da cartola quando lhe apetece. Grande Zezinho da Ética de Plástico! Há uns poucos dias, saiu de novo da toca. Digo, da cartola. Eleição é uma coisa perigosa. Pode trazer luz. Aí, o Zezinho foi incumbido de produzir a fumaça. Correu logo para a Câmara Municipal que é onde ele colhe lenha da  boa. Foi um chuá. Os vereadores haviam inventado de receber um aumento de 52%. Essa questão de salário alto assusta mesmo! Até os blogueiros Sérgio Boechat e Adelson aplaudiram o moço. Mas, honra seja feita, o Presidente da Câmara, Jair Nogueira, não se assustou. Disse até que ganhava menos como na câmara do que ganharia se estivesse na sua clínica. Aí, quem se assustou foi eu. Afinal, não é a toda hora que se vê desprezar um salário de R$ 8 mil. Neto também exconjurou essa referência porque não pode falar o mesmo da Prefeitura. Afinal, ninguém ia acreditar que ele iria ganhar mais vendendo meião e chuteiras.


A Deputada Inês Pandeló podia aproveitar, enquanto tem mandato, e  contratar logo o Franck da PMVR  como advogado. Franck é uma espécie de Santo Expedito. Defende causas perdidas. Até se emociona quando fala no José Dirceu. Queria porque queria atuar na sua defesa. Diz que as denúncias são tão frágeis que ele com um simples e fulminante argumento derrubaria todas elas. Diria que todas aquelas denúncias eram coisas do Torto, do Inimigo,  do Encardido, o Coisa Ruim, enfim, dos tucanos. Ele tem vontade de prestar esse grande serviço à Patria, à Humanidade. Para um homem desses, a defesa da Inês é pinto. E a Inês, tenho essa compreensão, precisa mesmo de um santo para salvar-se. O caso é que um certo Edson Almeida Costa, ex-assessor da moça, pôs a boca no trombone! Disse que dividia seus salários com a Deputada. Todo final do mes, pegava o pagamento e separava o dinheiro da Light, do SAAE e da Ines Pandeló. Até que um dia acordou com a vó atrás do toco. Resolveu parar de rachar o salário. Aí foi aquele pega. que terminou com a suspensão dos direitos políticos da deputada. O Padre Juarez Sampaio deve estar passado. Há poucos dia a comungou na Ilha São João e ela já vinha há vinte anos nisto. Coitado. No final da missa, ainda com o sangue de Cristo na boca agradeceu a presença da deputada à missa. Coitado, coitado... O que vale é que ele é padre e vai perdoá-la logo. Para o Edson, entretanto, a coisa não pára aí. Ele quer a devolução do dinheiro que lhe foi tomado. Ele é tinhoso. Mas acho que ele devia pensar melhor. Deixar essa coisa prum lado. Pode ser comparado aquela prostituta que foi a delegacia cobrar por um beijo a mais que lhe dera um cliente.




Vem aí um veículo individual. Parece um banco de bar. Pegue uma cerveja, um balcão, um tira-gosto e uma inconveniente companhia eis aí um bar prontinho. Entretanto, ele foi criado para outros fins. Sentado sobre ele seu usuário poderá deslocar-se a até 6km de distância, sem trocar um passo. É o Uni-Cub que já está chegando. A Honda, sua criadora, o apresentou numa feira no Japão e mostrou sua utilidade a movimentar-se pelas salas do shopping e até nos corredores de uma biblioteca. O Uni-Cub não polui, e não faz barulho e é sua manobra é de extrema facilidade. Não possui voltante nem guidon. É dirigido para um lado e para o outro com uma leve inclinação do corpo do seu ocupante. Suas dimensões são bastante reduzidas o que lhe permite dar giros de uma volta inteira como se fosse um pião. Os irrecuperavelmente preguiçosos, se forem japoneses, ainda terão que aguardar seis meses para desfrutarem desse poupador de esforços. Nós sulamericanos, um pouco mais.





Tudo é moda. A obesidade pode ter encantado os olhos de Leonardo da Vinci há cinco séculos. Mas, hoje, perdeu todo seu fascínio e é tratada mesmo como problema de saúde. E, quando ela atinge criança, traz preocupações muito maiores. Daí, essa busca incessante sobre os fatores que a provocam. Já encontraram sua origem numa alimentação mal escolhida e também na ociosidade.  Entretanto, recentes estudos publicados no jornal Archives of Disease in Childhood apontam para um fator inusitado. Pesquisadores fizeram um trabalho por amostragem. O estudo envolveu 1 225 crianças nascidas em Boston entre 1999 e 2002. As mães dessas crianças concordaram em fornecer informações periódicas sobre os pesos dessas crianças desde o nascimento até os tres anos de idade. Desse grupo observado 23% das crianças haviam nascido por seção cesariana. E a incidência de obesidade nesse grupo foi de 15,7% enquanto no grupo dos nascidos por vias normais a obesidade atingira somente  7,5%. Foi também levado em conta o peso da mãe na gravidez e não se observou nenhuma relação considerável entre a obesidade do filho com a da mãe. Isto tem causado preocupação no Children's Hospital em Boston. A Dra. Susanna Huh, diretor do programa de cresccimento e nutrição do hospital diz que um terço dos partos realizados nos Estados Unidos se dá com o auxílio de cesariana.


CURIOSIDADES




Maria vai com as outras é uma expressão usada para designar as pessoas sem idéia própria, sem opinião. A expressão tem origem antiga e bastante curiosa: Deve-se ao comportamento de D. Maria Francisca Isabel Josefa Antonia Gertrudes Rita Joana, rainha de Portugal. Ela foi declarada demente em 1792, logo a seguir a morte do seu marido, D. Pedro III e de seu filho herdeiro D. José. D. Maria I passou à História como a Louca. Pegou o hábito de sair todas as tardes ao lado de suas damas de companhia. Ia tomar o ar da cidade. Ao ver este cortejo frequentemente passando as pessoas passaram a comentar: "La vai D. Maria com as outras." Fonte: Revista de História da Biblioteca Nacional.




No dia 28 de setembro de 1888, em cerimônia soleníssima, realizada na Catedral Metropolitana Princesa Isabel recebeu a "Rosa de Ouro" oferecida pelo Papa Leão XIII em reconhecimento a lei 13 de maio por ela assinada libertando os escravos. Estavam presentes a este ato o imperador e toda alta nobreza. A rosa lhe foi entregue pelo internúncio católico D. Antonio de Macedo Costa, bispo do Pará. A princesa se ajoelhou a frente do internúncio apostólico e ouviu suas palavras: "Recebe de nossas mãos esta rosa. Depositamo-la nas tuas, em virtude de comissão especial que nos foi outorgada pelo santíssimo Padre em Cristo Senhor Nosso, Leão XIII, papa pela divina providência" Também presente a este ato estava  José do Patrocínio, que menos de um ano depois, tornou-se vereador e arriou a bandeira imperial na sede da Camara Municipal, dando "Vivas a República!" Fonte: R. de Magalhães Júnior, Diálogos e Reflexões de um Relojoeiro.