domingo, 31 de julho de 2011

TIME QUE ESTÁ PERDENDO



Não parece, mas já tivemos um técnico que ouvia o que o time tinha a dizer. E deu tão certo. Com ele, Vicente Fiola, ganhamos a nossa primeira Copa do Mundo.  Foi em 1958.  Saíam todos juntos do vestiário para o campo. Aí, Feola buscava o seu banquinho e os jogadores  iam para a disputa.  E davam seus pontapés geniais. Dali a  45 minutos voltariam a se encontrar no vestiário. Feola, então desperto, lhes perguntava: “Quanto está o jogo?” Feola era assim e seus jogadores lhe contavam tudo inclusive indicavam as substituições a serem feitas. Enquanto a bola rolava ele dormia a sono solto. Nos intervalos, queria saber de tudo. Até das substituições ele queria saber: "Quem sai?" E, ouvindo o time, chegamos ao elástico  escore de 5 x 2, sobre a Suécia. O Prefeito Neto podia ser assim. Podia até ter ali no seu gabinete um sofá cama ou uma cadeira do papai. A população não se incomodaria com isto, conquanto o Prefeito tivesse secretários vigilantes. Quem sabe alguém que o acordasse de 45 em 45 minutos, com as novidades. E que o Neto lhe perguntasse "Quanto está o jogo?" E o   secretário, com toda sinceridade: "dois a zero pro Zoinho". Aí, o Neto perguntaria "quem tem que sair do time?” E ia substituindo a Dra. Suely Pinto, o Diretor do Saae... enfim seria um novo governo, que é o que todos queremos.



É até arriscado falar em números porque são muitas as cabeças a rolar, no Planalto. E a gente não sabe onde vai parar. Mas no preciso momento em que redijo essas mal traçadas está em 22 as que já rolaram. Pagot, o diretor do DNIT entregou a sua carta demissionária ontem. E foi saudado efusivamente por 500 pessoas no auditório do Ministério dos Transportes. Todos sabemos que roubar não é uma especialidade exclusiva do PR. No próprio Ministério dos Transportes, quando a higienização chegar aos Estados vai tocar em gente, do PMDB, também. Já existe investigação neste sentido. E ainda tem o PDT, o PP, o PCdoB, ocupando cargos no governo. Lula apela para que se suspendam logo essa faxina e já abre uma porta aos demitidos. Diz que podem voltar ao governo, vai depender das provas. É claro que Lula deve ter algum carinho por eles; estão juntos desde 2003. E as histórias escabrosas são bem antigas. A Folha de São Paulo mostrou uma lobista do Paraná, que atrai dinheiro para a suspeitíssima obra do anel  viário de Maringá. E esta mulher é amigona de Paulo Bernardo e Gleise Hoffmann. Bem que o Pagot tinha falado que Gleise acompanhava aquela obra no Paraná, mas recuou. Foi o senador Blairo Maggi quem aconselhou-lhe a fazer boca de siri.  Mas o assuntojá estava conhecido. Até mesmo o senador Roberto Requião fez denúncias dessas, a propósito de uma ferrovia. O diabo é que essa turma todinha foi escolhida por Lula e respaldada por Dilma. Depois ficaremos sabendo a que preço.





Gritar, xingar e jogar coisas talvez não seja a melhor opção para aplacar a raiva. Há um conselho popular que orienta o contrário. Diz que guardar a raiva pode fazer mal. Brad Bushman psicólogo da Universidade de Iowa quer corrigir isto. Ele próprio quis extravasar a raiva e se deu mal. Aí, então, partiu para experiências. Juntou 600 estudantes universitários e partiu para a experiência. Pediu que eles fizessem um trabalho e os depreciou com comentários os mais desagradáveis. Depois os dividiu em grupos – um descontou sua raiva num saco de pancadas e o outro foi se distrair fazendo outra atividades. No fim,  o primeiro estava mais bravo que o segundo.

  
CURIOSIDADES 

O uso da palavra burro, em, português é intrigante. São numerosas as explicações sobre o uso do terno significando pessoa boca inteligente, tenha vindo do nome latino de cor vermelha burrus, porque os dicionários tinham antigamente a capa vermelha. Como aqueles que os buscavam eram tidos ignorantes o nome da cor do livro por metonímia teria passado a designar o consulente e, por extensão parassaram a designar todo aque que fosse curto de inteligência.


Os colonizadores europeus roeram um osso para conquistar o interior do Brasil. Estavam em ambiente descohecido para eles e muito rude. E havia uma população que não queria abrir caminho para o avanço.  Foi este o caso de uma região do atual Mato Grosso do Sul, enfrentando os guaicurus. Os portugueses até criaram lá uma fortificação, o Forte Coimbra, para firmar posição. Mas, se os índios não contassem com armas tão potentes armas, tinham sua inteligência.   Eles atraíram os portugueses para fora dos muros exibindo artigos para comerciar e oferencendo mulheres aos soldados. Foi uma estratégia sedutora. E assim mataram todos os 54 militares que haviam abandonado suas posições.

DOS LEITORES


Acompanhamos com interesse e assiduidade as notícias desse "jornal que agrada a todos" . Revisando os tópicos da última edição do blog chamou minha atenção aquele relativo ao ilustre Bernard Shaw . No intuito de colaborar exerço a liberdade de sugerir uma nova pesquisa com relação a fotografia pois me pareceu ser Ernest Hemingway , em seus tempos de Cuba , o retratado no post . Seguem Links (que não sei se vão funcionar --- é a 1ª vez que tento faze-lo) http://pt.wikipedia.org/wiki/Ernest_Hemingway
http://pt.wikipedia.org/wiki/George_Bernard_Shaw
Fátima & Bolívar
26 de julho de 2011 00:16

Meu caro Bolivar, Ernest Hemingway é uma figura vasta e fico muito agradecido por esta colaboração. Já estive lá e fiz uma primeira leitura. E cabe uma segunda nota sobre ele, sem nenhuma dúvida. Um abraço e agradeço a colaboração. Abraços, Elson
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Anônimo Babi disse...




Elson você viu que legal? Enquanto Itatiaia ganha Fabrica nós ganhamos Mercados para nossos jovens trabalhar. Parabéns Prefeito de Itatiaia.
26 de julho de 2011 19:43
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Pois é Babi, você é muito perspicaz. E foi um assunto que me escapou. A sua observação foi muito inteligente. Abraços, Elson 


Blogger



domingo, 24 de julho de 2011

INES PANDELÓ, O RETORNO


Inês Pandeló está longe de ser um dos meus personagens obrigatórios. Nem se compara com o Zezinho da Ética, por exemplo, uma figura farta. Às vezes, eu até me esqueço dela. Talvez possa ser um personagem bissexto. De quatro em quatro anos, voltar ao noticiário. Mas, hoje, falo na deputada. É que ao abrir a edição do jornal aQui, neste sábado dei com o nome dela lá num canto de página. Ninguém fala nada dela e agora essas duas linhas de notícia!  "Será que ela morreu?" A gente pensa logo no pior, né? Mas, felizmente, não era nada disto. É que ela está de férias. Imagina o susto. Mas ela está de férias e reclamando. Ela quer espaços na imprensa local e a imprensa não lhe abre as páginas. E, ela tem razão. A última vez que ouvi falar no seu nome foi em janeiro do ano passado. Desculpem. Janeiro deste ano. E o que ela disse de tão importante para o eleitorado? Ela disse: "Tô indo! Vou tomar posse." Agora, a gente sabe dela de novo. Ela tá dizendo "Tô de férias."



Nunca me esqueci daquela mãezinha moderna. O filhinho esperneando porque queria um carrinho e ela dizendo: “assim, mamãe fica triste.” Dilma Rousseff, na presidência, repetiu essa mãezinha. Disse que problemas no seu governo a deixavam triste. No caso Palocci, esperou o "papai" chegar - o Lula - para fazer a queixa. Ele não resolveu nada. Como um pai irresponsável passou a mão na cabeça do traquinas e disse que "sem Palocci" ela não governava. Mas Deus ajudou e lá foi o moço de volta pra Ribeirão pelas próprias pernas. Aí, veio o Ministério de Transporte com a sua quadrilha. Dilma, que parece andou assistindo o filme da super Nany, estava mudada. Chamou a meninada lá e ralhou com eles. Mandou, logo, quatro andar. Um não foi - Pagot - porque alegou que estava de férias e tinha uma carta na manga. PT e petistas entraram em polvorosa. E aí passaram a adulá-lo vendo se descobriam se o trunfo que ele possuía era um às ou um sete. Muita gente o adulou. Enfim, estamos aguardando. Já o Hideraldo Caron, o indicado pelo PT, no DNIT, teve a defesa apressada de Tarso Genro. Disse o governador gaúcho que o Hideraldo é um homem sem mácula. E que se ele roubou não o fez para ele próprio, mas para um grupo. Tá explicado.




Em breve, esta pergunta "viu o que estou pensando" terá um sentido além do figurado. Lá no Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), EUA estão criando uns óculos que permitirão ao usuário ver os sentimentos do seu interlocutor. Os óculos foram pensados inicialmente para aumentar nos autistas a capacidade de interagirem com as outras pessoas. Mas o invento está indo além da encomenda. Qualquer um poderá identificar no outro um mal disfarçado desinteresse ou tédio. Isto é possível pela presença de uma câmera do tamanho de um grão de arroz, embutida na armação do óculos. Ela é conectada, por um fio, a um pequeno computador que pode estar no bolso, por exemplo, do usuário. Funciona como um semáforo para o trânsito. Por enquanto a tecnologia passa por um protótipo, ainda passará por alguma aperfeiçoamento.

Fonte: Revista Galileu.





 

A Nasa e a DLR, Agência Espacial Alemã, desenvolveram um instrumentos para caçar água, onde ela estiver. São de precisão milimétrica a centenas de quilômetros do objeto. Mesmo quando a água está abaixo da superfície, ela pode ser enxergada. Acompanhando o curso de um rio, seus dispositivos conseguem determinar exatamente qual foi a quantidade de água usada pelo homem. Isto possibilitaria alertas mais consistentes sobre o seu uso. Esta metodologia permitiu a descoberta de que no Central Valley há uma redução de 1 milhão de litros a cada 4 meses. Ainda mais grave é a perda de 18 milhões de litros por ano, no sistema aquífero do Noroesta da Índia. Além de detectar o esgotamento das reservas subterrâneas de água o equipamento poderá também minimizar tragédias, como previsão de enchentes sazonais.

CURIOSIDADES.


 
As primeiras cordas remontam há 20 mil anos. Foram feitas inicialmente com pele de animais ou fibras vegetais. Elas estiveram muito presentes nas diversas atividades do homem. Desde a captura de animais, o uso do arco e flexa até à construção do Coliseu e da Capela Cistina. Inscrições feitas nas tumbas dos faraós são os primeiros registros do seu uso. Entretanto, ela não figura entre as principais invenções da humanidade. Suas primeiras aplicações se deram em volta do Rio Nilo. Na América, a corda era feita de tendões e intestinos de animais, crina de cavalo, folhas da bétula e salgueiros e mesmo cabelos humanos.





George Bernard Shaw nasceu em Dublin em 26 de julho de 1856 e faleceu em 2 de novembro de 1950. Foi dramaturgo, romancista, contista, ensaísta e jornalista irlandês. Suas comédias satíricas revelam seu espírito irreverente e inconformista. Aos 16 anos empregou-se num escritório. Foi servente de hotel, jornaleiro, encarregado de distribuição de uma revista, vendedor de drogas e guarda livro de padaria. Aos 23 anos começou a escrever. Suas cinco primeiras produções foram jogadas no lixo pela editoras. Aos 40 anos publicou seu primeiro trabalho como dramaturgo. Aos 70 recebeu o prêmio nobel de literaura. Durante a primeira guerra considerou a Inglaterra, os alemães e os aliados todos culpados e reivindicou a paz. Em Soviet Story, do documentarista Edvins Snore, Shaw aparece defendendo os nazista e o extermínio de todos parasitas sociais, pessoas não adaptadas e inúteis a sociedade, segundo os seus conceitos. Shaw era esquisito. Numa cadeira tosca ouvia rádio até os albores da manhã. Sofria de insônia. Conta-se que um farmacêutico norte-americano perguntou-lhe em carta se ele se opunha a que o seu nome fosse dado a um medicamento contra insônia. O remédio se chamaria Pilulas GBS. Shaw irritado respondeu: "Se o fiezeres eu te processarei. Tua insonia é falta de inteligência." Uma outra das suas frases muito conhecida: " O especialista é um homem que sabe cada vez mais sobre cada vez menos, e por fim acaba sabendo tudo sobre nada".

Fonte: Curiosidades - Valdomiro Rodrigues Vidal

quinta-feira, 21 de julho de 2011

SORO VOLTA ÀS MANCHETES


Quando o ano dobrou para 2011 e Soró passou a presidência da Câmara Municipal para o Conrado houve uma troca de sorrisos, entre eles. Soro captou a mensagem. Acendeu uma vela para as almas benditas pelo milagre. De fato, nunca mais se falou das suas irregularidades na chefia daquela casa. Mas, sinceramente, eu pensava que ele ia levar a maior cana. O ano terminara com o Soró nas cordas e doze vereadores batendo. Consta nos anais que essa dúzia de legisladores foi pedir ao Prefeito que os ajudasse naquele linxamento. Mas o Prefeito não pôde fazer nada porque também já estava com o dele na reta. E tinha razão. Mas o Zezinho da Ética não negou fogo. Levou o nome do Soró lá para o Ministério Público. Era suspeitíssima aquela insistência de colocar uma empresa de dados na Câmara Municipal. Tudo isto passou. E, agora que o Soró julgava ter dobrado o seu Cabo das Tormentas, surge aí uma mocinha, sem dinheiro, sem poder, absolutamente frágil e lhe dá um pontapé nas canelas que poderá suspendê-lo por três mandatos – 12 anos de cadeia. É que o Procurador Geral de Justiça do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro, Cláudio Lopes, ofereceu denúncia de peculato contra o vereador. A moça era funcionária do seu gabinete e ele tomava a metade do salário dela. Ele ficava com R$ 380 e ela com R$ 400. Inclusive do décimo terceiro. Mas ninguém vai pensar que o verá dentro de um camburão. Soró não é um qualquer. Ele poderá ir no próprio carro.  Tá pensando o que?






NOVA COLEGA DA TERRA


Ilustração: Jet Propulsion Laboratory
Os planetas que não pertencem ao  sistema solar são chamados exoplanetas. Agora, foi descoberto mais um deles, o 55 Cancri. É duas vezes maior que a Terra e nove vezes mais pesado. O trabalho foi realizado por um  grupo de astrônomos no Instituto de Tecnologia de Massachussets (MIT). O chefe da pesquisa, professor Josh Winn disse que o Cancri está relativamente próximo da Terra o que permitiu  avanços consideráveis nos estudos. Sabe-se que esse planeta é constituído por uma matéria rochosa semelhante à Terra e que possui água e hidrogênio. Estão afastadas as possibilidades de vida lá, em razão da alta temperatura ambiente - 2 700 graus centígrados. A descoberta do 55 Cancri também é útil para melhor se descobrir a Terra.

DIREITOS HUMANOS PARA ROBÔS.


O governo britânico está preocupado com os robots inteligentes. Quer que ele também tenham direitos humanos. Recomendou a uma equipe que estudasse o caso. E, daí, surgiu o documento Robo-rights: Utopian Dream or Rise of the Machines? (Direitos dos Robôs: Sonho Utópico ou a Ascensão das Máquinas? (tradução-livre), divulgado em dezembro. Deverá, agora, ser levada a um debate público no Museu da Ciência de Londres. O governo entende que no caso de desenvolvimento de inteligência artificial as máquinas deveriam ter direitos como seres humanos; os cientistas acham isto mero sensacionalismo até porque há outras questões ética mais relevantes a se discutir. Os chamados robôs autônomos tomam decisões sem intervenção humana. Já são usados, inclusive, para fins militares. E a questão é que se lhe concedem direitos há que se cobrar deveres. Para o professor Alan Winfield, da University of West England, “o problema mais urgente e sério é até que ponto a sociedade está preparada para confiar em robôs autônomos e ter confiança nas outras pessoas que cuidam desses robôs”. A fabricante Samsung, por exemplo, desenvolveu um vigia robótico para patrulhar a fronteira entre as Coréias do Norte e do Sul. O robô é equipado com duas câmeras e uma metralhadora. “Se um robô autônomo mata alguém, de quem é a culpa?”, perguntou. Hoje, o culpado está evidente, mas com a criação dos direitos humanos ficaria meio nebulosa a responsabilidade.

CURIOSIDADES.
Um fiasco. Com o Tratado de Utrecht, a Inglaterra ganhou bases marítimas na América , o direito de vender escravos negros para as colônias espanholas, mais o “navio permitido” que autorizava a vender na América o que transportasse. Apareceram os corsários aos quais a Espanha combatia com apresamento dos barcos. Robert Jenkins, contrabandista inglês estimulava a Inglaterra a entrar em guerra com a Espanha, que lhe tomara navios e cortara-lhe fora uma das orelhas. Julio Leon Fandiño, autor do feito lhe dissera: “Va e diga a teu rei que o mesmo acontecerá a ele se ele se atrever”. Felipe V, rei da Espanha, não estava para conversa. Aprisionou todos navios britânicos nas proximidades da América. E veio a guerra no dia 19 de outubro de 1739. Edward Vernon comandou a primeira ação destruindo Porto Bello e se preparou para a tomada de Cartagena das Índias. Reuniu a maior frota jamais vista. Eram 186 naves, com mais de 2 620 peças de artilharia e mais de 27 mil homens. Blas Lezo, um veterano marinheiro, ficou com a defesa da praça. Ele contava com seis naves 3 600 homens dos quais 600 eram arqueiros índios. Edward Vernon se iludiu com aquela pequena resistência e se comunicou com Londres dando vitória como feita. Houve então comemorações britânicas e mandaram cunhar medalhas com Blas de Lezo ajoelhado aos pés de Vernon. A tomada, entretanto, foi mal sucedida e Edward Vernon fugiu com seus poucos sobreviventes. Na Inglaterra sua família o homenageou dando seu nome a uma ponta de morro – Monte Vernon.



No século 18, os médicos eram tidos como infalíveis. Daí, quando Mary Toft (1726) afirmou ter dado à luz a 16 coelhinhos, um cirurgião local foi chamado para dar o veridito. John Howard foi chamado a investigar. Atestou a veracidade e notificou outros médicos proeminentes. Quando um dos médicos do Rei George narrou esse caso, na corte, as pessoas ficaram muito assustadas, mas acreditaram no acontecimento. Ainda assim, o rei convocou vários cirurgiões para colaborarem no caso. Inclusive médicos da realeza britânica. Novamente a confirmação. O rei terminou por leva-la a Londres para ser profundamente analisada pelos cientistas. Mas a mamãe coelha não resistiu e confessou a farsa. Foi presa por fraude e a comunidade britânica viu arranhada a sua credibilidade.

domingo, 17 de julho de 2011

QUANDO O CARNAVAL CHEGAR





O contribuinte, sentado ao meu lado, enfia os dedos pelos cabelos, sacode a cabeça para um e outro outro e diz quase pedindo desculpas para um coice que pretende dar - “Não há quem não fique nervoso com uma coisa dessas!” Ensaia mesmo levantar-se, mas o risco é grande. Há muita gente querendo se sentar e quem vai ao vento perde o assento. Este é o nosso grande mal: um homem indignado não pode se manter sentado por mais fulminante que seja o seu olhar. Aliás, assim sentado, o seu olhar jamais será fulminante. Estamos todos aguardando a vez de pegar a guia do IPTU atrasado. O Prefeito concedeu uma anistia nas multas e veio gente de monte. O atendimento é lento. O funcionário tem que deixar uma mão sobre o teclado e a outra fazendo concha junto ao ouvido para entender o que cada contribuinte fala. É que junto aos degraus da entrada instalou-se um caminhão de som. E, nesta sala, em vez de uma música ambiente é invadida por alguma coisa que eles chamam de música. É a festa junina dos idosos. A sua presença ali garante uma viagem com hospedagem em Búzios. Alguns até poderão trazer um copo, uma toalha, uma colher ou, quem sabe um cobertor de lembrança. Volta Redonda virou isto: a cidade mais barulhenta do Brasil, em vários pontos. A Ilha São João é o principal deles. Lá, além de se realizarem eventos municipais a Prefeitura ainda aluga para festas dos outros, como recentemente foi a formatura da medicina de Petrópolis. E somos muitos os indignados. No dia da eleição, queiram ou não queiram, nos colocaremos de pé. A gente pode não saber ainda em quem votar, mas já sabemos em quem não votar.



BOTANDO LADRÃO PELO LADRÃO

Quem não viu o que foi a tragédia da Região Serrana pode ainda vê-la, hoje, dezoito meses depois. E, sem nenhuma dúvida, ampliadíssima! Agora, o trabalho para sua recuperação é muito maior. Há, também, o entulho político, esse lixo não reciclável. Há dezoito meses, o Brasil acordou com a destruição estampada na TV. E o Datena se consagrando como o Galvão Bueno das tragédias. Sempre há alguém tirando vantagem. E, enquanto grupos voluntários buscavam a todo custo sobreviventes, enquanto resgatavam até animais domésticos, nos silentes porões das prefeituras locais se acertava um reajuste melhorzinho nas propinas para as obras municipais. Era o político fazendo o seu pé-de-meia. O percentual pulou de 10% para 50%. E as obras sairiam sem licitação. Seis meses depois, o Ministério Público Federal estranhava o desaparecimento de R$ 100 milhões sem que se tivesse adquirido sequer um tijolo. E assim chegou ao esquema envolvendo, pelo menos, quatro municípios. Um dos empresários envolvidos aceitou o benefício da delação premiada e abriu o bico. Disse que até em um banheiro da prefeitura de Teresópolis, administrada pelo PT, ele fizera pagamentos. E disse que pagava as propinas aos secretários José Alexandre (de governo) e Paulo Marquesine (de obras). O Prefeito da cidade saiu em defesa dos seus meninos... Repete-se sempre a mesma cena. Parece até que ensaiam o papel desde crianças.



A IMAGEM CHEIROSA


Já estou até vendo. Ou melhor, sentindo. A gente sentado na poltrona, assistindo o Titanic pela TV e a água do mar entrando pela nossa janela. Isto, é claro, num futuro que talvez já não esteja tão longe. Pesquisadores na Universidade da Califórnia, San Diego, em cooperação com a Sansung, pretendem construir um sistema de televisão que não transmita apenas as imagens mas, também, os seus cheiros característicos. Eles já possuem mais do que 10 mil cheiros catalogados. Vai desde a rosa mais perfumada ao fedorento gambá. Eu não sei se o cheiro do Zé Sarney está nesse intervalo, mas recomendo aos meus amigos terem todo cuidado quando sintonizarem o senado ou a câmara federal

O RESGATE DO CHULÉ

Burt Konls, há dez anos, provou que o odor dos pés – o mal afamado chulé – atrai moscas. Foi o primeiro passo. Agora, Fredros Okumu , chefiando uma equipe de pesquisas para o Instituto de Saúde de Ifakara, Tanzânia, avançou com esta descoberta. Criou uma armadilha que atrai quatro vezes mais o mosquito causador da malária do que qualquer outro meio de combate tradicional. A pesquisa foi reconhecida e premiada pela Fundação Bill e Melinda Gates, EUA, e a Grande Challenge, Canadá, com um prêmio de US$ 775 mil à equipe de Okumu. Sua grande inovação promovida na Tanzânia, foi o cheiro artificial, mais eficiente e o uso da armadilha com o inseticida.

CURIOSIDADES


François Marie Arouet, mais conhecido como Voltaire, foi um campeão na luta pela liberdade. Este seu jeito polêmico o levou à prisão algumas vezes. Conta-se que, um dia, o regente da França, Felipe d’Orleans, anunciou a venda da metade dos animais que compunham a cavalariça real. Seria uma medida de contenção de custos. Voltaire achou que havia uma melhor saída. Escreveu que melhor faria o governante caso se livrasse não dos cavalos, mas dos asnos que circundavam o trono. Dias depois, passeando no Bois de Boulogne, o regente deu de cara com o filósofo e lhe falou: “Monsieur Arouet, vou lhe proporcionar uma visão de Paris que o senhor jamais conheceu.” Imediatamente, mandou aquele irreverente jovem para uma cela na Bastilha. Por lá ele ficou durante alguns meses. Até que o regente arrependido mandou que o soltassem e lhe deu como reparo, uma pensão anual de centenas de francos. Alguns dias depois, recebeu uma carta de Voltaire, agradecendo a pensão e anunciando o seu exílio voluntário na Inglaterra: “Fiquei feliz em ver que Vossa Majestade está providenciando minhas refeições, mas aproveito para dizer que de minha moradia, cuido eu mesmo…”




Vaso sanitário. Este objeto colocado num canto escondido da casa tem um especial destaque nas invenções do mundo. No livro As 100 Maiores Descobertas de Tom Philbin ele ocupa o décimo sexto lugar. Sua história é antiga, com mais de 4 mil anos. Mas com este conceito com que ele é conhecido hoje surgiu no final do século XVI. Seu criador foi o poeta inglês John Harrington, afilhado da Rainha Elizabeth I, no ano de 1596. Em 1778 este invento ganhou um importante acréscimo. O mecânico e engenheiro Joseph Bramah, também inglês, criou a bacia sanitária com descarga hídrica.

sexta-feira, 15 de julho de 2011

AS FERIAS DOS VEREADORES


Ainda ontem, passei pela Câmara Municipal de Volta Redonda, mas não entrei. Mal pus o pé direito no primeiro degrau, lá de cima, o guarda me alertou: “Estamos de férias!” Como quem dissesse "Não incomode!" Férias... E pensar que há seis meses a Vereadora América Tereza discursava “Este ano foi muito improdutivo para nós vereadores. Não trabalhamos, nada”. E um outro completou “Nem um minuto sequer!”. E foram aplausos, gritos e pulos como se comemorassem um gol. Soró, então presidente, estava na berlinda. Acusavam-no de fazer compras, contratar serviços, sem dar bolas aos colegas. O orçamento anual se fora nos primeiros seis meses. Gastava como um filho pródigo. E, maior das crueldades - não deixava os outros vereadores trabalhar. Coisa imperdoável! Falavam em processá-lo. Constituiram uma comissão para investigá-lo. E vieram as férias de dezembro, e veio a eleição do novo presidente Conrado e não falaram mais nisto. Se você conversar com o Conrado ele se diz muito satisfeito com o seu mandato. Se perguntar ao Soró ele se diz mais satisfeito ainda. O insatisfeito sou eu. Assim, ergui as mãos para o céu, hoje, quando vi o nosso personagem histórico no shopping. Quem o via ali na bancada de meias e cuecas, não dava conta de sua importância na história do país. Ele atirara uma pedra na cabeça do presidente Jango. Ainda hoje carrega a estilingue no bolso de traz, como um troféu. Carrega também uma modesta munição no bolso lateral. Corri a ele e lhe pedi ajuda para resolver o problema da Câmara Municipal. E ele me olhou bem dentro dos olhos e me perguntou assim: “Só com este pouquinho de pedras?”


CABRAL NÃO ESTÁ SOZINHO

Avião da FAB


O Corpo de Bombeiros de Alagoas emprestou carro oficial para um grupo evangélico ir até a Bahia. Tudo de graça, inclusive motorista. E de 6 a 10 de junho ficaram por lá com a viatura oficial à disposição. Como toda moeda tem dois lados, há também favores na outra mão. Autoridades públicas também gostam de ser mimadas. Vide o Governador Sérgio Cabral. Recebeu mimos de dois empresários credores do Estado - Fernando Cavendish, e Eike Batista - que lhe patrocinaram um convescote regado ao melhor whisky pomposo resort na Bahia. O primeiro abocanhou R$ 1 bilhão em obras e  o segundo recebe R$ 75 milhões em incentivos fiscais. Tamos aí! A hora que precisar de mim... A Arquidiocese do Rio de Janeiro parece que não é amiga de Cavendish, nem do Eike mas desfruta com desenvoltura seus laços. Ganhou um passeio a Campo Grande, Mato Grosso do Sul, para 25 clérigos. A comissão foi encabeçada por D. Orani João Tempesta (ex-secretário da CNBB 2005-2011). A igreja diz que vai pagar, mas não sabe quando, nem quanto, nem onde. Explica, apenas, que o dinheiro irá para o Fome Zero. Só que o programa Fome Zero não existe mais. Mudou. E, parece que o governo também mudou. Nos tempos de Lula, era grande a farra com os aviões da FAB. Dilma, quando assumiu, baixou logo uma ordem - avião da FAB só levanta vôo se for a trabalho. Mas, também, se a arquidiocese não sabe ainda que o Fome Zero acabou em 2003, como há de saber que a farra mudou em 2011?



CIGARROS SÓ NAS FARMÁCIAS



A Islândia não abre mão de reduzir o consumo de cigarros no país. Tentou cavar mais fundo no bolso do consumidor mas não adiantou. Os 25% de imposto não espantou os tabagistas. Hoje, o vício atinge 15% da sua população. Índice pequeno para os padrões europeus. Não era coisa para assustar tanto. É dos menores. A Islândia, porém,  pretende abaixá-lo ainda mais. Agora, inventou mais um jeito para consegui-lo: Vai vender cigarros, apenas, nas farmácias, sob prescrição médica. E ainda com a proibição de se fumar em lugares públicos. O plano vem apoiado pelo presidente da Sociedade de Cardiologia, Thararinn Gudnasson.



O MAR NÃO TÁ PRA PEIXE


Peixe-leão

Agora, em vez de ter preocupação, apenas,  com a predação promovida pelo homem, do homem, ambientalistas estão preocupados também com outros predadores. E, agora, eles assustam a  Flórida e no Caribe. Segundo Philip Kramer, diretor do programa para Conservação da Natureza do Caribe, há pouquíssimos predadores naturais naquela área. Mas infestou-se de invasores marinhos de rápida reprodução que comem as outras criaturas e ainda competem por alimentos e habitats. Entre esses distingue-se o peixe-leão, nativo da região Indo-Pacífico. É um animal de pequeno porte chega no máximo a 200g mas é muito voraz. Os ambientalistas já sugerem que se esses animais sejam consumidos pelos humanos como a imensa campanha pelo consumo da carpa  asiática em substituição ao robalo chileno ameaçado.



POR QUE OS BRASILEIROS NÃO REAGEM

Juan Arias, O Globo

Juan Arias


O fato de que em apenas seis meses de governo a presidente Dilma Rousseff tenha tido que afastar dois ministros importantes, herdados do gabinete de seu antecessor Luiz Inácio Lula da Silva (o da Casa Civil da Presidência, Antonio Palocci - uma espécie de primeiro-ministro - e o dos Transportes, Alfredo Nascimento), ambos caídos sob os escombros da corrupção política, tem feito sociólogos se perguntarem por que neste país, onde a impunidade dos políticos corruptos chegou a criar uma verdadeira cultura de que "todos são ladrões" e que "ninguém vai para a prisão", não existe o fenômeno, hoje em moda no mundo, do movimento dos indignados.

Será que os brasileiros não sabem reagir à hipocrisia e à falta de ética de muitos dos que os governam? Não lhes importa que tantos políticos que os representam no governo, no Congresso, nos estados ou nos municípios sejam descarados salteadores do erário público?

É o que se perguntam não poucos analistas e blogueiros políticos.

Nem sequer os jovens, trabalhadores ou estudantes, manifestaram até agora a mínima reação ante a corrupção daqueles que os governam.

Curiosamente, a mais irritada diante do saque às arcas do Estado parece ser a presidente Rousseff, que tem mostrado publicamente seu desgosto pelo "descontrole" atual em áreas do seu governo e tirou literalmente - diz-se que a purga ainda não acabou - dois ministros-chave, com o agravante de que eram herdados do seu antecessor, o popular ex-presidente Lula, que teria pedido que os mantivesse no seu governo.

A imprensa brasileira sugere que Rousseff começou - e o preço que terá que pagar será elevado - a se desfazer de uma certa "herança maldita" de hábitos de corrupção que vêm do passado.

E as pessoas das ruas, por que não fazem eco ressuscitando também aqui o movimento dos indignados? Por que não se mobilizam as redes sociais?

O Brasil, que, motivado pela chamada marcha das Diretas Já (uma campanha política levada a cabo durante os anos 1984 e 1985, na qual se reivindicava o direito de eleger o presidente do país pelo voto direto), se lançou nas ruas contra a ditadura militar para pedir eleições, símbolo da democracia, e também o fez para obrigar o ex-presidente Fernando Collor de Mello (1990-1992) a deixar a Presidência da República, por causa das acusações de corrupção que pesavam sobre ele, hoje está mudo ante a corrupção.

As únicas causas capazes de levar às ruas até dois milhões de pessoas são a dos homossexuais, a dos seguidores das igrejas evangélicas na celebração a Jesus e a dos que pedem a liberalização da maconha.

Será que os jovens, especialmente, não têm motivos para exigir um Brasil não só mais rico a cada dia ou, pelo menos, menos pobre, mais desenvolvido, com maior força internacional, mas também um Brasil menos corrupto em suas esferas políticas, mais justo, menos desigual, onde um vereador não ganhe até dez vezes mais que um professor e um deputado cem vezes mais, ou onde um cidadão comum depois de 30 anos de trabalho se aposente com 650 reais (300 euros) e um funcionário público com até 30 mil reais (13 mil euros).

O Brasil será em breve a sexta potência econômica do mundo, mas segue atrás na desigualdade social, na defesa dos direitos humanos, onde a mulher ainda não tem o direito de abortar, o desemprego das pessoas de cor é de até 20%, frente a 6% dos brancos, e a polícia é uma das que mais matam no mundo.

Há quem atribua a apatia dos jovens em ser protagonistas de uma renovação ética no país ao fato de que uma propaganda bem articulada os teria convencido de que o Brasil é hoje invejado por meio mundo, e o é em outros aspectos.

E que a retirada da pobreza de 30 milhões de cidadãos lhes teria feito acreditar que tudo vai bem, sem entender que um cidadão de classe média europeia equivale ainda hoje a um brasileiro rico.

Outros atribuem o fato à tese de que os brasileiros são gente pacífica, pouco dada aos protestos, que gostam de viver felizes com o muito ou o pouco que têm e que trabalham para viver em vez de viver para trabalhar.

Tudo isso também é certo, mas não explica que num mundo globalizado - onde hoje se conhece instantaneamente tudo o que ocorre no planeta, começando pelos movimentos de protesto de milhões de jovens que pedem democracia ou a acusam de estar degenerada - os brasileiros não lutem para que o país, além de enriquecer, seja também mais justo, menos corrupto, mais igualitário e menos violento em todos os níveis.

Este Brasil, com o qual os honestos sonham deixar como herança a seus filhos e que - também é certo - é ainda um país onde sua gente não perdeu o gosto de desfrutar o que possui, seria um lugar ainda melhor se surgisse um movimento de indignados capaz de limpá-lo das escórias de corrupção que abraçam hoje todas as esferas do poder.

Juan Arias é correspondente do El Pais no Brasil



CURIOSIDADES


Fraude na ciência. Charles Dawson era, além de advogado, cujo passatempo predileto era coletar fósseis no litoral da Grã-Bretanha. Em 1912, já reconhecido como paleontologista, encontrou pedaços de um crânio, semelhante ao crânio humano e ao crânio do orangotango, na cidade de Piltdown, Inglaterra. Logo se supôs que era o encontro do decantado elo perdido. E foram muitas as teses de doutorado em cima dessa descoberta – o chamado Homem de Piltdown, então batizado de Ecanthropus dawsonii. Entretanto, 41 anos depois de anunciada a descoberta, o achado foi suebmetido a exames mais acurados e se descobriu que a tal cabeça encontrada para a qual se dava 500 mil anos, não tinha mais do que 500 anos. E mais: Viu-se que ela era uma junção de um velho crânio humano, uma mandíbula de orangotango corroída artificialmente e dentes fossilizados de chimpanzés.



São Nicolau. Sabe-se que São Nicolau morreu bem velho, em meados do século IV. Há referências quanto a um bálsamo que se formou em seu túmulo e era famoso por suas propriedades curativas. Durante 750 anos o túmulo de São Nicolau de Mira foi um local de peregrinação. Trazia mesmo benefícios comerciais para o local devido ao fluxo de peregrinos que atraía. Quando Mira caiu sob o domínio dos turcos, os comerciantes italianos de Veneza e Bari pensaram em levar esse movimento para suas cidades. Saiu pois uma comitiva da Itália com uma missão peculiar: roubar o cadáver de São Nicolau e efetivamente o fizeram. Bari se tornou, então, um centro de peregrinação.


segunda-feira, 11 de julho de 2011

DRA. SUELY NÃO SAI MAIS DAQUI


Dra. Suely Pinto
Foto Jonal Aqui

Dra. Suely Pinto chegou quase sem fôlego ao gabinete do prefeito. Foi abrindo a porta e quase sem respiração avisou para o prefeito: - "o inverno chegou!". E o prefeito, que vinha tomando conta do calendário, comemorou: "Vivaaa!" E o prefeito não estava sozinho neste contentamento.  A Vereadora América Tereza, como num suspiro, disse “demorou”. E esfregou as mãos de contentamento. Não ia mais gastar seu suado dinheirinho com suas placas que alertava o povo da sua responsabilidade. Na verdade, aliviando o prefeito. Evidentemente, havia o que comemorar. Eles sabiam que com a chegada do inverno, os casos de dengue dariam uma caída. Agora, adeus epidemia. Podia haver um casinho ou outro, só. Coisa pouca. Bobagem. Ergueram uma taça imaginária e brindaram: “A dengue foi embora; agora só no ano que vem”. E foi com este ânimo de profeta, que Dra. Suely convocou a imprensa para proclamar o novíssimo evangelho: "Isto é como carnaval: Todo ano tem... Sorria. Agora, só no ano que vem." O prefeito, também, ficou aliviado. Suspendeu a contratação dos 300 homens para a limpeza urbana. Foi para a janela, e olhou aquele dia cinzento de cerração e falou consigo mesmo: “Que lindo dia!”

DILMA NAS CORDAS 
Senador Mário Couto:
"Pagot, você é ladrão!"

Dilma é ruim de tiro. Quase atirou no próprio pé. Nunca vi. Aliás, ela sabe disto. Tanto que não exonerou Pallocci e nem Nascimento. Os dois foi que cansados de brincar de ministros foram fazer outra coisa. Agora, depois da casa arrombada, ela diz que vai marcar colado o próximo ministro. Até escalou duas ministras – Miriam Belchior e Gleise Hoffmann - para o fiscalizarem. A que ponto chegamos ministros vigiando ministros. Não se sabe nem quem será, mas se sabe que terá que ser vigiado. Pobre república. Dilma pensou que sabia. Convidou o senador Blairo Maggi (PR-MT). Ele não quis. Trocou pela indicação de Paulo Sérgio Passos. O PR não aceitou. Ainda não  entendeu que aquilo é feudo do PR e, portanto, quem manda é ele, o partido. Virou queda de braço. O Diretor do DENIT, Luis Antonio Pagot exonerado pela Dilma, diz que não sai porque tudo o que ele fez foi recebendo ordens. E é sabido que essas determinações partiam do ministro do planejamento Paulo Bernardo,  por acaso,  marido da chefe da Casa Civil escalada para vigiar o novo ministro de transporte que virá. Mas um lado já começa a ceder. O Ministro Paulo Bernardo está solidário com Pagot. E reconhece que se há alguém correto no DENIT esse alguém é o Pagot. Está claro quem vira esta queda de braço. São esses 41 deputados do PR e 6 senadores. Imangina se a briga fosse com o PMDB.

ATUM UM PEIXE QUE PODE DESAPARECER

O atum está ameaçado. Em breve será visto somente nos museus, junto com os esqueletos dos dinossauros. E uma plaquinha dizendo – era um peixe saboroso. A União Internacional para Conservação da Natureza (IUCN) acendeu a luz amarela das espécies ameaçadas para ele. Junto com o atum caminham o bonito, cavala, cavala espanhola, peixe espada e marlim. Isto é também uma espécie de luz amarela para os governos. Todos os governos. Porque mesmo outras espécies em condições tranqüilas existência podem chegar a este risco com a exploração crescente impulsionada por preços elevados. Mas, no Brasil, o papo é outro. Luís Sérgio, Ministro da Pesca e Agricultura, é aquele mesmo que há poucos dias era o inapto ministro da articulação política. Seu trabalho era anotar os pedidos das câmara e do senado e leva-los à Dilma. Chamavam-no ministro bandeja. Ou ministro garçon. Podia recolher pedidos dos peixes.

MAIS UM RATO


Ratinho do Cerrado
Mais um rato no Brasil. Que coisa! Como gostam daqui. Pesquisadores da Universidade Federal Rio de Janeiro (UFRJ) descobriram essa nova espécie de mamífero no Parque Nacional Restinga de Jurubatiba, RJ. É um rato fora dos ministérios. Pelo contrário, vive na região litorânea do norte fluminense, antiga região dos Goytacazes. Daí, o nome de Cerrodomys goytaca (ou ratinho goytacá). É restrito daquela região. Seus descobridores William Correa Tavares, Leila Maria Pessoa e Pablo Rodrigues Gonçalves, da UFRJ, mostraram que a ele mais se assemelham outras espécies do cerrado. Isto deve reacender os debates dos ambientalistas porque com a vinda do pré-sal já se fala da  ocupação do litoral por empresas ameaçando o que nos resta da Mata Atlântica e da fauna remanescente da região.

CURIOSIDADES


Roda dos Enjeitados. A “roda dos enjeitados”,  eram cilindros giratórios com cavidade lateral, colocados em muros de conventos. Serviam de meio meio de comunicação  com o interior.  Ali colocavam-se objetos e, até, recém nascidos. Concluída tarefa, tocava-se a sineta. A irmã “rodadeira”, no interior do convento, fazia girar a roda, retirava o que ali se havia colocado. No final do século XII, recebeu oficialmente o nome de Roda dos Enjenitados ou Rodo dos Expostos.  Muitos enjeitados constituíram família e houve também os que acumulassem  fortunas. Um desses casos mais notáveis na História do Brasil foi o de Diogo Antônio Feijó, ou simplesmente regente Feijó, que nasceu em São Paulo em 1784 e se tornou um dos mais ilustres personagens do período regencial (1831-1840), sendo regente do Império de 1835 a 1837.
Fonte: Revista de História da Biblioteca Nacional

Vale dos Reis
Ladrão de Túmulos. O primeiro ladrão de túmulos na História foi Amenpanufer, no Egito. Ele foi acusado de roubar ouro e jóias de tumbas de faraós no Vale dos Reis. No final da vigésima dinastia ele se viu processado no seu roubo mais notório. O Egito se viu sacudido pela violação da câmara mortuária do  Rei Sobekemsaf II. Respondendo ao processo Amenpanufer confessou o roubo com impressionante riqueza de detalhes. Seus inquisidores supuseram que ele devia ser líder de uma gang Percebeu-se que se parecia líder líder de uma gang que produzia roubos e roubos, ali. Com o encaminhamento do inquérito viram que também estava envolvido naquele ato o Vizir e o mais alto sacerdote de Amun. O inquérito, enfim, ficou inconclusivo porque cada vez envolvia mais autoridades governamentais, já incluindo até o Paser que conduzia o processo. Os trabalhadores acusados foram punidos com empalamento, penalidade comum aos que eram considerados abomináveis  atos de sacrilégio. E pronto



CUBA LIBRE:

Eloy Marcondes
Blog: /www.democracia-nossa.blogspot.com/

 
Sejamos imparciais, Cuba não produz apenas desesperados tentando fugir da ilha a qualquer custo. Cuba produz também mágicos, não sei se em números significativos mas com certeza, poucos ou muitos, são de excelentes níveis técnicos.  Temos um deles visitando o Brasil, não sei se a convite do pt. Na verdade uma mágica de sangue azul é filha de Che Guevara. Em uma entrevista à Folha de São Paulo distorceu tanto a verdade que transformou uma ditadura de mais de cinqüenta anos em democracia. Aleida Guevara, é o seu nome, continuou suas mágicas espetaculares e transformou as damas de branco que lutam pelas liberdades de seus filhos, irmãos e maridos em bandidas, afirmou categoricamente que são mercenárias e que fazem isso pelo vil metal, que em Cuba não há prisioneiro políticos e, sim, terroristas que envenenam águas de escolas infantis e sabotam a economia. Que lá, em Cuba, vigora a maior democracia, que tudo que lá existe pertence ao povo – ela só não disse que tudo que a ditadura produziu até hoje foi miséria e parodiando Joãozinho Trinta: Quem gosta de miséria é comunista, o povo gosta é de fartura! – Que o livre pensamento também é permitido, faltou dizer que deste que previamente aprovado pelo comitê do partido único comunista. Mas todas essas mágica foi só para descontrair. Seu objetivo na vida é preservar a memória do pai. (e eu achava que só no Brasil havia gente capaz de reverenciar malfeitores, aqui tem muita gente que admira Lampião). Se eu fosse filho de Guevara procuraria passar uma borracha em suas memórias. Che Guevara só se alimentava de sangue humano e tinha orgasmos múltiplos ao vê-lo escorrer do peito aberto de suas vítimas, executadas no “paredon”. Che Guevara era tão sedento de sangue humano que durante a revolução, nos tribunais revolucionários, um simulacro de justiça,  presidido por ele, jamais um opositor político foi absolvido: Todos ao “paredon!”  Só mesmo Cuba, nenhuma outra ilha seria capaz de produzir tamanha ilusão de ótica. Afinal, todas as ilhas são uma porção de terra cercada de água de todos os lados, só Cuba é uma republiqueta cercada de miséria por todos os cantos.


sexta-feira, 8 de julho de 2011

DRA. SUELY E A CONVERSA DE CERCA LOURENÇO

O Folha do Aço acertou na mosca. O aedes é sua foto de capa. Senti-o até meio pomposo com o destaque. Tomar o lugar do prefeito não é pra qualquer um, não. Tá certo que o Neto continua recebendo seus pagamentos mensais e dando ordens para o Zezinho da Ética. Mas no mosquitinho da dengue ele não manda, não. O mosquito, aqui, virou autoridade. Autoridade municipal. Em Barra Mansa, Pinheiral, Piraí e Barra do Piraí o mosquito não tira farinha, não. Mas aqui é o que se vê. Matou quatro moradores. Que danado, esse bichinho! Tenho impressão que essa frase que diz orgulho de viver em Volta Redonda, foi ele quem mandou fazer. Ele se deu muito bem aqui. Ninguém o incomoda. Pelo contrário, é muito respeitado. Ai, do prefeito se mexer nos seus criadouros. E pensar que em 1904, há mais de um século, um prefeito venceu esse mesmo mosquitinho no Rio de Janeiro. Foi na febre amarela. E exterminou também os ratos que causavam a peste bubônica. Aqui, em Volta Redonda, o Neto faz que não é com ele e a doutora Suely Pinto vai atrás. Como dizia minha mãe, aonde vai a corda vai a caçamba. Não podendo culpar os mortos das suas próprias mortes, Dra Suely Pinto diz que o culpado é o povo, que  para ela é sinônimo de uma cambada de gente ignorante que não aprende a enfrentar um mosquito. E ela própria já anuncia que no ano que vem será muito pior do que neste. Vai depender do povo. O cemitério municipal sem limpeza, a ilha São João emporcalhada a cada final de festa e outros próprios municipais não tem nada a ver com a dengue. Esse povo  que está aí é que não sabe que sujeira não combina combina com saúde.


DILMA ROUSSEF E A HERANÇA DE LADRÕES.

Senador Mário Couto
foto de google.com
No dia 24 último, a presidente Dilma Rousseff chamou a cúpula do Ministério do Transporte e deu-lhes um pito. O cabeção não tava lá. Não ouviu, junto com a arraia miúda, a grande estridente esculhambação. E eles mereceram sim. Era grande a roubalheira no ministério. O senador Mário Couto já nem escrevia mais seus discursos. Trazia-os decorados de tanto falar a mesma coisa. Ele falava todos os dias que o Diretor Geral do Denit era ladrão. No final, como se fosse um resumo do discurso,  ele sempre encerrava assim, seu discurso: "Luiz Antonio Pagot, não se esqueça que eu estou te chamando de ladrão!". Pagot era o diretor do Denit. Aí, água mole em pedra dura... uma reportagem da Veja, mexeu com os brios da Dilma. E ela resolveu conferir.  Foi só pena que avoou. Dilma mandou que o ministro demitisse imediatamente quatro dos quadrilheiros: o chefe de gabinete de Nascimento, Luiz Tito Bonvini, o diretor-geral do Dnit, Luiz Antonio Pagot, e o presidente da estatal Valec, José Francisco das Neves, o Juquinha. O ministro Alfredo Nascimento, agradeceu aquela providência de ter ido viajar justamente às vésperas da reunião. "Ainda bem que não fui lá, naquele dia". E pareceu mesmo uma bênção posto que ele que devia ser o primeiro demitido, ganhou mais uns dias de sobrevida. Dilma lhe deu uma segunda chance, dizendo que se surgisse um fato novo ele seria demitido. E surgiu, sim, numa reportagem d'O Globo. O filho do ministro conseguira aumentar seu patrimônio de R$ 60 mil para 52 milhões de reais. Aí, não teve mais jeito. Se a reportagem d'O Globo não sai, o velhaco era ministro até hoje. 

MORRA PELA BOCA

Neste mundo há gosto pra tudo. Até para se andar na contra mão. E não é nenhuma novidade. Não fosse esse gosto do avesso não haveriam os vícios. Um comerciante em Dallas, Texas, quis explorar este lado torto das pessoas e está com ótimos resultados.  Montou uma lanchonete que atrai seus clientes pelo excesso de calorias oferecido em seus produtos – o nome do estabelecimento é Heart Attack Grill (em português – Grill do Ataque Cardíaco). Seu lema é “o sabor pelo qual vale a pena morrer”. O restaurante é temático as garçonetes vestem roupas curtas, como enfermeiras, e os clientes um avental de hospital. Quem consegue comer quatro hambúrgueres e mais de 8000 calorias é levado em cadeiras de roda para o carro. No site o estabelecimento informa que seus clientes pesam mais de 160kg.

O REI DO BARULHO

Ilustração: Folha Uol

O animal mais barulhento da Terra é um inseto. Para atrair as fêmeas ele canta com uma intensidade de 99,2 decibéis – o som de uma orquestra. Este som foi gravado pela primeira vez do Museu Nacional de História Natural de Paris e da Universidade Escocesa de Strathclyde. O inseto tem nome de Micronecta Scholtzi, um percevejo aquático, com 2mm de comprimento. O elefante e a baleia azul são os animais mais ruidosos. Mas se compararmos a intensidade do som com o tamanho do animal a Micronecta ganha. A pesquisa foi publicada pela revista PLoS One e será apresentada em julho em Glasgow na escócia.  


CURIOSIDADES

Guerra Espanhola : Homem carregando menino ferido
Foto: Robert Capa/Magnum Internacional Center
Quinta Coluna. O termo “Quinta Coluna “ apareceu com a Guerra Civil Espanhola (1936-1939), que derrubou um governo legal e democrático e instalando uma ditadura fascista. Emílio Mola Vidal era um general que apoiava o generalíssimo Franco. Marchavam para a tomada de Madrid. Mola levava consigo as quatro colunas militares e estimulava seus soldados dizendo que, na capital, uma quinta coluna que os aguardava com festas e alegria. Tratava-se de grupos clandestinos colocados dentro do Espanha para ajudar os rebeldes. No sentido mais geral o termo é empregado para indicar grupo rival que auxilia um forasteiro. O termo ganhou força no curso da Segunda Guerra Mundial, denominando aqueles que, de dentro dos Países que combatiam o Eixo, apoiavam a política de Guerra Nazista e de seus aliados, tal como aconteceu com parte dos alemães que habitavam os Sudetos ou com os fascistas Brasileiros. 
Fonte: Curiosidades, Valmiro Rodrigues Vidal

Camisa de onze varas. Há duas explicações interessantes sobre a origem da expressão. João Ribeiro anunciando a expressão camisa e varas diz a palavra alcandora vem do árabe e tem o significado de pau que serve de poleiro. Alcandora, em espanhol significa camisa longa ou talar (camisa longa até os pés). Com as duas idéias reunidas veio a idéia de camisa longa ou vara longa. E, talvez, a idéia de juntar camisa e vara numa mesma expressão. Quanto ao numeral onze, deve ser um número indefinido com o que aparece em locuções como: língua de onze palmos, onze mil virgens, etc. Até porque nunca houve uma camisa de onze varas. Ou seja, de aproximadamente 12 metros.Para Gonçalves Viana a camisa de onze varas estaria associada a túnica dos enforcados. Vara, neste sentido, seria uma jurisdição forense. Cada vara um juiz. E estar em camisa de onze varas, significaria estará condenado por 11 juízes. 
Fonte: Curiosidade, Valmiro Rodrigues Vidal e filologia.org.br