Um dos confrontos mais
conhecidos é a Batalha de Itararé. Na Revolução de 1930, Getúlio Vargas saiu do
Rio Grande para São Paulo. Entre os dois
pontos, havia a cidade de itararé, onde se esperava um combate sangrento. Mas o
caudilho foi recebido com flores e tapetes no chão para ele pisar. Não houve um
tiro sequer. Houve, talvez, pedidos de autógrafos. Mas a Batalha de itararé
ficou no nosso imaginário como um furioso encontro com uma montanha de mortos. A
fama acho que é efeito do nome – batalha. Paulo Freire é também um pouco disto,
uma espécie de Mons Parturiens – a montanha que pariu um rato. Acho também que
é efeito do nome, pedagogo. Até os anos 60, 70, a metade do Brasil era de
analfabetos. Hoje, esse número está pelos 7 ou 8%, com uma única diferença. Apesar
do que nos dizem as estatísticas, somos quase todos analfabetos. Foram 500 mil
zeros na prova de redação do ENEM. Antigamente, as professoras eram chamadas de
professoras. As tias são tratamento pós-catástrofe. Faziam apenas o Curso
Normal e seus alunos saíam sabendo as quatro operações, flexionar verbos e sabiam
que a capital do Brasil não era Buenos Aires. Aí, vieram os pedagogos, um bando
de esquerdistas que pululando daqui e dali desbrochou-se na flor do “sócioconstrutivismo”.
E Paulo Freire estava ali junto e misturado. Nas faculdades de letras, Jean
Piajet era a coqueluche com os seus “Seis Estudos de Psicologia”. O “Emílio” de
Jean Jaques Rousseau abria passagem. O skindô, skindô! A Pedagogia do Oprimido
chegou! Este novo sistema pretendia implantar nas cabeças virgens das crianças
uma cosmovisão socialista. Treinar as criancinhas para serem militantes
socialistas, reproduzirem palavras de ordem e estaria feito o trabalho da
escola. Do ponto de vista da alfabetização isto foi um monstruoso erro. Do
ponto de vista filosófico era uma contradição em si mesmo. Muito do contrário
do que se propunha a decantada pedagogia, ela também oprimia. Conscientizar é
impor esquemas de pensamento às classes mais baixas. Perguntaram a Paulo Freire
quem era o “opressor” e ele respondeu com uma tautologia “– É aquele que não é
oprimido”. Então ele próprio era um opressor. Ainda assim, essas técnicas foram
aplicadas no Brasil e outros países tais como Guiné Bissau, Porto Rico. E, é só
olhar para ver. Produziu este processo algum gênio? Alguém que se destacasse no
seu meio profissional? Claro que não. Mas Freire continua glorificado. E como! Criticá-lo
é como se desafiasse a Al Kaeda. É perigoso mesmo. Ele foi até escolhido como Patrono
da Educação Nacional. E aqui, reconheçamos, com todo merecimento. Não vejo nome
melhor para representar a educação no Brasil, hoje.
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