terça-feira, 12 de novembro de 2013

CIDA SOZINHA DERRUBA PAIVA E NETO



O Prefeito é o mentor intelectual de uma ala no PT-VR. Fica assim meio de longe com ar de quem não quer nada, mas dá mole só pra você ver uma coisa! Ele tem ali um congá. É santo naquele terreiro e o Paiva é seu cambono. A   imposição das suas mãos consagra qualquer mortal. Foi assim que o modestíssimo Vagner se tornou candidato a presidente do diretório municipal do PT, a figura mais importante do partido. Uma outra corrente é a da Cida Diogo que, só para mostrar que tem bala na agulha, lançou o, também modesto, Dejair Martins. Só que o Dejair já tem história para contar. Uma vez ele foi até escolhido para vice na chapa com o Neto. O Neto riu de segurar a barriga. Pensou que era piada. Eu também. Neto, todo mundo sabia, além da amizade com o Paiva, precisava de votos e o Paiva lhe garantia o voto do Padre Juarez Sampaio e do Ítalo Granato. Agora, o Dejair trazia o único e escasso voto, o voto da própria Cida. Restou a este grupo a quarentena dos contaminados. A Cida ficou isolada, em quarto bem fechada, sem porta nem janela. Sem a mínima aproximação com a administração municipal. E, consequentemente, sem chances de boquinhas para o seu pessoal. Pode, quando muito, dependurar uns dez ou vinte lá na Assembléia Legislativa. Mas isto é pouco perto de uma prefeitura como a nossa. Há, ainda,  uma outra corrente, a Democracia Socialista, que apóia Geslia Marques e mais um outro candidato de quem me esqueci do nome. Não passam de desconhecidos. A coisa está entre o Paiva (Leia-se: pode me chamar de “ratinho” que é a mesma coisa) e Cida Diogo (Leia-se: não me chamem de feia que eu viro bicho). A proposta de Paiva é a mais atraente. Ele quer a Prefeitura para o partido. Êta coisa boa! Já pensou que maravilha o PT mandando? Assim, poderá fazer crescer a militância  à vontade. Na prefeitura há lugar pra todo mundo. E ainda fará um imenso favor ao deputado Edson Albertassi, com  candidato majoritário, no PT. Albertassi um dia agradecerá essa traição. Ele ia pagar um vexame danado saindo candidato a prefeito em Volta Redonda.
NOTA: Esta crônica foi escrita na última quinta feira, três dias antes da convenção partidária. Deu Dejair para presidente. Diferente do que aqui fora previsto. Talvez isto seja o aviso de que o Neto está mesmo no sal e de que, em breve, será despejado da prefeitura. Deus escreve certo por linhas tortas. Vou correndo avisar o Luís Alfredo do Aqui. Ainda está em tempo.



Aécio acusa D. Dilma de fazer leilão na Petrobrás. Fernando Henrique Cardoso diz que não é pra ralhar com ela, não, que ela tá simplesmente imitando o PSDB. Aécio é muito distraído. Também, D. Dilma tinha dado um pito no Obama por conta de umas bisbilhotices que ele faz nas nossas intimidades. Coisa feia. Ela até falou que não iria mais a casa dele enquanto ele não pedisse  desculpas. A gente foi dormir com orgulhoso daquela valentia feminina. Mas, no outro dia, acordamos desacorçoados com uma notícia na Folha de São Paulo. A notícia era a de que também nós espiávamos a vida dos outros pelo buraco da fechadura -  diplomatas da Rússia, do Irã e do Iraque estavam entre os nossos vigiados. Aí, foi que o ministro da justiça José Eduardo Cardoso mostrou que é um homem bem treinado. Do jeito que a bola foi, voltou. Ele falou que nós não tínhamos espionado, mas contraespionado. E que, portanto, era um ato não só legal, mas altamente recomendável. Todos os países deviam praticá-lo. Uma coisa é uma coisa outra coisa é outra coisa. Contraespionagem, explicou, é quando você suspeita que o estão espionando aí você espiona o suspeito para ver se ele realmente está espionando você. É. Mas apesar dessa “inquestionável” legalidade o governo promete arrancar o couro do autor desse vazamento, da mesma forma que Obama pretende ferrar o Edward Snowden. Tutti buonna, gente! Aliás, a operação foi batizada de Miúcha, o mesmo nome de uma das irmãs de Chico Buarque, o censor. Tá tudo fechando.



E Bill de Blasio é o novo prefeito de Nova York. O eleitorado confirmou o que até as pesquisas já falavam.  Blasio propôs o céu e o amor para aquela cidade e o povo disse que quer. Diz que vai acabar com as desigualdades entre os habitantes. Os ricos pagarão tributos mais pesados e os pobres receberão mais benefícios. Os inquilinos serão resguardados da sanha dos proprietários e os trabalhadores, sob suas asas, estarão mais protegidos do que pelos sindicatos. Tudo novo, no novo reino. Os professores terão a sua solidariedade e os imigrantes ganharão o status de cidadão americano. No mais, no velho estilo populista, concederá o mais amplo e irrestrito atendimento ao que se chama pauta progressiva - saúde, alimentação, moradia serviços essenciais... para todos. Parece até que fez um estágio no Brasil. Só não falou : “vinde a mim os oprimidos...” porque teve humildade, mas como um São Francisco redivivo, prometeu para o seu primeiro dia de governo, a extinção dos serviços de charretes no Central Park. Os cavalos irão curtir sua aposentadoria  no santuário eqüestre e os 150 cocheiros, então desempregados, serão aproveitados na condução de pequenos veículos elétricos. E assim pretende  fazer a “República Popular de Nova York”, conforme o dizem os republicanos que governaram a cidade por mais de vinte anos e conseguiram abaixar o índice de criminalidade com o Tolerância Zero. É o avesso, do avesso, do avesso...  


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