No último dia 8, a Prefeitura de Volta
Redonda juntou as forças para dar combate a um crime que ela mesma comete e de
forma imbatível. Medalha de ouro! Como um cachorro correndo atrás do próprio
rabo pretende acabar com essas festas que trazem transtornos para a cidade. Não
faltou ao encontro nenhum dos convidados e, talvez, cada um tenha levado o seu
bornal carregadinho das tantas reclamações que recebem no seu dia a dia. Pior
ainda se não as recebessem. Há muito do que reclamar. Mas, se for mesmo o caso,
é só ler as cartas nos jornais, procurar o Ministério Público. As reclamações
estão por aí. Contra a Ilha São João há um monte. Eu mesmo assinei uma delas
acompanhado de mais quatrocentas assinaturas solidárias. As pessoas que participam
dessas festas, enchem o pote. Retornam embriagados, fazendo algazarras, urinando,
defecando e transando pelas ruas e praças quando encontram vagas. É muita
gente. Os carros entopem nossas vias dificultando a chegada ou saída de
moradores dos bairros. Mas se não acreditarem nessas informações é só perguntar
a Guarda Municipal. Tudo isto acontece no nariz dela. É em frente ao seu
quartel. Pode ser até que não vejam essas cenas, mas é impossível que não
escutem os gemidos. Essas festas começaram com a Feira da Primavera... aí
tomaram gosto pela coisa e agora é o que é. Tem a agenda fechada pro ano todo.
Abriga até festas de formaturas de outras cidades. Entretanto, um dono de bar
que ponha um aparelho de três em um sobre o balcão sofre de pronto a ação
dessas forças. Claro que a gente aplaude quem faz valer a lei do silêncio. Mas
as festas no PET, as festas na Ilha São João e no Comercial azedam qualquer
elogio que se pretenda a essas instituições.
Antonio Donato é um mensalinho. Seu sonho
talvez fosse o de se tornar um Zé Dirceu sem hora para o banho de sol. E, convenhamos,
tinha o perfil completo para se tornar um grande mensaleiro. Homem de confiança
do partido, ex-tesoureiro de Lula e Dilma e considerado imexível por Fernando
Haddad. Quer mais? Faltou-lhe somente a oportunidade. Quando seu nome se viu
envolvido na teia da corrupção dos fiscais, quiseram botar na conta do prefeito
anterior - Kassab. Pra que!? O trato não era esse. Kassab só faltou chama-lo de
santo. Seria desperdício de tempo.
Ninguém acreditaria nele. Disse, isto sim, que o problema era da gestão atual e
que esse negócio de herança maldita quem pegara mesmo foram ele e o Serra, como sucessores da D. Marta
Suplicye da insopitável sanha petista por escorchantes impostos. Ela ficou até
com apelido de Martaxa. Haddad estava lá
como sub-secretário de Finanças. Quis responder mas era um risco. Mais um
pouco, Kassab chegaria ao atual IPTU de São Paulo. Enfim, Dilma e Lula mandaram
ele botar o galho dentro. Podiam perder votos. Por isso, ou por aquilo o
escândalo cresceu. A última vez que eu somei estava em R$ 500 milhões desviados.
E, logo se via que Donato não era nenhum primário. Ninguém começa assim. Muitos
começam roubando galinhas. Não resistiu. Entregou uma carta ao prefeito: “Se é
para o bem de todos, digam ao povo que fui!”. Haddad, acenou-lhe com um lenço
branco. O PT também... E a gente sem poder dizer que a história agora é outra.
Né, não. Mais hoje, mais amanhã a gente vai ficar sabendo de outros roubos,
quiçá maiores. Muito maiores.
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