domingo, 17 de novembro de 2013




No último dia 8, a Prefeitura de Volta Redonda juntou as forças para dar combate a um crime que ela mesma comete e de forma imbatível. Medalha de ouro! Como um cachorro correndo atrás do próprio rabo pretende acabar com essas festas que trazem transtornos para a cidade. Não faltou ao encontro nenhum dos convidados e, talvez, cada um tenha levado o seu bornal carregadinho das tantas reclamações que recebem no seu dia a dia. Pior ainda se não as recebessem. Há muito do que reclamar. Mas, se for mesmo o caso, é só ler as cartas nos jornais, procurar o Ministério Público. As reclamações estão por aí. Contra a Ilha São João há um monte. Eu mesmo assinei uma delas acompanhado de mais quatrocentas assinaturas solidárias. As pessoas que participam dessas festas, enchem o pote. Retornam embriagados, fazendo algazarras, urinando, defecando e transando pelas ruas e praças quando encontram vagas. É muita gente. Os carros entopem nossas vias dificultando a chegada ou saída de moradores dos bairros. Mas se não acreditarem nessas informações é só perguntar a Guarda Municipal. Tudo isto acontece no nariz dela. É em frente ao seu quartel. Pode ser até que não vejam essas cenas, mas é impossível que não escutem os gemidos. Essas festas começaram com a Feira da Primavera... aí tomaram gosto pela coisa e agora é o que é. Tem a agenda fechada pro ano todo. Abriga até festas de formaturas de outras cidades. Entretanto, um dono de bar que ponha um aparelho de três em um sobre o balcão sofre de pronto a ação dessas forças. Claro que a gente aplaude quem faz valer a lei do silêncio. Mas as festas no PET, as festas na Ilha São João e no Comercial azedam qualquer elogio que se pretenda a essas instituições. 




Antonio Donato é um mensalinho. Seu sonho talvez fosse o de se tornar um Zé Dirceu sem hora para o banho de sol. E, convenhamos, tinha o perfil completo para se tornar um grande mensaleiro. Homem de confiança do partido, ex-tesoureiro de Lula e Dilma e considerado imexível por Fernando Haddad. Quer mais? Faltou-lhe somente a oportunidade. Quando seu nome se viu envolvido na teia da corrupção dos fiscais, quiseram botar na conta do prefeito anterior - Kassab. Pra que!? O trato não era esse. Kassab só faltou chama-lo de santo. Seria  desperdício de tempo. Ninguém acreditaria nele. Disse, isto sim, que o problema era da gestão atual e que esse negócio de herança maldita quem pegara mesmo foram  ele e o Serra, como sucessores da D. Marta Suplicye da insopitável sanha petista por escorchantes impostos. Ela ficou até com apelido de Martaxa.  Haddad estava lá como sub-secretário de Finanças. Quis responder mas era um risco. Mais um pouco, Kassab chegaria ao atual IPTU de São Paulo. Enfim, Dilma e Lula mandaram ele botar o galho dentro. Podiam perder votos. Por isso, ou por aquilo o escândalo cresceu. A última vez que eu somei estava em R$ 500 milhões desviados. E, logo se via que Donato não era nenhum primário. Ninguém começa assim. Muitos começam roubando galinhas. Não resistiu. Entregou uma carta ao prefeito: “Se é para o bem de todos, digam ao povo que fui!”. Haddad, acenou-lhe com um lenço branco. O PT também... E a gente sem poder dizer que a história agora é outra. Né, não. Mais hoje, mais amanhã a gente vai ficar sabendo de outros roubos, quiçá maiores. Muito maiores. 




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