segunda-feira, 27 de setembro de 2010

UMA BARAFUNDA




O NETO E NOSSOS VOTOS


Eu não vou botar toda a culpa no Prefeito Neto, que eu não sou dessas coisas. Mas que o prefeito prejudicou o Paiva, ah, isto prejudicou. Tadinho do Paiva. Estava tão animado. Até pagou antecipadamente uma promessa a São Expedito. Veio o Neto com aquela mão no ombro dele... aí, se viu que há causas impossíveis e causas impossibilímas.  Agora, o Paiva vai ter que esperar mais quatro anos. Sinceramente, se fosse eu esquecia esse negócio de ser deputado. E, depois, vem essa tal de Inês Pandeló escorraçada de Barra Mansa querendo fazer a vida aqui em Volta Redonda. Entrou para a cidade pela porta dos fundos. Não quis nem conversar com o Prefeito. O Paiva, se quisesse, bem que podia colar o retratinho dela com o do Neto e distribuir pela cidade. Ia ser um tiro só. Igualzinho  a Marta Suplicy espalhou aquele ginglezinho contra o Netinho. Depois ela se desculpou. São da mesma coligação. Ela é, feminista pra lá da conta e um machista juramentado que,  com perdão da má palavra, mete porrada em mulher. Mas o Lula apóia os dois com a mesma cara. Política é assim mesmo - uma barafunda. Mas eu queria dizer mesmo é que os eventos do prefeito na Ilha São João já passaram estão demais da conta. Os moradores fizeram um abaixo assinado e o entregaram ao MPE.  Pediram socorro. Representantes do Prefeito foram lá, reconheceram o erro deles. Pediram 15 dias para um estudo e controlar o som nessas duas semanas. Já vai para dois meses a promessa e o compromisso e nada foi respeitado. A Prefeitura empenhou a palavra ao Ministério Público e não a cumpriu. Sinceramente, a gente pode confiar em pessoas assim, uma pessoa que não cumpre a palavra? Houve um tempo que o fio de bigode de um homem valia muito; hoje a palavra de autoridade não vale. Algum vizinho meu ou outro pode até colocar uma placa, mas voto na urna... Ainda mais quando o carro passa com a voz do Neto: "Vote no Delei, ele me ajuda muito..." 
 Tá amarrado!

UM BALCÃO NA CASA CIVIL


Marco Antonio de Oliveira, Ex-diretor dos Correios,  abriu o bico. Havia um balcão de negócios dentro da Casa Civil. Ele era quem atraía os clientes. Tinha até uma conta bancária em Hong Kong. Era do genro.  Mas, é recomendável que as famílias sejam unidas. Marco declarou no blog do Noblat: “A casa civil é uma roubalheira!”.  Vinícius Castro, ex-assessor da Casa Civil, também era seu parente.  É seu sobrinho e sócio, nos arranjos. Um dia, Vinícius abriu a gaveta de trabalho e encontrou 200 mil reais lá dentro. “Caraca! Que dinheiro é esse”? Estava dentro do esquema e gostou. Marco não era nenhum amador. Vinha de longe, passara pela Infraero e depois pela Diretoria de Operações dos Correios. Sempre mal falado e sempre  promovido. Estava na ante-sala do Presidente. Ouvira até uma promessa de Lula que voltaria para a Infraero, se Dilma ganhasse.    Segundo Marco Antonio o esquema  não é novo. Acontecia na Casa Civil, desde quando Dilma Rousseff era ministra. Com atuação franqueada no BNDES, na ANAC e na Infaero.  Fabio Bacarat e Rubnei Quicoli Baracat pediram um empréstimo ao BNDES e foi-lhes cobrado um adiantamento de cinco milhões de reais e uma merendazinha de 40 mil mensais. Sabe como é, a família é grande.

ELEIÇÕES LÁ E CÁ
Hosni Mubarak
Toda oposição, no Egito, sabe que o favoritismo governamental é coisa inventada pelo próprio governo. Mas adiante pouco a informação se não se sabe o que fazer com ela. Mohammed ElBaradei acha que fugir das eleições em novembro é desmascará-la. E, com isto, provocar eleições presidenciais para 2011. Trabalho duro porque Hosni Mubarak, 82 anos, não vê a hora de ungir o próprio filho Gamal, 46, seu sucessor. ElBaradei trabalha pelo boicote. Quer formar uma coalisão e sair afugentando eleitores das urnas. Trabalho duro. Nem todos da oposição o apóiam.   O Muslim Brotherhood, por exemplo, quer disputar. Nas últimas eleições parlamentares levaram 20% das cadeiras. É o maior partido da oposição. Analistas e membros da oposição dizem que com boicote ou sem boicote o Partido Democrático Nacional vai dar uma lavada. Não adianta espernear. O sistema está montado para isto. As perspectivas do boicote tem a seu favor que os egipcios não são chegados às urnas. Na última eleição parlamentar o número de votantes foi sombriamente baixo sem nenhuma chamada ao boicote. Essa campanha, agora, foi lançada em fevereiro e ganhou corpo em junho quando um jovem foi açoitado até a morte por policiais a paisana. Nas vizinhanças do Cairo uns manifestantes passam gritando "Abaixo, Barack, abaixo, barak", seguram banner e incendeiam fotos de Gamal.  



A CRIPTOZOOLOGIA
Antes de aparecer no Programa do Ratinho, o chupa cabra já tinha dado as caras lá em Porto Rico. Foi na cidade da Mooca, onde apareceram Oito ovelhas mortas com três furos no peito e sem um gota de sangue no corpo. Foi sua avant-première. Ficou ali batizado com o nome de Vampiro da Mooca. Depois, correu boa parte do mundo -  República Dominicana, Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Honduras, El Salvador, Nicarágua, Panamá, Peru e Brasil, Estados Unidos e México. No Brasil, recebeu ganhou espaço nos jornais e TVs com o nome de chupa cabra. Mas logo se foi. Outros animais, entretanto, não se vão com o tempo. Às vezes, até se transformam um pouco. Ficam por aí, povoando o imaginário popular, filmes, desenhos animados e livros. É bem o caso do dragão, citado na Bíblia como símbolo do Mal e na China como símbolo do Bem.  E com eles seguem o Monstro do Lago  Ness, o Yeti, mais conhecido como o Abominável Homem das Neves e outros.  Em 2007, Gordon Homes, técnico laboratorial inglês, 55 anos,  jurou ter feito uma das melhores filmagens do Monstro do Lago  Ness. “Não acreditei quando vi aquela mancha escura com 15 metros de comprimento se movendo rapidamente perto da superfície.” A fita levada para o biólogo marinho Adrian Shine, não teve resposta satisfatória: “Pode ser um animal ou só as ondas do lago.” Mas Shine não trabalhava sério, queria mais era desiludir o povo da crença naquele monstro. Seja pelo que for há uma ciência que estuda essas espécies. É a criptozoologia. Todo animal considerado lendário ou inexistente entra neste campo. Pesquisadores como o norte-americano John Percy Moore (1869-1965) afirmam que a criptozoologia “varia de pseudociência a uma gama de estudos úteis e interessantes, dependendo de como é praticada”. Vai saber. Alguns animais cuja existência não era admitida, com o tempo ganharam realidade. O celacanto, que foi encontrado vivo na Indonesia , rinoceronte de Java, Komodo, também. O que não é um mal. Trágico mesmo é quando se descobre que sonhos tão perto do real se vão numa perdida ilusão.

COISA DE CINEMA

Laudelina e Vitalina, nora e sogra
felizes

José Pedro e Laudelina se conheceram quando ainda eram  crianças. Aí, a vida com suas artimanhas  jogou  cada um para um lado. José Pedro cresceu, se tornou carpinteiro, casou, se tornou pai de nove filhos, avô de um punhado de netos.  E, depois de 30 anos de casado enviuvou. Ela, Laudelina também cresceu, se casou e teve três filhos. E, pra melhor completar o quadro ela também enviuvou. Aí, a vida com suas artimanhas fez com eles de novo se encontrassem. Ele nos seus 84 anos e ela com 91. Veio o reencontro, vieram as conversas e o compromisso de união. Compromisso selado na Igreja Matriz  da cidade de Senhora de Oliveira, a 180km de BH. José Pedro nem fez questão da diferença de idade – “Ela é boazinha, vai ser ótima companheira e não tem problema de ser mais velha do que eu. Ela mora em BH mas agora vai ficar morando aqui em Senhora de Oliveira.” Vitalina, 104, muita experiência na vida, não vai mesmo se indispor com a nora. É a mãe de José Pedro. Até pelo contrário. Foi ela mesma que levou o filho José Pedro e o entregou à noiva, ontem na igreja.
MANIFESTO EM DEFESA DA DEMOCRACIA
Há um movimento Defesa da Democracia promovido por pessoas do primeiro time da liberdade, que não aceitam garrotes. Tem um site http://www.defesadademocracia.com.br/ . Vai lá conhecer. E assine o manifesto. É simples é rápido. Fui lá e pincei o artigo de Ferreira Gullar abaixo, que também foi publicado pela Folha de São Paulo

ÀS VÉSPERAS DO PLEITO
Ferreira Gullar



Situo-me no polo oposto àqueles que aspiram chegar a uma sociedade de uma opinião só
A proximidade do dia das eleições, quando iremos às seções eleitorais exercer nossa cidadania, votando nos candidatos de nossa preferência, tem inevitavelmente acirrado os ânimos, não só dos candidatos, como os nossos, de eleitores.
Isso pode ser bom ou mau. É bom quando indica empenho em escolher os melhores para legislarem e governarem -e é mau quando nos leva a perder a capacidade de discernir o certo do errado, a mudar a convicção política ou ideológica em fanatismo.
Sem pretender me dar como exemplo de isenção, verifico, não obstante, como algumas pessoas passam dos argumentos objetivos -ainda que impregnados de paixão- a afirmações que mitificam a personalidade deste ou daquele candidato.
Como já escrevi aqui, repito agora que não pertenço a partido político nem tampouco estou engajado na campanha de nenhum candidato. Ao opinar sobre qualquer deles, faço-o na condição de articulista que, assim como discute questões culturais e sociais (arte, política psiquiátrica, inoperância da Justiça, ficha suja etc.), discute também a conjuntura política que, neste momento, interessa à maioria dos leitores.
Podem meus comentários, eventualmente, influir na decisão de um ou outro leitor, mas não é essa minha intenção prioritária e, sim, contribuir para que sua escolha se faça da maneira mais lúcida e autônoma possível. Acresce o fato de que outros comentaristas opinarão em sentido diverso, trazendo à baila outros argumentos e, com isso, contribuindo para que o debate se amplie e se aprofunde. Situo-me no polo oposto àqueles que aspiram chegar a uma sociedade de uma opinião só.
É com esse propósito que tenho abordado aqui alguns aspectos polêmicos da conjuntura eleitoral e política. Procuro, igualmente, refletir a preocupação de outras pessoas que, mantendo-se à margem da disputa eleitoral, manifestam preocupação com o rumo que as coisas estão tomando, sendo que alguns deles temem pelo futuro da própria democracia brasileira.
Para estes, a vitória de Dilma Rousseff, por implicar o prosseguimento no poder do mesmo partido, poderia ter consequências imprevisíveis, dado o crescente aparelhamento da máquina do Estado por petistas e sindicalistas, que a utilizam partidariamente.
Isso poderia levar à crescente privatização do Estado, em benefício de um mesmo grupo político e, em última instância, ao cerceamento da ação política divergente.
Faz parte deste processo a mitificação da figura de Lula que, no curso de sua história pessoal, passou de líder raivoso a Lulinha paz e amor e agora -para meu espanto- à categoria de grande estadista, que teria mudado a face do Brasil.
Nessa linha de raciocínio, vem se formando a teoria segundo a qual quem se opõe a Lula opõe-se na verdade ao povo brasileiro, uma vez que ele é o primeiro presidente, “que veio do seio do povo”.
Trata-se de um argumento curioso, que busca qualificar o indivíduo -no caso, um líder político- por sua origem social de classe. Digo curioso porque os que assim argumentam consideram-se obviamente de esquerda, mas não se dão conta de que, com esta postura, repetem as elites do passado, que também qualificavam os indivíduos por sua classe social de origem.
Naquela visão -que a esquerda definia como reacionária-, quem tivesse origem nobre era tacitamente superior a quem não o tivesse. Agora, na sua inusitada avaliação, superior é quem nasce do “seio do povo” e, por isso, quem critica Lula coloca-se, na verdade, contra o povo. E povo – entenda-se – é só quem for pobre.
Mas atrevo-me a pergunta: e quem não recebe Bolsa Família é o que?
Não resta dúvida de que a ascensão de um operário à Presidência da República brasileira é uma importante conquista de nossa democracia, mas não porque quem nasce no seio do povo venha impregnado de virtudes próprias aos salvadores da pátria. Do seio do povo também veio Fernandinho Beira-mar.
Lula chegou onde chegou não por sua origem e, sim, por sua capacidade de liderança e sua sagacidade política; a origem social e a condição de operário, que certamente influíram na decisão do eleitor, não devem servir de pretexto para transformá-lo num líder a quem tudo é permitido, acima de qualquer juízo crítico.

NOTA: Lamentávelmente esta edição sai atrasada. Depois de pronta a edição de domingo foi perdida. Tentei resgatá-la e fiz esta edição. Obrigado e até quinta feira (Elson)

 

FALA O LEITOR
Boa noite, eu quero dizer para a canditada Dilma , que ela foi mal qdo disse "que nem Deus faz ela perder" QUERO QUE A SENHORA reflita no que disse pois o nosso Deus é poderoso e se Ele quiser voce perde sim . Lembre que todas as pessoas que colocam Deus nessas frases tristes como a sua só fazem PERDER. PEÇA PRA DEUS te iluminar te da sabedoria na hora de falar e diz a DEUS se for da vontade dele voce será ELEITA.
UM ABRAÇO.


(Elson) Deixa ela. Eu não a vi falar, não. Mas se falou este pessoal é presunçoso assim mesmo. Vai ver que ela pensa que Deus é o Lula.

2 comentários:

B positivo disse...

TRISTES DIAS - Tristes dias vivemos quando o presidente falastrão , por não conseguir uma "boquinha" na estrutura da ONU , se lança como modelo de filme épico concorrente ao Oscar. Na década de 60 , os primeiros graffitis , no Rio de Janeiro , querendo ser poéticos acabaram sendo proféticos ao comunicarem que "CELACANTO PROVOCA MAREMOTO".

Doralice Araújo disse...

Adoro o seu estilo de escrever, prezado Elson - e tanto aprecio que indiquei o gosto e a sua direção aos que leem as minhas páginas na internet.

Receba o meu abraço e leitura regular.