terça-feira, 12 de abril de 2011

MUITO ALÉM DA TRAPOBANA

Resto de barraca jogado na beira do rio
Paraíba na Ilha São João


Sempre que o  Zezinho da Ética na Política some, eu visto minha camisa pelo avesso. Está lá nos ensino de São Cipriano que é conveniente fazê-lo nos maus agouros.  E todo mundo sabe que  o Zezinho calado é a lâmpada amarela do semáforo. Minha mãe sempre me falava " Criança quando está muito quieta boa coisa não é. E olha que ela nem conhecia o Zezinho, nem de ouvir falar. Minha mãe era muito sábia. Mas desculpem-me, distraí-me e quase deixo escapar o principal. Veja, este silêncio compulsório do  Zezinho me faz supor que a Câmara Municipal se entregou aos braços do Prefeito e que agora como que encantados vivem os dois num corpo só. Dividem até a enxaqueca. Enquanto um fica com a dor de cabeça o outro faz o vômito.  Às vezes, eles até enganam a gente. Num desses dias, a Vereadora América Tereza subiu nas tamancas. O bairro dela estava cheio de lixo que a Prefeitura não recolhia. Ela pedia, pedia, pedia... e nada, nada, nada. Ela estava transfigurada. Eu até pensei que ela tinha tomado remédio errado.  Faltou xingar o prefeito. Disse que ia alugar um caminhão e contratar uns homens e, com seu próprio dinheiro, ia pagar o serviço.  E desceu pisando duro. Um prestimoso funcionário deu-lhe um copo de água. Suponho que era água com açúcar. Confesso que até senti orgulho daquela disposição. Até achei justas aquelas férias remuneradas de um ano que ela tirou no exercício passado. O Conrado, presidente da mesa, pediu calma a colega, que não agisse precipitadamente. Prometeu convocar todos os vereadores para irem juntos solicitar ao prefeito a limpeza do Barreira Cravo. Não sei se foram mesmo falar com o prefeito. O que sei é que o lixo continua lá. E até eu mesmo me rendi a ele. Procurando uma foto para ilustrar essa nota passei pelo Zezinho, passei pelo Conrado, passei pelo Prefeito, e escolhi o lixo. Valha-me Deus!





Nos meus tempos de criança,  a vocação médica era testada pela capacidade do menino de estripar um sapo, ou um passarinho e de ter  a letra feia. Quem tinha a letra bonita e queria ser médico passa dias inteiros treinando fazer letra que ninguém entendesse. Eu conheci um médico que o que ele escrevia num dia não conseguia entender no dia seguinte.  Ia gente a beça tratar com ele. Achavam que ele era um gênio. E ele também se achava assim. Todos os dias se esforçava para escrever pior do que no dia anterior. Era um perfeccionista. Mas agora esse tempo está passando. A Faculdade de Medicina da Unesp, Botucatu, São Paulo, quer dar um basta nesse negócio de letra propositalmente ilegível  e outras inadequações na prescrição de medicamentos. Seus médicos vão ter que aprender tudo de novo. Desde as letras de mãozinhas dadas. O Ministério da Saúde, gostou da idéia. E até colocou seu conteúdo online.   A Professora Thais Queluz, coordenadora do curso, diz que entre suas metas está a de conscientizar esses seus novos alunos de que a receita médica é um documento do paciente. Ele precisa entender o que está escrito nela. Segundo dados da OMS, metade dos medicamentos que circulam no mundo foi prescrita, administrada ou vendida erradamente e levou muita gente para o buraco mais cedo.
Fonte - jornal O Estado de São Paulo




Foi proibido o uso da burca na França. Esse Sarkozy é um número. Mata dois coelhos com uma bala só. Não quer saber de mulher coberta até os olhos. Mata de ciúmes a Carla Bruni, finge que é o Berlusconi da França e faz afagos a essa turma do século XIX que são os seguidores de Martine Le Pain. No Paquistão e no Afeganistão a burca é usada livremente. Como são as coisas! No final do ano passado, Washington Post e outros 800 jornais censuraram uma charge de seu quadrinhista Wiley Miller, porque havia uma referência a Maomé. Temeram por uma represália. No Brasil, o próprio governo, censurou Monteiro Lobato, reeditado na Rússia mais uma vez.



Um casal de cientistas  brasileiros tem seu reconhecimento internacional. Suas pesquisas sobre a malária conduziram a criação da definitiva vacina contra a malária. O casal Ruth e Victor Nussenzweig vive nos Estados Unidos desde 1964, trabalhando na New York University. Foi lá que iniciaram suas pesquisas. Era um desafio maior do que tantos outros que a ciência enfrentou. Depois de sucessivas infecções, pessoas que vivem em áreas endêmicas não costumam adquirir imunidade. Daí, o raciocínio era lógico - se a natureza não gera uma resposta imune eficaz, a técnica não o conseguiria jamais. Ruth e seu marido desafiaram esse consenso. Criaram a vacina obtida de forma natural, que é um processo limitado em termos de produção.  Agora, com outras parcerias se chegou a vacina sintética, com aplicação de resultados bem positivos na África.
Fonte - jornal Lancet




Sarah Kemp, trabalha e mora em Edimburg, Escócia; George Bentley, reside em Londres. A internet os aproximou. Começaram a se corresponder pelo forgetdinner.co.uk, desde novembro do ano passado. Depois de quatro meses de muita conversa, marcaram um encontro para se verem frente à frente. Escolheram White Horse, um requintado de Londres, para o encontro.  Sarah, ao lado de George pensava – “eu nunca viria às cegas a Londres se não fosse por George”.  O amor realmente desabrochava. E de se falarem e falarem desabrochou uma outra verdade  – eram irmãos os dois. Seus pais haviam se separado há 35 anos e os filhos também - ela ficom a mãe e ele com o pai. George Bentley desapontado falou que sempre procurara pela irmã, mas encontrá-la dessa forma era de fazer chorar o dia todo.
Fonte - revista Época

CURIOSIDADES



Moisés e a Higiene . A primeira referência  escrita sobre a deposição de dejeto humano de que se tem notícia se encontra na Bíblia. Em Deuteronômio 23:12, Moisés, com grande visão de saúde, receitou para o povo : " Arranjem um lugar, fora do acapamento onde poderão fazer necessidade. Junto com as suas armas, levem uma pá e, antes de fazer necessidade, cavem um buraco e depois cubram as fezes com terra".
Fonte - revista Vida e Saúde





Calcanhar de Aquiles. Tróia era  uma cidade da Ásia Menor. A imagem da cidade no campo arqueológico continua imersa em mistério desde a sua alegada descoberta em 1826 pelo alemão Heinrich Schlieman. No campo lendário ela foi imortalizada  pelo poeta Homero. Nos seus versos, Tróia teria suportado um cerco dos gregos por exatos dez anos. Aquiles foi o seu maior herói. Segundo a lenda, quando Aquiles nasceu, sua mãe, Tetis, o mergulhou nas água do Rio Estige, segurando-o pelos calcanhares. Isto tornou o corpo do menino invulnerável. Não caindo-lhe a proteção, entretanto, sobre os calcanhares pois a água não os tocara. Aquiles terminou seus dias ferido por uma das flechas de Heitor, justamente no calcanhar. Daí, a expressão "calcanhar de aquiles", para indicar o ponto fraco de qualaquer pessoa.
Fonte Valmiro Rodrigues Vidal, Curiosidades



Nilo Peçanha e Artimanhas. Nilo Peçanha foi  Presidente do Brasil de 1909 a 1910. Era vice e assumiu o cargo com a morte do titular – Afonso Pena. Nascido no interior do Rio de Janeiro, Campos dos Goitacazes, filho de um padeiro percorreu um caminho árduo da base ao ápice. Mesmo depois de ter vencido as eleições para vice presidente da república ainda sofria resistências enormes procurando o afastar do centro das decisões. Mas Nilo Peçanha já tinha aprendido muito com a vida. Morador em Niterói, o morador usava uma artimanha para disfarçar o isolamento em que vivia. Pendurava quepes de oficiais-generais em um cabide próximo à janela. Quem passava na rua tinha impressão de que ele estava recebendo visitas de altas patentes militares. Mas não era. Segundo um dos seus biógrafos, Brígido Tinoco, sempre que seu prestígio estava em baixa, Nilo Peçanha fazia as peças voltarem ao cabide.
Fonte História de presidentes, Isabel Lustosa

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