terça-feira, 15 de novembro de 2011

VAI O TEMPO, VAI



- CADÊ O JUNIOR GRANATO QUE TAVA AQUI?
- FOI PRO MATO!

Sérgio Boehat deu a faca e o queijo para
o vereador Junior, mas ele queria
a marmelada
O Prefeito se chama Neto, um vereador é Junior, um outro Neném, o vice-prefeito é Nelsinho e o Presidente do Movimento da Ética é o Zezinho. Tá tudo virado! E, por mal dos pecados, o Neném é do PCdoB, partido que, antigamente comia criancinhas. Hoje em dia ninguém tem mais medo de nada. O Nem da Rocinha ao chegar algemado à cadeia, pediu um celular e ligou para a mulher: "Está tudo bem. Não se esqueça de mandar as crianças para a escola".  E os policiais e os repórteres acharam muito bonita aquela demonstração de responsabilidade. Responsabilidade não é pra qualquer um. Vejamos o Vereador Granato Junior.  Um dia, ele soube que um guarda municipal acumulava funções remuneradas na PMVR. Era o Cláudio Franco. Estava tudo lá direitinho no blog do Sérgio Boechat. Podia dar a cassação do Prefeito. Nas mãos de um bom negociador, era um Ás de Ouro. Uma excelente cartada! Não perdeu tempo.  Fez um requerimento ao prefeito. Queria saber se era verdade aquele negócio.  Ora já se viu! O Prefeito confirmou e ainda falou que havia mais casos desses.  Aí, Sérgio Boechat, autor da denúncia, protocolou pedido de cassação e olha o barraco armado. Foi, então, que me encontrei com o Júnior, rapaz simpático, distribuindo sorrisos e apertos de mão na câmara municipal. Perguntei-lhe sobre o processo e ele me disse que o Prefeito ia se dar mal. América Tereza olhou-o admirada pensando assim “Como é que ele mente com tranqüilidade... Isto é que é perfeição”. Parecia mesmo invejar-lhe aquela capacidade. Quando eu já ia saindo o Júnior ainda disse – “Esse negócio vai feder!” E, nisto, ele acertou. Efetivamente, fedeu.  No dia marcado, a câmara votou pela absolvição do prefeito e o Junior sequer foi lá.

QUE REPULICA


Dilma Rousseff, a cada 24 dias, tem que reforçar a maquiagem para não vê-la rolar com as lágrimas que derrama ciclicamente. É sempre uma tristeza desligar os aparelhos de um amigo desenganado. Não é fácil. O lencinho ainda está molhado com as lágrimas pelo Orlando Silva e já vem o Carlos Lupi pedindo uma bala de prata para morrer de vez. Diz que de outro jeito não desencarna. Cá do meu lado eu acho que é uma questão de paciência. É só deixar cumprir o ciclo de três semanas do Orlando. Foram seis cabeças roladas em 144 dias. Agora, já tem três na fila. E a fila anda. Agora, a bola da vez é o Lupi. Às vezes, eu fico mesmo pensando se não era melhor exonerar a Dilma de uma vez, afinal, ela não é apenas a Mãe do Pac foi ela também que gerou esse ministério. Tanto que ela mandou Gleisi Hoffmann dizer à nação que quem nomeia e demite ministros é a presidência. E o Lupi correu no outro dia cheio de panos quentes pra dizer “Dilma, eu te amo”. Ele acredita que amor com amor se paga. Pelo sim, pelo não ele continua acreditando que não sai e ela esperando que o PDT, dono dessa capitania, autorize a degola. Ela ainda não entendeu que pode tranquilamente tirar o Fulano e colocar o Beltrano. Claro que pode. O importante é que eles continuem donos do pedaço. Que república.

A HIDROPONIA

A hidroponia é uma técnica agrícola recente no Brasil. Por ela, obtém-se alimentos sem contato com o solo; seu ambiente são estufas com adubos químicos solúveis em água. Assim se alimentam e crescem as plantas. Cultivado assim os alimentos ficam protegidos de geadas, chuvas intensas e granizo. São cerca de 10mil produtores hidropônicos no Brasil. Para eles a hidroponia apresenta também a vantagem de produzir mais alimentos em áreas muito menores. Além disto, ficam dispensados do uso de tratores e do trabalho para remover ervas daninhas. Evidentemente, o balanceamento da sua solução nutritiva é um investimento mais custoso além de um maior gasto com energia elétrica. Hoje, 40% das folhas oferecidas ao brasileiro é produzida por essa tecnologia. Mas falta-lhe ainda uma regulamentação específica e uma fiscalização mais eficiente, Segundo Maurício Carvalho do Ministério da Agricultura.
O BISPO ENCRENQUEIRO
Dom Dadeus Grings, arcebispo de Porto Alegre, é um afeito a polêmicas. Agora, aos 75 anos de idade irá colocar o cargo à disposição do Vaticano. Mas não será esquecido tão cedo. No dia, 4 de maio de 2010, na CNBB, Dadeus afirmou que “a sociedade é pedófila”. Sugerindo que são até poucos os casos de pedofilia no clero. Condenou o homossexualismo e sua luta por direitos humanos: “quando se começa a dizer que eles tem direitos, direitos de se manifestar publicamente, daqui a pouco vão achar os direitos dos pedófilos. A CNBB anunciou, depois, que não era aquela a posição da Igreja. Esta destemperança do bispo tem custado caro à Igreja Católica. Agora, ela está condenada a desembolsar R$ 1,2 milhão por danos morais causados a um trio de advogados. O processo que resultou nessa condenação teve origem na diocese de São João da Boa Vista (SP) onde ele serviu de 1991 a 2000. Dadeus se indignara com o preço pago pela desapropriação de um terreno pela Prefeitura Municipal e fez suas denúncias públicas de corrupção.

CURIOSIDADES
Banho público
O banho é antigo companheiro do homem e muito mudou de significado nesses todos anos de civilização. O banho diário teve seus momentos no início da civilização. Precisamente, na Grécia, Egito e Roma. Os egípcios acreditavam que o banho limpava o corpo mas também purificava a alma. Os registros mais antigos apontam que se tomava três banhos diários no Egito. Os cretenses já conheciam o sistema de água corrente, esgotos e banheiras no ano 1400aC.  A mais antigas dessas banheiras foi encontrada nos aposentos da rainha de Creta, no palácio de Knossos. Os romanos inventaram o banho coletivo com águas tépidas, conhecidas como termas.Ali, um banho durava umas 2 ou 3 horas e se aproveitava para conversar, trocar confidências, marcar encontros clandestinos, discutir política. Na Idade Média a cristandade acabou com os banhos públicos e com tudo o mais que significasse exposição do corpo. Houve médicos que consideraram que o banho era contra indicado para a saúde, posto que a água limpava todos os poros facilitando assim a entrada de qualquer doença nos corpos. O prestígio do banho foi resgatado no início do século xx, quando a maioria das casas européias e americanas já podia contar com a água encanada e um lugar apropriado para se tomar banhos.

MINERAÇÃO DO OURO


Em 1693, o bandeirante paulista Antonbio Rodrigues de Arzão descobriu  o ouro no Brasil, quando mergulhou seu prato de estanho num ribeirão no sertão de Minas Gerais e o trouxe com 10 g de ouro. A notícia correu a grandes passos, chegando rápido à corte portuguesa que estava mergulhada em dívidas. Nunca se vira tamanha corrida atrás da fortuna. Milhares de portugueses atravessaram o Atlântico e se lançaram na Serra do Mar e pelos sertões brasileiros atrás do metal em busca da lendária Sabaraçu, uma serra toda feita de ouro. A população brasileira saltou de 300 mil para 3 milhões de habitantes, nos cem anos de exploração que se seguiram. Comerciantes mineiros, paulistas, baianos e fluminenses fizeram fortunas no comércio. A nobreza portuguesa esbanjaram ouro comprando jóias francesas e produtos ingleses.

DO LEITOR
Recebi do meu amigo Dr. Marino Clinger o texto abaixo. Muito bom, esclarecedor. Sua publicação é muito importante nesta campanha pedagógica de separar os alhos dos bugalhos. Vai lá!
O Futuro do PT
Lucia Hippolito
“Nascimento” do PT:
O PT nasceu de cesariana, há 29 anos. O pai foi o movimento sindical, e a mãe, a Igreja Católica, através das Comunidades Eclesiais de Base.
Os orgulhosos padrinhos foram, primeiro, o general Golbery do Couto e Silva, que viu dar certo seu projeto de dividir a oposição brasileira.
Da árvore frondosa do MDB nasceram o PMDB, o PDT, o PTB e o PT... Foi um dos únicos projetos bem-sucedidos do desastrado estrategista que foi o general Golbery.
Outros orgulhosos padrinhos foram os intelectuais, basicamente paulistas e cariocas, felizes de poder participar do crescimento e um partido puro, nascido na mais nobre das classes sociais, segundo eles: o proletariado.

“Crescimento” do PT:
O PT cresceu como criança mimada, manhosa, voluntariosa e birrenta. Não gostava do capitalismo, preferia o socialismo. Era revolucionário. Dizia que não queria chegar ao poder, mas denunciar os erros das elites brasileiras.
O PT lançava e elegia candidatos, mas não "dançava conforme a música". Não fazia acordos, não participava de coalizões, não gostava de alianças. Era uma gente pura, ética, que não se misturava com picaretas.
O PT entrou na juventude como muitos outros jovens: mimado, chato e brigando com o mundo adulto.
Mas nos estados, o partido começava a ganhar prefeituras e governos, fruto de alianças, conversas e conchavos. E assim os petistas passaram a se relacionar com empresários, empreiteiros, banqueiros.
Tudo muito chique, conforme o figurino.

“Maioridade” do PT:
E em 2002 o PT ingressou finalmente na maioridade. Ganhou a presidência da República. Para isso, teve que se livrar de antigos companheiros, amizades problemáticas. Teve que abrir mão de convicções, amigos de fé, irmãos camaradas.
Pessoas honestas e de princípios se afastam do PT.
A primeira desilusão se deu entre intelectuais. Gente da mais alta estirpe, como Francisco de Oliveira, Leandro Konder e Carlos Nelson Coutinho se afastou do partido, seguida de um grupo liderado por Plínio de Arruda Sampaio Junior.
Em seguida, foi a vez da esquerda. A expulsão de Heloisa Helena em 2004 levou junto Luciana Genro e Chico Alencar, entre outros, que fundaram o PSOL.
Os militantes ligados a Igreja Católica também começaram a se afastar, primeiro aqueles ligados ao deputado Chico Alencar, em seguida, Frei Betto.
E agora, bem mais recentemente, o senador Flávio Arns, de fortíssimas ligações familiares com a Igreja Católica.
Os ambientalistas, por sua vez, começam a se retirar a partir do desligamento da senadora Marina Silva do partido.

Quem ficou no PT?
Afinal, quem do grupo fundador ficará no PT? Os sindicalistas.
Por isso é que se diz que o PT está cada vez mais parecido com o velho PTB de antes de 64.
Controlado pelos pelegos, todos aboletados nos ministérios, nas diretorias e nos conselhos das estatais, sempre nas proximidades do presidente da República.
Recebendo polpudos salários, mantendo relações delicadas com o empresariado. Cavando benefícios para os seus. Aliando-se ao coronelismo mais arcaico, o novo PT não vai desaparecer, porque está fortemente enraizado na administração pública dos estados e municípios. Além do governo federal, naturalmente.
É o triunfo da pelegada.
Lucia Hippolito

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