domingo, 18 de março de 2012

E O BISPO DEU NOTA 7 PARA O PREFEITO...

Ilustração de Nelatir Rebés Abreu


Houve um tempo que em tudo havia  um dedo do bispo. Nem precisava da mão inteira. Apontava com o dedo e a historia seguia o curso. Foi, aliás, um bispo – o de Roma – que colocou o rei de Portugal e o da Espanha no rumo certo. Era assim: O bispo falava, tava falado. Assim, todas as desavenças tinham endereço certo. Na porta do bispo batiam políticos, trabalhadores e donas de casa em crises conjugais ou alguém para desagarrar alguma conta de luz atrasada. Tudo era lá.  Meu amigo Marcondes, temente a Deus e as almas benditas, presta muita atenção no que o bispo fala. E procura segui-lo. Mas esses dias ele andava meio que desacorçoado. É que o Foco Regional perguntara ao nosso bispo que nota ele daria para a saúde pública cá em Volta Redonda. E este, com inexcedível certeza, disse de batepronto - “Nota 7”. Marcondes sabia que aquele 7 nada tinha a ver com a nossa saúde, mas sabia também que Deus escreve certo por linhas tortas. Quem sabe aquele 7 era um palpite para o bicho? Apostou no carneiro e o carneiro não deu.   Marcondes suspirou: “vou terminar perdendo a minha fé.” E fez uma cruz por sobre os lábios, como se exconjurasse. De fato, meu amigo Marcondes tem razão. O sete não podia ser para a saúde mesmo não. O aposentado Ernesto Moacir Ribeiro de Castro reclama que há cinco meses não encontra os remédios de que necessita na farmácia municipal; O tradicional Hospital Santa Margarida está a fechar as portas aguardando o pagamento de R$ 3 milhões que a prefeitura não lhe repassa; falta escola e saneamento básico no Roma II... E tudo isto é qualidade de vida. É saúde. Ou não é? Pois é. Eu tenho impressão de que o Zezinho da Ética é a biruta do bispo. Só assim se explica aquele 7, que o Marcondes, temente a Deus e às almas benditas interpretou tão mal.

INDIO QUER MAIS DO QUE APITO.

Paiakan recebendo homenagem

Em 1992, o cacique Paulinho Paiakan deu um bolo no Forum Global da ECO 92, RJ. Tinha gente assim para vê-lo. Gente daqui e do estrangeiro. O seu lugar na mesa estava marcado entre as notórias figuras de Shirley MacLaine e Dalai Lama. O índio, enfim, era a grande estrela no evento. Um brasileiro. Conhecido no mundo todo, festejado pela esquerda, por grupos religiosos, por numerosas Ongs, premiadíssimo pelo mundo afora era, enfim,  a maior reserva da Amazônia – reserva moral e ética, que valia muito mais que a madeira e ouro daquelas terras. Entretanto, enquanto tantos o esperavam para abraçá-lo e admirá-lo estava ele fugido como um coelho no meio do mato. Nas vésperas do evento, estuprara uma menor. A moça levada à delegacia mostrara os ferimentos espalhados pelo corpo inteiro e os seios com um dos bicos dilacerado. O crime fora cometido dentro de sua caminhonete D-20 e para fugir usou seu aeroplano monimotor. Era um índio de posses. Os caiapós se tornaram ricos como donos de madeira de lei e ouro que generosamente brotava em suas terras de 3,3 milhões de hectares. Seus caciques andam de carros zero e possuem casas na cidade grande. Caía mais  um mito. Agora, vem esta de os índios da etnia muduru venderem seus direitos sobre uma área que é 16 vezes a cidade de São Paulo a uma empresa estrangeira. A AGU investiga o fato. Mas este é o primeiro desses casos. Algumas dessas empresas já foram notificadas no final do ano passado mas as outras continuam comprando.

GOL FANTASMA
O que já deu de briga os erros de arbitragem não está no gibi. Na Copa da África do Sul, o chute do inglês Frank Lampard fez história. A bola entrou 33cm e o juiz não viu. O goleiro foi lá pegou a bola e a recolocou em jogo. Este tipo de acontecimento é chamado gol fantasma. Não é fácil suportar-se uma coisa dessas. A torcida do Botafogo que o diga. Não é de hoje, portanto, que os futebolistas pretendem criar um sistema pelo qual se possa tirar toda e qualquer dúvida sobre um lance polêmico. A FIFA sempre resistiu a essa modernização nos estádios. Mas agora a coisa parece que vai mudar. Até julho deste ano estarão concluídas as avaliações de dois sistemas apresentados contra o gol fantasma. Um é o processo de uma antena  colocado sobre o travessão que emitir sinal sonoro quando a bola ultrapassa para a linha do gol. No  outro, o sistema é avaliado por computador que também avisa imediatamente ao árbitro.  Ambos os processos tem seus inconvenientes sobretudo no preço. Por isso, essa modernidade não será levada para todos os estádios. Na verdade, pretende-se aplicá-lo somente nos jogos de grande relevância internacional. Nas pelejas domésticas, as dúvidas serão resolvida a pescoções e pontapés.  Fonte Revista Veja

O MAMUTE VEM AÍ



Numa tarde de 1997, Jarkov, um camponês, nem imaginava que aquele objeto escuro e pontudo que ele avistava na região de Katanga, Sibéria, viesse desassossegar tanta gente. O achado era resto de um mamute preservado há mais do que 20 mil anos. Por semanas inteiras, aquele amontoado de cabeça, patas, presas e pedaços de pele tomaram conta das discussões científicas. Classificaram-no Mammuthus primigenius, espécie extinta há 4 milênios. Alexei Tikhonv, do Instituto de Zoologia de São Petersburgo, foi dos primeiros a visitá-lo. E, logo, pensou em recriar o animal. Cloná-lo como melhor se diz. E a discussão veio ganhando corpo. Mas somente em outubro do ano passado o mamute foi transportado, ainda encasulado num imenso bloco de gelo. A operação exigia esses  cuidados. Agora querem enxertar uma elefanta com seu material genético. Embora, cientistas russos e sul-coreanos tenham assinado um protocolo garantindo seus trabalhos a favor da possível clonagem, um biólogo americano do Museu de História Natural dos Estados Unidos diz que é cedo para qualquer confirmação de sucesso. Mas acha que é possível. Fonte Revista Galileu e Revista Isto É

CURIOSIDADES

Palavras Cruzadas



Victor Orville e esposa formavam um distinto casal em Oxford. Uma bela noite, ao voltarem de um animado serão na casa de amigos sofreram um violento acidente de carro em que apenas a mulher morreu. E Victor, condenado por negligência uma vez que dirigia alcoolizado. Envergonhado e tomado de remorsos ele mergulhou numa solidão sem fim. Estava absolutamente só. Pediu à carceragem um dicionário, papéis e lápis para passar o tempo. E passava horas sem fim a inscrever palavras em quadrinhos que ele próprio desenhava. Julgado enlouquecido levaram-no a presença do médico, que logo se contaminou com aquela doença e em breve a transmitiu ao diretor, tornando-a, enfim, uma epidemia. Até que, a 22 de dezembro de 1913, Orville teve a alegria de ver, no “New York Sunday”, as primeiras palavras cruzadas publicadas. Terminada a pena, recebeu a quantia de 2 milhões de libras de direitos autorais. Fonte: Valmiro Rodrigues Vidal e Humberto Pinho da Silva, Diário Católico

Grotesco

Gravura grotesca do artista flamengo Cornelis Floris (1556)



Quando, no século XIV, se foram feitas escavações na Antiga Roma, descobriu-se os corredores e salões de um antigo complexo palacial Domus Aurea construído  por Nero, no ano de 64 dC. Ali, encontraram-se também algumas imagens, estátuas de pessoas e deuses, metade gente/metade animal. Como em Latim, gruta, caverna, galeria escura era chamada de grotto, essa arte, então desenterrada, passou a se chamar grotesca. Essas descobertas acabaram por impulsionar o surgimento de um novo estilo que se espalharia pelo restante da Europa, levando com ele a palavra também para a Literatura. O seu primeiro registro em Portugues data de 1548, segundo Houais. No século XVII, na França, aparece pela primeira vez com o sentido pejorativo. Fonte: Revista Veja e Wikipédia

Nenhum comentário: