SE VOCÊ FOSSE SINCERA, Ô, Ô, Ô, Ô
Você pode
exconjurar o que digo, mas em 86, me pediram voto para Benedita da Silva assim:
"Ela é favelada, foi empregada doméstica e estuprada”. Quase que a onda
pega. Uma vizinha minha, moça distintíssima queria ser vereadora porque fora
bolinada no metrô. Pelo sim, pelo não Benedita chegou a deputada. E veio vindo,
veio vindo até que levou um esbarrão da ex-vendedora da Avon Rosinha Garotinho.
Na verdade, não sei se Rosinha vendia Avon, mas foi uma forma que o PT
encontrou para desfazer da elite branca. Benedita bambeou mas não caiu. Lula deu-lhe
a mão, isto é, o status de ministro como Secretária Especial de Assistencia e
Promoção Social. Benedita feita ministra! Aí, ela deitou o cabelo. Foi a
um evento religioso na Argentina. Tudo, tudo, tudo... passagens, estadia,
deslocamentos ... tudo, tudo, tudo... pago por mim e pelo distintíssimo leitor.
O bicho pegou. Pá daqui, pá de lá ela teve que devolver o dinheiro das
passagens e das diárias e foi exonerada. Ficou de quarentena. Experimentou se candidatar
a senadora mas o partido preferiu Jandira Feghali do PCdoB. Em 26 de março de
2004 declarou que ia viajar para desanuviar a cabeça. Mas não. Ela ia mesmo aos
EUA fundar sua ONG, International Foundation Benedita da Silva, muito bem
localizada num prédio de três andares em Atlanta. Tudo de mão beijada. O prédio
era da Coca-Cola, que lhe fazia essa cortesia, uma gratidão, talvez, pela anistia de R$ 460 milhões que Benedita da
Silva lhe concedera no brevíssimo governo de 6 meses. E, é aquele caso -
uma mão lava a outra. Ou suja, né verdade? Bem, o fato é que a viagem ia
lhe permitir muitos dólares para a
meninada pobre do Rio de Janeiro. Ia procurar também o Fundo Social Canadense
que tem uma grana ferrada aqui no Brasil. Sua ONG com registros federal e
estadual podia receber dinheiro público e privado. Tudo dedutível. Uma
beleza! Sérgio Cabral, vendo o desempenho da moça, entregou-lhe a Secretaria
Estadual de Assistencia Social e Direitos Humanos de porteira fechada. E Benedita surfou à vontade. Até que em 2015
teve seus bens bloqueados e quebrado o seu sigilo bancário e fiscal. Foi
condenada a devolver R$ 32 094 569,03 dos seus tempos naquela secretaria. Ainda bem que para a meninada pobre restaram os discursos.
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