segunda-feira, 8 de novembro de 2010

OLHA EU DE NOVO, AQUI!

CONTORNANDO A ESTRADA DO CONTORNO




O Prefeito Neto é a Penélope da nossa Volta Redonda. Durante os dias, tece pacientemente o tapete das suas obras; às noites, as destece. E, assim, passa o seu mandato, como se não passasse. Fica tudo como dantes. Taí, a Rodovia do Contorno que não me deixa mentir. De dia tece o tapete das suas obras. Faz contatos, faz promessas e, de noite, destece tudo de novo. Um problema aqui, outro ali... São quase 20 anos de obra. Parece até que o Neto aguarda pacientemente a volta do Prefeito Baltazar, que como um Ulisses, partiu, sei lá - Meu Deus - para que combates! Foi enfrentar oceanos, desafiar sereias, enfim, ninguém o sabe vivo ou morto. E, no entanto, quem sabe Neto o espera para concluir a obra que ele próprio iniciara. De fato, a Rodovia começou com o Baltazar. E veio o primeiro mandato do Neto. Veio mais outro. Veio o Gotardo. Já estamos indo para o fim do terceiro governo do Neto e ninguém sabe que dia a Estrada do Contorno será concluída. E tem tanta gente mexendo naquilo lá. Tem gente do Município, tem gente do Estado e tem gente da União. O Secretário Estadual de Obras, Hudson Braga declarou ao Diário do Vale que não tem nada a declarar.   Ele parece até que está com vergonha, coitado. Deu tantos palpites, todos errados.  Agora, ele tá cabrero. Ele só diz assim - "Deus é que sabe..."



ONDE ESTÃO OS RADICAIS?

Foi por oito contra dez
que o MDB levou o bote
A ARENA de uma só vez
Se pegou com os seus três:
Caruso, Jonas e Zamboti

Terminada a votação,
Lá se foram todos três,
celebrar o papelão
Comendo um gordo leitão
que o Zamboti mesmo fez

E como a ARENA se atrasasse,
para a tal festividade
Antes que o porco acabasse
Pediu que outro se assasse
Com toda velocidade.

Diz, sem nenhuma maldade,
Esse Zamboti não é não
O que corria a cidade
Com o Iran Natividade
Num dia de eleição?

Como é que não se cansa
de mudar tanto de lado,
Balançando aquela pança,
brincando feito criança
Sem se sentir culpado?

Não existe MDB
Diz Zamboti. Que sabido!
Não precisa se esconder,
Pois todo mundo vê
´Que é um homem assumido

Caruso, com mais cuidado,
Fez também sua mudança
Mas não votou com o outro lado
Votou foi com o cunhado
Que lhe tem a liderança

E cadê a autenticidade,
destacada na eleição,
do Caruso na cidade,
fazendo tamanho alarde
contra Jorge Pantaleão?

Ai meu Deus, quem diria?...
Onde estão os radicais,
que da noite para o dia
Rasgaram a fantasia
E não se oporão jamais

Inda resta uma questão.
É que o Jonas, Presidente
Do partido da oposição
Só tem votos da situação
Porém não da sua gente.

De tudo o que ficou
Por que me foi dado ver
É que o PMDB entubou
Porque Jonas cismou
que não pode mais perder.

NOTA: Estou arrumando meu escritório e encontrei esses versos numa pasta. Foi uma das minhas primeiras tentativas de escrever na imprensa local. Mas não consegui publicá-los. Saem agora até com o sentido meio prejudicado. Aliás, isto me parece até censura do tempo. Eles não são inteligíveis para menores de certa idade. O tempo passou.



Falta de educação


Parece que todo mundo votou no escuro. Os candidatos à presidência, não falaram dos seus programas. Só trocaram xingamentos. "Seu isso!" "Seu aquilo!" E encerrava-se o cada debate, cada discurso, cada apresentação de propostas. Agora, que o pessoal ficou sabendo que a Dilma Rousseff tinha a CPMF bem na manga do palitó. Minha vizinha que vivia pedindo votos para a Dilma não sabia. Agora, eu mexi com ela e ela falou assim: "Fazê o quê, né?" Minha vizinha também tem sempre um carta na manga. É. Também, se ela não chorou com a CPMF teve outra oportunidade, logo a seguir. Dilma não se fez de rogada. Na terça feira, acho que foi na segunda. Terça feira, também teve a sua vez. Bem, na segunda feira.ela falou que suas tres principais preocupações são - Segurança, Infraestrutura e Saúde. Um prestimoso acessor lhe lembrou da Educação. Mas ela não se deu por achada. Falou: "Eu considero que a Educação está bem encaminhada". Eu acho que ela falou Educação com "e" minúsculo. E o castigo veio a cavalo. No dia seguinte, a ONU divulgava o IDH (Indice de Desenvolvimento Humano) com o Brasil na 73a posição, entre 166 países avaliados. Na nossa frente ficou a Argentina, o Uruguai, o Panamá, o México entre tantos outros. Corri para falar com minha vizinha dilmista. Aé, ela me respondeu mesmo assim: "Isto aí não é nada. Eu quero ver é no futebol".


OBESIDADE:


O casamento está em queda. Todo mundo sabe. O que quase ninguém sabe, ou não sabia, é que a gordura está por trás disso. Obesidade é uma grande vilã da família. Bem, foi o que o Hospital do Coração concluiu. Sua pesquisa mostrou que metade da população brasileira não admite se casar com obesos. Tanto para o homem como para a mulher. Não tem nada de rico ou de pobre ; de bonitos ou feios; de eleitores da Dilma ou de Serra. É geral. O IBGE também andou preocupado com os gordos. Disse que a metade da população é obesa. Tem uns gordinhos aí celibatários radicais que vibraram dizendo que o melhor mesmo é continuar solteiro. Mas Dr. Daniel Mangoni, coordenador científico do trabalho, acabou com o restinho de alegria deles. Apontou que os gordos tem também problemas em várias outras situações, inclusive na profissional. A Catho, uma das maiores recrutadoras de mão de obra, confirmou a obesidade como fator de objeção na contratação de emprego. A questão é polêmica. Há uma associação que reivindica para os gordos o direito de continuarem gordos. De qualquer jeito, foi-se o tempo em que a gordura dava capa de revista. Meu avô falava cheio de saudade da sua primeira namorada:"Ela era gorda e tinha os olhos azuis que nem uma conta".

Foto: Jornal Caldas


DA IMPORTÂNCIA DA FALSIDADE



O faxineiro Robert Clemens, 45 anos, deu de inventar um detector de metal. Uma placa aqui, um araminho ali, mais uma haste... Pronto. E saiu, sabe lá Deus por que razão, a  bisbilhotar o terreiro da Universidade de Brighton, onde trabalhava. Seu aparelho, novinho em folha, farejava o chão com a dedicação de um cão empregado da polícia. Centímetro a centímetro, nada escapava ao seu faro investigativo. Aí, foi que descobriu, a poucos centímetros de profundidade, uma moeda com dois mil anos de idade. Dois mil anos e uns quebrados. Do tempo do Império Romano. A moeda, além de ela própria, trazia consigo mais duas curiosidades, que subiram sua cotação no mercado. Subiu de 100 libras para 3 mil libras. Era uma moeda de prata maciça e, vejam só, uma moeda falsa. Glosseiramente falsificada. Tentaram com ela reproduzir uma outra moeda de 31aC, comemorativa a batalha de Otaviano contra Marco Antônio e Cleópatra. Mas o ferreiro não era lá muito bom para essas coisas. A imagem do crocodilo ficou invertida e houve erro na grafia da palavra Aegipto que deveria ser Aegypto. Por conta desses e outros erros a moeda ganhou valor muito maior. É assim mesmo. Em muitos casos a falsidade é um aditivo muito importante.

FONTE E FOTO: Jornal do Brasil

Nenhum comentário: