quinta-feira, 19 de setembro de 2013

FATOS E ANALISES, O CADERNO B DO JORNAL AQUI





Neto anda desacorçoado. Espia, por trás da cortina, aquele povo protestando, defronte a sua janela. Já gostou de povo, desse mesmo povo, um dia.  Agora, estão desencontrados. Quando ele quer churrasco, o povo pede batata frita. Até a América Teresa que de tão mansinha vinha comer na sua mão, agora, ta lá no meio daquela gente com  a  cabeça do major Luís Henrique espetada num estandarte. A 300m dali, Neto observa esse remake da revolução francesa. E, talvez por isso, se sente meio rei, meio divino. Até promete a si mesmo, ressuscitar aquela cabeça fantasmagórica antes do terceiro dia. À sua destra, Luís Alfredo do Aqui se comove. Luís Alfredo está sempre ao lado do prefeito. Se o prefeito ri, ele gargalha; se o prefeito chora, ele se desespera. Nunca fica indiferente. Neto corta o silêncio. Quer saber o que tornou aquela gente tão revoltada. Luís responde com a voz naturalmente embargada: “Majestade, o povo quer transporte, quer educação, quer saúde...” Neto não se contém. Faz um gesto obsceno, retrucando com absoluta sinceridade: “Ora, se não tem um hospital infantil por que não levam seus doentinhos a passear no zoo? É lindo, lá!” Luís Alfredo segura a barriga para enfeitar a risada. Depois, complementa. “É. Faz sentido. Feia ta mesmo é Barra Mansa.” O prefeito emenda: “ Zoinho também é feio!” Luís Alfredo, encerra: “É... temos o mesmo gosto...” E, a seguir, cada um volta para o seu lado. O prefeito se volta para o próprio umbigo e o jornalista vai pensando em dar, nesta semana, um cacete duplo no seu jornal um n o Zoinho e outro no Jonas Martins, Prefeito de Barra Mansa. É. Se de um lado há essa gente que não esquece dos R$ 40 mil do Zoinho, (Na verdade, essa história interessou e interessa muito ao Fatos e Análises, uma espécie de Caderno B do Aqui. Só agora foi para o Primeiro Caderno): Do outro, há aquela gente quer saber dessa história dos R$ 10 milhões, tim-tim-por-tim-tim. Foi lá na Secretaria da Saúde. O Jornal A Boca do Povo insinua que é coisa de gente grande. De gente muito grande, eu acho. Cabeção mesmo! Imagino mesmo que, a Dra. Suely nesse imbróglio é pinto. Acho que fiz um trocadilho. De qualquer forma, eu acho que ela está fora. No outro dia eu a vi fazendo compras no mercadinho do bairro. Ela comprou 250g de café e meia dúzia de ovos. Me pareceu bastante modesta.



Enquanto redijo estas mal traçadas linhas, são dois os defenestrados pela operação Esopo. Digo isto porque sei como são essas coisas. Daqui a 20 ou 30min talvez tudo tenha voltado ao anormal com essa gente reconduzida aos antigos postos. Tudo  conforme não manda o figurino. Fazê o quê? Como disse a Dra. Suely, nossa secretária de saúde, onde tem dinheiro, tem ladrão. Uma pena não ter aparecido no Fantástico. Há quase um século, Juan Domingos Perón passou por uma dessas. Na campanha presidencial, ele prometera instalar em solo argentino a maior indústria de alumínio do mundo. Ia adquiri-la na Itália. Vitorioso e empossado veio a bomba. A indústria que lhe venderam  era apenas uma modesta fábrica de bules e chaleiras com 10 empregados. Que fiasco! Peron chamou a Oficina Del Control Del Estado e entregou-lhe o caso. Descobriu que o chefe da sua Guarda Pessoal estava no meio e mandou chamá-lo imediatamente ao seu gabinete. Antonio Fassio, esse tal chefe, não se abalou. Com um misto de conselho e ameaça falou: “Aconselho V. Excia desistir desse inquérito. É assim como jogar lama no ventilador. Todo mundo sai sujo.” Perón lhe perguntou o quer significava aquilo. Fássio respondeu: “Seu cunhado Duarte e sua digna esposa, D. Maria Eva, podem explicar melhor.” Peron levantou-se e, com uma porrada na boca, lhe arrancou dois dentes.” Fassio, cuspindo os cacos dos dentes, ainda reforçou: “Para o seu próprio bem-estar, deve dar isto por encerrado.” O processo continuou mas não deu em nada. No Brasil, não tem sido diferente. Na verdade, nunca vi D. Dilma esmurrando a boca de nenhum auxiliar. Vi o Lupi falando grosso, igual ao Brasil falou com a Bolívia. Dizia o presidente p edetista que para derrubá-lo só com bala para elefante. Ele era peso pesado. Terminou exonerado, mas deixou ali sua ninhada. E deu no que deu. A Policia Federal descobriu um rombo de R$ 400 milhões que foram pagos ao Instituto Mundial de Desenvolvimento e Cidadania. A instituição tinha que dar transporte e formação a jovens e não fez nem uma coisa, nem outra. A única coisa que entregou foram umas notas fiscais frias arrumadas pela Simone Vasconceso,ex-funcionário do Marcos Valério. Isto alastra como uma peste.
Eu, Cientista Político




Nas noites de insônia, Neto conta os carneirinhos que estão abandonando seu aprisco: América Teresa, Jair Nogueira, Gotardo, Cida Diogo... E, aí sim, perde o sono de uma vez.

CORRESPONDENCIAS
Estive participando destes debates feitos na UFF /Vila e Aterrado, mas ao me deparar com um professor que defendia demais o PT, resolvi investigá-lo e não demorei muito para descobrir que este professor o srº Guilherme Gonzaga, é assessor da dep. Estadual Inês Pandeló, daí sua adoração pelo PT, além de professor da UFF, é assessor parlamentar. Um belo dia ao fazer uma pergunta a ele nestes debates, ele não pestanejou e me chamou de direitista, disse que eu eu estava ali atrapalhando o debate, onde somente estes professores falavam, nós somente ouvíamos e quando falávamos éramos colocados como direitistas e capitalistas, lembro-me da frase que usei: disse que deveriam acabar com o voto de quem recebe bolsa família, ou alg um tipo de assistencialismo do governo, ficaram loucos comigo, diziam que esta ajuda é devido as dificuldades das famílias de baixa renda. Mas porque não aumentam os salários destas pessoas, o salário mínimo para R$1.000,00, aí ninguém quer! Ora pimenta no do outro é refresco, o cara usa óculos da NIKE e vem me chamar de capitalista, vá te catar! (Técnico Ambiental)

Meu caro, Tecnico Ambiental, você está corretíssimo. O Bolsa Família completará 10 anos o mês que vem. E se ela for retirada, hoje, grande parte dessas pessoas vai morrer de fome. Não aprenderam nada neste tempo. Na cidade de Junco do Maranhão, 90% da população come, veste e vive com o dinheiro do Bolsa Família. No mais, é ver televisão, bater papo na porta de casa, deixar o tempo passar. Então essa ajuda não os promoveu em nada. Com gado é que se faz assim “a gente tange, ferra, engorda e mata... mas com gente é diferente.” Mas tem gente que pensa o oposto. Grande parte dela forma o “imbecil coletivo” de Olavo de Carvalho. Explica o filósofo que o imbecil coletivo é formado por um conjunto de pessoas que se une m para imbecilizarem-se uns aos outros. Individualmente, não são imbecis; são até de inteligência normal ou superior que se reúnem com o objetivo principal de imbecilizar-se uns aos outros. O princípio básico para entrar no grupo é que cada membro da coletividade compromete-se a nada perceber que não esteja também sendo percebido simultaneamente por todos os outros. E todos se comprometem com essa réstia de luz.  Por isso, você vê, por exemplo, Chico Buarque, Boff, Frei Beto, et caterva, e esse Adelson Vidal, numa dimensão muito menor, defendendo que o futuro do Brasil deva ser o passado da Rússia. Ou o presente de Cuba, de onde muita gente foge montado em caules de bananeira, enfrentando tubarões nos oceanos. “Navegar é preciso/viver não é preciso.” Enfim, repudie essa gente! Esse professor, pelo que você diz,  preenche bem este perfil. É muito comum nesse pessoal viver às expensas dos cofres públicos.   (Elson Sepulveda)

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