domingo, 1 de dezembro de 2013

CADÊ O HOMEM BOMBA QUE TAVA AQUI?




Quem vê o Vereador Maurício Batista não diz que é ele  o nosso homem-bomba. É ou foi. Nunca se sabe. Seus orgulhosos eleitores diziam: “Eu voto no Homem-Bomba!” Ninguém falava eu voto no Maurício Batista. Seu eleitor se sentia valente assim.  Eu mesmo corri para vê-lo na posse. As pessoas apontavam por cima das cabeças “É aquele! É aquele!” Uma militante do PSTU estranhava furiosamente: "Não pode! Cadê  seu colete com mil bolsos, carregadinhos de explosivos?” Eu, do meu lado, pensava : Toda a arte de um homem-bomba está em não parecer um homem bomba. Se não, ninguém iria aceitar o seu abraço.  Talvez, por isso, o nosso Homem-Bomba lembre muito mais um desses radiantes vovô que se põem de quatro para os netinhos fazerem de cavalo.  Na última sessão da câmara, estava como um papai noel com o respectivo saco de bondades. Um doce. Para a América Teresa e Paulo Conrado ele trazia uma moção de agradecimentos. Reconhecia-os como responsáveis pela conversão do Prefeito Neto que mandou pagar o processo da ASVRE. Era a água feita em vinho pela perseverança desses dois discípulos. Os outros dezesseis prepostos do prefeito, na casa, morreram de ciúmes. É claro! Mas agradou à Teresa, ao Conrado e ao Prefeito com este gesto. Como se dizia antigamente, quem beija meu filho minha boca adoça. Pois é.  Maurício Batista sabe da força do elogio – Abracadabra! Eu também o sei.  E, de fato, o angu não cobria toda a carne: Ele queria mesmo era sair mais cedo e reforçava antecipadamente o pedido. Quis engambelar a Teresa. E ainda reforçou com um manjadíssimo “tenho um compromisso inadiável!” Tudo perfeito mas a Teresa não caiu no papo dele, não. Acho que ela  até foi ingrata. Afinal não é todo dia que ela recebe um elogio desses.  Já tinha dispensado dois ou três vereadores antes. Podia ter dispensado o homem. E, depois, o Maurício é o homem-bomba contra o prefeito. Quanto mais longe, melhor. No entanto, ela o segurou. E o seu motivo inadiável tornou-se tão  adiável como um chopp na esquina, como, aliás, tem sido adiável é o momento dessa explosão dessa bomba. Antes de ela explodir três anos se passarão e estará cumprida a escrita. O Maurício Batista anunciará uma nova eleição e o Neto estará comendo uma casquinha de siri quem sabe numa casa lá em Miami. 




Dalmo Dalari e Celso Bandeira de Melo montaram num porco: solidarizaram-se com José Dirceu e José Genoíno e deram uma banana para os demais mensaleiros. Nada para Marcos Valério e Kátia Rabelo, por exemplo. O bandido são os outros.  O PT expulsou o Delúbio do partido e Lula, cinco ministros do governo. Agora, já estão todos resgatados. Falta só retocar a maquiagem da dignidade. Mas, convenhamos, nesse episódio, Roberto Jeferson tem se mantido muito mais digno do que todos eles. Sem nenhum apoio, sem sequer o benefício da denúncia premiada, Roberto não carnavaliza sua doença. E, basta olhá-lo para ver seus sinais de doente. José Genoíno, ao contrário, alardeia que é portador de uma moléstia inexistente como o confirmam todos os laudos médicos. O caso deles é outro. Ele já  goza do bolsa-ditadura e quer mais. Quer se aposentar por invalidez. É essa a vitrine do PT. Compreende-se que o mocinho pode fazer o papel de bandido. O que não acontece com o Genoíno. A sua biografia é linear. É o major Curió quem o diz: Genoíno não precisou levar nem um cascudo para entregar à morte e a tortura todos os seus companheiros do PCdoB no Araguaia. Curió quer repetir este depoimento na Comissão da Verdade. Eu, entretanto, continuo admitindo que, com raríssimas exceções, existe um tráfego entre o bem e o mal. Se Lampeão, o terror do cangaço, tivesse nascido no século XVIII poderia ser um corsário a serviço da coroa inglesa. E teria, quem sabe, um monumento na Trafalgar Square. Roberto Jeferson teve o seu tempo para servir à sociedade.



A ELEIÇÃO DA DILMA ROUSSEFF É O PLANO A DA MARINA SILVA


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