domingo, 15 de janeiro de 2012

ESSA TURMINHA É MUITO UNIDA...


Um amigo meu ouviu atentamente o discurso de Jair Nogueira, na Câmara Municipal. Era a posse da nova Mesa Executiva. Pôs os elogios (muitos) para um lado, as críticas (poucas) para o outro e concluiu assustado: “E se esse discurso for apenas etiqueta?!” Eis o dilema do eleitor moderno - distinguir quando o político fala a verdade e quando ele é somente educado. Dilma chamou o roubo deslavado nos ministérios de malfeitos; Jair chamou Paulo Conrado de grande Presidente do Legislativo. Paulo Conrado agradeceu com um sorriso que também me pareceu protocolar. Meu amigo, ainda assim, viu muita emoção no discurso do Jair. Já outros, também ali perto, achavam que aquela emoção nem era fresquinha, mas uma emoção dormida. Restos do dia anterior quando soprara 57 velinhas. Mas eu, que Deus me livre de falso testemunho, achei que também aquela emoção era pura etiqueta. E para que o leitor não se canse de mim pelo uso abusivo de um mesmo adjetivo digo de uma vez que também a administração do Conrado foi mera etiqueta.  A dengue campeava lá fora, havia muita falta de água, escolas sem teto, coleta de lixo comprometidíssima e o Conrado economizando dinheiro, gestos, ações e mesmo palavras. Toda a denúncia de malversação de recursos foi por água abaixo. Não criaram nem uma mera sindicância. Enfim, estavam lá todos, todos vereadores satisfeitíssimos. Aliás, não estava presente o vereador Júnior Granato. Deixou sua cadeira vazia. Junior Granato é aquele tal que fugiu da votação para cassação do Neto... Penso que ele está fugindo até hoje. Bobagem dele. Tanto que o Neto nem foi à solenidade.

QUEM SABE DAQUI A DEZ ANOS



Ser pego com a boca na botija dava uma quarentena. Às vezes, se ia até ao padre pedir umas penitências pra pagar. Hoje, não se fica sequer vermelho. Dizem que a botija não é botija e ponto final. E continuam a transitar nas vias públicas e, sobretudo, nos encontros sociais. Tal se dá com ministros e ministros. O homem do dinheiro na cueca, hoje, se julga ofendido. Processa o governo. Julga-se ofendido. Passarem-lhe as mãos na cabeça foi pouco para os seus méritos. Acha que merece uma promoção, um reconhecimento a mais. Carinhos só não bastam. Vide o caso das ONGs. Há três ou quatro meses disputavam espaço nas páginas criminais dos jornais. A Presidente Dilma determinou uma devassa naqueles contratos e que só seriam feitos novos pagamentos sob sua responsabilidade direta. Mas, agora, passados três ou quatro meses ainda não se sabe sequer se alguma ONG vai devolver dinheiro ou se foi impedida de celebrar novos contratos com o governo. Contudo, já foi aprovado o acréscimo de R$ 1 bilhão para este ano. Isto quer dizer que vão receber R$ 1 bilhão a mais do que receberam no ano passado. É assim. Segundo o TCI, o atraso medido da prestação de conta pelas ONGs leva em média 2,9 anos e o tempo de análise é de 6,8 anos. Esperemos dez anos pois.

FAÇA EXERCICIOS  NA REDE



Que tal um comprimido em vez de uma caminhada? Comprimido!!!??? Sim. É bem possível que, daqui algum tempo, seu cardiologista lhe ofereça essa possibilidade de trocar dezenas de voltas no quarteirão pela ingestão de uma pílula. É o que nos vem lá dos esteites.  Pelo Dr. Pontus Bostrom. O site  New Scientist e a Revista Nature publicaram essa preciosíssima novidade. Pontus, junto a um grupo de cientistas  do Instituto do Câncer Dana Farber, em Boston, observou que a atividade física produz um hormônio – irisin – que combate à obesidade e às doenças decorrentes dela como diabetes e problemas cardiovasculares. Fizeram experiências com ratos e foi tira e queda. Ratos alimentados com dieta rica em gordura que receberam aplicação do hormônio não sofreram alteração de peso. Mas, calma pessoal! A experiência com seres humanos ainda demora um pouco. Até lá ainda dá para comprar um par de tênis novo.

O APOCALIPSE SE APROXIMOU DE UM MINUTO




Em 1947, o Bulletin of the Atomic Scientists da Universidade de Chicago criou o relógio do Apocalipse. É um aparelho simbólico cuja “meia-noite” marca o fim do mundo. Os minutos para a “meia-noite” obedecem a uma lógica que não é a do movimento da Terra na sua órbita. Nesse relógio os ponteiros podem correr para frente ou para trás. Em 1991, por exemplo, nos afastamos um “minuto” do fim por conta do Tratado de Redução de Armas Estratégicas celebrado pelos EUA e URSS. Agora, na última terça-feira, aproximamos um “minuto”. É o que nos diz o bulletin. Eles levam em conta o estado dos arsenais nucleares mundiais e sua proliferação, biossegurança e clima, entre outros fatores. E assim avaliam a proximidade do ser humano com a sua extinção.

CURIOSIDADES




Janeiro é o primeiro mês do ano nos calendários juliano e gregoriano. Vem, certamente, de Ianuarius que era o décimo-primeiro mês do calendário de Numa Pompilio. Há entretanto discussões sobre sua origem etmológica. Para alguns vem do latim pela palavra jannua (porta) e há os que acham que vem  de Jano, entidade mitológica romana, também. Jano era um deus bifronte. Tinha duas caras. Olhava, ao mesmo tempo, para o passado e para o futuro. Na Roma Antiga, o primeiro dia do ano era dedicado a ele, porteiro celestial que representava os términos e começos. Tornou-se também o “Deus das Portas”. Fonte – Revista Veja, Wikipédia e Curiosidades de Walmiro Rodrigues Vidal


Foto de um pigmeu atual - Revista de História
da Biblioteca Nacional


Na escavação da primeira Catedral da Sé no Brasil, em Salvador, descobriram-se alguns crânios com dentes da frente mutilados, enterrados no adro da igreja. Nesse espaço, se enterravam os pobres. Como era alta a densidade de negros e quase não havia índios nessa cidade, concluíram que esses crânios só podiam ser de negros. Esses dentes eram do tipo piranha. Esse costume de modificar o desenho dos dentes veio para o Brasil trazido desde os  primeiros escravos. Também foi encontrado em outras diversas partes do mundo, desde a pré-história. Mesmo entre os índios da América pré-colombiana se encontravam desses exemplos com uma única excessão que eram os índios brasileiros. Também não há nenhuma evidência arqueológica, nem nenhuma referência desses costumes entre nós. Na África, ele existe até hoje.

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