domingo, 15 de julho de 2012

É...




Ruth Coutinho  é o Renato Soares que deu certo. Quer dizer, tá dando. Tá dando certo. Ela ficou de mal com o Prefeito, de quem é vice, e não voltou atrás. Tá de mal come sal! Um dia, meteram-lhe na cabeça que ela podia ser prefeita e ela, coitada, fraquinha da cabeça, acreditou. Tem muita gente má neste mundo. Ruth encheu-se de vento e saiu a conversar com a sua gente. Cada um que a ouvia falar daquele delírio  sacudia a cabeça e falava piedosamente:  “É...” A Ruth foi sentindo que tinha vontade de sobra; mas tinha poucos votos.  A Inês Pandeló, entretanto, que é da ala igrejeira do PT, olhou-a com seus olhos cristãos:  – “O pouco com Deus é muito”. De fato, o PT conta com esse braço sobressalente da Igreja Católica. Na Missa de Ação de Graças, na Ilha São João... Estava lá tanta gente, umas cinco mil. Estava o Franklin, estava a Paraíso,  estava o meu amigo Torresmo... Milhares de fiéis. Mas o Padre Juarez Sampaio agradeceu somente as presenças do Paiva e da Inês Pandeló. Pareceu-me até que, na hora da persignação, ele rezou: “Em nome do Paiva, do Filho...” Não deu pra ouvir direito. Mas eu vi o Paiva com um olhar cheio de compaixão sobre as cabeças dos fieís. Então, a Inês nessa comunhão divina  viu a Rutinha como uma nova multiplicação dos peixes. Digo, de votos. A História sempre se repete. Lula se aliou a Maluf, na capital paulista e aqui, no interior fluminense, a Inês se aliou a Menina Malufinha, Ruth. Disputam, numa mesma chapa, a majoritária de Barra Mansa. Cá em Volta Redonda, foi diferente. Renato Soares era unha-e-carne com o Prefeito Neto. O partido dele, PCdoB, é da base do governo e tem até uns comensais lá.  Um dia, entretanto, Renato se rebelou. Quis ser prefeito. Mudou-se daquele céu para o PDT, no rés-do-chão. Juntou-se a um grupo pluripartidário que se articulava para escolha de um único candidato. Não houve espaço pro Renato. Nem nunca haveria de haver. Lá só tinha cabeção:  Gotardo, Baltazar, Jair Nogueira, Cida Diogo. O máximo que conseguiria era ouvir a conversa deles e fazer boca-de-siri. Aí, como se diz, o Bom Filho à casa torna. Renato voltou. E, ainda, levou de quebra o PDT inteiro.  Mas não foi recebido como o Filho Pródigo, não. Não houve nenhum banquete, não mataram garrote  para sua chegada. Não lhe ofereceram sequer um desses frangos assados que giram na porta dos bares e padarias.   

Mario Garnero

Muita gente supõe que o Lula nasceu em decúbito ventral daí essa sua sorte do tamanho de um bonde. Sorte? Admitir que um deputado possa ganhar duzentas vezes na Mega Sena ainda vai lá. A sorte tem seus caprichos. Mas esse meteoro Lula tem outra explicação. Jaboti pendurado em galho de árvore foi erguido pela enchente ou por mão de gente.  Foi Mário Garneiro o que primeiro levantou a ponta desse tapete, no seu livro O Jogo Duro, de 1988. Pra ele Lula foi projetado e construído pela ditadura militar. Seus mentores teriam sido Geisel e Golbery do Couto e Silva. Leonel Brisola estava se tornando um mito fora do Brasil. Precisavam trazê-lo de volta e neutralizá-lo. E Lula seria a mão do gato para tirar as castanhas da brasa. E dá alguns indícios: Quando Lula apareceu para os peões, em 1976, ele já era velho conhecido do seu patrão Paulo Vilares e do Presidente da Mercedes Benz Werner Vilares. A Teologia da Libertação jogou-lhe o incenso e a imprensa fez o resto.  Meses depois, Geisel cassaria Alencar Furtado por umas bobagens inofensivas que andara falando e mais meia  dúzia de políticos santistas muito menos expressivos ainda. Mas perdoôu o Lula. E Mário Garnero, vinte anos depois do livro, também o perdoôu. Em 2004, ele se tornou anfitrião num seminário de autoridades e empresários.  Lá estavam também Sarney, Renan e até Dilma e muitos governadores. Mário Garnero não quer falar mais no assunto, mas outros autores pegaram o fio da meada e tem saído ótimos livros sobre o assunto.




 

Um tal de Phil Latam é um inglês que tem  27 anos, uma namorada e muita sorte. Sua namorada já não suportava mais vê-lo em plena e irresponsável ociosidade. Saiu ela mesma a caçar uma colocação para ele. Achava que o homem deve tirar o sustento do suor do próprio rosto; não do rosto alheio. Quando Phil tornou, de novo encontrá-la, ela lhe entregou o endereço da Hafords, uma empresa que estava anunciando uma vaga em seus quadros. Phil aceitou a idéia. O salário era bom, 600 libras semanais (R$ 1600). Foi lá , se inscreveu e, disputou a vaga com mais de 1 000 outros candidatos. Ganhou o lugar. Agora, é só trabalhar. Ledo engano. Phil foi contratado para ficar atoa. Isto mesmo! Hafords é uma fábrica de sacos para dormir. Phil é quem testa a produção.  Tudo o que ele terá de fazer é dormir. Dormir descansadas horas e, quando acordar, dizer apena se o sono foi tranquilo ou não. Depois, ir encontrar-se com a namorada que o receberá sorrindo que lhe perguntará carinhosamente como foi o dia de trabalho.





Dietrich Wegnerr é um artista australiano de 34 anos. Já não é nenhum jovenzinho mas gosta de extravagâncias. É um desmentido a essa história de que tudo passa. Pois bem. Dietrich teve uma idéia bestial: Fazer tatuagens em bebês. E não lhe faltam clientes.  Agora, já com muitas tatuagens feitas, ele criou um site onde expõe fotos desses  trabalhos - a que ele chama de  "tatuagens virtuais". Seus motivos são todos marcas comerciais. Essa escolha se deu a partir de estudos recentes que comprovaram que as crianças são bombardeadas com 40 mil anúncios por ano e que as empresas procuram cada vez mais deixar suas marcas nos  mais jovens.  Wegnerr quis prestar sua colaboração, marcando os bebês na própria pele, realçando o uso abusivo das marcas. Usou tatuagem como Lego, Gap, Sony e Apple, entre outras, nos bebês transformando-os em outdoors rastejantes e minúsculos.  As fotos dos bebês são parte de uma série intitulada “Marca cumulus” que trata de crianças, suas identidades e como elas mudam ao longo do tempo.



CURIOSIDADES





 
Na Segunda Guerra, a França criou uma rede de fortalezas para se proteger contra as forças da Alemanha. Esta rede se chamou Linha de Maginot. Era um gigantesco complexo de fortalezas militares interligadas construídas em volta dos seus limites.  Ia desde  a fronteira com a Suiça até a floresta de Ardennes, na Bélgica, cerca de 200km . Havia 410 casamatas para infantaria. Tudo interligado. A obra foi iniciada em 1929 após um grande lobby de André Louis René Maginot, ministro da guerra francês, que morreu em 1932, antes da conclusão da obra.  Em 1940 os alemães declararam guerra à França e em vez de atacar a poderosa linha de Maginot a contornaram, passando pela Bélgica. Menos de dois meses depois a frança capitulava  e as guarnições de linha tiveram que  se render muitas delas sem ter disparado nenhum tiro.  




 
Domingos Sodré, africano liberto, foi preso m 25 de julho de 1862 em Salvador. Estava acusado de ser receptador de objetos roubados. O que se sabia é que os escravos roubavam objetos nas casas dos seus senhores e os entregavam a Domingos Sodré como paga por seus trabalhos como adivinho e curandeiro. Mas Domingos muito mais do que isto. Era também senhor de escravos e chefe de uma junta de alforria, uma sociedade a que escravos libertos que emprestavam dinheiro para compra da liberdade de outros escravos. O próprio Domingos era um alforriado. E se tornou o maior curandeiro e adivinho de todos em Salvador. Sua clientela não era apenas formada por negros escravos. Ia ter com ele muita gente branca e de posse. Os escravos o procuravam para  amansar seus senhores. E levavam beberagens que amoleciam seus corações. Domingos era, enfim, uma pessoa contraditória.  Era adivinho, curandeiro, devoto de orixá e de Nossa Senhora do Rosário, Senhor de escravo, amansador de senhor de escravo e chefe de junta de alforria. Fonte: João José Reis, professor da UFBA









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