domingo, 22 de julho de 2012


No princípio era o caos. Aí, veio o Neto estendeu seu braço curto e disse: “Haja luz!” (Ele não sabia Latim pra dizer “Fiat Lux!”. Mas, ainda assim, a luz se fez). Depois, ele criou Volta Redonda. Aí, ele separou de uma vez o céu da terra. E criou o Homem e criou a mulher e disse mesmo assim:  "Ide e multiplicai-vos! Espaço não falta. O céu é nosso!" Dada a ordem, saiu aquele casal a reproduzir-se, a reproduzir-se, a reproduzir-se... E pipocaram por todos os cantos as numerosas aparecidas paraíso e os zezinhos da ética. Na mesma medida em que eles nasciam, seu criador os ia colocando aqui e ali ocupando os espaços que havia. Encheu até a Câmara Municipal com eles. E como as aparecidas e os zezinhos não paravam de nascer Neto foi colocando aquela gente que surgia até na oposição. E, a cidade foi se tornando como está:   todo animal dessa cidade, toda ave do céu e todo réptil do chão, toda alma vivente e toda erva verde se tornou para seu deleite e seu desvanecimento. Neto se tornou o princípio, o meio e o fim dos voltarredondenses. Fora dele, o caos de novo. Até a oposição sabe disto. Tanto que não o critica. Pelo contrário, até o imita. Enquanto de um lado, Neto passa com a sua bandinha cantando "Mamãe, eu quero/ mamãe eu quero... " ; do outro lado segue a oposição com seu canto de guerra: "Eu também quero/ eu também quero..."








Paulinho da Força Sindical é pai do Alexandre Pereira da Silva que tem no Governador Geraldo Alkmin uma segunda mãe. Mãezona mesmo! O eleitor assustado pergunta "Como é que pode uma coisa dessas???" E eu, feito o Ananás, respondo: "Podendo, ué!" Tutti buona gente! Alkmin até deu ao menino um brinquedinho invejável - a  Secretaria de Estado de Emprego e Relações do Trabalho. Desde março, Alexandre fica ali, distribuindo sorrisos, apertos de mão e recursos públicos. Mais tarde vai cobrar tudo em votos, que é uma forma de manter-se forte e sacudido. São 243 postos de Atendimento ao Trabalhador. Tudo c criados em parceria com prefeituras. Há um certo senhor  Akamine Wolff, funcionário de carreira, que manda, ali. Tá no organograma.  Mas ninguém lê organograma.  Parece que só o próprio Alkime e o rapaz do setor de pessoal sabem disto. A própria secretária endereça assim seus documentos:  “Prezados Senhores, em nome do coordenador de Operações, Sr Alexandre, solicito e ta, ta, ta...” Está, portanto, na mão do PDT a Secretaria Estadual de Emprego. Tá combinado assim.  É que Paulinho da Força se comprometeu a apoiar Geraldo Alkmin na próxima eleição de 2014. O PSDB busca desesperadamente uma aproximação com o movimento sindical e o Paulinho sabe o segredo da porta.  Quem beija meu filho, minha boca adoça.




Reunião do Conselho


Não vá o caro leitor fazer deduções apressadas das coisas que vê, que ouve ou que lê. Não só porque estamos perto de eleições, mas porque o mundo está mesmo muito mudado. Se você, caro eleitor (falo eleitor para dar ares de cidadania) , ao passar pela rua, for olhado detida e meticulosamente por outro homem pode não ser aquilo que você está pensando. Se o constrangimento se tornar muito forte mesmo, peça-lhe o RG. E se ali encontrar “nascido em Asara, Índia” então se aquiete. É que o conselho daquela aldeia determinou o fim do casamento por amor. O governo já até mandou a polícia lá, mas a lei está sacramentada. Agora, são os pais que escolhem os cônjuges para os filhos. Nada de os jovens saírem por aí olhando uns os olhos dos outros. São os pais que trocam os primeiros olhares, são os pais que trocam as primeiras idéias, são os pais que sentem a química, são os pais que selam os casamentos, são os pais que juram amor eterno. Na comunidade, não há discordâncias. Até porque eles já estão acostumados ao dura Lex sed Lex. Lá, as mulheres são proibidas de usar celulares em público e de sair com a cabeça descoberta. E só depois dos 40 estão liberadas para fazer compras sozinhas no mercado aos domingos. Isto por um lado é bom.





Eis um empresário próspero - Carlos Vinicius Buzulim. Escolheu, escolheu, observou bem o mercado – as possibilidades disto, as possibilidades daquilo. E bateu na porta certa. Juntou mais cinco amigos e criou o site de relacionamentos “Amor em Cristo”, para aproximar evangélicos com objetivos amorosos. Isto foi em 2003. Naquele tempo, já havia duas dessas experiências bem sucedidas no mundo – uma no Canadá e outra nos Estados Unidos. Se é bom para eles, é bom pra nós também. Foi o que Carlos pensou. E não errou. Hoje, são 2 milhões de usuários no site. Em 2009, eram 600 mil. São 400 mil acessos mensais. E esse mercado evangélico não pára de crescer. Segundo dados do IBGE, eles cresceram 61% nos últimos dez anos. Somam hoje 42,3 milhões. Os católicos ainda formam maioria de 123 milhões mas com um crescimento bem modesto.

CURIOSIDADES



Dom Pedro II viveu 66 anos e 3 dias. Quase morre no dia do próprio aniversário. Reinou durante 58 anos. Quando seu pai, D. Pedro I, abdicou e foi embora para Portugal, o deixou aqui para dar conta do país. Ele tinha apenas cinco anos de idade e passou a dedicar o seu tempo para estudar, ser um bom imperador. Assim foi sua infância – triste e solitária. E, ainda por cima, caiu-lhe nas mãos um império que caminhava para o fim. Ainda assim reinou por 58 anos, com uma monarquia parlamentar constitucional. Foi vitorioso em três conflitos internacionais – Guerra do Prata, Guerra do Paraguai e Guerra do Uruguai. Mas terminou retirado do poder num súbito golpe de estado dado por um pequeno grupo de militares. D. Pedro II não quis resistir. Ele estava desiludido com o futuro da monarquia. Foi embora para Portugal, onde passou os seus dois últimos anos de vida, vivendo só e com os seus próprios recursos.

Encenação do enforcamento do escravo Francisco

 
Às 13h do dia 28 de abril de 1876, deu-se a última execução por enforcamento, no Brasil. Francisco era o nome do escravo executado. Há doze anos o povo da cidade de Pilar, Alagoas, faz desse acontecimento, um evento cultural. Francisco subiu ao patíbulo por conta de dois assassinatos que ele e mais dois escravos cometeram. Foram dois crimes bárbaros. Eles mataram a pauladas o casal João Evangelista de Lima e Josepha Martha de Lima, proprietários do Hotel Central na cidade. Eles eram ex-escravos do casal. Após os assassinatos fugiram. Um foi morto em confronto com a polícia e os outros dois capturados – Vicente e Francisco. Ficaram presos por dois anos. O juiz deu o veredicto: Vicente condenado à prisão perpétua e Francisco à pena de morte por enforcamento. Esta foi a última aplicação de pena de morte no Brasil, estabelecida no Código Penal de 1830. Novas condenações surgiram, mas o imperador comutou todas elas fossem de escravos ou de homens livres.

 

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