domingo, 26 de agosto de 2012

ZEZINHO, UMA ENTREVISTA FANTÁSTICA



Zezinho em carne e osso

Vem lá da sala um barulho. Pergunto quem é? Uma voz me responde: “Sou o Caveirão do Legislativo!” Corro para a lá e não vejo ninguém. Nem podia de ver. A porta estava trancada, as janelas fechadas, o portão intransponível... Só podia ser um espírito. Um espírito de porco, talvez. Aí, aquela mesma voz me falou para eu não ter medo, que ele não era nenhum bicho papão e que, enfim, ele só pegava vereador. Coisa difícil essa de se explicar o Zezinho da Ética dormindo lá no Jardim Caroline e  seu espírito vagando cá pela Barreira Cravo. Ele não trazia o apito, a língua de sogra e nem ninguém da sua falange de seis patrulheiros. Não trazia, sequer, aquela sua camisa preta  escrita com letras brancas "MEP - Movimento da Ética na Política”. Só o reconheci mesmo porque sou uma autoridade municipal em Zezinho da Ética. Ele queria dar uma entrevista ao blog. Não me fiz de rogado e mandei logo a originalíssima pergunta:
EU: Jura dizer a Verdade, toda a Verdade e somente a Verdade?
ZEZINHO: Não sou louco de jurar isto. Fui criado evitando a verdade. No  jardim em que moro podia comer de tudo. Quase tudo. Só não podia comer da Árvore da Verdade. Eu evitava e ainda evito até sua sombra.  Reforçavam a ordem com a história do Adão. Aquilo abriria os meus olhos. Um homem com os olhos abertos é uma perdição. Taí o Jair Nogueira, coitado, cismou de abrir os olhos e anotaram o nome dele lá num caderno. E a Aparecida Paraíso, Professora do Curso Bíblico, na Cúria, sempre diz, repetindo Jesus: "A verdade mora num poço." E ela emenda dizendo que o poço é fundo pacas.
Aí, negando-se a falar a verdade, o  Zezinho me pareceu o mais verdadeiro dos homens. Mas não me dei por achado; fui em frente. Sempre escapa alguma coisa.
EU: Eu queria saber por que você é Zezinho da Ética e não Zezinho do Neto.
ZEZINHO: Ih!... Você mexeu num ponto!... Esta pergunta... olha eu... Se eu me chamasse Zé do Neto, o Paiva morreria de paixão. Eu sou amigo do Paiva. Não seria o pomo da discórdia. Não vou não, posso não, a turma não deixa não.
EU: Mas penso que Zezinho da Ética diz tão pouco. Ninguém quer saber de ética. Agora, Zezinho do Neto é mais pomposo e, convenhamos, é muito mais concorrido.
ZEZINHO: Também acho. Até porque eu sou muito mais do Neto do que da Ética. Todo mundo sabe disto. Até meu netinho brinca assim : “Meu avô o Zezinho, é sabido de montão. Carrega a ética no bolso e o Neto no coração”



Ontem me encontrei com um quase-incrédulo. Não acredita que o homem foi à Lua, acha que a Apolo XI foi uma farsa e que a areia onde a nave posara era a Praia de Mangaratiba. No outro dia, encontrei com outro quase-incrédulo, o Franch da Prefeitura. O Franch não acredita em nada. Nem no mensalão ele acredita. Mas ambos, o Franch e o  outro, acreditam no PT. A mesma fé que eles tinham em Senhora... Dizem que há outros como os dois por aí. Yo no creo en las brujas pero que las ai, las ai. Talvez não sejam muitos. Tanto que a  Kika Monteiro está disputando a tapas esses votos. Foi ela quem disse que a briga dentro do partido é grande. Mas não quero fugir do assunto. Há muitas cabeças ocas por aí. Mas há qualquer coisas com elas. Eu sinto que é impossível, aceitar que Lula, e José Dirceupor mais elaboradas que sejam as cambalhotas que se aceite que Lula, José Dirceu passaram a largo do mensalão. E o mensalão para os Franchs é a mais inocente das superstições. São cabeças pré-Revolução Francesa. Ainda entendem que o rei é divino. E o Lula incorpora esse messianismo. Mas parece que vai caminhando para o seu ocaso. Fernando Haddad, seu candidato a prefeitura de são Paulo não sai do chão. Lula  escorraçou a Marta, escorraçou Erundina e abraçou-se a Maluf. Quer a Marta de volta apoiando Haddad. Mas a ex-prefeita está irredutível. Na semana passada, Dilma, certamente a pedido de Lula, chamou Marta para uma conversa. Não rendeu nada. É uma briga no céu. Vai começar tudo de novo. Parece que vai ter um novo anjo caído.


Yessica Paola


Yessica Paola Roja Morales e Juan Carlos Abadia são marido e mulher. Ele, megatraficante; ela o acompanha. Presos aqui, os EUA requereram a extradição dele, ela ficou e foi condenada a 11 anos de prisão. Na cadeia ocupou uma modesta cela de 9m2, água quente e televisão. Está condenada por lavagem de dineiro, falsidade ideológica e formação de quadrilha. Lá se foram quatro anos assim até que ela agora conseguiu o indulto de final de ano. Desde julho, trocou a cela por um flat. Além de estar livre desfruta de acomodações menos modestas, com janelas abertas para a avenida. Agora, ficará um semestre inteiro aguardando o fim de ano. Vai curtir a festa, ver a queima de fogos em liberdade. Só volta no dia 4 de janeiro. Talvez, nem volte. Seus advogados pedem para ela pagar o resto da pena em regime semi aberto e o diretor da prisão morre de medo com a presença dela.

Cidade de Tupã
Agora, a porteira abriu-se de vez. E foi na cidade de Tupã, Estado de São Paulo. Um homem e duas mulheres que vivem juntos na mesma casa e na mesma cama queriam oficializar essa estranhissima união. Era a vontade dos três. São moradores da Cidade do Rio de Janeiro e percorreram todos os cartórios de lá em busca desse registro, sempre negado. E tanto procuraram que foram descobrir lá no interior de São Paulo uma cidade cujo cartório não levantava o menor problema para essa que se chamou união poliafetiva.  O tabelião local, Richard Granieri declarou que os três fizeram essa escritura pública para garantir direitos iguais aos cônjuges. Agora, enfim, com o documento na mão, consolidaram uma união que os anos já haviam cimentado.


CURIOSIDADES



O Marechal Floriano Peixoto teve um governo conturbado. Assumiu com a renúncia do Presidente Marechal Deodoro, antes de ter decorrido a metade do mandato. A Constituição previa que, nesses casos, tinha que se convocar nova e imediata eleição. Floriano que era o vice fincou o pé e não permitiu a mudança; governou à força. Veio a Revolta Armada, uma resistência constitucionalista que se juntou à Revolução Federalista. Eram adversárias as duas, mas se juntaram para combater o Marechal de Ferro. Tomaram a cidade de Desterro, capital do Estado de Santa Catarina. No dia 16 de abril de 1894, Floriano Peixoto enviou contra eles onze embarcações e o encouraçado Aquidaban.  E pra mostrar que estava mesmo disposto, enfiou no comando das forças o Coronel Antonio Moreira Cesar, conhecido como “coronel corta cabeças”. E veio o massacre. Quase seis meses depois, Floriano receberia um telegrama assim: “Marechal Floriano, Romualdo, Caldeira, Freitas  e outros fuzilados, segundo suas ordens”. Entre os executados estavam o Barão de Batovi, que lutara na Guerra do Paraguai, Frederico Guilherme, presidente do governo provisório da república catarinense e dezenas de oficiais que assinaram a ata de rendição de Desterro, que, numa homenagem controversa, passou a se chamar Florianópolis, em homenagem ao presidente Floriano Peixoto. Fonte - Revista de História da Biblioteca Nacional




O Tratado da Cruz Vermelha foi assinado em 9 de agosto de 1866, em Genebra. Seus fundadores foram a França, Bélgica, Suiça, Holanda, Prússia, Bade, Itália, Dinamarca, Wurtemberg e Portugal. Mais tarde, esse documento, que recebeu apoio de outras nações, estabeleceu que são considerados neutras as pessoas a serviço de socorros às vítimas nos casos de beligerância. O nome de Cruz Vermelha foi adotado a partir de 1876. Atualmente, seus trabalhos já não estão mais restritas aos feridos de guerra, mas presta socorro de uma forma geral, inclusive as vítimas de acidentes naturais.  A Cruz Vemelha age no princípio da neutralidade, não se envolvendo nas questões militares ou políticas. Daí, é sempre digna de confiança das partes em conflito e tem liberdade para suas ações humanitárias.



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