segunda-feira, 10 de setembro de 2012

AS MUITAS FACES DA COMUNICAÇÃO


Com chuva ou sol, eu vou à praça da prefeitura. Cinco minutos, apenas. Paro, me benzo e digo  “Sai daí, que esse corpo não te pertence, Seu Coisa!” E, sinceramente, parece que as  providências estão sendo tomadas. No princípio, havia  pessoas que até riam de mim. Agora, tá mudado. Depois de  muita falta de água, na cidade, falta de escolas nos bairros, barulho demais na Ilha São João... Só podia dar nisto. E tem gente que pensa que Deus não vê as coisas. O meu grupo de orações cada vez aumenta mais. Tudo afinadinho comigo. No final da minha exortação eles dizem "amém". E uma senhora que não encontra remédio nos hospitais, diz - quase piedosamente - "Vá com Deus e as pulgas".  Acho muito gratificante esse reconhecimento pelo meu trabalho. Bem se diz que a fé remove montanhas. Agora, tá todo mundo vendo. Ruim mesmo é ser dessa gente que faz, faz, faz e ninguém sabe o que ele quer, ninguém o compreende. Tenho pena desses infelizes feito o jornal Fatos e Análises, coitado. Morro de pena dele. Dizem que ele foi criado para defender o Prefeito. Na verdade, eu não entendo assim, não. Tenho minhas dúvidas. Primeiro pelo seu estilo panfletário. Este estilo, como todo mundo sabe, é próprio da oposição; só fica bom nas mãos dela.  Ser panfletário defendendo governo é o mesmo que dar beliscões com luvas de box. Sinceramente, acho que esse tal Fatos e Análises é do Zoinho. Em caso contrário, não teria publicado que as empresas do Loureiro - vice do Zoinho - não são sediadas em Volta Redonda. Ora, o Loureiro não é nenhum desconhecido do Prefeito. Com certeza já tomaram muita cerveja juntos. Ele era presidente do Voltaço.  E o prefeito não aproveitou nenhuma dessas oportunidades para trazer aquelas empresas para nossa cidade. É duro de acreditar. Quantas outras empresas não vieram por falta de empenho do prefeito? A intenção do jornal, pra mim, é claríssima! Eu não quero prejudicar ninguém, mas tenho que fazer um reparo. É uma questão de justiça.  Se o jornal Fatos e Análises, fazendo o que faz, recebe algum da prefeitura, o jornal Aqui devia receber muito mais.

FHC, a mais das vezes, é um gentleman. Às vezes - intencionalmente, ou não - dá também as suas caneladas. Faz parte. Ele é indiscutivelmente a maior estrela do PSDB. Só o partido não sabe disto. Não lhe fazem nenhuma reverência em tempo nenhum. E quando chegam as eleições a coisa fica ainda pior - querem enfiá-lo num armário.  Na outra margem, vai o Lula, amado até pelos correligionários em que pisa. O PT só existe com ele e para ele. Lula empurra nomes pela goela do partido a dentro, semeia ventos e não vê nenhuma tempestade por aquelas bandas de lá. Nem sinal. Chegam as eleições ele sai às ruas lépido e fagueiro conquistando votos para os seus. O partido inteiro o segue submetido. No domingo passado, saiu um artigo do Fernando nos Estado de São Paulo e no Globo. Querendo, de novo, o seu espaço, mas preservar o namoro, FHC aliviou a moça e desancou o Lula.  Na vida, tudo é uma questão de escolha. Assim, disse que a moça recebera uma “herança pesada” e  que a desorientação também herdada trouxera crise moral ao seu governo. Dilma matutou: Fazendo assim  ganho isto perco aquilo; fazendo assado, ganho aquilo e perco isto. É. Tudo é escolha. Levou uma semana, escrevendo e reescrevendo sua resposta. Enfim, aliviou Lula e desancou o Fernando - disse que recebera do ex-presidente Lula uma herança bendita. "Não recebi um país sob intervenção do FMI ou sob ameaça de apagão". O público interno lulo-petista comemorou. E harmonizou um pouco aquela gente que estava de bico torcido com ela, dentro do partido. O PSDB não tugiu nem mugiu. Foi na medida. Há poucos dias, o senador Aécio Neves, potencial candidato a presidente da república em 2014, fez críticas duríssimas ao mensalão. Dilma deu de ombros. Ela está sonhando com a reeleição e já escolheu até o adversário. Quer brigar com FHC que não tem seguidores. 

Cidade Ermo do Sul

Muito já se ouviu falar na multiplicação dos peixes e do pão. Mas há outras multiplicações espetaculares também. Este é bem o caso da multiplicação dos eleitores, no Estado de Santa Catarina. Isto parecia ter parado lá na República Velha, quando o senador Pinheiro Machado de bigodes a Salvador Dali e rebenque cabo de prata ia anunciar os eleitos. Era dureza. Pois é. Já que não podem ressuscitar o finado senador estão lançando mãos de outro expediente. Tudo se adapta.  Vem lá de Santa Catarina a notícia de que em 17 dos seus municípios o número de eleitores supera o número de moradores.  Em um desses municípios, essa diferença atinge 579 pessoas. Não é pouca coisa, não. É mais ou menos o mesmo número de votos que o Jari do PT vai ganhar aqui com apoio do Paiva e tudo. É isto. Os números tão aí. É só buscá-los. Em Santa Catarina, compararam os dados do TRE com os do último censo do IBGE e encontraram o espírito anti-republicano.  Na cidade Ermo do Sul a relação entre moradores e eleitores é de 90%. Quem sabe os eleitores estão pensando assim - "votar lá eu até posso votar. Mas morar, Deus me livre!" 



A Dutra Leilões promoverá mais um dos seus, em São Paulo. Caçadores de   objetos antigos e raros que se ponham atentos. Outro igual será difícil aparecer. Um pacote de 280 lotes de objetos da familia real portuguesa e  monarquia brasileira irão a leilão.  Eles estavam nas mãos de colecionadores particulares e, agora, serão negociados. Irão, talvez, para as mãos de outros colecionadores.  Os diretores da Dutra Leilões, entretanto, esperam, com esta promoção, atraírem empresários motivados a adquirirem essas peças com a posterior doação a museus brasileiros. Quem for lá encontrará o contrato original do casamento de D. Pedro II com a Imperatriz Dona Tereza Cristina cujo lance inicial está estabelecido em R$ 4000,00 e muitas outras peças, como, por exemplo - uma bengala de Cherles Miller (O homem que trouxe o futebol para o Brasil) e ainda brincos usados pela Princesa Isabel, um bule e uma baixada de prata. E muito mais.


CURIOSIDADES

Luís Simões Lopes, Presidente do DASP, fundador da Fundação Getúlio Vargas era daqueles. Tinha uma grande vocação para tirano. Foi um dos auxiliares do governo de Getúlio Vargas, na década de 40. Julgava-se poderoso e frequentemente testava a sua força.  Um dia, fez mais uma das suas. Mandou um ofício  para todos os ministros. Oswaldo Aranha, Ministro da Fazenda, o recebera também. Leu pra ver o que lhe pedia, pegou a caneta e despachou: “Vai à merda!” Seu chefe de gabinete ficou assustado. Perguntou-lhe se devolvia o documento aberto ou dentro de um envelope. "Aberto!", respondeu o ministro. Muita gente lera aquele despacho que chegara, enfim, às mãos de  Luis Lopes. Não teve dúvida o moço. Foi direto a Vargas. Ele ou eu, seguia pensando. Pediria demissão.  No gabinete do presidente contou tudo direitinho, inclusive o que pretendia fazer. Getúlio  o sossegou dizendo-lhe "se você não vai à merda mesmo, então fica e o Oswaldo é quem vai se sentir desmoralizado.  Luis Simões acreditou e ficou. Fonte – Folclore Político de Sebastião Nery


A flor do Pau-Brasil é uma flor bonita e rara. Desabrocha  apenas uma vez por ano e tem a vida das flores. O pau-brasil é uma árvore muito ligado à nossa História. No século XVI, constituiu-se na nossa primeira atividade econômica. Sua resina servia para obtenção de tinta para tecidos. Hoje, é quase que só peça de museu. Alguns dos seus exemplares são encontrados também  no Jardim Botânico em São Paulo. Suas flores tem as pétalas grandes e amarelas e o miolo vermelho. E têm um odor muito  próximo ao do jasmim.   O caule é formado por uma madeira avermelhada. Seu nome científico é Caesalpinia echinata, uma homenagem que o botânico Charles Plumier prestou ao também botânico Andrea Alpino. O echinata foi trazido do latim e quer dizer "com espinhos". Antes, muito antes, os indigenas já a haviam batizado de ibirapitanga - madeira vermelha, em Tupi. Fonte: Flores da LULU, blog no Estadão)



Felisberto Caldeira Brant
Marques de Barbacena

Dois anos depois da declaração da independência, a economia do Brasil  claudicava. Justo no dia 7 de setembro de 1824, decidia correr o chapéu, na Europa. Este seria o nosso primeiro empréstimo externo, 3 milhões de libras esterlinas. O império brasileiro passava por uma situação verdadeiramente instável. Desde quando D. João VI deixara o Rio de Janeiro a situação vinha se agravando. O rei limpara o Banco do Brasil e ainda nos sobravam as dívidas da guerra da independência. O empréstimo era uma saída. O governo  imperial enviou, então, a  Londres,  o marechal Felizberto Caldeira Brant  e o conselheiro de Estado Manuel Rodrigues Gameiro Pessoa para as negociações. Nossas rendas das alfândegas foram oferecidas como garantia do pagamento. Os credores, um grupo de banqueiros britânicos, mais tarde transferiram os cuidados dessa dívida para  Nathan Mayer Rotschild, membro da poderosa dinastia de banqueiros.  Fonte - Revista da História do Brasil, da Biblioteca Nacional




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