domingo, 23 de setembro de 2012

PRA QUEM É, BACALHAU BASTA






Edson Albertassi entrou para o time do Neto. Muita festa. Era como o Pelé, no auge da carreira, entrasse para o Olaria Atlético Clube. A torcida soltou fogos a valer.  No meio do campo, uma turma de pernas-de-pau o abraçava carinhosamente e se perdoavam das recíprocas botinadas insanamente trocadas. Somos todos irmãos!  O jornal Aqui, porta voz do deputado, até se emocionou.  Comparou aquele encontro a uma festa de fim de ano, véspera do Dia Mundial da Paz. Tava muito chata mesmo aquela divisão que havia. Às vezes, o jornal ficava sem saber a quem agradar. O que agradava um, quase sempre, desagradava o outro. Muito, muito embaraçoso que estava.  Agora, não! Que felicidade! Cada cajadada mata dois coelhos. Muita gente, lá. Mas, sinceramente, Deus me perdoe, é muita vela pra pouco defunto. Se o deputado pudesse juntar os seus votos de São Pedro da Aldeia com os votinhos de Volta Redonda... Mas não pode. Eu acho que o próprio Neto pensa assim. Ele não fala nada; só fica ruminando, ruminando... Tem vindo gente de longe e de perto para tirá-lo desse cisma.  O governador veio. O vice veio. Até o Joãozinho de Pinheiral veio para reanimá-lo. E trouxe o seu humilde e escasso voto voltarredondense - um cumpadre seu que mora na Água Limpa. Minha vizinha, que vai votar no Zoinho, explicou:  "Pra quem é, bacalhau basta". Giovani Miguez também acha as coisas não andam boas para o Neto e o disse de forma clara e inquestionável no seu blog.  Bem que eu andava desconfiado.   Desde o dia sete de setembro venho percebendo que alguma coisa não fecha.  No palanque, ao lado de Albertassi, o Neto estava com a cara de quem comeu e não gostou. O Albertassi parecia ter um bolo no estomago. O Neto não engolia o Albertassi, mas a necessidade é ótima conselheira. Minha mãe tampava-me o nariz e metia o remédio na minha goela. Não sei se tamparam o nariz do deputado. Não sei. O que eu imagino mesmo é o diálogo havido entre eles. O Neto para o deputado: "Faz assim, me dá a meia dúzia de votos que você tem e eu te apóio, na próxima". O Albertassi sentiu-se valorizado e topou. Depois ficou pensando "quem tá mendigando meia dúzia de votos, não tem muito o que oferecer em troca. Acho que apostei no cavalo errado". 



Marcos Pereira é bispo da Igreja Universal, é presidente do PRB, é coordenador da campanha Celso Russomano e  acha que os católicos não devem se meter em política. Isto é coisa da cabeça dele, lá. Eles é que cuidem lá da religião e já estarão fazendo muito.  Dom Odilo Scherer, arcebispo de São Paulo, apesar das missas oficiais, do Cristo crucificado nas dependências públicas e de a Igreja Católica ter sido a barriga de aluguel para o  PT, acha que os evangélicos devem se restringir ao campo religioso e não se meterem em política. É assim. Eu se sou Deus não movia uma palha sequer nesta briga não. Ela promete. No ano passado, Marcos postou no seu blog que a Igreja Católica tem o “controle das ações do governo, seja federal, estadual ou municipal”. E mais. Disse também que a Igreja Católica era responsável pela distribuição do Kit gay, do Fernando Haddad no Ministério da Educação.  O kit gay é um lixo e a acusação, uma leviandade. O texto morreria no nascedouro porque ninguém ia mesmo dar confiança pra uma porcaria dessas.  Mas eleição é eleição. Aí, ressuscitaram o texto.  Dom Odilo Scherer, arcebispo de São Paulo, reagiu. Soltou uma nota que é lida nas missas.  O bispo diz que  o PRB é um partido “manifestamente ligado à Igreja Universal”. Pois é. Isto é lá coisa da cabeça dele. Não é de hoje que a  Igreja Católica participa da vida política. No império o catolicismo foi a religião oficial, vivendo sob a tutela da nobreza. Na república ficou ainda mais robusta: ganhou independência e elegeu representantes pela Liga Eleitoral Católica, em 1934. E, hoje, o que faz esta dupla  Leonardo Boff e frei Beto que não seja política.  É, como se dizia antigamente, o porco rindo do toucinho. 


Gêmeos de pais diferentes



Há mais ou menos um ano, arrepiamo-nos todos com a notícia de dois irmãos gêmeos, irmãos, apenas, por parte de mãe. O pai de um não era o pai do outro. A mãe, a mãe sim era a mesma.   Foi bem o que se deu com uma polonesa que mantinha relações também com outro homem além do marido.  Grávida decidiu-se divorciar pensando que o filho era do amante. E foi-se embora com ele. Vieram, enfim, os bebês - um menino e  uma menina. O teste de DNA comprovou a suspeita só pela metade: Um dos filhos era do outro, fosse qual fosse a perspectiva de quem analisava.  O filho era do ex-marido e a filha era do então amante. Agora, vem lá da Inglaterra outra noticia surpreendente. A possibilidade de um bebê ter um e apenas um pai e duas mães.  É uma  experiência da engenharia genética está sendo desenvolvida para ajudar as  mães com falhas na mitocôndria – a usina de energia da célula. As mitocôndrias são transmitidas apenas pelo lado materno. Um casal com este  tipo de problema  poderá usar um óvulo doado por uma outra mulher. O laboratório criará um óvulo híbrido, com o DNA majoritariamente da mãe. O bebê nascituro terá o DNA das três pessoas envolvidas. O governo britânico autorizou as inscrições para o tratamento até o dia 7 de dezembro. Pretende, após o fechamento das inscrições, estender este benefício à população. Fonte: Revista Isto É.



Chris Tangey, 52 anos, é um cineasta australiando que, há mais de 20 anos, batalha no ramo. Seu maior e incomparável sucesso é recente. Um curtíssima  sem roteiro, sem planejamento e sem o investimento de sequer uma pataca. nenhuma grana . Chris viajara para o Norte em busca de um bom lugar para mais um trabalho. Foi parar em Curtin Spings Station. Mal acomodara suas tralhas, um arbusto que se incendiava chamou-lhe a atenção. Mirou ali suas lentes. Não era um arbusto que se incendiava; era um tornado de fogo. Dali a pouco, aquela coluna de fogo formada traçaria na sua trajetória um caminho de cinzas. Chris filmou tudo, tudo. Do princípio ao fim. Guardou o filme a sete chaves. Na segunda feira passada deu-o à luz, através do Daily Mail. Aí, todo mundo ficou sabendo. Seu relato impressiona. Definiu o tornado como um redemoinho de 30 m de altura e que roncava feito um avião supersônico. As explicações do fenômeno vão desde o cumprimento das Sagradas Escrituras até a um acontecimento cientificamente previsível. Para David Mattheus, do Darwin Weather Bureau, trata-se de uma corrente de ar com vorticidade (tendência de girar) que se forma sobre o fogo. Não é o primeiro caso desses no mundo. O maior deles ocorreu no Japão em 1932. Mesmo no Brasil há registros de um desses acontecimentos em Araçatuba, São Paulo.

CURIOSIDADES



Santa Cruz, Rio Grande do Norte, é um promissor polo de turismo religioso. Esta é a sua vocação. A origem do seu nome tem esta marca. Em tempos bastante remotos, um missionário para protegê-la das periódicas cheias do  rio Trairi fez uma cruz de imbaré e o colocou no seu ponto mais alto Monte de São Carmelo. Daí, o nome de Santa Cruz. Agora, tanto tempo passado o mesmo  Monte de São Carmelo tem resgatada a sua sacralidade. Ali está construída o Alto de Santa Rita de Cássia. O maior monumento católico do mundo. São 56m de altura. Maior que a Estátua da Liberdade, nos EUA; maior que o Cristo Redentor, no Rio de Janeiro. Sua construção iniciou-se em 2007 e foi inaugurada em 2010.   Fonte: Revista de História da Biblioteca Nacional. 




Aquele lápis, amigo permanente das crianças nas escolas, é parente muito próximo de uma pedra valiosíssima - o diamante. A grafite e o diamante são mais que irmãos: eles têm a mesma composição química. Ambos são formados apenas por carbono. O que os distingue um do outro é a estrutura diferenciada, a forma como seus átomos estão organizados.  É tão somente essa organização que os torna tão direntes, quase opostos. São usados para fins completamente diversos. Enquanto podemos desgastar o grafite esfregando-o contra a nossa própria pele, o diamante é conhecido como o material mais duro.  

Nenhum comentário: