terça-feira, 23 de março de 2010

O Primeiro Jornal Virtual da Barreira Cravo



Lição 4


Estão aí dois belíssimos exemplares de árvores rachando calçadas. São centenas deles, à margem do rio Paraíba. Tudo admitido com a maior seriedade porque atende a um bem definido princípio. Na Barreira Cravo, caminhar pelas calçadas exige muito equilíbrio, muito cuidado. Enfim, muita atenção. Sobre ela ninguém consegue andar e conversar ao mesmo tempo. É um bom exercício, portanto. É própria para o salutar exercício da caminhada. Nestas rachaduras percebe-se o perfeito entrosamento de calçadas e natureza. No outro dia, os velhinhos lá da Ilha São João passaram por aqui. Talvez para conhecer de perto as maravilhas do bairro. Todos em fila e o instrutor, - todos sobre a calçada, ninguém na rua, ninguém na rua, ninguém na rua. Vinha repetindo. E repetia e repetia - ninguém na rua, ninguém na rua, ninguém na rua. Uma luta. Ninguém na rua! Isto porque havia velhinhos que procurando o caminho do menor esforço. não andavam sobre a calçada. O instrutor saiu vencido. Eu, sinceramente, li nos olhos dele uma idéia assim - "Eu vou falar com a Teresa para esburacar a rua também".


Lição 5






Aqui um ponto de suposta contradição para os mais distraídos. E é bom para que se afaste logo esta falsa idéia de que Barreira Cravo vive num abandono. Não vive. A placa aí é uma prova disto. São R$ 320 000,00 para arrumar uma praça que já estava pronta. É um desperdício? Claro que não! É uma obra para estabelecer a igualdade no bairro. O pessoal mais próximo da Ilha São João sofre horrores com o barulho lá produzido pelas festas do Neto. O pessoal lá da outra ponta tem as festas de fim de ano ali promovidas pela PMVR que perturbam também. Tem as festas na sede da associação de moradores. O pessoal lá tá até correndo um abaixo assinado. Os que andavam sossegadinhos eram os moradores em volta dessa praça da placa aí em cima (Sansoni ou Plácido Sobrinho?). Agora, eles vão ganhar bem em frente a casas deles uma pista de dança, um palco e quiosques. Não consigo imaginar o seu patrono - Sansoni - com os braços para cima, dançando na sua praça - "amor de julieta e romeu/ amor de julieta e romeu/ igualzinho ao meu e o seu". Se é que vocês me entendem


Notícias da Periferia da Barreira Cravo

O cachorro nasceu no Oriente Médio

O Cachorro vem do Oriente Médio. Lá, o homem aprisionou e domesticou o lobo pela primeira vez. Neste maior estudo genético feito com cães domésticos viu-se pelo cruzamento de DNA que apesar de tão numerosas as raças de cachorro elas estão muito próximas entre si. O bicho era feroz mas veio cedendo ao sabor das bolachas e de afagos. Rolar no chão, buscar objetos propositalmente atirados pelo homem fazia parte do seu aprendizado. Até ganharam características físicas muito simpáticas ao homem - como orelhas caídas, por exemplo. Ao contrário de outros animais o cachorro não evoluiu naturalmente, mas evoluiu segundo uma direção imposta pelo homem, que veio escolhendo sempre os mais dóceis, mais suscetíveis ao seu comando. O cachorro, enfim, evoluiu segundo a orientação do seu dono. Até que se chegou a este animal que não sobrevive sozinho. Também se deu assim com o político. Um mensalão aqui, um mensalinho aqui (lembram do Severino?) o bicho se acomodou. Eu até já vi algum de orelha bem caída.

Um comentário:

Anônimo disse...

Esse site é chato dmais tá!!!