sexta-feira, 16 de setembro de 2011

SE O ZEZINHO FOR LEVADO A JUÍZO



Zézinho fez da Ética um guarda-chuva providencial.  Yves Hublet, escritor curitibano, usou a bengala para exemplar José Dirceu. Muitas damas já usaram a sombrinha para afastar algum intruso. O guarda-chuva do Zezinho ele o leva para onde vai. E transita no meio das pessoas com a tranqüilidade de um vendedor de picolés. Outro dia, uma senhora até se assustou quando o Movimento Ética na Política apontou lá na esquina – o Zezinho e os seus seis seguidores. Todos vestidos com camiseta preta. Ela até entrou numa loja às pressas. Mas o balconista a tranqüilizou: “Não tenha medo! Eles são o grupo da ética.” Então, ela sorriu e falou assim: “Ah, já sei... eles só pegam vereadores, né?” O balconista concordou. Acho que é por isto que eles vão aumentar o número de vereadores para 21. Aguardemos. Pois bem, foi com essa folha de serviços que o Movimento Ética na Política saiu às ruas, no Dia da Pátria. Queria saber o que Volta Redonda pensa. E tinha um moço, cruzando os dedos maldizendo a última – soubera que o Luiz Henrique, chefe da guarda municipal, ia ser exonerado e estava inconsolável. E dizia – “Ele não pode sair, vai dificultar o Zoinho!” Havia também professores protestando e mais um grupo, Volta Redonda é Nossa, com uma pauta de indicações. Mas o Zezinho, metido naquele mafuá, só tinha olhos para o próprio umbigo. Ele não se compromete. E, depois, os jornais lhe abrirão as páginas e ele revelará as verdades previstas:: “São 30% os insatisfeitos com o horário de ônibus, 20% insatisfeitos com a poluição da CSN ,  99% de insatisfação com os vereadores e 120% de aprovação do governo Neto”. Aliás, acho que tem mais gente embaixo desse guarda-chuva.

MINISTRO LADRÃO DE GALINHA.  


Dilma Rousseff falou que não é refém da base e nem compactua com corrupção. Falou firme. Pareceu até estar dentro dos olhos da gente. Foi na TV. Todo mundo viu. Foi no Fantástico. Mas, uma semana depois, foi o próprio PMDB quem mandou embora mais um ministro corrupto – Pedro Novaes. Dilma só falou assim – “onde é que eu assino?” E de mãos pro céu pediu perdão pelo sacrifício do cordeiro.  Tanto corrupto aí dando sopa e mandar embora esse velhinho. A Polícia Federal, o Ministério Público e imprensa caçando corruptos graúdos com desvios de milhões e até bilhões pelos ministérios e esse velhinho cai porque usou a Câmara para pagar a empregada e o motorista da mulher. E o corrupto é tão fácil de ser descoberto... É só comparar o que ele ganha com o que ele junta. Nos últimos 9 anos, oito de Lula e um de Dilma R$ 2,3 bilhões que deveriam ir tratamento da saúde escorreram para a corrupção. E isto não é denúncia da Revista Veja; foi o próprio governo quem o disse. A corrupção vem de longe, claro! Mas a partir do governo Lula tornou-se dose para elefante. E o povo atendeu seu pedido votando em Dilma... No dia 20 haverá um comício no Rio de Janeiro. É contra a corrupção. É um bom teste para ver se o pessoal já acordou.

CADÊ A PROPRIEDADE QUE TAVA AQUI?






Comprar uma casa em praias brasileiras, hoje, é  quase como comprar um castelo de areia. O litoral brasileiro está mudando. Sua casa pode se afastar ou se aproximar do mar. Fiz uma rima. Uma não, duas. Mas não há nada de poético, nisto. Dos nossos 26 Estados, 17 são vítimas da erosão e progradação.  É coisa do homem? É coisa da Natureza? Discutem as autoridades enquanto gastam dinheiro com outra coisa. Apesar dos grandes prejuízos já alcançados, especialistas há que prevêem alterações ainda maiores para os próximos anos, porque entendem que são dois os fatores que proporcionam esse desastre:  a interferência do homem nos cursos dos rios (como o Prefeito Neto, em Volta Redonda), construções à beira mar e as mudanças provocadas pela própria natureza. O Neto não ta nem aí.

O BRASILEIRO E AS MIL E UMA UTILIDADES DA CUECA



Mais um brasileiro foi sucesso lá fora. Sucesso, não é bem o caso. Foi notícia. E, agora, vai ficar cheio de saudades do nosso feijão com torresmo. O fato dado e passado, no dia 25 de agosto, ainda frequenta alguns  jornais. Também, pudera! Simon Turola Borges, 30 é o Tal. Foi pego no aeroporto de Miami com a boca na botija, isto é, com cobras na cueca. É isto mesmo! Quando passou pelo scaner de corpo foi constatado algo a mais abaixo da sua linha de cintura. É que ele trazia dez filhotes de cobras e tartarugas distribuídos pelos bolsos e cueca, presos em meias-calças de nylon. Todos com semanas de idade. Confessou-se contrabandista de animais silvestres. Este tráfego  é proibido por convenções internacionais. Foi multado em 400 dólares e condenado a 2 anos de liberdade constitucional. Passados os quais será devolvido ao lar, doce lar do Brasil. 

CURIOSIDADES 



James Dewer (1842-1923), físico-químico  inglês é o inventor da garrafa térmica. Ele trabalhou por 25 anos em pesquisas com espectrocospia. Desenvolveu uma fórmula para benzeno e efetuou por mais de 25 anos, pesquisas em espectroscopia. Em 1891 descobriu o processo de obtenção do oxigênio líquido em grandes quantidades. Para melhor conduzir o estudo desses fenômenos a baixa temperatura concebeu um recipiente que dificultava a troca de calor com o meio ambiente. Com ele conduziria os gases liquefeitos. Daí, nasceu a garrafa térmica. Dewer, entretanto, nunca patenteou sua invenção. Ela foi, isto sim, patenteada por um fabricante de vidros, Reinhold Burger, em 1903,  que lhe diminuiu tamanho original deixando-a na forma que conhecemos hoje, no uso doméstico. Entretanto, enfrentando dificuldades para comercializar o produto vendeu os direitos para American Thermos Bottle Company . Fonte: http://www.dw-world.de/dw/article/0,,983551,00.html e Wikipedia


O PAPA FORMOSO


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Formoso foi papa de 891 a 896. Seu pontificado participou ativamente na luta de Roma pela supremacia política na Itália.  Desde 864, portanto, 27 anos antes de ser papa, o clérigo  vinha se destacando pela sua atuação política e habilidade diplomática. Sobretudo na questão carolíngea (872-875), quando fez acontecer a coroação de Carlos, o Calvo, como rei da França.  Também não esteve livre dos seus percalços.  Foi apontado como conspirador contra Roma e até excomungado pela própria Igreja Católica. Mas recuperou-se e chegou a papa em 891. Cinco anos depois morreria, sem que toda igreja tivesse engolido a absolvição que lhe fora dada. Seu sucessor, Bonifácio VI, convocou pois um tribunal para julgá-lo novamente, mas ele próprio morreria 15 dias depois. Quem conduziu o julgamento foi então seu sucessor, Estêvão VII. Mandou, então que se exumasse o cadável do Papa Formoso, já com 8 meses de enterrado. Vestiu-lhe os trajes pontifícios, sentou-o na cadeira papal e procedeu o julgamento que tinha que ser feito de corpo presente. Formoso, evidentemente, não pode se defender das acusações. Foi condenado. Arrancaram-lhe as vestes, amputaram-lhe os dedos da mão direita com que tinha distribuído bênçãos e assinado bulas, arrastaram seu corpo nu pelas ruas e o jogaram dentro do rio Tibre.  Estávamos em 897.
Fontes: Tu és Pedro – Georges Suffert; e do site
 http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/papas-catolicos/formoso.php


Por que a PF não busca quem matou Celso Daniel
José Nêumanne - O Estado de S.Paulo
No sábado passado, enquanto o mundo inteiro se preparava para prantear as quase 3 mil vítimas do terrorismo fundamentalista em Nova York, outra efeméride fúnebre passou em brancas nuvens pelos céus deste nosso Brasil varonil. Os dez anos da execução do então prefeito de Campinas, Antônio da Costa Santos, não foram lembrados com a indignação com que deveriam tê-lo sido, neste momento em que até a presidente Dilma Rousseff definiu como "positiva" (a seu assessor palaciano Gilberto Carvalho) a mobilização popular contra a corrupção, no Dia da Pátria. A omissão passou a ser mais uma evidência acumulada de que os antigos romanos tinham razões de sobra para constatar que sic transit gloria mundi (assim passa a glória mundana).
Afinal, a vítima não era um anônimo qualquer. O compositor e intérprete de sucessos musicais Chico César, seu amigo pessoal e testemunha de muitos dos comícios e outras manifestações de apreço dos campineiros, garante nunca ter visto amor tão genuíno como o que estes demonstravam explicitamente pelo líder, baleado na noite de 10 de setembro de 2001 quando manobrava à saída do estacionamento de um shopping center. A cidade que ele administrava não é propriamente um vilarejo insignificante, o que poderia justificar a lápide fria que foi posta não apenas sobre seu corpo, mas também sobre a obra de um dirigente político que denunciou, com coragem, o banditismo em suas mais diversas formas, entre as quais as da política e da governança pública. É possível até argumentar que seus assassinos se beneficiaram do fato de a execução ter ocorrido justamente na véspera dos atentados contra as torres do World Trade Center. Mas mesmo essa desculpa é pálida, para não dizer amarela, como definia minha avó Nanita, que pontificava do alto de sua vetusta sabedoria doméstica: "Desculpa de cego é feira ruim e saco furado".
O certo é que só o acaso não justificaria ou, em última instância, perdoaria o silêncio de cemitérios que se impôs sobre o assassínio do líder que teria acrescido ao apelido familiar Toninho a expressão "do PT" para não ficar dúvida quanto ao partido a que pertencia o mártir na luta contra o crime. Nem para deixar que os dez anos de negaças e incúria das autoridades públicas os despejem no oblívio.
Toninho 13, assim conhecido por causa do número de suas postulações a cargos no Executivo municipal de sua cidade, não era decerto um militante apreciado e totalmente aprovado pelo comando do partido, como o era outra vítima de morte dada como acidental, nunca devidamente esclarecida, Celso Daniel. O campineiro chegou a ser demitido da Secretaria de Obras de Jacó Bittar, amigo do padim Lula e pai dos sócios do filho do profeta de Garanhuns, a exemplo do que também ocorreu com o ex-guerrilheiro Paulo de Tarso Venceslau, que não chegou a ser morto pelas denúncias que fez, mas sobreviveu a dois atentados na Rodovia do Trabalhador. E não escapou do expurgo partidário por insistir em não compactuar com a omissão cúmplice da direção partidária.
Quando Celso Daniel foi baleado, quatro meses depois de Toninho, tinha saído da prefeitura de Santo André para coordenar o programa presidencial na campanha, que terminaria vitoriosa, de Luiz Inácio Lula da Silva. Com sua morte, o posto foi ocupado por Antônio Palocci, abatido dos mais altos postos da Esplanada dos Ministérios não por balas de pistoleiros, mas por acusações de agressões à ética que iam desde a invasão do sigilo bancário de um pobre caseiro até a multiplicação do patrimônio pessoal sem renda que a justificasse. Só por aí já dá para imaginar o destino glorioso que poderia ter tido o moço do ABC, se não houvesse morrido.
De qualquer maneira, há semelhanças entre as vítimas. O amado e corajoso líder campineiro denunciara grupos poderosos de corruptos públicos e privados na comissão parlamentar de inquérito (CPI) que investigava o narcotráfico. E o preparado quadro de Santo André também protagonizava um escândalo em que o produto da propina, segundo dois irmãos dele, fora transportado em malas entregues ao mesmo Gilberto Carvalho que acabou de ouvir Dilma elogiar as manifestações contra o esbulho, tendo como destinatário o então presidente nacional petista, José Dirceu. Todos os personagens dos casos citados, é claro, negam envolvimento e este último tem negado muito mais, de vez que é acusado de chefiar um bando organizado que movimentava recursos públicos e privados na compra de apoio parlamentar.
A Polícia Civil, chefiada por adversários do PT no poder no Estado de São Paulo, logo incriminou o sequestrador Andinho, dado como o matador de Toninho. Da mesma forma, concluiu que um menor teria acertado a testa de Daniel a oito metros de distância no escuro da madrugada numa mata em Itapecerica da Serra. Em ambos os casos, o comando petista não discutiu a conclusão dos subordinados de tucanos e contestou familiares dos mortos, indignados com as óbvias falhas nas investigações.
Há pouco tempo, um júri popular começou a condenar alguns participantes da execução do prefeito sequestrado. A promessa feita por Lula, candidato no palanque, em Campinas, em 2002, de mandar a Polícia Federal (PF) investigar o assassinato do prefeito baleado na direção do carro nunca foi cumprida. Márcio Thomaz Bastos, indicado para assessorar juridicamente a família do morto, Tarso Genro, Luiz Paulo Barreto e José Eduardo Martins Cardoso, no comando da pasta à qual está subordinada a PF, não moveram uma palha para cumprir essa vã promessa de seu líder supremo.
O mínimo que se pode questionar neste décimo aniversário da execução de Toninho do PT é por que nunca ninguém das cúpulas petista e federal se interessou em saber se tem razão a polícia paulista, que acusa Andinho, ou o sequestrador, que sempre negou a autoria do crime.

NOTA: O artigo acima é do jornalista JOSE NEUMANNE PINTO  e foi publicado no jornal O ESTADO DE SÃO PAULO. José Neumanne é autor do livro O QUE SEI DE LULA, que já se encontra nas melhores casas do ramo

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