sábado, 14 de maio de 2011

A VANTAGEM QUE A MARIA LEVA



Volta Redonda. Não sei se o leitor sabe quem é o Renato Soares. Se não o sabe agora, provavelmente não o saberá depois. Este é o seu melhor momento. Está no seu ponto mais alto - pretende ser candidato a candidato a candidato a Prefeito de nossa cidade. Mas não o tenham por uma pessoa modesta. O sonho parece uma coisa simples. Até o Granato o cultiva. Ainda assim eu o acho exagerado. Renato é do PCdoB, o partido que tem a foice, o martelo e dois vereadores. Quer dizer, tinha. Parece que os trocou por duas ou tres vagas de auxiliar de escritório na Prefeitura Municipal. Até conheço um desses meninos. Ele sabe que Karl Marx escreveu O Capital e tem uma grande admiração pelo Gotardo.  Hoje, deve ser todinho Neto. O tempo passa. E, de fato, passou. Faz tempo que não o vejo. Quando o vi pela última vez, ele estava às voltas com a biografia do Gotardo. Já estava em oitocentas páginas. O que, convenhamos, é de se tirar o chapéu.  Mas voltemos ao Renato Soares, que nem ele, nem eu, nem o estimado leitor está interessado em biografias. Renato Soares parece que - como eu - também não tem o PCdoB em boa conta. Vai para o PDT. Não me perguntem que vantagem a  Maria leva. Não sei. O Granato deixou sua posição de general no PDT para ser um recruta zero lá no PMDB, ao lado do  Sargento Tainha. E ri de sacudir a barriga de satisfeito.


 


Dilma Rousseff já tinha dado ordem para botar mais água no feijão, quando chegou a notícia de que seu ilustre conviva não viria para o almoço. Hugo Chavez avisa que está doente e não pode vir. Que maçada! Dilma se ajeita e diz, cortesmente, que não faltará ocasião para um outro encontro. E lhe desejas melhoras. Em seguida, põe o queixo na palma da mão e lamenta: "Não precisavam ter matado mais um frango". Acontece. Mas  havia uma perda maior que a do frango. Eram os 17 contratos que a Venezuela deixava de assinar com o Brasil. E ela pensando que estava fazendo tudo direitinho.  Recomenda a praxe que os presidentes ofereçam almoço a chefes de Estado, no Itamaraty. Mas Dilma não o quis. Preferiu tirá-lo de lá daquele burburinho, de fotos e entrevistas e levá-lo para o aconchego do  Alvorada. Chavez é de casa. Ela disse para um dos assessores. Chavez que adora holofotes ficou emburrado com a troca e parece até que disse "agora não vou mais". A coisa preocupa. E, mais ainda. Chavez para fazer a Dilma se morder de ciúmes danou a elogiar a China - "Estou apaixonado pela China". Confessa o guapo mancebo. Os chineses são seus sócios - como financiadores. E dela a Venezuela vai receber 40 mil casas para o seu megaprograma habitacional - minha casa, minha vida.  Tanto o ciúme do Brasil como a paixão de Chavez tem fundamento. A Venezuela tem 32 bilhões de crédito com a China; Venezuela foi responsável por expressivos 15% do superavit global do Brasil, em 2010. Se eu fosse a Dilma voltava ao programa da Ana Maria Braga e trazia uma nova receita. Fonte: a Folha de São Paulo


Gary Coleman que estrelou a série
"Minha Família é uma Bagunça"
exibida do SBT
Como se dizia antigamente mais depressa se pega um mentiroso do que um coxo. Isto era uma advertência que poucos pagavam pra ver.  Hoje, não; hoje a mentira é servida na alcova e  via satélite, com a mesma naturalidade. Os Estados Unidos, durante 9 anos e 8 meses perseguiram  obstinadamente o terrorista Osama Bin Laden. E, depois se perderam em mentiras absolutamente esfarrapadas para a explicar essa mortre anunciada havia quase uma década.  Uma dessas mentiras é que o corpo de Osama não podia ser visto pelo distinto público porque fora enterrado no mesmo dia da sua morte em respeito a um ritual americano.  Caramba! O corpo de Kennedy ficou exposto durante vários dias. Michael Jakson, Elizabeth Taylor, mais recentemente, ficaram expostos até que cessassem as caravanas e caravanas que vinham de longe para um adeus final e, se a sorte lhes sorrissem roubariam um botão do casaco ou uma mecha de cabelo como souvenir.  Pra encurtar a história, temos, agora, o corpo de Gary Coleman que morreu em 28 de maio do ano passado e ainda hoje não foi enterrado. Seu empresário Vic Perillo diz que ainda não se decidiu se o corpo vai ser enterrado ou cremado. Há uma demanda entre a família e a ex-mulher do ator. Enquanto isto, ficam pagando aluguel num necrotério no Estado de Utah, nos Estados Unidos. E, pelo visto, vão ter que renovar o contrato de locação. Isto, entretanto, incomoda menos a Vic Perillo. Ele está irritadíssimo é com os canais de TV como a NBC e ABC que ganharam muito dinheiro as custas de Coleman e agora, decorrido um ano de sua morte, se recusam a homenageá-lo. Ele recebe sempre a mesma e definitiva resposta "Não estamos interessados". Vic que ganhou dinheiro vendendo fotos de Coleman em coma, não encontra mais mercado para a exposição de Coleman morto.

O Nomadismo e o Sedentarismo 

Os primeiros agricultores podem ter utilizado essas
bancadas para processamento de plantas silvestres.
Fonte: David Oliver, projeto WF16

WF16, sítio arqueológico na Jordânia, traz uma novidade: O homem não pulou de vez de nômade para uma vida sedentária. É uma coisa mais ou menos assim: ele foi parando para descansar, sentando numa pedra à sombra de uma árvore e, aí, se acostumou de vez. É fácil se acostumar com o que é bom. Hoje, é preciso o médico empurrar esse bicho-homem para uma simples caminhada. As pesquisas em WF16 indicam que houve um estágio intermediário para tão radical mudança. Concluem que as estruturas ali encontradas seriam resultados de um grande esforço coletivo, há 11 mil anos. Não existiam habitações permanentes para famílias individuais e nenhuma separação entre o público e o privado. Segundo a revista científica "PNAS". Mas já era um passo.
 Fonte: Folha de São Paulo

Vamos Reler Esopo

  A CNBB já teve seus dias de prima-dona. Agora, seu novo presidente - Cardeal Raymundo Damasceno Assis - tem essa missão de resgatar-lhe a força. Difícil tarefa. Com tantas divisões internas a Igreja Católica perde a união e, por consequencia, a força. E a CNBB com ela. É Chalita e padre Fábio puxando para um lado, é o bispo de Guarulhos puxando para o outro. Não dá. É impossível conduzir a bom termo uma tropa tão dividida. Repete-se a fábula de Esopo. Dois burros estavam amarrados às extremidades de uma mesma corda. Cada um, numa ponta. Queriam comer e havia dois montes de feno colocados em lados opostos.  Ficaram dias assim. Cada um tentando, sem o conseguir, comer do monte que estava ao seu lado. Cansados e famintos resolveram conversar. Conversaram, conversaram, conversaram. Decidiram, enfim, irem juntos a um monte e depois ao outro.  Primeiro este, depois aquele. Como dizia minha mãe, há solução para tudo. 



Ovídio, poeta romano

Água Mole. Há provérbios que têm todo sabor popular mas a sua origem vem dos clássicos. Foram extraídos de livros e adaptados à informalidade, conquistando o trânsito livre. É bem assim com o “Água mole em pedra dura tanto bate até que fura”. Está em Ovídio, poeta romano (Publius Ovidius Naso, autor de Medeia). Foi dito assim, em latim: “Quid magis est durum saxo? Quis mollius unda? Dura tamen molli saxa cavantur aqua” (Que é mais duro que a pedra? Que é mais mole que a água? Todavia a água mole cava a pedra dura). O mesmo pensamento é também encontrado em Lucrécio (Titus Lucretius Carus  – poeta e filósofo latino que viveu no século I aC): “Stillicidium casus lapidem cavat” (Caindo gota a gota a água cava o rochedo). Fonte : Etimologia, Ed. Abril 



Anna Justina Ferreira Nery Este era o nome de Ana Neri a pioneira da enfermagem, no Brasil. Casou-se com o capitão de fragata Isidoro Antonio Nery em 1837, ficando viúva 6 anos depois com tres filhos pra criar. Dois dos seus filhos se tornaram oficiais do Exército. Ao iniciar a Guerra do Paraguai (dezembro de 1864) seguiram ambos para o campo de luta. Anna requereu ao presidente da província da Bahia lhe fosse facultado acompanhar os filhos. Porém não aguardou a autorização. Partiu incorporada ao décimo batalhão de voluntários em agosto de 1865, na qualidade de enfermeira. Ela lutou como enfermeira em vários hospitais. Na capital do conflito onde ficou até o fim da guerra ela montou uma enfermaria com recursos que ela herdara da família. Foi apelidada “a mãe dos brasileiros”. Recebeu medalha e pensão vitalícia do Imperador D. Pedro II. Ela se tornou símbolo da enfermagem no Brasil, especialmente depois que Carlos Chagas, em 1923, a Escola de Enfermagem que fundou. Fonte : Revista da Historia da Biblioteca Nacional.

Nenhum comentário: