sexta-feira, 5 de agosto de 2011

QUANDO ESSA FESTA ACABAR... A NOSSA VAI COMEÇAR



Minha vizinha está por aqui com o Prefeito. "Como é que pode um governo desses e o homem andar por aí distribuindo sorrisos. Eu nem passo perto. Vai que um dia Deus castiga e o raio me atinge, também". E ela tem suas razões. Dizem que o castigo quando vem, vem a cavalo. Já vi muitos casos de coronel voltar bater continência para sargento. Mas o Neto não tá nem aí. Por isso, além dos sorrisos ele também distribui tapinhas nas costas do morador que encontra. Um sorriso acompanhado de um tapinha arrasta famílias inteiras. Uns cinco votos, por cada saudação. É a conta que ele faz. Votos às baciadas. Igual suposta porteira fechada dos idosos. Eis o homem e a sua fé. Daí, as tantas festas, juntando e espantando gente. Minha vizinha jura que viu moradores saindo às pressas dos prédios em que moram para irem dormir em hotel, talvez até em outra cidade. Algumas falavam ao celular: "Estou indo pra sua casa! Isto aqui está um inferno!" Eram os retirantes da Vila Santa Cecília, que ela via, ouvia e exconjurava. Saíam velhos abraçados aos seus travesseiros e enrolados nos seus cobertores e crianças com pijamas de bichinhos e pendurados em mamadeiras. Todos arrancados da cama para o carro. Fugiam do barulho. Em Volta Redonda, há vários desses pontos. Só na Vila Santa Cecília há dois deles. Por isso, veio em muito boa hora essa edição de sábado do Jornal aQui. Foi uma página inteira falando dos males dessa festa julina, na Vila Santa Cecília. Segundo o cirurgião dentista Luiz Ricardo Mendonça, morador do Edifício Gacemss. “Aquilo lá se tornou uma terra de ninguém, é som alto até o amanhecer”. É. A nossa festa só começa se a dele acabar. 



O senador Jucá não bota a mão em cumbuca. É macaco velho. Há 17 anos é líder do governo. Ficou 8 anos com FHC, 8 anos com Lula e está completando o primeiro com Dilma Rousseff. Sempre envolvido em corrupção. Até o seu irmãozinho caçula - Oscar Jucá Neto - o Jucazinho, já tá bem encaminhado nessa mesma trilha. Duas semanas depois de empossado vai o Jucazinho e, se aproveita da ausência do superintendente, Evangeraldo Moreira, para pagar 8 milhões de reais a uma empresa de armazenagem chamada Renascença, cujos donos são um vendedor de uma concencionária  e um pedreiro. São laranjas do senador. Só que o dinheiro sacado era para compra de alimentos. Aí, Wagner Rossi, ministro da agricultura, mediu uma ponta e outra da corda e concluiu que ele, ministro, era o mais forte. Deu no que deu. Demitiu o Jucazinho, que saiu atirando. Correu à Revista Veja e denunciou Rossi como chefe de um consórcio para desvio de dinheiro público. E disse que o PTB e o PMDB são condôminos naquela confraria. Tá certo que o Jucazinho não é nenhum primário. Em 2009, como assessor na Infraero, acabou demitido na primeira faxina que fizeram lá. Dois anos depois, ele ganhava, com a Tesouraria da Conab, a chave de um cofre com R$ 5 bilhões. Dois meses depois, era exonerado. Como dizia meu pai: Quem puxa aos seus, não puxa aos alheios.



A ciência confronta a morte. Dr. Frankstein vai se tornar fichinha. Este foi o raciocínio proposto por Robert Ettinger no seu manifesto de 1965 do movimento criônico, The Prospecto Immortality (A Perspectiva da Imortalidade). Pretendia o cientista a "ressurreição" dos mortos. Congelaria seus corpos para daqui a 50, 70 anos devolvê-los ao convívio social, irem ao supermercado e retirarem cartões de idosos. A evolução da ciência lhe permitiria isto. Até lá, os corpos ou mais específicamente os cérebros ficariam congelados como ursos hibernando. Seriam considerados  como vivos à espera de tratamento. Hoje, há cerca de cem desses pacientes nos EUA e outras organizações criônicas espalhadas nas Américas e na Europa. E a fila de americanos para futuros internados está virando o quarteirão. Mas os criônicos enfrentam também a descrença. Os governos os tratam com desprezo e ironia. E são inúmeros os questionamentos médicos. Este novo proposta está mexendo com o conceito da morte cerebral. Isto é, quando alguém está suficientemente morto para interromper o suporte à vida.





Coronel Fontenelle começou a se projetar na cidade do Rio de Janeiro. Foi um militar durão que deu jeito no trânsito da cidade. Dado a este sucesso foi levado para São Paulo pelo governador Abreu Sodré. Lá repetiu suas atitudes truculentas que já usara no Rio. Determinava aos seus homens que usassem facas e pregos para esvaziar os quatro pneus dos veículos estacionados irregularmente. Era assim até com vereadores, deputados, empresários. Não escapava ninguém. Sofreu uma grande pressão e não ficou nem dois meses no poder. Agora, o prefeito de Vilnius Arturas(Lituana), que passou por cima de um veículo que estava estacionado numa faixa para bicicletas. O prefeito levou ao extremo sua política contra motoristas que não respeitam as leis na cidade. Ele andava irritado com a quantidade de veículos estacionados ilegalemente sobre as faixas. Aí, não perdoou - esmagou um mercedes-benz S-Class.

CURIOSIDADES



Cristo Redentor, monumento localizado no Rio de Janeiro foi inaugurado em 12 de outubro de 1931. Foram cinco anos de construção. É o segundo maior monumento sacro do mundo. Sua construção foi sugerida em 1859 a Princesa Isabel, pelo padre Pedro Maria Boss. Mas somente em 1921 foi iniciada a sua construção em comemoração ao centenário da independência. Ainda hoje há quem acredite que o monumento foi uma doação da França. Mas, hoje, não resta nenhuma dúvida de que essa obra foi construída no Brasil e com doações de fiéis de todo o Brasil. O projeto é da autoria de Heitor da Silva Costa (1873-1947). Da França, vieram, apenas uma réplica de tamanho reduzido e modelos das mãos feitos por Landowski. Maria Izabel Noronha, bisneta de Heitor há um bom tempo vem tentando dar um jeito nessa história mal contada. Fez dois filmes sobre o tema “De braços abertos” (2008) e o curta-metragem “Christo Redemptor” (2005). Resultado de uma longa pesquisa, iniciada há mais de dez anos.
Fonte: Revista da Historia da Biblioteca Nacional




O Museu do Louvre, na França, consolidou seu acervo com as pilhagens proporcionadas pelas guerras napoleônicas. Mas em 22 de agosto de 1911 eles perderam uma das suas mais importantes peças por roubo, também. Só que não foram necessárias armas para tanto. Há cem anos, portanto. Vicenzo Peruggia (1881-1947) foi o célebre gatuno. Vicenzo era um fabricante de espelhos. Com isso, conseguiu roubar o quadro Mona Lisa sem nenhuma dificuldade. Foi numa segunda feira dia em que o museu não fica aberto para o público. Ele já prestara serviços ali e conhecia muito bem o museu. O quadro só foi recuperado dois anos depois, 12 de dezembro de 1913. Perugia foi condenado a um ano e quinze dias de prisão, mas conseguiu reduzir a pena. Peruggia, para a maioria dos italianos, é considerado um herói da arte nacional.

Nenhum comentário: