O deputado Chico Alencar do PSOL esteve em Volta Redonda. Veio jogar regar um pouquinho a hortinha dele. Reservaram, logo, o plenário da Câmara Municipal para recebê-lo. Êta gente exagerda! Exagerada mesmo. Se ainda fossem distribuir uns sandwiches e refrigerantes, ia lá. Mas, assim, a seco, a reunião podia ser na própria casa da Dodora, presidente do diretório municipal. Um sofá de tres lugares e mais dois pequenos, pronto. Agora, deu naquele rotundo fracasso. Um auditório enorme para uma reunião de condomínio. Mas, bola pra frente. Não tem nada de ficar com vergonha, não. A gente se engana sim. Aliás, por falar em engano, gente, é preciso que todos nós nos enchamos de cuidados. Ontem mesmo eu fui à banca comprar jornal. E fiquei por ali ouvindo um falar do Ronaldinho Gaúcho, outro do Neimar, um outro das obras para a Copa 2014, coisas amenas. Até que chegou um homem e pediu para o dono da banca: "Eu quero levar um jornal, mas um jornal que não seja vendido para o Neto". Aí, o dono da barraca coçou a cabeça, raspou um pigarro e falou "Não tem, não senhor". E o moço insistiu: "Não tem porque acabou?" e o jornaleiro: "Não tem porque não tem". E eu, ali, ao lado. Diretor, redator, editor, repórter e onbudisman desse m-o-d-e-s-t-í-s-s-i-m-o blog pulei logo fora. Disse que este meu jornal é para desagradar a todos (Gregos e Troianos) e o Neto quer um jornal que desagrade só o Zoinho.
AS MUDANÇAS DA DILMA.
Dilma Rousseff, de certo, nunca ouviu Erasmo Carlos. Dizia o Tremendão que perdão era uma coisa normal, mas ele tinha que manter a fama de mau. Dilma, entretanto, não fez nenhum caso do patrimônio da sua fama. É firme. Diziam uns. É gerentona, diziam outros. Os ministros quando iam falar com ela botavam os olhos no chão. Uma vez até ela deu um pito no Ministro Zé Sérgio. Mas, a pouco e pouco, ela veio trocando o seu jeitão de governar, por um jeitinho de sobreviver. Nos seus tempos de Chefe da Casa Civil ela sempre chegava uma lenhazinha na publicação dos documentos da ditadura. Queria tudo publicado. Agora, é ela própria que nega esse direito à população, junto com Sarney e Collor. Também é daquele tempo sua briga com a Marina Silva. Quando era o braço direito de Lula, Dilma esvaziou a questão ambientalista, fritou a colega Marina Silva que era uma resistência a essa exploração. Hoje, preocupada com a imagem no exterior, Dilma enfrenta a abertura provocada pelo Código Florestal, e convoca a mesma Marina para o seu lado. E, a mais explosiva de suas mudanças, - o chamego com FHC a quem atacara impiedosamente na campanha. E, para não nos alongarmos muito na citação dos seus defeitos, sua opção pela privatização dos aeroportos.
O QUASE FIM DA MAQUINA DE ESCREVER
Nehru, primeiro governante da Índia após a independência em 1947, foi quem inaugurou a fábrica da máquina de escrever no país. Eram produzidas 50 mil peças que tinham clientes especiais na Indonésia, Filipinas, Angola, Moçambique, Sri Lanka e Marrocos para os quais o teclado europeu não era adequado. Apesar dos laptops e PCs a fábrica sobreviveu até o mês passado. A Índia com 400 milhões de habitantes sem fornecimento regular de energia elétrica não poderia mesmo abandonar seu uso. Boa parte dos cartórios continuavam a trabalhar com elas. O abandono dessa produção foi, portanto, um indício de modernização. Colecionadores disputaram a tapas as 200 últimas peças do seu inventário. Nos EUA, entretanto, a fábrica Swintec, de Nova Jersey, ainda continuará funcionando. É que sua clientela é a de presos. Que ainda há de se manter por algum tempo. Os Estados Unidos tem a maior população carcerária do mundo. E a eles está proibido o uso de computador ou mesmo máquinas eletrônicas. Uma produção tão confinada quanto os usuários.
O CARRO CONTORNADO
O carro é dono da rua. Nada de ser desrespeitado. Principalmente se ele estiver mesmo na rua. Não pode ser incomodado. Pois foi bem assim que pensou uma equipe de trabalho da Prefeitura Municipal de São Paulo. Eles saíram para fazer o recapeamento asfáltico da rua Visconde de Itaboraí, no Tatuapé (Zona Leste). E encontraram um carro ali estacionado. Aí, como o carro não se mexia a turma do trabalho contornou o carro cuidadosamente. Segundo os moradores, o carro já estava ali havia meses, abandonado. A prefeitura diz que deixa completar o prazo para o carro ser considerado abandonado para concluir a obra.
O Mercosul. Foi na Bacia do Prata que se deu o maior conflito armado da América do Sul, a Guerra do Paraguai (1864-1870). Brasil, Uruguai e Argentina formaram a Triplice Aliança para lutar contra o Paraguai. Mais de um século se passou e na mesma Bacia do Prata, foi celebrada a união desses mesmos quatro países. O novo pacto se deu em 26 de março de 1991. Criaram o Mercosul. Esta iniciativa se deu como uma resistência aos grandes bloco econômicos formados no mundo – a União Européia, o Tratado Norte Americano de Livre Comércio. Em 1995, foi instalada a zona de livre comércio entre os estados membros, com o fim das barreiras alfandegárias de 90% das mercadorias produzidas nesses países. O Mercosul não é apenas uma união aduaneira. Tem ainda o objetivo de transformar em verdadeiro mercado comum, com liberdade total de circulação de bens, serviços e capital. Estão incluídos nesse mesmo pacto o Chile, Equador. Bolívia, Colômbia e Peru. A Venezuela pretende entrar no grupo e aguarda aprovação.
Professor de Tortura. Daniel A. Mitrione, norte americano, foi seqüestrado e morto pelos tupamaros, em agosto de 1970. Sua morte trouxe à superfície sua cruel e subterrânea participação no campo da tortura. Era um agente do Programa de Segurança Pública (OPS) da Agencia dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID). Sua tarefa era dar treinamentos a policiais para a repressão política. Antes de ir para o Uruguai, Dan Mitrione atuara no Brasil. Dois anos em Belo Horizonte e, posteriormente, no Rio de Janeiro. Veio em 1960. Oficialmente ele era o intermediador para aquisição de equipamentos nos EUA e dar instrução aos nossos policiais. Cerca de 900 policiais brasileiros fizeram cursos nos EUA e dezenas de milhares, aqui mesmo. Hoje tem-se a convicção de nesse aprendizado estava um pacote de novas formas de torturas. Nossos policiais já tinham experiência no ramo. Mas Dan Mitrione trouxe novos métodos – a modulação de carga elétrica era muito eficiente para confissões. Do Brasil ele voltou para os EUA e de lá para Montevidéu. Sua morte expôs os EUA. A Usaid, entretanto, investiu na mudança da imagem do policial. Um vereador em BH encarregou-se do serviço. Deu o nome de Dan Mitrione a uma das ruas de cidade. Com o fim do regime militar, a coisa mudou. E mudou também o nome da rua que passou a se chamar José Carlos da Matta Machado. Homenagem a um dos mineiros mortos pela ditadura. Talvez por algum policial treinado pela Usaid.
UM ABAIXO ASSINADO, VIA INTERNET
Mais uma vez, forças democráticas se valem da internet para um movimento nacional que é evitar a divisão do Estado do Pará em três outros estados. Para os que interessarem participar com o seu apoio é só acessarem pelo endereço no final da nota. Antes, porém, publico o texto de Carlos Newton na Tribuna da Imprensa esclarecendo melhor o assunto:
“No meio da confusão que reina na política nacional, vem passando despercebida a tentativa de divisão territorial do Pará. Caso venha a ocorrer, resultará no aparecimento de dois Estados economicamente frágeis e na sobrevivência de um terceiro Estado extremamente debilitado. Em termos territoriais, o remanescente do Pará, incluindo a parte onde fica a capital, Belém, terá sua área limitada a 214 mil quilômetros quadrados, o equivalente a apenas 18% do seu território atual. O novo Estado do Tapajós ficará com 58% do que é hoje o Pará, ou seja, 736 mil quilômetros quadrados. E o novo Estado de Carajás terá 24%, com 296 mil quilômetros quadrados.. Os adversários da divisão afirmam que uma assimétrica distribuição das riquezas torna a divisão também complicada do ponto de vista econômico e social. O remanescente do Pará, por exemplo, com sua área territorial reduzida a pouco mais de um sexto do que é hoje, vai abrigar o maior número de municípios. Ao todo serão 78, vários deles de ínfima expressão econômica e dotados de capacidade zero de investimento. A sobrevivência desses municípios estará integralmente condicionada às transferências de recursos constitucionais, ou seja, estarão praticamente condenados à pobreza eterna. Para evitar essa inusitada e estranha divisão do Pará, circula na internet o seguinte apelo:
“Pessoal,
Se há uma briga que nós, aqui da internet, temos condições de “comprar”, é esta contra o absurdo da tentativa canalha desses políticos! Criar mais três estados? Para roubar mais? Gastar mais? Empobrecer mais o povo? Vamos repassar, escrever para Deus e o mundo, ventilar esse assunto! Vejam que eles nada falam sobre isso. O interesse dos saqueadores é que o projeto aprovado com o mínimo de publicidade. Depois? Pouco importa. Peço a todos vocês, meus amigos, filhos, sobrinhos… que ajudem, que empunhem esta bandeira. Assinem e divulguem. As coisas só estão piorando, sob olhares desinteressados do povo inculto e da juventude alienada! Precisamos fazer alguma coisa. Então vamos todos assinar a petição abaixo.”
http://www.peticaopublica.com.br/PeticaoVer.aspx?pi=P2011N9559
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