Rose Vilela, Secretária M. de Esporte e Lazer Foto Uol Notícias |
Acho que muito bom seria se o berro de Rose Vilela estivesse a nosso favor. Muitas vezes, em frente a televisão eu acordava com aquele grito quase insano "Vai Thiago!!! Vai Thiago!!!" Não havia como dormir diante de tamanho incentivo. Era a Rose, nas voltas das piscinas, pelo mundo motivando o filho, recordista em medalhas. A Rose Vilela é mãe do nosso atleta Thiago Melo. Ele se tornou conhecido ganhando nadando e Rose projetou-se gritando. Nenhuma outra mãe no mundo gritou tanto. Nem na paz, nem na guerra. Um dia a Rose pensou que podia transformar seus gritos em votos. Sonhou com uma cadeira na Assembléia Legislativa. Até eu, dono de um único e escasso voto, fui abordado pela turma dela: “Você conhece a Rose Vilela?” Eu respondi que não. E a moça gentilíssima me informou “É aquela que grita Vai Thiago!” Eis a grande obra da Rose - o grito de Vai Thiago. Lembrei de alguns gritos : o Grito do Ypiranga, o repudiado grito do Galvão Bueno - "Vai que é sua Tafarell!!". Apesar de tão consagradas companhias, ela não foi eleita. Voltou para a Secretaria Municipal de Esporte e Lazer. E, com isso, me leva, agora, de volta à Ilha São João. É lá que estão as galinhas dos votos de ouro. Só os votos é que são de ouro. Os idosos tendo aulas de ioga em vãos de escada, caminhando por pistas cheia de lixo, banheiros sem papel higiênico... não são decisivamente nem de ouro, nem de prata. O Neto bem que podia fazer uma visita à Associação dos Aposentados para aprender tratar os idosos. E a Rose Vilela bem que podia ajudar com um ensurdecedor : “Vai, Neto! Vai Neto!”
COMUNISTAS VEGETARIANOS
Entre a cruz e a caldeirinha. Foi assim que o peruano escolheu seu presidente, no último dia 5. Keiko Fugimori e Ollanta Humala se esforçavam para caber nos novos trajes políticos. Keiko é filha de Alberto Fugimori, ex-presidente do Peru. Decorou seu painel eleitoral com um retrato junto com o pai. Os adversários aproveitam e dizem “Tal pai, tal filha”. Mas ela nega. Diz que é muito diferente do pai. Pelo sim, pelo não, ele não veio ajudá-la no corpo-a-corpo eleitoral. Também, parece que foi bem a calhar, está condenado e preso por crimes de peculato, falsidade ideológica e como mandante de assassinato de civis. Fugiu para o Japão, mas voltou ao local do crime. Dos crimes. Na outra ponta do novelo, Ollanta Humala, tem os mesmos cuidados: esconder seus apoios. Contratou até marqueteiros petistas que são bom nisso. Escondeu seu programa de governo, esqueceu seus discursos virulentos e faz que não conhece Hugo Chavez nem conhece Evo Morales. Trocou-os por Mario Vargas Llosa, prêmio Nobel de Literatura, que também passou por uma grande transformação de defensor da luta armada para admirador de Bush e Berlusconi. Faz parte agora do comunismo pragmático, fisiológico. O comunismo vegetariano. Humala, enfim, ganhou apertado mas ganhou.
CARTA DE DILMA ROUSSEFF PARA FERNANDO HENRIQUE CARDOSO
Leia, abaixo, a carta que a presidente Dilma Rousseff enviou para Fernando Henrique Cardoso, por ocasião dos seus oitenta anos de idade. Especulações à parte, uma coisa fica clara: A gente não pode acreditar no que os políticos falam um do outro. Leia a carta
“Em seus 80 anos há muitas características do senhor Fernando Henrique Cardoso a homenagear.
O acadêmico inovador, o político habilidoso, o ministro-arquiteto de um plano duradouro de saída da hiperinflação e o presidente que contribuiu decisivamente para a consolidação da estabilidade econômica.
Mas quero aqui destacar também o democrata. O espírito jovem que lutou pelos seus ideais, que perduram até os dias de hoje.
Esse espírito, um homem público, traduziu-se na crença do diálogo como força motriz da política e foi essencial para a consolidação da democracia brasileira em seus oito anos de mandato.
Fernando Henrique foi o primeiro presidente eleito desde Juscelino Kubitschek a dar posse a um sucessor oposicionista igualmente eleito. Não escondo que nos últimos anos tivemos e mantemos opiniões diferentes, mas, justamente por isso, maior é minha admiração por sua abertura ao confronto franco e respeitoso de idéias.
Querido presidente, meus parabéns e um afetuoso abraço!
Dilma Vana Rousseff
Presidenta do Brasil
ISTO É COISA DA ANTIGA
Vem da França essa notícia que a cerveja é coisa antiga na vida do homem. Talvez ainda nem conhecessem a sexta feira, o final do expediente, já os homens debruçavam-se sobre uma pedra lascada e contavam seus casos da semana. Descobriu-se, agora, que a cerveja vem desde 500 anos antes de Cristo. O Centro de Bioarqueologia e Ecologia frances encontrou evidências de produção da bebida no período conhecido como a Idade do Ferro. Foram encontrados na escavação de Roquepertuse, a presença de grãos de cevada e equipamento de maltagem. A descoberta está na revista Human Ecology. Até então só se conhecia a produção de vinho na região.
O MISTERIO DA BALA
O MISTERIO DA BALA
Moradores do Jardim do Planalto, Sorocaba, encontraram numa de suas ruas uma bala de canhão. Evidentemente, aquilo não caíra do bolso de ninguém. Não é coisa que se perca. A menos que era alguém contribuindo com esta campanha de desarmamento, entregara uma munição mas preservara a arma, por via das dúvidas. Vai daí, resolveram chamar a polícia, que, com muito jeito, a levou para a 8 DP da cidade. Era uma bala de 1942, muito usada por canhões norte americanos (EPA!) em várias frentes de batalha. Mas logo disseram que está em desuso e que pode ser considerada uma peça de museu.
CURIOSIDADES
O terreiro Ilê Axé Opô Afonjá, em Salvador, foi o fundado em 1910 e transformado em museu, setenta anos depois. No seu acervo de 750 ítens estão as oferendas aos orixás e as roupas das quatro mães de santo que haviam passado por lá. Há ainda instrumentos musicais, documentos, utensílios de cozinha e painéis com a história local. Hoje, existem outros quatro museus desses tombados pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. Uma das peças mais interessantes do seu acervo é a arca centenária em que Eugênia Anna dos Santos, Mãe Aninha, guardava suas roupas. Foi ela quem criou o terreiro em 1910. Foi também ela que, nos anos 30, convenceu o presidente Getúlio Vargas a instituir a lei que dá liberdade de culto.
Este era o título de Françoise d´Aubigne, uma governanta que chegou à nobresa. Nasceu em 1635, numa prisão, em que seus pais cumpriam pena por conspiração contra o Cardeal Richelieu. Françoise teve formação religiosa num convento. Depois foi para Paris onde caiu nos encantos do escritor Scarron com quem se casou. Isto fortaleceu seus contatos com a sociedade e o meio literário. Viúva nove anos depois, caiu novamente em dificuldades. Foi justo quando, Madame Montespan, a Favorita do Rei Luís XIV, entregou-lhe a educação dos seus bastardos. O rei precisava de uma governanta para as crianças e contratou Françoise. Ela se deu melhor com as crianças do que a própria mãe. O rei a recompensou com o título de Madame Mainttenon. E correu com Montespan do Palácio. Aliás quem ficou encarregado de a expulsar do palácio foi um dos seus próprios filhos que a odiava. O rei aproximou-a Françoise da rainha Maria Tereza com quem era casado. Com a viuvez do rei em 1683, ele se casou com Françoise, em segredo. Françoise estava na porta dos seus cinqüenta anos e exerceu muita influência no governo. Faleceu no colégio que criara em 1719.
Fonte : Aventuras na História, editora Abril
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