sexta-feira, 3 de junho de 2011

PELO DEDO SE CONHECE O GIGANTE

Andamos todos assustados. Mal havia passado o 21 de maio que o pastor evangélico Harold Camping propusera para o fim do mundo, vinha o Jornal Aqui com este anúncio de fim do mundo municipal: O Neto seria reeleito e os culpados seriam os idosos - “Idosos, a galinha dos votos de ouro”. E uma foto alegórica mostrava um punhado de idosos empuleirados de um lado e de outro num auditório e o Prefeito Neto, no palco. Uma cena digna de Federico Fellini. A notícia, por si só, era assustadora. Catastrófica! A foto foi um desperdício, um deboche. Tá certo que a imprensa gosta mesmo de coisas assustadoras. Quem não se lembra do Chupa-cabra? Ratinho ganhou muito dinheiro com ele. Mas Giovani Miguez, no seu blog, já mostrou razões científicas que contrariam este argumento de favoritismo. Ainda  bem. Mas nem precisava tanto. O recado já fora dado no ano passado. O Neto é que não leu a mensagem direito. Nas vésperas da eleição passada, o Prefeito reuniu a terceira idade lá no Umuarama. E fez um daqueles apelos que a gente só faz aos pés de Nossa Senhora: Pediu, apelou e implorou que votassem no Deley. E o milagre não veio. Aquele povo todo bebendo guaraná e comendo salgadinhos e pensando na novela. Alguns ouviam o discurso também – eram o próprio candidato e assessores. Dias depois, o Neto e Deley ainda  secavam as lágrimas da derrota, e saía uma pesquisa dando 78% de popularidade ao Prefeito fragorosamente derrotado. E eu tenho cá pra mim que o autor daquela pesquisa é o redator dessa reportagem. É, como minha vó dizia: pelo dedo se conhece o gigante.Tá certo que o Zezinho da Ética também é chegado a uma pesquisa. Mas, se fosse ele, teria dado 120%. Zézinho é mais exagerado.

Afasta de mim esse cálice, Pai!
Esta lebre do voto dos idosos foi levantada pelo blogueiro Giovani Miguez, que a tratou muito bem e definitivamente. Só volto ao assunto porque, com mais de 60, me encontro na faixa  das galinhas celebradas e quero ficar livre desta pecha. Afasta de mim esse cálice, Pai! Quero proclamar para o Brasil, para o Mundo, para os quatro ventos , enfim – Me incluam fora desta! Eu, o Professor Nestor e uns amigos coletamos 300 assinaturas (todos na faixa das ditas galinhas) num abaixo assinado contra o abuso que o Prefeito comete com suas festas aqui na Ilha São João. São tres noites seguidas sem dormir, nas festas da cidade, nas festas de formatura em toda festa que ele inventa. E o entregamos no Ministério Público. Está lá há mais de um ano. Mas as festas continuaram e continuam. Votar no Neto, agora, seria falta de vergonha na cara. Há desses casos também na Vila Santa Cecília. Por outro lado, há outras cabeças nesse galinheiro que têm filhos ou netos em escolas municipais e há dentre elas também as que tem filhos trabalhando na Prefeitura Municipal. E há parentes seus vítimas da dengue. Há muito o que descontar nesse grupo. O funcionalismo sim, me parece mais coeso. Sobretudo depois do que levaram pela cara. Todo mundo apanhou junto.

COMO DOIS IRMÃOS

Um dia Lula chamou Sarney de rato; no dia seguinte, Sarney chamou Lula de irmão. E não foi retribuindo o xingamento; muito ao contrário. É um afago. E ficam assim, lado a lado, talvez se lembrando de quanto estavam enganados um com o outro.  Eram iguais e não sabiam. Agora estão bem e em busca do tempo perdido. Trocam abraços, confidências e, talvez, até se beijem. O passado tem que ser enterrado em cova funda. E isto, convenhamos, é mole para eles. Sarney, agora mesmo, fez arrancar das galerias do senado as fotos do impeachment de Collor. Não era uma boa lembrança para eles. E explicou que o impeachment fora apenas um acidente. Mas, como a grita foi muita, recuou. E, num recurso nitidamente malufiano disse : “não temos nada a esconder nessa casa”. Esconder o que, se tá todo mundo com o bumbum de fora! 

A MULHER GOSTA DE ANDAR

Parantrophus Robustus
foto de Darryl Le Ruiter


Não brigue com sua mulher se ela gosta de dar uma voltinha, de quando em vez. Não têm nada para comprar, não têm dinheiro pra gastar e vão assim mesmo olhar as vitrines. Voltam felizes com o que viram. Tanta novidade de sapatos, óculos, bolsas e blusas.  Não nos aborreçamos, os homens:  a história é antiga. A revista Nature traz essa boa  que há de espalhar a paz nos lares. Desde há milhões de anos a mulher gostou muito mais de sair do que os homens. Enfim, o macho sempre foi mais centrado e a mulher  rueira. Os ancestrais do homem moderno ficavam mais em casa do que elas. Está provado com farta documentação. Não quiseram nem ouvir o meu testemunho. Pesquisadores da Universidade de Colorado Boulder, EUA, fizeram análise em dentes encontrados na África do Sul.  Somente 10% dos dentes de homens tinham características que sugeriam alimentação distinta do lugar onde tinham nascido. Essa presença teve uma incidência muito maior nos dentes femininos. Foram testados 19 maxilares de Australopithecus africanus e Paranthophus robustus com a idade de 2,7 milhões de anos. Como se vê, a história é antiga.
 Fonte: Revista Nature

Tá sobrando alce

Foto: Revista Economist


Newfoundland é uma grande ilha na costa leste do Canadá. Seu problema é o grande número de alces vivendo lá. As autoridades não sabem como acabar com o problema que eles mesmo criaram. A feitio da Austrália que importou sapos do Haiti para eliminar besouros da cana de açúcar e do Brasil que importou abelhas africanas para aumentar a produção de mel, Newfoundland importou alces. E o resultado foi o mesmo nos três casos. O alce, na ilha não tem predador natural. Levado para promover caçadas proliferou descontroladamente. Hoje, estima-se em 150 000 a sua população. Nas montanhas, seu habitat, são um perigo permanente para os carros. Há uma média de 700 colisões por ano com mortes e ferimentos graves. Há processos solicitando indenizações. O governo como um pedido de socorro, distribuirá 5000 licenças extras para caçadores, neste ano e estenderá a estação de caça por mais uma semana.
Fonte : The Economist
CURIOSIDADES

Escravo, depois, escravista. João Francisco dos Santos era um escravo forro. Comprou sua carta de alforria provavelmente em 1830.  Livre de um sistema que o tirara da África ainda jovem, o enfiara num navio imundo, e o trouxera amarrado para o Brasil, decidiu operar nesse mesmo comércio. Tornou-se traficante de escravos. Casou-se com uma das  filhas do maior vendedor de gente da África atlântica, Francisco Felix de Souza. Passou a mandar ouro, negro e azeite de dendê para a América e Europa. Pierre Verger, etnólogo, encontrou 112 cartas escritas por João Francisco.  Em uma delas, 22 de outubros de 1846, ele se desculpa com um cliente: “Por esta goleta (espécie de escuna) embarquei por minha conta, em nome de Joaquim  de Almeida 20  balões (escravos)  sendo 12 homens e 8 mulheres, com a marca “5” no seio direito. Eu vos alerto que a marca que  vai na lista geral é “V seio”  mas como o ferro quebrou durante a marcação, não houve então outro remédio senão marcar com ferro “5”.
 Fonte : Guia Politicamente Incorreto da História do Brasil, Leandro Narloch



O resgate do Rio de Janeiro. Frances seqüestra o Rio de Janeiro e só o devolve com pagamento de resgate. Foi no ano de 1711. O corsário Francês René Dugay Trouin chegou ao Rio de Janeiro com o plano de seqüestrá-lo. Era um plano ambicioso. Queria a cidade toda. Eram 18 navios com 700 canhões e seis mil homens. A esquadra invasora se aproximou da entrada da baía de Guanabara em 12 de setembro de 1711, mas a invasão só penetrou dois dias depois. O ataque não fora nenhuma surpresa. Quinze dias antes havia aportado um barco inglês com aquela informação. A defesa do Rio de Janeiro estava reforçada com canhões comandados por Gaspar Costa. A população, em pânico, refugiou-se nas florestas vizinhas. Tomada a cidade foi feita uma intimação ao governador, Francisco de Castro Morais quer com a ajuda da população pagou o resgate da cidade. 

fonte: Almanaquebrasil.com

Um comentário:

B positivo disse...

Muito interessante a edição dessa semana .... Parabéns e abraços de
Fátima e Bolívar