domingo, 12 de junho de 2011

ENFIM, A EDIÇÃO DE DOMINGO POSTADA NO DOMINGO

O  TRABALHO DE UM HOMEM SÓ

Palácio 17 de Julho
Foto: viajandotodobrasil.blogspot


Juro que pensei que o Neto dava por encerrado o seu mandato de prefeito. Ele foi ao Programa Dário de Paula e, sem nenhum remorso, nenhum pedido de perdão, disse que tudo o que tem sido feito à cidade é da sua exclusiva responsabilidade. E eu na minha absoluta modéstia jamais pensei que houvesse um homem no mundo que pudesse fazer tanto e muito menos sozinho: Um serviço de coleta e de capina, que não coleta e nem capina, um diretor do SAAE que só produz festas, um diretor da SUSER que não fiscaliza sequer os taxis no pátio da rodoviária, uma obra na Av. Amaral Peixoto que se arrasta há quase dois anos, uma Defesa Civil construindo sua sede dentro do rio, um rabecão da funerária municipal carregando quentinhas para funcionários, e aedes proliferando em imensos criadores municipais. E o Neto confessou que tudo isto era cria dele. É muita coragem porque um fracasso desses não se confessa nem na hora da extrema-unção. São levadas para o túmulo. Mas Neto é Neto. Ele diz de boca-cheia que, no seu governo, nem uma palha se move se não for com a ordem dele. E eu, feito um tonto, desconfiava dos secretários e dos amarra-cachorros que támbém os tem à farta. Só agora me dou conta que tudo isto é fruto de uma única cabeça, de um único coração. Tenho que oferecer minha mão à palmatória. Os secretários e amarra-cachorros não têm nada a ver com esse estrago. São uns mandados. Coitadinhos.

PREFEITO  DE VISÃO

Vem de lá do Juazeiro da Bahia uma boa solução para o combate ao mosquitinho da dengue. Grande parte dos prefeitos dos centros mais adiantados preferiram botar o fardo nas costas do povo. E, com um ar de absoluta piedade, providenciar umas bisnaguinhas de soro e espalhar pela cidade suas placas, seu marketing.  Rende votos. Mas em Juazeiro a conversa é outra. Pelas ruas empoeiradas de Itaberaba, Juazeiro (BA), um carro com dois pesquisadores passa lentamente. De cem em cem metros dá uma parada, os pesquisadores descem e soltam 500 Aedes Aegypt. Isto, na primeira semana. A seguir, sempre em escala ascendente esperam até o mes de julho está liberando de 50 000 a 100 000 mosquitos machos por semana. Este é o ritual de um projeto científico de controle da dengue. A chave do projeto é que o mosquito assim liberado  é uma espécie transgênica, cujoso filhotes não viverão até a idade adulta, quando poderiam transmitir a doença. O ideal é que haja dez machos transgênicos para cada macho selvagem. É muito favorável a expectativa porque já se conhecem os bons resultados de experiência semelhante feita com  a drosophila, a mosquinha da banana. No bairro de Itaberaba está  sediada a Biofábrica Moscamed, instituição ligada ao Ministério da Agricultura que já produzia moscas estéreis.

BRASIL, RECORD MUNDIAL



Elaine Davidson tem 46 anos de idade e 7000 piercings pelo corpo. Para ser exato 6 925. Tem gente que lhe duvida da idade e tem gente que duvida dos penduricalhos. Dizem que os dois não combinam. É mais um record brasileiro. Entrou para o Guinness essa vitrine doa muitos exageros desse mundo. Mas a cada pé doente Deus providencia um chinelo velho. Elaine encontrou seu amor num sexagenário, um homem que tinha tudo para a caretice. E assim encontraram-se dois desencontrados - Elaine e Douglas Watson. E casaram-se direitinho como a moda antiga, em Edimburgo, no Reino Unido. Foi uma cerimônia sem muita festa, segundo o site “Orange.co.uk. A noiva subiu ao altar, com uma tiara de flores, deixando apenas seu rosto pintado de verde visível com os seus 192 piercing. Watson disse que “Elaine é maravilhosa... Eu vejo a incrível personalidade que ela tem" Claro. Nós também.

O GANHO E A PERDA COM O CARVÃO.



A mineração é um problema que afeta todos. Agride o indivíduo, agride o meio ambiente. E, quando se trata de carvão, o dano é ainda mais degradante. Não há muitas minas de carvão no Brasil. Nossas reservas totais são de 32 bilhões de toneladas, 85% delas no Rio Grande do Sul. O resto espalhado pelo Paraná, Santa Catarina e São Paulo. A zona carbonífera com mais problemas é a de Santa Catarina. São 15 mil quilômetros quadrados espalhados pelos municípios de Criciuma, Lauro Muller, Maracajá, Orleans, Siderópolis e Urussanga. Area irrigada pelas bacias do Aranraguá, Tubarão e Urussanga. Criciuma cresceu em função dessa mineração. Muitos dos seus habitantes residem em casas construídas sobre minas desativadas, galerias velhas e inseguras, com inegável risco de desabamento. A descoberta das minas em Santa Catarina se deu em 1822. Com a primeira guerra mundial a exploração se intensificou. O segundo boom se deu com a criação da CSN. Uma exploração sem dúvida lucrativa muito lucrativa para o presente e danosa para o futuro. É o que se chama faca de dois gumes.
fonte: revista Problemas Brasileiros


CURIOSIDADES


Moda Antiga. Hoje, o ar é outro, nos salões. No final do século XVIII até o início do século XIX a coisa era bem outra, embora não o pareça. As gravuras com belíssimas e empoadas mulheres dão outra impressão. A moda européia exigia que a mulher muito se enfeitasse. E nos encontros sociais os enfeites raiavam o absurdo. Deixavam o ar pesado. As vastas cabeleiras, não eram simplestemente penteadas, mas esculpidas. Nelas se dependuravam espelhos, colheres, fitas, plumas e legumes, presos com presilhas e cola à base de peixe. Num clima quente como o nosso, não tardava para o suor derreter o material, que escorria e se misturava com outros produtos embelezadores, como banha e pós de todos os tipos. Não havia perfume que contornasse aquele mau cheiro. Daí, foi dado a esses penteados o apelido de jaula do leão.
Fonte: Em No tempo dos vice-reis, de Luiz Edmundo.



A Igreja da Candelária é uma referência da cidade do Rio de Janeiro. Partes dos seus documentos históricos foram perdidos quando Deguay Trouin invadiu e saqueou a cidade, em 1711. Sabe-se, pelo que consta no Santuário Mariano, que a ermida original já existia desde antes de 1634. Sua construção foi em cumprimento de uma promessa feita pelo casal Antonio Martins de Palma e Leonor Gonsalves. Ambos viajavam numa nau que foi colhida por violenta tempestade. Os dois navegantes imploraram para Nossa Senhora da Candelária e lhes prometeram levantar na terra a que aportassem uma capela onde se pudesse cultuar a santa milagrosa. Aplacou-se o temporal e a embarcação entrou salva na baía de Guanabara. Foi, então, construída a primeira capela. A ermida só começou a se tornar uma igreja de fato em 6 de junho de 1774. Foi inaugurada por D. João VI, em 1811, ainda inacabada. Em 1901, depois de um século e meio de obra ela foi concluída.

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