Quando o ano dobrou para 2011 e Soró passou a presidência da Câmara Municipal para o Conrado houve uma troca de sorrisos, entre eles. Soro captou a mensagem. Acendeu uma vela para as almas benditas pelo milagre. De fato, nunca mais se falou das suas irregularidades na chefia daquela casa. Mas, sinceramente, eu pensava que ele ia levar a maior cana. O ano terminara com o Soró nas cordas e doze vereadores batendo. Consta nos anais que essa dúzia de legisladores foi pedir ao Prefeito que os ajudasse naquele linxamento. Mas o Prefeito não pôde fazer nada porque também já estava com o dele na reta. E tinha razão. Mas o Zezinho da Ética não negou fogo. Levou o nome do Soró lá para o Ministério Público. Era suspeitíssima aquela insistência de colocar uma empresa de dados na Câmara Municipal. Tudo isto passou. E, agora que o Soró julgava ter dobrado o seu Cabo das Tormentas, surge aí uma mocinha, sem dinheiro, sem poder, absolutamente frágil e lhe dá um pontapé nas canelas que poderá suspendê-lo por três mandatos – 12 anos de cadeia. É que o Procurador Geral de Justiça do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro, Cláudio Lopes, ofereceu denúncia de peculato contra o vereador. A moça era funcionária do seu gabinete e ele tomava a metade do salário dela. Ele ficava com R$ 380 e ela com R$ 400. Inclusive do décimo terceiro. Mas ninguém vai pensar que o verá dentro de um camburão. Soró não é um qualquer. Ele poderá ir no próprio carro. Tá pensando o que?
NOVA COLEGA DA TERRA
Ilustração: Jet Propulsion Laboratory |
DIREITOS HUMANOS PARA ROBÔS.
O governo britânico está preocupado com os robots inteligentes. Quer que ele também tenham direitos humanos. Recomendou a uma equipe que estudasse o caso. E, daí, surgiu o documento Robo-rights: Utopian Dream or Rise of the Machines? (Direitos dos Robôs: Sonho Utópico ou a Ascensão das Máquinas? (tradução-livre), divulgado em dezembro. Deverá, agora, ser levada a um debate público no Museu da Ciência de Londres. O governo entende que no caso de desenvolvimento de inteligência artificial as máquinas deveriam ter direitos como seres humanos; os cientistas acham isto mero sensacionalismo até porque há outras questões ética mais relevantes a se discutir. Os chamados robôs autônomos tomam decisões sem intervenção humana. Já são usados, inclusive, para fins militares. E a questão é que se lhe concedem direitos há que se cobrar deveres. Para o professor Alan Winfield, da University of West England, “o problema mais urgente e sério é até que ponto a sociedade está preparada para confiar em robôs autônomos e ter confiança nas outras pessoas que cuidam desses robôs”. A fabricante Samsung, por exemplo, desenvolveu um vigia robótico para patrulhar a fronteira entre as Coréias do Norte e do Sul. O robô é equipado com duas câmeras e uma metralhadora. “Se um robô autônomo mata alguém, de quem é a culpa?”, perguntou. Hoje, o culpado está evidente, mas com a criação dos direitos humanos ficaria meio nebulosa a responsabilidade.
CURIOSIDADES.
Um fiasco. Com o Tratado de Utrecht, a Inglaterra ganhou bases marítimas na América , o direito de vender escravos negros para as colônias espanholas, mais o “navio permitido” que autorizava a vender na América o que transportasse. Apareceram os corsários aos quais a Espanha combatia com apresamento dos barcos. Robert Jenkins, contrabandista inglês estimulava a Inglaterra a entrar em guerra com a Espanha, que lhe tomara navios e cortara-lhe fora uma das orelhas. Julio Leon Fandiño, autor do feito lhe dissera: “Va e diga a teu rei que o mesmo acontecerá a ele se ele se atrever”. Felipe V, rei da Espanha, não estava para conversa. Aprisionou todos navios britânicos nas proximidades da América. E veio a guerra no dia 19 de outubro de 1739. Edward Vernon comandou a primeira ação destruindo Porto Bello e se preparou para a tomada de Cartagena das Índias. Reuniu a maior frota jamais vista. Eram 186 naves, com mais de 2 620 peças de artilharia e mais de 27 mil homens. Blas Lezo, um veterano marinheiro, ficou com a defesa da praça. Ele contava com seis naves 3 600 homens dos quais 600 eram arqueiros índios. Edward Vernon se iludiu com aquela pequena resistência e se comunicou com Londres dando vitória como feita. Houve então comemorações britânicas e mandaram cunhar medalhas com Blas de Lezo ajoelhado aos pés de Vernon. A tomada, entretanto, foi mal sucedida e Edward Vernon fugiu com seus poucos sobreviventes. Na Inglaterra sua família o homenageou dando seu nome a uma ponta de morro – Monte Vernon.CURIOSIDADES.
No século 18, os médicos eram tidos como infalíveis. Daí, quando Mary Toft (1726) afirmou ter dado à luz a 16 coelhinhos, um cirurgião local foi chamado para dar o veridito. John Howard foi chamado a investigar. Atestou a veracidade e notificou outros médicos proeminentes. Quando um dos médicos do Rei George narrou esse caso, na corte, as pessoas ficaram muito assustadas, mas acreditaram no acontecimento. Ainda assim, o rei convocou vários cirurgiões para colaborarem no caso. Inclusive médicos da realeza britânica. Novamente a confirmação. O rei terminou por leva-la a Londres para ser profundamente analisada pelos cientistas. Mas a mamãe coelha não resistiu e confessou a farsa. Foi presa por fraude e a comunidade britânica viu arranhada a sua credibilidade.
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