quinta-feira, 20 de maio de 2010

TEATRO RÁPIDO

ATO ÚNICO
CENA: Num cantinho da cidade
PERSONAGENS : Um homem e uma mulher
A MULHER : Quando estou com você me dá vontade de ficar para sempre
O HOMEM: E eu fico todo arrepiado



AFORISMO

Quem semeia vento espanta a tempestade. 



LÁGRIMAS DE CROCODILO


É muito gozado ver a cara compungida do Vereador Paiva no movimento em defesa do Rio Paraíba. Parece que ele treina, cara! Meu Deus do céu! Se ele fosse de fazer carreira não tinha pra ninguém. Tadinho do Tarcisio Meira, Lima Duarte, Antonio Fagundes, Selton Melo et caterva. Mas ele é modesto, se contenta com uma meia dúzia de empregos aqui em Volta Redonda. É secretário municipal em Volta Redonda há quase 30 anos e nunca, nunquinha, fez nada em defesa do rio. Aliás, só em prol de si mesmo. Mas isto é outro capítulo. Também, honra seja feita, não foi ele sozinho, não;  outros têm que subir com ele nesse pódio. Nenhuma administração municipal tem feito nada por este rio. Vou mais longe - todas administrações municipais têm feito muito mal ao rio. Começou com o ex-Prefeito Coronel Aloisio que jogou centenas de caminhões de terra dentro do rio para dar a Ilha São João a cara que ela tem hoje. De lá para cá vem assim. A Ponte do Aero caiu dentro do rio e ficou pra lá... no governo do Baltazar, foi demolido um prédio na Avenida Paulo de Frontin e jogado todo dentro desse rio por motorista da Prefeitura Municipal e caminhão da Prefeitura Municipal. O Paiva era o chefe desse motorista e não lhe deu sequer um puxão de orelha. O Prefeito atual jogou a sede da Defesa Civil lá dentro. Enfim, vem assim.  Parece que cada um que chega quer fazer pior do que o outro. Mas agora que o Governo de São Paulo pensou em desviar o rio para atender a Grande São Paulo, o pessoal de Volta Redonda está fazendo o maior berreiro. Vai ver que eles querem matar o rio sozinhos. São orgulhosos. Não querem ajuda. 


SAPO PINÓQUIO


Cientistas descobriram, na Indonésia, o sapo pinóquio. O herpetólogo (especialista em réptil) Paul Oliver avistou-o bem em cima de um saco de arroz, com olhos bem arregalados.  E entre um olho e outro tinha  um narizinho danado de comprido. Por isso lhe deram o nome vulgar - de sapo pinóquio. Começaram a observá-lo e concluíram  quando o sapo está emitindo um chamado, seu protuberante narizinho aponta para cima; mas o seu nariz até murcha quando o bichinho quer sossego. E mais nada concluíram. Eu que muito ouvi as histórias que a minha mãe contava, sei de longas eras que, no nosso imaginário, o sapo é meio chegado a uma mentira. Desde a festa no céu quando ele pediu  "não me joga na água, não; me joga na pedra", eu fiquei meio atrás com ele. E minha mãe aproveitava essa desconfiança e me alertava: "político é muito pior!" Aí, me deu um estalo: quem sabe se alguma bruxa malvada teria  transformado um político em sapo pinóquio. Isto para distingui-lo do sapo original muito menos perigoso, segundo a sabedoria da minha mãe. Quem sabe era um dos nossos? Quando eu vi a foto do bichinho eu pensei logo - esse nariz não me engana.  Corri à Camara Municipal, mas todos os vereadores estavam lá - o Paiva, a Teresa, o Paulo Conrado... todo mundo.  Vou esperar o final de semana para ver se os deputados todos voltam.

BOTA FÉ, NISTO!



A prática é muito antiga. Foi muito usada ali pro lado de Mariana, Ouro Preto, São João Del Rei... Agora, com a descoberta de outro ouro está voltando à moda.  O fato se deu mesmo foi no último dia 13, quinta feira. Policiais da Delegacia de Roubos e Furtos (DRF)  deram de frente com 38 imagens de Nossa Senhora Aparecida escondidinhas no meio de um matagal. Sentiram um impacto mas logo viram que não podia se tratar de um novo milagre e nem coisa de devoção religiosa. A área era bem suspeita, Senador Camará, no Rio de Janeiro. Quem conhece sabe como é. Cada imagem tinha  1 m de altura. Não podiam estar ali por nenhuma obra do esquecimento. Aí, examina daqui, examina dali, os policiais descobriram que as imagens eram todas ocas e, foi de lascar, estavam cheias de maconha. Cheinhas! O santo oco foi um expediente muito usado pelos portugueses para roubarem o ouro brasileiro. Daí, a expressão "santo do pau oco". Agora, estão sendo usados para transportar a erva. Parece que caiu a cotação do ouro. Sei lá.

MUDARIA O NATAL OU MUDEI EU?
 
 
Não. Romero Jucá não mudou, nadinha; continua o mesmo elameado. O Lula, sim. Quem diria vê-los fazendo tabelinha na área do Senado Federal... Mas é.  Com raro e inspirado brilho, o senador deu um show de ciência política. Disse que essa história de candidato com a ficha limpa é coisa da sociedade, não incomoda o governo. E que o governo está mesmo interessado é na votação do pré sal. É claro que ele defendia com muita garra o  interesse do governo. Mas também, cá pra nós, defendia, com igual garra, a própria pele.  Senão vejamos sua fichinha:  Responde a três inquéritos no STF, um deles por crime de responsabilidade por desvio de recursos. Em 2005, deixou o Ministério da Previdência após uma série de denúncias. A mais rumorosa foi a de ter solicitado um empréstimo ao Banco da Amazônia e dado sete fazendas como garantia de pagamento. Só que as fazendas não existiam. Isto é que é cara de pau. Jucá, o sobrenome do moço, é madeira muito dura. O moço tem realmente uma cara de jucá. 


OS PERNILONGOS VOLTARAM


Que voltem as espirais, as bombas de flit e as simpatias. Que voltem os carros fumacê! Os pernilongos estão prontos para a paz e para a guerra. Qualquer prazer os divertirá. A coisa esté feia. Conselho de amigo: Não abram as janelas! O tempo ajuda, está meio frio. "Para os pernilongos tudo! E pras pessoas, nada! Hiip, hip, hurra!!! Então como é que é? Pros pernilongos tudo, pros moradores, nada!!! Teresa, Teresa, Teresa..." E os pernilongos voam sozinhos, em grupos, aos pares, cantam, se acasalam e vão botar os ovos lá na beira do Rio Paraíba.  A  Vereadora América Teresa nem se incomoda. Na frente da casa dela tenha a maior poça dágua - a maior criadora de pernilongos no bairro. Sei lá, mas algo me diz que ela vai vender mosqueteiros aqui no bairro. Sei lá.


 MARTA SUPLICY RIDES AGAIN


"Vocês notaram que do Gabeira ninguém fala? Esse sim sequestrou. Ele era o escolhido para matar o embaixador. Ninguém fala porque é candidato ao governo do Rio e se aliou ao PSDB". Isto foi uma fala da destabocada Marta Suplicy que todos conhecemos falando asneiras e pedindo desculpas, depois. Demora um pouquinho para cair a ficha dela.  É aquela mesma do "relaxa e goza", nos aeroportos. Agora, pra defender Dilma Rousseff finge-se de tonta, doidivanas, novamente. Mas a história é muito recente para ser confundida.  Hélio Gaspari descreveu exaustivamente o período discricionário brasileiro nos seus quatro volumes publicados pela Nova Fronteira. O próprio Gabeira tratou do assunto no livro "Que é isso, companheiro". Ele era uma figura secundária dentro do episódio do embaixador Charles Elbrick. Caso o processo desandasse, Virgilio Gomes da Silva, o Jonas, membro da ALN seria o executor do sequestrado. A idéia de  sequestrar o embaixador foi do Valdir,  apelido então do que é hoje ministro de Lula, Franklin Martins. Nada disto é novidade. Das atividades da Dilma Roussef entre 1967 e 1970, na Colina e na VAR-Palmares, adeptas da luta armada é que pouco se sabe e ela não colabora em nada para torná-lo conhecido. Ela nem comenta. O que diz é pouco: "Lutei contra a ditadura do primeiro ao último dia, com os meios e as concepções que eu tinha".


CENTRO DE TRATAMENTO DE RESÍDUOS


O Vereador Edson Quinto, através de um requerimento na CMVR, convocou uma audiência pública para discutir a implantação do CTR, em Volta Redonda a 300m da adutora da Cascata. A população surpreendeu e atendeu maciçamente ao convite. A reunião começou as 18h e se encerrou as 22h15min com o maior repúdio a esta iniciativa da implantação do CTR. O CTR é um consórcio formado pelo Estado e os municípios de Volta Redonda, Rio Claro e Barra do Piraí. Os outros municípios não citados fizeram outra opção. Por este consórcio o lixo dessas cidades vizinhas seriam todos coletados para Volta Redonda onde seriam tratados. A decisão foi de total recusa. Tem que correr pois parece que já começaram juntar lixo na Ilha São João.


O LIXÃO É AQUI




Este aqui é a Ilha São João, lugar supostamente colocado a favor da saúde. Lá os idosos vão fazer suas ginástica, sua caminhada, respirar o ar puro... Ar puro... Que ilusão! São marmitex amassados pelo chão, fogueiras queimando lixo, restos de carros alegóricos deteriorando-se no tempo, caixas de papelão amontoadas nos cantos... tem tudo de um lixão. Escolhi um dia comum, meio de semana. Não havia ocorrido nenhum evento nem nada de extraordinário. Fiz uma breve visitinha a  ilha e tirei  56 fotos de montes de lixo, dos quais publico estas duas, hoje. Volto ao assunto, nas próximas edições.

NOITE DE POESIA


 Foi no último dia 15, na Academia da Vida. Nathalia Lucinda Chaves reuniu uma pá de gente para a sua noite de autógrafo. Os filhos dela estavam lá, os netos estavam, os vizinhos, o pessoal do Glan, da Academia Voltarredondense de Letras, gente de Pinheiral, de Barra Mansa e até de Varginha (o ET não veio. Parece que ele não sai de lá de jeito nenhum). Foram lidas algumas das suas poesias e feitos breves discursos.  O livro se chama "Portal de um Mundo Novo" e quiçá abra mesmo um mundo novo para os autores de Volta Redonda. Tem gente boa aqui. E, depois, cultura não é só coisa de palco, não. Não sei se o Moa, Secretário Municipal da Cultura sabe disto. Tá aqui um lembrete.

OS PRIMÓRDIOS DO CINEMA (PARTE 3)

Por Morrison


Os irmãos Louis e Auguste Lumière, franceses, conseguiram projetar imagens ampliadas numa tela graças ao cinematógrafo, invento equipado com um mecanismo de arrasto para a película. Na apresentação pública de 28 de dezembro de 1895 no Grand Café do boulevard des Capucines, em Paris, o público viu, pela primeira vez, filmes como La Sortie des ouvriers de l’usine Lumière (A saída dos operários da fábrica Lumière) e L’Arrivée d’um train en gare (Chegada de um trem à estação), breves testemunhos da vida cotidiana.
         A história do cinema é marcada por mudanças técnicas velozes e pela supremacia de Hollywood: vinte anos após a invenção do cinema, a indústria cinematográfica tinha se tornado um enorme negócio. Na década de 1920, o cinema tinha se transformado no mais importante e novo meio de comunicação do século XX.



 Excepionalmente esta e a próxima semana a edição de domingo será postada na segunda feira

Um comentário:

Anônimo disse...

muito boa a inciativa de publicar a seção "Os Primórios do Cinema". aguardo as próximas postagens.
(morador da rua Onze)