sexta-feira, 2 de abril de 2010

Pode ou não pode


Na enchente de 2001, Baltazar, então prefeito, abriu essa ruazinha aí. Pretendia facilitar  eventuais socorros a moradores do bairro. Mas por ser um ponto mais alto, alguns moradores a utilizam para ali deixarem seus carrros  resguardados justamente das enchentes.  Aí, atravanca tudo. A associação de moradores entendeu que isso assim não podia continuar. Aquela via é de uso exclusivo para os casos de enchente. Tem que estar permanentemente livre. E, com aquiescencia do Comandante da Guarda Municipal, estabeleceu que aqueles que sob qualquer outro pretexto usarem essa via serão multados, correndo o risco de guincho.  Então, tá. Se assim é, então, está proibido que ali se finquem barracas de ambulantes, está proibido o estacionamento de ônibus que trazem frequentadores para os eventos da Ilha São João.  Ficam também impedidos os estacionamentos das motos do clube de motociclistas e dos presentes ao salão de festas nos dias de promoções. Ora, pau que dá em Chico dá em Francisco.  Quero só ver a cara da Teresa para cumprir o que ela mesma criou. 

Vala Negra


É o nosso orgulho. Ruas cheias de mato, calçadas quebradas qualquer bairro pode ter... agora, vala negra, rá, rá, rá. Du vi de ó dó. A nossa está aos olhos de todos, bem pertinho da pracinha alagada.  É até bonito de se ver aquela agua barrenta do rio de um lado e a vala negra do outro separada por um monte de barro que se acumulou dentro do rio.  Vão indo assim e lá na frente se juntam. Coisa rara de se ver nos dias de hoje. Mesmo nas cidades mais atrasadas é difícil. Os professores podem trazer seus alunos para verem como era na Idade Média.  Aqueles que tiverem medo de se aproximar, podem ficar distantes se se contentarem apenas com o fedor. Inda mais se o vento estiver a favor. A associação pode até cobrar ingressos e vender álcool para a assepsia das mãos. Tem gente que não tem visão comercial...


Motorista X Idosas
Moradores da Candelária reclamaram e a empresa atendeu. A associão de lá é fogo. Mudou o intinerário da linha de ônibus. A empresa agora tinha que se ajeitar com o Aero e a Barreira Cravo. Os moradores diziam que não iam dar mole, não. A empresa puxa pra lá a Teresa não puxa pra cá... deu no que deu. A empresa ganhou. Tudo bem - Ao vencedor as batatas.  Aí, os horários acordados não eram respeitados. Reclamar com a Teresa o pessoal sacou logo que não adiantaria nada, não.  Botou o galho dentro. Aí, deram mais uma volta no parafuso.  Mandaram para cá um motorista muito mal educado e agressivo, sobretudo com mulheres idosas. Tá levando vantagem. Já maltratou umas dez. Há uma reclamação dessas na SUSER. Vamos ver a que serve essa autarquia.

Volta Redonda somos nós (I)

Dizem que só se vai deixar a Páscoa passar para começar a operação limpeza da cidade. Gozado, foi só o Paiva sair da Secretaria Municipal de Serviços Públicos a coisa começou a andar. E olha que nem puseram ninguém no lugar dele. A cadeira ainda está vaziinha da silva. Se eu fosse o Paiva morria de vergonha, meu Deus. Eu fico bobo com isto. Vão até colocar 100 homens a mais nessa limpeza. E precisa mesmo! Juntou sujeira pacas! Tô botando a maior fé! Agora, não se há de entender limpeza acabando com o verde. Na Barreira Cravo, estão cimentando uma praça que só tinha grama, árvores e alguns poucos bancos. E, ali no nariz de quem atravessa a ponte para Ilha São João, a Defesa Civil desmata a beira do rio para construir sua sede. O pessoal pode dizer que isto é coisa do tempo do Paiva. É. Mas o Paiva já passou.  

Volta Redonda somos nós (II)
Moradores da Rua 31 de Março, Retiro, ganharam a parada. Havia ali um baile funk que ia de sexta feira a domingo. Feito assim as festas na Ilha São João. Agora, por maior que fosse a zoeira lá, não passava nem perto da zoeira na ilha. E como não se bastasse esses shows ainda alugam a ilha para festas de formatura. É brabo. Tem gente lá na Colina que já não aguenta tanto barulho. Mas a Barreira Cravo aguenta muito mais. Além do barulho tem a rapaziada fazendo xixi nos muros da casa, os casais transando na grama (será que é por isso que estão cimentando a Praça Sansoni?), carros estacionados entumpindo nossas ruas e garagens, tiroteios... Dizem que a festa lá do Retiro acabou porque atiraram num PM. Aqui, também já houve isto, só que o indigitado era civil. E não foi somente uma vez. Eu queria saber, nessa bolsa de valores, um tiro num PM vale quantos tiros num civil. Deve ser algo por aí. 


Suécia se curva ao Quenia
Anders Wilhelmson, um professor e arquiteto sueco, criou aquilo a que chamou de "banheiro para favelas". A idéia nasceu das suas viagens ao  Quênia. Descobriu que os favelados de lá coletavam seus excrementos em um plástico e o atiravam  fora. Chamavam-no  "banheiro voador" ou  "banheiro helicóptero". O professor gostou da idéia e buscou aperfeiçoá-la. Assim, chegou ao Peepoo, um saco onde se recolhe as  fezes, amarra e enterra  junto a uma camada de cristais de uréia que decompõe os dejetos em fertilizante.  Isto é, Wilhelmson transformou o que era nocivo ao meio numa alternativa ambiental que ainda produz lucro.  O professor está muito satisfeito com as perspectivas deste seu invento. A experiência que fez no Quênia e na Índia foi muito bem sucedida.  Vai ampliar os seus negócios. Está tudo a favor.  A ONU diz que 40% da poppulação da Terra não tem acesso a banheiros. Também o baixo preço de US$ 0,02 por pacote, não é nenhum impeditivo. Wilhelmson diz que vai produzi-lo em massa.  Taí. O problema é o Prefeito achar que esta pode ser uma saída para acabar com a vala negra na Barreira Cravo. E entrar em negociação com a CSN. Esta vasta área aqui perto pode servir para enterrar os sacos de plásticos. Mas vou alertando logo que a emenda pode ficar pior do que o soneto. Vai que um dia moradores, por economia, ou por falta mesmo na cidade passe a usar essas bolsas de supermercado.  


Em algum lugar do futuro





Meu Hai kai (3)

Vê se dá para entender
O voto, sua única arma,
Só pode matar você 












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